007

~ Chocolate ~

Maratona: 1/3
Especial 1k
Participação: depressão


Na reunião com os outros militares dos Corvos, para que passassem instruções da nova missão, Moon está presente, mas seus olhos são atraídos pela amarração vermelha, que mantinha amarrada ao tornozelo.

Uma onda de memórias a transporta para uma noite desesperadora, onde a sensação de ser esmagada por um grande verme, que ameaçava extinguir sua existência.

Conseguia de lembrar do ápice de desespero, quando seus sentidos pareciam se esvair, seus olhos já se fechavam e tudo escurecia aos poucos. No entanto, um baque atingiu seu corpo, quando algo rompeu o domínio do monstro, libertando-a.

Ao recobrar a consciência, perdida em meio à confusão, restavam apenas sua mochila, intacta, e um laço vermelho, preso em seu pescoço.

Aquele pedaço de pano, em cor quente, que tanto chamou a atenção do Sargento Kim e de Lee Eun Yu, quando retornou da missão, tornou-se mais do que uma simples lembrança; um testemunho tangível de sua sobrevivência.

O laço vermelho, agora presente na reunião, sinaliza a resiliência de Moon diante dos perigos inimagináveis que o mundo pós-apocalíptico impõe.

O Sargento Kim a chamou até a saída, havia se tornado comum que ele se despedisse, como também cobrava que ela o fizesse.

—— Por favor, não faça nenhuma besteira —— ele pede em um suspiro.

A cabeça de Moon se vira com força, um déjà vu cantante e irritante martelando sua mente e coração. Doía. Aquela saudade não terminava nunca, a lembrando de que tudo nela ainda pertencia a Eunhyuk.

—— Não farei, sei me cuidar sozinha —— lembrou, se forçando a engolir a sensação esmagadora que partia seu coração —— Não se preocupe comigo.

Ao acenar para Kim, garantindo que ficará bem, seu coração se enche de saudades do amado, uma presença constante mesmo na ausência física.

—— Sei que sabe —— Young Hoo segurou um pequeno sorriso, acenando para a mulher, seus olhos estudando como ela parecia nervosa. —— Já vou.

—— Boa sorte —— Ela acenou, dando as costas para Sargento, que também seguiu seu caminho, até o carro que iriam usar para sair.

Enquanto o Kim parte em busca de recursos essenciais, Moon enfrenta a solidão momentânea, mas a lembrança de Eunhyuk continua a guiá-la, ela sentia tanta falta dele, que tudo continuava sem cor.

Moon e Chan-yeong estão lado a lado, observando o trabalho árduo. A função de ambos é cuidar dos voluntários, garantir que fiquem na área segura.

—— Sente falta de estudar?

—— Sente falta de jogar?

Ambos trocam um olhar entendedor, trocando um pequeno sorriso. Moon deu uma pequena risada amorosa quando o Park ajudou um sobrevivente a se levantar, ela o achava adorável, algo em sua natureza cuidadosa a fazia ter muita vontade de protegê-lo.

Ela percebe que outra pessoa encara a cena, a filha da Chefe Ji, Ye-seul a irritava. Moon sorri de forma maliciosa, querendo irritar a garota que tanto pegava no pé de sua irmã de consideração.

—— Park —— Ela chama, o amigo se vira para ela, pronto para fazer uma pequena piada, mas sente seu corpo ser apertado e um beijo ser plantado em sua bochecha.

Chan-yeong corresponde ao abraço, sacudindo o corpo de Moon de um lado para outro levemente. O grito de ódio da filha da Chefe Jin ecoa pelo campo, e Moon saboreia a pequena vitória, mesmo que infantil.

—— O que será que essa doida quer? —— indagou o Park, soltando Moon, com um pequeno sorriso fraterno.

—— Talvez esteja na TPM, como eu —— mente Moon, dando de ombros.

—— Senhorita, Moon —— uma moradora a chamou, a Han se virou com cuidado, acenando em direção à mais velha —— Pode me fazer um favor?

Atendendo ao pedido da moradora, Moon aceita a missão secreta de encontrar o chocolate preferido do filho da senhora. Consciente das dificuldades enfrentadas pela idosa, de cuidar dele, ela se dispõe a ajudar, carregando consigo sua mochila.

Para agilizar a busca, Moon opta por sua moto, um veículo que encontrou e consertou meses antes, contando com a ajuda de Chan-yeong. Ela sai em velocidade, sentindo o vento frio contra o corpo.

Usava uma regata cinza, sua calça moletom, e um casaco de couro por cima, em seus pés estavam suas botas militares, além do fiel laço vermelho. Trocou o capacete por um boné, preto, assim que chegou a pequena casa, onde sabia ter doces escondidos.

Seus passos cautelosos reverberando contra as paredes silenciosas. A luz filtrada pelos pedaços de vidro quebrados cria sombras dançantes, aumentando a tensão no ar. Moon pega sua fiel faca com força, seguindo adiante.

Ao explorar, ela depara-se com algo inesperado. Um gigantesco monstro esquelético, oculto nas sombras, surge abruptamente. O horror se espalha pelo rosto de Moon quando o monstro, de garras alongadas, tenta agarrá-la com voracidade. Seus olhos, vazios e desprovidos de vida, fixam-se nela como predadores famintos.

O instinto de sobrevivência guia Moon em uma fuga desesperada. Ela se lança para trás, evitando por milímetros as garras letais que se fecham no ar vazio. Sua presença ameaçando engoli-la.

Com reflexos ágeis, Moon esquiva-se habilmente, escapando pela abertura estreita entre a parede e o monstro. A luz do sol, se foi, e agora tudo parece cinza, a Han se joga contra o asfalto, no exato momento em que a chuva começava a cair, acalmando as batidas frenéticas que doíam em seu peito.

Seus dedos encontram o bolso de sua jaqueta, feliz em encontrar lá quatro barras de chocolate, ela solta uma risada involuntária, fechando os olhos.

O pavor dando espaço a emoção de estar viva. Ela conseguiu ouvir sua voz dizendo que sabia se cuidar, que estaria bem e não seria teimosa, mas não era de horas antes.

Não. Era um daqueles momentos em que as memórias de Eunhyuk assolavam tudo, conseguia sentir sua presença, os olhares julgadores e atentos dele, até agia como ele gostaria.

Tudo para que se lembrasse de que ele não estava mais lá, que não poderia tocá-lo, garantir seu pequeno momento de paz com um pequeno beijo ou sinal de preocupação, para brigar por seu descuido.

Estava quase sozinha, tinha apenas Lee Eun Yu, e Park Chan-yeong.

Estava se sentindo um gelo, sabendo que teria de tomar um chá quente, o vento batendo contra seu corpo encharcado de chuva. O som estrondoso de uma explosão a faz derrapar na pista, a fazendo parar para não cair.

O som estava vindo do estádio, logo diversos monstros estariam rodeando o lugar, e ela não sabia onde estava Eun Yu, sequer tinha ideia dela estar em segurança ou não.

A urgência toma conta de Moon enquanto tenta chegar ao estádio o mais rápido possível. No entanto, um grito chamando por "OPPA" a detém. A voz é conhecida, pertencente à sua irmã de consideração, sua cunhada Eun Yu.

A Han trocou sua rota. Sua prioridade sempre seria a mesma.

Pergunta, vocês recebem notificações das minhas atualizações?

Porque notei que não ando recebendo nenhuma notificação de minhas amigas, então, se não tiver recebendo, me avise, assim posso escrever no quadro de mensagens toda vez que postar.

Me sigam!

Até Breve

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