17 · 𝙞 𝙠𝙣𝙤𝙬
oi gente, eu escrevi esse cap ouvindo running low entao quem quiser ouvir tbm enquanto le eh topper, beijocas e bom capitulo
nao esqueçam de favoritar e comentar :)
xoxo, lily
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The truth is spelled out in your eyes
Why don't you just reach out and make it clear to me?
What are you telling me?
Shawn Mendes.
— Gabriela White está incrivelmente gostosa hoje. – ouço Cody falar pela milésima vez. – Esse pijama dela, puta que pariu...
Os outros garotos concordam e cerro meu punho desviando o olhar deles para a garota que estava dançando até o chão com Margot. Realmente, ela estava mais atraente do que o normal.
E mais bêbada.
Nossos olhares se encontraram rapidamente e arqueio as sobrancelhas como se estivesse perguntando o que ela estava fazendo e ela apenas ignorou. Bufo frustrado vendo que a morena iria ficar nessa por um bom tempo, é impressionante o quanto ela consegue me tirar do sério.
— O que acha, canadense? – Leo me acorda dos meus pensamentos.
— O que? – pergunto com tédio.
— Estávamos apostando que o Cody vai levar um puta fora da White. – ele responde e rio irônico.
— Você vai chegar nela? – meu tom saiu um pouco mais seco do que eu esperava.
— Claro que sim. – diz confiante. – Ouvi dizer que ela gosta de loiros.
Meu maxilar trinca e bebo mais um gole do copo plástico que estava em minhas mãos, sentindo o caminho todo que o líquido fez pela minha garganta queimar como fogo.
— Se você diz.
Quando volto meu olhar para Gabriela, ao seu lado estava o defensor do time de futebol da escola com toda a sua pose conversando com ela. Eu não deveria me importar com isso mas a verdade é que eu estava quase explodindo de raiva.
O que é ridículo, totalmente ridículo. Eu sou Shawn Mendes, que pode ter literalmente qualquer garota em minhas mãos e eu estou com ciúmes de uma californiana com menos de um metro e sessenta. Que fase.
— Eu não acredito nisso. – gargalha alto Mylon.
E lá estava Gabriela rebolando no Cody. Meu Deus, essa noite vai ser bem pior do que eu pensava. Molho meus lábios sentindo meu peito esquentar e tento desviar o olhar mas era impossível. Os cabelos castanhos da garota balançava enquanto tinha um sorriso contagiante no rosto acompanhado com uma mordida no lábio inferior. Viro o copo direto em uma fração de segundos e sinto minha garganta ficar quente novamente.
Quando voltei minha atenção nos dois já era tarde demais. Os dois se beijavam loucamente - se engoliam, diga-se de passagem - e pude ouvir os gritos dos meninos que estavam ao meu lado ao ver a cena, como se tivessem quinze anos de idade e nunca viram um beijo na vida. A mão de Cody descia da sua cintura e nesse exato momento eu já estava no meu limite, pronto para tirar Gabriela dali o mais rápido possível. Eu sei que era muita hipocrisia da minha parte já que eu fiquei com a melhor amiga dela algumas vezes escondido dela e logo na semana que a gente havia se beijado e eu havia dado um gelo. Mas eu tenho uma boa explicação para isso. Na verdade, para tudo que eu faço.
Porém, algo havia acontecido. Dunga empurrou o capitão do time e saiu correndo, esbarrando na aglomeração de pessoas que estavam pelo caminho, o que eram muitas. O loiro ficou com uma feição confusa e coçou a nuca, vindo em nossa direção.
— Qual é, Cody! – Fred exclamou. – Tu amassou a White.
— Nem me fala, bro. – Mylon fala num tom divertido, dando soquinhos no garoto e bagunçando seu cabelo. – Foi bom?
— Bom foi pouco, nunca pensei que ela teria um beijo tão bom. – responde com um sorriso malicioso. – Só não entendi o porquê de ela ter saído desse jeito.
– Talvez você não beije tão bem assim. – sorrio irônico e Cody desfaz o sorriso em um segundo.
Solto uma risada sem humor e dou dois tapinhas em suas costas, saindo de perto do grupo de meninos que soltaram algumas piadinhas para cima dele que permanecia emburrado após a minha provocação. Passo pelo pequeno tumulto de adolescentes bêbados que estava na sala de estar enquanto algumas garotas me encaravam como se estivessem vendo algo surreal, e chamavam meu nome ás vezes. Encontro Margot sentada no primeiro degrau da escada, que tinha seus olhos fixados em mim. Era inacreditável até para mim o quanto essa casa era enorme e luxuosa.
— Shawnie!
— Margot, você viu a Gabriela? – pergunto e ela fecha a cara, tirando as mãos que por algum motivo estavam envolta da minha nuca.
— Subiu as escadas que nem uma maluca. – pergunta e logo arqueia as sobrancelhas, revirando os olhos num modo irritante. – Por que você se importa, afinal?
