❂ t e n ❂
Quando Mark cessou o beijo não correspondido, um clima tenso se formou no local. Jisung o fitava sem expressão alguma e Lee Min Hyung tinha o coração acelerado.
"Que merda eu fiz?", pensou sozinho.
— Ahn... Jisung! Jisung! Jisung! — Chen Le recomeçou o alvoroço e logo todos estavam vibrando outra vez e carregando Park Ji Sung.
Dois garotos o seguravam no alto, jogando-o para cima e para baixo, levando-o para fora da arquibancada. O garoto ficou à procurar Mark pela multidão, e reconheceu um par de olhos tristes em sua direção. Mark estava paralisado, observando-o ser levado. Então Jisung desviou o olhar, e tentou comemorar com todas aquelas pessoas.
— Mas que porra foi essa, Mark Lee? — Chenle o sacudiu.
— Aish, esquece. — se infiltrou na multidão e saiu dali o mas rápido que pôde.
Mark foi para o banheiro e trancafiou-se numa cabine. Sentou na tampa da privada e apoiou a cabeça na parede.
— Mas que merda eu fiz? — perguntou-se.
— Cara, você viu aquilo? — ouviu alguém dizer. — Mark é gay!
— Não foi por nada que ele brigou com Bumb por conta de Jisung. — um outro respondeu.
— Mas Jisung não correspondeu.
— Foi bom mesmo, pelo menos ele não se contaminou com aquele maluco gay! Vem, vamos.
Ele ouviu passos e deduziu que estivessem saído, e então pôde chorar em silêncio. Depois de um tempo, ouviu mais passos de pessoas entrando no banheiro.
— Você prefere o meu cabelo assim... Ou assim, Chen Le? — era Jisung.
Seu coração deu um pulo e ele se remoeu, controlando a vontade de abrir a porta e fazer uma coisa da qual se arrenpederia.
— Assim. — Mark ouviu a voz do outro amigo.
— Tudo bem, obrigado. — Jisung respondeu. — Onde está Mark?
— Eu não sei. Aliás... Não quero te constranger nem nada, Jisung... Mas o que foi aquilo?
— Eu não sei. Eu... Estou confuso.
Fizeram um silêncio por algum tempo, ouvindo o barulho da torneira aberta e som de passos.
— Você... Gostou? — Chen Le perguntou, e Mark finalmente ficou mais focado na conversa.
— Puta que pariu, Chenle, claro que não! Mark é meu amigo!
Mark já não podia ficar mais machucado com aquilo... Com tudo, na verdade. Estava doendo demais e ele sentiu que nunca passaria.
— O que o cu tem a ver com as calças? — perguntou Chen Le.
— Credo, Chen Le, que raios é isso?
— Tradução: o que uma coisa tem a ver com outra?
— Amigos não se beijam. — outro tiro para o coração de Mark.
— Quem disse isso? Eu já beijei o Ren Jun uma vez, e Jae Min também , e continuamos amigos.
— Você o quê? — Jisung espantou-se.
— Ah, cala a boca, Park Ji Sung. Vai me dizer que nunca beijou um garoto?
— Antes, não. Mark é o meu melhor amigo e eu não o quero machucado.
— Já machucou. — Mark bufou, baixinho.
— A merda já está feita já, tá? Você já pisou no cara e dele deve estar arrasado pelos cantos.
— Eu só queria que ele soubesse que... — as palavras ficaram no ar. — Eu não sei como dizer que não senti nada, sem o machucar.
— Você não gostou mesmo?
— Foi um beijo normal, nada de especial.
Irritado, Mark levantou-se e abriu a porta da cabine. Viu Jisung com a sua medalha de mérito e Chen Le ao seu lado. Lançou-lhes um último olhar antes de sair pela porta como um trovão e sumir no corredor.
— Mark! — Jisung chamou-o, mas ele já havia ido. — Como posso fazê-lo ficar melhor?
— Sabe, Jisung... Eu tenho uma solução novinha saindo do forno... Basta você concordar. E lembre-se: estaremos ajudando Mark.
— O que é?
Chen Le sorriu, dizendo ser um magnífico plano. Mas Jisung sabia que aquilo não iria prestar, no final. E quem sairia mais machucado seria Mark, e bem mais do que ele estava naquele momento.
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