015
~ Han Sun e Han Moon ~
Aquela deveria ser uma noite comum, no grandioso apartamento da família Han. Constituído por quatro membros saudáveis e belos, todos apaixonados por seu belíssimo país.
Jang Ha-e era uma mulher alta, com bochechas rosadas, e postura inabalável. Seu marido, Han Jae-son era um coreano que passou sua infância nos Estados Unidos, alto e imponente.
Suas filhas seguiam seu padrão de beleza genética, enquanto Sun puxava as características menos formais de seu pai, Moon carregava as expressões aristocratas de sua mãe. Uma linda família, se não fosse uma grande pedra que os predia, pai da matriarca.
Ele odiava o genro, era explicito a cada palavra trocada a contra gosto. O homem que tirou sua menina de seu controle e que havia deixado uma de suas netas sair da corporação.
Ao entregar aos superiores sua missão, aquele senhor, de expressão fria e assassina, não imaginava, mas assinava o fim de sua família.
O massacre da família Han.
•
Sun havia deixado Moon na biblioteca, sabendo que a irmã não voltaria para a casa. A Han mais nova iria a um encontro após o trabalho, para a alegria da primogênita.
—— Usa camisinha —— brincou, ganhando um tapa forte da caçula, que mordeu a língua para não falar um palavrão —— ele é médico, eles sempre sabem o que fazer com as mãos...
A Han sorriu maliciosa para a mais nova, ganhando um novo tapa forte, antes de ambas cair na gargalhada, ainda no carro da mais velha.
—— Tenho que ir —— avisou Moon, abrindo a porta do carro.
Sun parou a irmã, entregando a ela um grande envelope branco. Ainda sorrindo com malícia.
—— Abra —— comemorou, pronta para rir da caçula.
—— Sun!
Dentro do envelope, uma grande quantidade de camisinha estava. Tornando Moon uma bagunça corada, suas bochechas totalmente vermelhas e quentes, para a diversão da irmã.
—— Eu te odeio! —— Moon deu as costas, abandonando o envelope e fechando a porta com força.
A mais nova apressou o passo quando ouviu a porta de Sun se abrir, com medo do que viria. Sua mochila pesou nas costas, e ela só queria sumir quando a mais velha chamou a atenção de todos ao gritar:
—— Não vai levar suas camisinhas!? Eu quero um cunhado médico!
Não era para Moon retornar tão cedo. Ela deveria ter ficado estudando, não havia necessidade de voltar ao apartamento por um livro, poderia pegar emprestado de alguém ou apenas seguir em seu encontro.
Seu avô certamente não esperava que sua neta favorita, seu projeto mais perfeito, estivesse lá.
Eles queriam justamente "o projeto", estavam lá por que Capitão Jang em pessoa os disse onde estariam os supostos papéis.
A missão deles era pegar os papéis de Han Jae-son, e matá-lo em seguida. Para que ele pudesse ter sua filha e neta de volta.
Não era para aquele grande massacre acontecer.
■■■
Sun se lembrava das perguntas, dos socos repetidos que recebeu na boca. Da sensação de ter seus dentes quebrados, e de ouvir um tiro.
Ela sorriu, sabendo que era Moon. Mas seu sorriso sumiu ao ver sua caçula ser arrastada para a tortura, e perder tudo o que tinha.
Seus pais estavam mortos, e conseguia ouvir os gritos desesperados de Moon. Queria gritar junto, dizer para não tocassem em sua menina, entregaria a eles o que quisessem para que sua caçula estivesse bem.
Mas nem ao menos sabia como conseguia sentir, e ouvir aquilo. Deveria estar morta.
Sentiu dois tiros ser disparados contra seu peito. Já havia levado um contra o pescoço.
Não deveria estar viva. Não.
E não estava.
As duas irmãs estiveram sobre cuidados ao mesmo tempo. Recebendo "tratamentos" diferentes.
Enquanto Moon era acompanhada pelos melhores médicos de toda a Coreia do Sul, Sun era estudada pelos cientistas mais loucos do país. Elas estavam passando por infernos particular tão parecidos e distantes, nem saber sobre a outra, presas em seus pesadelos constantes.
