008
~ Limites ~
Maratona: 2/3
Especial 1k
A estrada se estende à frente de Moon, uma linha de asfalto que corta a paisagem desolada. O rugido do motor de sua moto preenche o silêncio opressivo, mas sua mente está mergulhada em pensamentos tumultuados. A imagem de Lee Eunyu ressoa em sua mente, o grito angustiado ecoando como um eco constante. A preocupação pela segurança de sua cunhada cria um nó apertado em seu peito, impulsionando-a a acelerar ainda mais, quase deslizando pela chuva.
Cada curva na estrada é uma ansiedade crescente, alimentada pela incerteza do que pode encontrar. O vazio no ar é preenchido pelo eco contínuo do grito de Eunyu, uma lembrança constante de que, se preocupa com a garota com toda a sua vida.
Seus pés deslizam, quando ela deixa a moto cair, encontrando seu alvo de preocupação, ela está com outra garota, parecia mais nova, de roupas largas e também molhadas. Havia um infectado ao lado delas e um pequeno ser a sua vista, Moon sacou seu taiser, correndo até a cunhada que tentava se livrar do mostro próximo à elas.
—— Não —— a voz da garota mais nova, e desconhecida ecoa, Moon para ao lado de Eun Yu, observando com atenção, seus cabelos formavam cachos grandes e ela segurava o infectado, sem tirar os olhos da Lee —— Vai matá-lo?
A Han inclinou a cabeça, puxando a cunhada lentamente, uma pequena desconfiança gritando em sua mente. A garota agia de maneira estranha.
—— Ele foi um bom garoto...
Parecia que ela estava vendo a maluca da Lizzie de Twd a sua frente, dizendo para não matar zumbis porque eram boas pessoas. Moon franziu a testa, o taiser em sua mão pronto para ser ativado, não gostava nada do que acontecia.
A menina tinha uma fita vermelha amarrada ao braço, da mesma que Eun Yu quando foi salva do marido da Chefe Ji, e que ela teve no pescoço.
—— Vocês são Han Moon, e Lee Eun Yu?
—— Como sabe disso?
Moon puxou a cunhada novamente, sendo ignorada. Seus olhos ágeis notaram aquele pequeno mostro se aproximando. E também como a estranha a sua frente, não parecia gostar delas.
—— Foram embora por sua causa —— respondeu, seus olhos nunca saindo da Lee —— não tinha maldade neles.
Moon zombou, ganhando um olhar frio como resposta, seu dedo escorregando para o gatilho do choque. A menina se virou.
—— Espere —— Eun Yu tentou parar a mais nova.
Moon conseguiu ver a cena com atenção e cautela, quando aquele monstro tentou empurrá-las para longe de sua protegida. Bem como quando o acertou com seu taiser em potência fraca, suficiente para o mandar de volta para trás, ela sacou a arma também, pronta para uma nova briga.
—— Não —— a menina negou, Moon sequer a olhou, movendo sua arma para um tiro certeiro, ela sabia que acertaria —— deixa, elas não.
O pequeno monstro deixou sua postura ofensiva, seguindo a menina para longe, enquanto Moon checava Eun Yu pelo canto dos olhos.
Ela anotou mentalmente que uma criança conseguia conversar com um infectado, e que agia de maneira totalmente esquisita. Algo nela a alertou que não seria o último encontro delas, e Moon iria se preparar para mais confusões.
—— Vai deixar a sua moto? —— Eun Yu perguntou desacreditada, ela andava a frente de Moon, recusando qualquer ajuda.
—— Escondi ela, acho que a queda soltou algum escapamento —— a mais velha deu de ombros, era mentira, só queria ter mais tempo com a Lee.
Elas seguiam uma trilha de sangue, possivelmente atrás do morador do estádio morto e o recém transformado, talvez até da garota estranha que Moon definiu não gostar.
—— Como me achou?
—— Ouvi seu grito...
Eun Yu parou, seus olhos inchados encarando os de Moon. Elas eram quebradas, almas fragmentadas em busca de um sinal de esperança, um respingo de humanidade ao qual se agarravam.
—— Algo me salvou novamente —— contou a Lee, Moon ergueu os olhos —— Acho que é ele...
A Han queria acreditar, sua alma e coração precisavam daquilo. Suas noites de sono vazias, onde simplesmente apagava, as lembranças de quando uma conversa boba já a deixava feliz, com a mente tonta e um sorriso bobo.
—— Então vamos encontrá-lo —— Ela sorriu, verdadeiramente.
—— Vamos, sim —— Eun Yu acenou, voltando a mancar pelo caminho, ela parecia estar mais leve quando soltou a próxima brincadeira —— Acho que Park Chan-yeong gosta de você...
—— Não —— Moon negou com uma risada involuntária, conseguia ver o rosto dele com perfeição —— ele tem uma paixão secreta por você.
Lee Eun Yu não reagiu, um revirar de olhos apenas. A Han sabia que a mais nova continuava a sonhar com um único homem.
—— Acho que o Sargento Kim, tem uma paixão por mim —— revelou, fazendo a outra rir daquela vez.
—— Eu tenho certeza —— zombou, parando novamente, seus olhos brilhavam em diversão —— tadinho, ele ainda não entendeu que você sempre vai ser do meu irmão.
—— Cala a boca —— brincou a mulher, se apressando para deixar um soquinho no braço da cunhada.
Elas andaram juntas por mais alguns minutos, rindo de coisas aleatórias, antes de Moon tomar outro caminho, a procura de uma carona para o abrigo, deixando que Lee Eun Yu seguisse sua missão solo.
—— Você é uma teimosa.
A frase causou calafrios, novamente a fazendo ter um déjà vu, ao notar como o Kim a observava com seriedade, ele que ordenou que o carro militar parasse, ao notar ser ela a andar na estrada.
—— Não consigo evitar —— zombou a Han, subindo para o banco de trás do veículo —— Sou ótima não seguindo ordens.
—— Eu sei —— Young Hoo segurou um pequeno sorriso, ganhando uma cotovelada do amigo ao lado.
Moon notou, claro. Mas se fez de cega, ela estava cansada de mais para lembrar eles que não gostava de ninguém ali e que não teria um encontro com o Kim.
•
O trio encontrou um morador do lado de fora do abrigo, o filho da senhora que pediu a Moon um chocolate. Ela, junto de outro militar, carregava seu corpo desacordado para o refúgio, todos cansados.
Ela revirou os olhos quando o Sargento Kim bateu em Chan-yeong, já que o Park havia admitido ser sua culpa a grande explosão. Mas não se envolveu, sabendo que seria apenas mais uma briga, com um homem que estava explodindo em problemas maiores.
O grupo dos Corvos estava sumindo aos poucos, morrendo nas missões que ajudava todos os sobreviventes, sumindo, se tornando apenas lembranças dolorosas para seus amigos que restavam.
Ele se sentia responsável pelo grupo, e ela se sentia orgulhosa daquilo, gostar tanto de um grupo, para considerar família e proteger. Era o que fazia por Eun Yu, então conseguia entender.
Não tenho paciência para a filha da Yi-Kiung, e tô foda-se que ela tem um ano de idade e que tá se sentindo perdida. Se quiser discordar, discorde em sua casa, aqui é uma monarquia, eu sou a rainha, minha palavra é ordem.
"Mas BlackTurion, ela pode evoluir" é o mínimo, quando ela melhorar, se melhorar, eu escrevo algo super bom dela, até lá, vou narrar de acordo com meus sentimentos controversos.
Até 👋🏻
BlackTurion.
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