❂ t w e n t y f o u r ❂
Era o diretor, e ele fez um gesto para que o seguissem até a diretoria. Quando assim fizeram, ele pediu que sentassem numa cadeira.
— Acho que vocês têm consciência da existência desse vídeo... — ele girou o notebook, que estava em cima da mesa, na direção dos dois garotos. Era aquele vídeo. O vídeo do beijo.
— Sim, sabemos disso. Aliás, fizeram mal uso da nossa imagem e eu com certeza irei processar quem fez isso. — disse Mark.
— Você pode fazer isso depois. Porque eu não os chamei aqui para isso. — disse o diretor.
Jisung inclinou a cabeça para o lado, interessado e ao mesmo tempo assustado com o tom do homem.
— Vocês sabem quais as regras do colégio, sim? — o diretor pausou o vídeo e cruzou os braços em cima da mesa.
— Existem várias, não há como gravar todas. Ainda mais que ninguém lê o manual do aluno — Mark foi sincero e Jisung lhe metralhou com o olhar.
O diretor o fitou por algum tempo, depois se recostou na poltrona e cruzou os braços na região da barriga.
— Ok, então. Mas sabem que não é permitido coisas do tipo na escola.
Jisung olhou para o vídeo pausado e resolveu falar:
— Mas não somos os únicos. A escada na hora do intervalo parece um motel!
— Jisung! Você é um bebê, não pode dizer isso! Deixa que eu falo! — reclamou Mark e depois limpou a garganta — Mas não somos os únicos. A escada no intervalo parece um motel! É cada coisa de se chocar. E não estou exagerando!
— Engraçado... Temos inspetores em tudo quanto é lugar e nenhum deles presenciam nada disso... — agora ele estava brincando com a caneta.
— Vai que eles estão juntos na farra?! — Mark deu de ombros.
— Mark! — Jisung o sacudiu — O que queremos dizer que outros alunos fazem o mesmo, e o senhor não os chama para conversar. Além do mais, foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu.
— Acha que eu não sei do dia da Olimpíada? — o homem inclinou-se para frente.
— De qualquer maneira, não é diário. — explicou Jisung.
— Espera. Está fazendo isso tudo só porque somos gays? — Mark notou.
— Citei a sexualidade de vocês? — o homem disse, indiferente.
— Nessa mesma escola que o senhor administra, eu aprendi o significado de explícito e implícito. — dissera Mark.
— Que é que tem?
— Que o senhor é homofóbico! — Mark se levantou, mas Jisung segurou-o pelo braço e o fez sentar. — Está consciente disso?
— Não. Porque eu não estou sendo homofóbico. Aliás, vocês nem me deixaram terminar o que quero dizer.
— Por favor, continue. — pediu o Park.
— Eu peço que não façam algo do tipo nos corredores da escola. — contou — E nem na escada. — acrescentou.
— Sim. Só isso? — Mark estava impaciente. Queria ter dito um "Já acabou, Jéssica?", mas não achou muito prudente.
— E eu... Estou com um novo projeto para a escola. E quero o apoio de vocês, e que tomem à frente desse projeto. — ele se afastou um pouco e abriu a gaveta da mesa. Tirou um cartaz de dentro e pousou-o na mesa. — Ser Gay Não É Contra A Lei.
Realmente. Estava escrito isso no cartaz, com uma péssima fonte e muito simples e nada surpreendente. Mas havia a bandeira LGBT, com um símbolo e informações para um evento e palestra.
— Isso é... Sério? — Mark abriu um pequeno sorriso.
— Vamos ser padrinhos do projeto? — quis saber Jisung.
— Podem dizer até que é de vocês. Precisamos disso para um mundo melhor. E tudo começa na escola... E então, estão dentro?
Jisung e Mark se entreolharam, e depois sorriram para o diretor.
— Com certeza — saiu em uníssono.
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