O mundo zombava em seus ouvidos, o universo conspirava ao redor de suas retumbantes dor, tudo gritava solidão e lutas.
Luto.
De repente, elas não eram irmãs divertidas e unidas, suas tardes de zombarias e piadas se tornaram pesadelos gritantes, onde suplicava pela calmaria imediata da morte.
Sem paz.
Sem amor.
Sem calma.
■■■
—— Você deveria agradecer que está viva.
Ouvia Moon ao acordar, ela não queria ter sobrevivido.
—— Nós estamos gratos que esteja viva.
Sun, também não queria estar acordada.
Vingança.
Seus cérebros jovens gritavam. Enquanto suas torturas continuavam a queimar suas almas, lentamente e de forma gritante.
Ambas estavam quebradas como nunca antes, suas vidas destruídas, nunca mais voltariam a ser como antes.
Moon enterrou sua família, todos os três caixões fechados, para que a sobrevivente não surtasse, sugestão feita pelo próprio avô dela, que não a deixou em momento algum.
Sun, a irmã que deveria estar sendo enterrada, sentia todo tipo de testes feitos em seu corpo. Ela não era mais humana, sua íris agora era vermelha, haviam presas grandes em sua boca, e veias escuras de baixo de seus olhos, quando muito testada, ou mal alimentada, a Han mais velha surtava, pronta para matar qualquer coisa.
As duas queriam vingança. Contra
aqueles que as separaram, tiraram tudo de suas almas.
■■■
Moon havia sido treinada para ser uma grande militar, espiã deles, pronta para matar qualquer um que o país precisasse, dona de um título. Abandonou aquilo por uma suposta vida calma, mas era boa de mais.
Ela levou dois meses para conseguir o nome de um dos suspeitos, fez uma amizade totalmente inusitada com o delegado do caso. Erro dele.
Ki Da-u.
Um metro e oitenta, cabelos descoloridos, e uma tatuagem na mão esquerda. Foi a primeira que a Han mais nova cortou fora.
Ela precisava de 30 segundos para matá-lo. Levou apenas 15 para que ele lhe passasse os outros 5 nomes, crendo que seria poupado pela jovem mulher.
Moon lhe deu um tiro no cérebro de presente.
Sun era o projeto 0. Ela sabia que tinham mais outros como ela, todos torturados ao extremo, usados como um grande nada.
Ela tinha tanto ódio.
Poderia matar todos os cientistas, sugar cada gota de sangue de seus corpos imundos. Sair pela porta, e caçar os humanos que mataram sua família.
Sim. Ela conseguia.
■■■
Moon caçou um por um. DEO teve dificuldades em esconder dos jornais o que acontecia.
Quatro corpos aparecendo durante os meses seguintes. Cortes profundos por cada centímetro de pele, um aviso claro, de que estava atrás do último assassino deles.
Ela era uma assassina.
E não se importava.
■■■
Sun sentia uma grande vontade de vomitar. Eles estavam mortos, ela havia escapado, mas viveria para sempre a mercê da sociedade.
Não tinha coragem de se aproximar da irmã, aparecer como um grande mostro na frente da caçula que tanto amou e protegeu, dizendo que iria sempre estar ao lado de Moon.
Quando tudo entrou em colapso, ela sabia que deveria estar com sua caçula. Mas não conseguia se aproximar do residencial verde, ela puxou a irmã do grande caos do exército, tentou a manter viva durante o ano seguinte.
E encontrou uma pessoa nesse percurso. Alguém que dizia se importar com Moon, que a cuidava a distância e tinha várias histórias de como sua caçula era corajosa e forte.
Seu nome era Cha Hyun-su. Ela seguiu com ele, uma criança nascida mostro e uma humana.
Surpresa.
As duas não esperavam por aquele encontro. Não daquela forma.
Sun não queria que sua irmã tivesse medo dela.
E Moon não estava pronta para aquilo. Certamente não.
As duas haviam passado pelo inferno real, sobreviveram ao maior do caos. Suas vidas acabaram e voltaram a surgir, e continuaram de pé.
—— Sentiu minha falta, maninha?
Tô vivaaaaa...
Como estão?
Vão aos perfis das nossas colegas aqui, para ler fanfics de Sweet Home também.
Feliz Natal.
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