— Por que não me importaria? – respondo num tom seco. – Na verdade, você como melhor amiga dela deveria se preocupar mais que eu.
— Eu não sou babá de ninguém. – fala. – Já estou de saco cheio dos dramas da Gabriela. Você deveria se afastar disso, só traz problemas.
— Você bêbada consegue ser mais irritante que o normal. – digo a ignorando e subindo os degraus das escadas.
Quando chego no segundo andar, havia um corredor enorme com várias portas em ambos os lados. Enquanto caminhava por ele e passava pelos quartos eu ouvia gemidos e algumas coisas que me faziam implorar para perder a audição agora mesmo. Por mais nojento que seja, pelo menos eu conseguia ter uma ideia de qual quarto ela estaria baseado nos sons.
Paro numa porta e encosto minha orelha nela já preparando a careta, mas dessa vez eu não ouvi nada sexual. Um bom começo, eu diria. Bato duas vezes na porta e nada acontece, me fazendo repetir a ação e ter o mesmo resultado. Começo a socar a madeira e ouço um berro impaciente:
— CARALHO, ME DEIXA EM PAZ!
Abro um sorriso de lado. Achei.
— Me deixa entrar, Zangado. – digo calmamente.
— Me deixa em paz.
— É o Shawn. – respondo ignorando seu pedido. – Shawn Mendes, sabe? Seu ídolo.
— A porta já está aberta, idiota.
Giro a maçaneta e encontro a garota sentada na cama de casal que havia no cômodo. Seus olhos estavam avermelhados e seu rosto um pouco inchado e molhado de lágrimas enquanto tinha sua bombinha de asma em suas mãos. Sem falar no seu cabelo um pouco bagunçado, mas mesmo assim continuava atraente.
— Encheu o saco para entrar aqui e ficar me encarando que nem um bocó, Miss Canadá? – pergunta num tom sarcástico e ainda embolado de bebida.
— Álcool te deixa mais insuportável, sabia? – fecho a porta atrás de mim.
A morena vira a cara para sua bombinha novamente e solto um suspiro, ainda a observando. Ela estava ainda visivelmente irritada comigo, o que do mesmo jeito que me incomoda, me faz rir. Gabriela era cômica brava, seus lábios formavam um biquinho birrento e seu cenho ficava franzido de uma forma fofa e engraçada.
— Por que você saiu correndo do Cody? – pergunto curioso.
— Não te interessa. – diz seca. – Por que não vai atrás da Margot?
— Porque é a melhor amiga dela que me interessa. – respondo simplesmente e ela me fita séria. Dava para ver que ela estava segurando para não abrir um sorriso, o que me fez relaxar um pouco.
— Você só diz isso porque sabe que eu não vou lembrar amanhã. – murmura.
— Ainda bem que sabe. Não vou insistir pra você contar o que aconteceu. – solto um suspiro e me sento ao seu lado, passando minhas mãos pelo meu cabelo e molhando os lábios, tentando pensar no que falar. – Mas você sabe que tipo, se sei lá, você sabe...
Gesticulo com as mãos e me perco nas palavras e ela solta uma risada adorável.
— É engraçado ver você tentando ser fofo comigo.
— É sério, Gabriela. – digo. – O que você passou naquela noite foi algo horrível, que pode acontecer gatilhos frequentemente, eu não consigo nem imaginar como...
— Shawn. – me interrompe. – Só é algo muito recente ainda. Mas eu vou ficar bem, então relaxa.
Quando fui perceber, me perdi em seus olhos castanhos e aproximei nossos rostos sentindo o hálito de álcool e limão forte. Ponho um fio de cabelo que estava grudado em sua testa por conta das lágrimas e ponho atrás de sua orelha, fazendo com que ela soltasse uma risada envergonhada.
— Que foi? – pergunto curioso.
— Eu tô bêbada, com sono e enjoada. – responde. – E você é um babaca.
— Eu sei.
— Você não deveria ter pego ela. – seu tom de voz soa com raiva.
- Eu sei.
— E nem ter escondido isso de mim, ter me ignorado a semana toda depois de ter me beijado e...
— Eu sei, Gabriela.
A garota soca meu peito com raiva, algo que não me causou nem cócegas, e cai seu tronco para trás na cama, se deitando na mesma. Reviro meus olhos e me levanto, pegando a morena no colo como se fosse um bebê. Pelo menos o tamanho era parecido. Ela piscava lentamente com tanto sono que parecia contagiante, me fazendo bocejar.
— Já está ficando chato ter que te levar pra casa no colo em toda festa.
— Idiota. - murmura de olhos fechados e foco em abrir a porta enquanto segurava ela, o que foi um pouco difícil mas consegui.
— Você sabe que eu tentei te esquecer ficando com a Margot porque sabia que passaria a semana toda querendo te beijar e não pararia de pensar em você, e esse fato me assusta e me deixa completamente irritado. Não sabe?
— Eu sei.
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