❂ t w e n t y s i x ❂
O Sol mal havia nascido e lá estava Mark Hyung com a sua roupa de praticar esportes e na frente da casa de Park Jisung. Na verdade, houve uma certa confusão na escolha daquela roupa nada sutil. Ela estava meio apertada e pequena para o seu corpo, já que a puberdade lhe devastou e levou quase todo o seu ar infantil e até ingênuo. Aquela roupa era um tanto antiga, mas Mark tentou procurar outra. Sem sucesso, decidiu ir com aquela mesmo. Porém, se arrependeu no primeiro segundo que pôs os pés em frente a porta da casa Park e sentiu aquele short rosa lhe apertar certas partes.
— Mark, por que você veio para a minha... Wow! — Jisung já estava começando o seu discurso enquanto abriu a porta, quando deu-se conta de que o hyung portava um sorriso alegre, um buquê de flores nas mãos e... Uma roupa de praticar esportes a qual seria impossível a missão de Mark em se movimentar.
— Bom dia, meu Sol! — cumprimentou — Como você está? Dormiu bem?
— Hm... Sim, obrigado! Ah, as flores são para mim? — Jisung inclinou sutilmente a cabeça para o lado e apoiou-se na porta.
— Para quem mais seria, Sun? — entregou-lhe o buquê e Jisung as cheirou, dando um abraço no namorado e agradecendo diversas vezes. — Eu pensei que poderíamos treinar para o campeonato.
— Treinar, é? Ahn... Okay, deixa eu só guardar as minhas flores bonitas e cheirosas. Embora não sejam você — depositou um beijo na bochecha de Mark e entrou para guardar o buquê.
Sua Omma estava tomando café, então Jisung explicou que iriam treinar um pouco e que depois voltariam. Ela apenas concordou com a cabeça e recomendou-o a ter cuidado. Depois de um beijo eufórico no rosto da mãe, Jisung saiu correndo de casa para o jardim.
— Podemos ir na praça aqui ao lado? — perguntara Jisung.
Mark concordou com a cabeça, e Jisung sorriu, puxando o cordão do moletom cinza que usava.
— Mark... Bem...
Jisung não concluiu a fala, deixou as palavras serem queimadas pelos primeiros raios de Sol daquela manhã. Aquilo deixou Mark intrigado, então abraçou Jisung de lado e sussurrou em seu ouvido:
— Continue, Sun.
Jisung respirou fundo e continuou.
— É que... Essa roupa não está meio inapropriada? Eu digo... Está meio apertada em você. Eu não quero abaixar o olhar, mas se estiver decalcando...
— Relaxa, Jisung. Ninguém vai ficar olhando para mim. Só vamos correr e te preparar para a corrida, okay?
Jisung concordou com a cabeça, depois tentou ajeitar o seu cabelo com as pontas dos dedos. Quando chegaram na praça, Mark encontrou um bom lugar para correrem, onde fariam uma volta ao redor da praça igual a uma pista de atletismo. Ele estava se sentindo radiante com aquela ideia.
Ambos se abaixaram e se posicionaram. Houve uma certa discussão para saber quem iria dar a largada, pois um quis ceder ao outro. Por fim, Mark iria anunciar, pois iria pegar Jisung desprevenido e aquilo já o ajudava para o campeonato.
— É um... Dois... Três e... Já! — Mark deu um impulso e correu, mas ele estava tentando alcançar Jisung.
Não deu muito certo, porém, pois a sua roupa impedia os seus movimentos. Mas quando ele forçou demais, fora possível apenas escutar um som de rasgo e de alguém caindo no chão.
— Mark! — Jisung já estava bem adiantado, pois corria muito rápido. Voltou numa velocidade que nunca antes havia corrido, e se ajoelhou na frente o namorado caído. — Mark, você está bem?
— Sim, mas... — Mark não se levantou, apenas sentou-se no chão e cruzou as pernas — Houve complicações.
— Como assim? — quis saber Jisung, preocupado com o mais velho.
— É que...
— Fala logo, criatura! — Jisung o sacudiu.
— O short rasgou — ele abaixou a cabeça.
Jisung segurou uma risada, pois era engraçado o fato de Mark estar grudado no chão e com o short, que antes estava apertado, rasgado. Mark soltou um palavrão forte, e Jisung segurou o seu rosto com as mãos e lhe beijou rapidamente nos lábios. Enfim, riu.
— Aish, Jisung! Você é todo criança! Eu 'tô falando sério! — Mark se irritou e cruzou os braços.
