Capítulo 4.1

– SEUNGMIN QUEBROU A PERNA! – Felix berrou, a música ainda tocava, mas todos pareciam travados naquele exato instante.

– CONTINUEM! – Seungmin mandou, mesmo que doesse para um caralho, se levantou, tentando ter apoio no ferro do tal escorregador, se erguendo tão lento quanto a criatura se aproximava – Eu vou por baixo.

O Kim teimou, se virando em direção de onde deveriam continuar, porém doía como um inferno.
Seus pés vacilaram, mas não deixou-se cair, continuou apoiado conforme andava, até perceber que a música acabaria e ele ainda estaria ali, próximo a saída do labirinto, aonde Minho em breve passaria e na sequencia, o enorme cachorro azul.
Seu karma estava presente nesse momento, não sabia o quão ruim foi quando criança, pois agora pagava o pecado de metade da população terrestre.

– Depois satanista leva a culpa. – o Kim revirou os olhos, aquilo doía para caralho, mas não há muito o que fazer, sua reação foi buscar um armário com o olhar, vendo que ao lado da saída do labirinto havia um.

O Kim Caminhou lento, notando a luz ascender e a música parar, seguindo o olhar a sua volta.
O cachorro estava longe, muito longe ainda, o labirinto não era enorme, mas haviam muitas viradas e esse cachorro fazia questão de virar em cada uma das curvas, então isso levaria tempo.
Ele estaria o vendo a essa distância? Era uma questão que circulava a cabeça do Kim, que em sequência caminhou em direção do armário, pouco se importando com as consequências.

Quando estava prestes a dar o terceiro passo, a música voltou, assim como a luz apagou e seus passos soaram, conforme caminhava mancando em direção ao armário.
O Kim o tocou, abrindo a porta e se enfiando naquele espaço.

O alívio se instalou de imediato, aonde sentiu a dor diminuir gradativamente.
Seus olhos lentamente se fecharam, independente se a música parava ou não, Seungmin não saberia dizer.
Seu corpo parecia lentamente flutuar, para aonde não sentiria mais esse desespero.

Um suspiro soprou em sua boca, antes do corpo lentamente cair dentro do armário, desmaiando conforme a poça de sangue se formava aos seus pés.

Os meninos estranharam o desaparecimento repentino, principalmente por estarem as pressas, mas não podiam voltar atrás, não depois de estarem no meio do caminho e nem sabiam para aonde deveriam ir, apenas seguiam.

Minho rapidamente os alcançou, quando a música parou, o Lee pressionou os olhos fechados, o cão estava próximo, mas não o suficiente para receber o famoso Jumpscare de Pug-a-Pillar, por isso prendeu a respiração em nervoso, quando percebeu algo molhando seus pés.
Seus olhos se voltaram a direção do liguido, aquela coloração Carmin era claramente sangue, não havia outra explicação.
O sangue vinha da fresta de baixo do armário, junto a um rastro do líquido que vinha em pingos do escorregador até o armário.

– Seja quem for, eu volto para buscar. – Minho sussurrou, a música retornou, a luz apagou e Minho correu para o escorregador, saltando de arco em arco, até chegar em três escorregadores.
Ouvia gritos de dentro de ambos, porém nenhum era familiar, eram gritos estranhos, como se viessem da sua cabeça.

O Lee gruniu, não haviam escolhas, quando ouviu o cão próximo e a música ainda estava tocando, Minho saltou no escorregador titulado como "fácil", aonde rapidamente estava em um amontuado de blocos, precisando saltar de um a um, porém estranhava, não via os rapazes por ali.
Em momento algum os viu.

Minho gritou pelos amigos, mas a música parou e com ela, o Lee parou junto, ouvindo os sons de estalos pelo escorregador.
A cabeça do cão saiu pelo cano, o sorriso enorme o apavorava, porém não poderia correr.
Quando a música parou e metade do corpo do cão estava para fora, Minho voltou a correr, saltando para o canto do espaço, assim como fazia no capítulo dois de Poppy Playtime.

Minho observou o cão seguir para os escombros no outro lado da enorme sala de blocos caídos, entrando nas frestas da passagem.
O Lee voltou para aquele espaço, retornando para a tubulação, saindo para onde veio.

O Lee seguiu em direção ao pilar, não poderia se dar ao luxo de deixar tudo para os outros e também não valeria a pena ir atrás sem garantir a fuga, então precisaria chamar o trem, já que o mesmo desapareceu assim que o cão passou por ele.

Minho terminou sozinho um pilar e estava prestes a seguir para o próximo, quando uma voz familiar soou.
O grito afinado denunciava quem era, Minho não poderia deixá-lo ali.
O Lee correu, após botar o pedaço de brinquedo na caçamba vermelha, buscando a direção da voz, percebendo que vinha do mesmo cano que Minho havia entrado anteriormente, o que era esquisito, aquilo não fazia sentido para si.

Jeongin não estava ali.

– Experimento 1006... – murmurou o Lee, franzindo as sobrancelhas conforme retornava aos pilares, não podia se dar ao luxo de deixar tudo ir por água a baixo por puro capricho, seus amigos deveriam estar escondidos e Jeongin está preso a um nível de distância, não é nem possível ele aparecer ali, além de que, havia um amigo seu preso no armário.

Apenas torcia para que Seungmin conseguisse guiar os garotos para fora caso algo de ruim lhe acontecesse.
A bendita música soava hora sim e hora não, a luz piscava e voltava, mas nada do cachorro gigante, ou pelo menos, até aquele momento.

Quando um som alto soou dos túneis, Minho arregalou os olhos, se escondendo atrás do pilar de forma exposta, porém pelo menos um pouco mais seguro do que ficar na frente da criatura.
Um enorme cão centopéia surgiu, porém diferente do anterior, esse era revestido de aço e os olhos eram vermelhos.
O som de metal surgia a cada vez em que sua pata socava o chão, os olhos de Minho se arregalaram ao ouvir novamente os gritos estranhos de antes, mas agora sim, eles pareciam familiares e vinham daquele bicho.

– SOCORRO! ESTAMOS PRESOS NESSA PORRA. – a voz soou e pelo tom, era Felix.

Minho se desesperou naquele exato momento, pois agora sim, estavam todos fodidos.

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