— Tudo bem, tudo bem — o garoto se recompôs — Onde foi?
— Aish, estou irritado! Não me faz essas perguntas, Sun! — ele abaixou a cabeça de novo, e Jisung se inclinou e percebeu que ele estava meio vermelho, envergonhado. Concluiu que aquilo era fofo, e abraçou o seu namorado.
— Desculpa, mas eu realmente preciso saber, hyung — abaixou a cabeça para olhar em seus olhos, mas Lee Min Hyung desviou o olhar. Resmungou algo o qual nem se Jisung soubesse falar todas as línguas do mundo iria entender.
— Quê?
Repetiu, dessa vez um pouco mais alto mas não de muita compreensão.
— Fala direito, Mark! Tira o o...
— De trás pra frente! — Mark disse rapidamente, não deixando Jisung terminar a sua sentença nada apropriada.
— O short rasgou de trás pra frente? — pensou um pouco — Ah.... — e depois riu.
— Jisung, querido namorado, não é para você rir, é para pensarmos juntos numa solução para esse problema. Minha bunda está praticamente nua nesse chão quente, está queimando! 'Tá queimando!! Daqui a pouco vai pegar fogo e você vai ficar rindo, é?
— Não sei se rio da sua posição estranha, para o resto do short não sair do lugar e relevar o que não deve ser revelado; dos seus glúteos pegando fogo ou da sua irritação junto com o constrangimento. Mark, eu te amo. — abraçou-o — Calma, vou chamar ajuda.
Mark agarrou a sua mão e o puxou para si.
— Sun, meu amor, eu te amo tanto, você é tão inteligente... Mas por acaso você endoidou? Vai abordar alguém e dizer: "Moça, desculpa te atrapalhar, mas é que meu namorado está seminu e não pode andar na rua assim, sem contar na bunda que está assando. Não estamos no Natal, mas se sentir um cheiro de peru assado, saiba que não é peru!"
— Que horror, Mark! Eu não falaria com essas palavras! — Jisung se defendeu.
— Importante que você não pegou a ambiguidade, 'tá tudo ótimo! — Mark sacudiu o cabelo.
— Nem vou parar pra pensar sobre isso. Oh, eu tive uma ideia. Mas vamos ter que entrar naquele arbusto — apontou.
Não estava muito longe, mas teriam de andar um pouco. Mark olhou ao redor, e depois começou a se arrastar naquela direção. Quando enfim entraram, Mark pediu para que fossem rápidos pois se alguém os pegasse ali, poderiam pensar outra coisa. Ainda mais com Mark vestindo pedaços de tecidos pendurados em seu corpo.
— Esse moletom é grande, ele cobre quase todo o meu short, então pouco faz diferença se eu estiver com o short ou não. Toma, vista — Jisung tirou o short amarelo e entregou para Mark.
— Mas ele vai ficar meio apertado em mim, Jisung, e pode acontecer o mesmo. Olha, você tem uma camisa por baixo do moletom? — Park balançou a cabeça positivamente — Vista o seu short e me empreste o moletom.
Assim Jisung fez. Quando saíram daquele arbusto, foram andando lado a lado até a casa de Jisung. Jisung, com sua camisa branca e o short amarelo. Mark, com a sua camisa rosa e um moletom cinza como calça; as mangas na perna e a base enfiada na roupa íntima para não fazer o moletom invertido cair.
— Você está tão... Swag! — contou Jisung — Nunca soube de uma calça de moletom que fosse realmente um moletom.
— Criatividade e estilo é comigo mesmo — Mark caminhava com charme — Embora a minha bunda esteja ardendo.
— Quer um beijinho para melhorar? — Jisung sorriu de maneira fofa, mas Mark riu e jogou o braço ao redor do corpo de Jisung.
— Bem que eu queria, mas... Dessa vez, não. Às vezes dá vontade de me machucar só para você me dar os seus beijinhos curáveis.
— É só me pedir, sem nem mesmo estar dodói. — Jisung olhou em seus olhos.
— Então eu quero um... — Mark segurou o queixo do garoto e o puxou para um beijo terno nos lábios. Ele amava beijar Jisung, e mais ainda o seu namorado Sun.
Quando chegaram em casa, foram correndo para o quarto, onde Jisung emprestou um short maior para Mark e ele pôde usar. Embora tivessem ficado assistindo filmes, pouco olhavam para a tela, pois os seus lábios estavam muito ocupados desfrutando os do outro e aquilo era muito melhor que ver Wolverine lutar.
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