STACY [✾] 15
SAMMY WILK
Quando encontro Stacy ela está em completo estado de choque dentro do seu carro, olho para o cemitério na nossa frente,meu coração murcha mais um pouco quando percebo como hoje está sendo um dia terrível pra ela.
Abro a porta do seu carro, puxando seu corpo, que está tremendo, junto ao meu.
— Me leva pro hospital. — sua voz sai fraca e embargada.
— Ok. Vou deixar seu carro aqui, depois volto pra pegar. — ela da um levo aceno de cabeça.
Seguro ela pela cintura, colocando a mesma no banco do passageiro. Durante todo o caminho ela olha para um ponto fixo na sua frente, olho para suas mãos e vejo que estão fechadas com muita força, suas unhas provavelmente estão machucando a palma.
Quando paramos no sinal, abro sua mão com a minha e confirmo o que estava pesando, há um pouco de sangue na palma por conta da força que ela estava apertando. Seguro sua mão até chegarmos no hospital, Stacy sai correndo do carro.
Seus tios já estão na sala de espera, junto com meus pais e do Nathan, os meninos chegam logo atrás de nós.
— Como ele tá? Onde ele tá? — a loira pergunta para a sua tia.
— Não sabemos ainda. — Jenifer sussurra, passando as mãos pelos cabelos longos da Stacy. — ele vai ficar bem, querida.
Sento do lado da minha mãe que aperta minha mão.
— Como aconteceu? — a voz embargada da Stacy inunda meus ouvidos. O sofrimento está explícito na sua voz enquanto ela faz as perguntas das quais não quer ouvir as respostas.
— Segundo a secretaria do seu pai, ele recebeu esse envelope — sua tia entrega para ela — se trancou na sala e foi ver o que era, ela disse que só escutou as coisas da mesa caindo e quando entrou ele estava com a mão no peito e sentindo muita dor.
— V-você viu o que tinha aqui? — a voz dela vacila um pouco. Sua tia nega com a cabeça.
Encaro Stacy que olha aterrorizada para o envelope em suas mãos, algo em mim diz que ela sabe exatamente do que se trata. Logo ela volta a tremer, com lágrimas descendo pelo seu rosto.
Saio de onde estou, sento ao seu lado, abraçando ela de lado. Stacy coloca seu rosto na dobra meu pescoço e agarra minha camisa com força.
Depois de quase três horas na sala de espera o médico finalmente aparece, mas sua cara não me deixa muito feliz.
— Como ele está? — Stacy fica em pé num pulo.
— Foi uma cirurgia complicada, a recuperação precisa de máximo cuidado possível. Não podemos dizer nada com muita precisão, vamos ver como ele vai reagir aos remédios. — o médico diz.
Ando em passos largos até ela pois parece que a qualquer momento seu corpo vai desabar no chão, seguro ela pelos cotovelos, encostando meu queixo no topo na sua cabeça.
— Posso ver ele? — sua voz sai quase inaudível.
— Ele ainda está indo para o quarto, assim que ele estiver acomodado mando um enfermeiro vir pegar você. Mas, recomendo apenas uma visita e de preferência a pessoa que vá dormir com ele. — antes de ir embora o médico pergunta se precisamos de mais uma coisa e se retira.
— Querida, você não quer que eu fique com ele? — sua tia pergunta. — você precisa descansar.
Stacy olha pra ela e nega com a cabeça.
— Você tem certeza? — pergunto a ela.
— Tenho. Sou eu quem tem que cuidar dele. — seu olhar está distante e triste. Não tem mais aquele brilho, me despeço dela com um abraço apertado e um beijo na sua testa.
— Qualquer coisa me manda uma mensagem ou liga. — ela concorda com a cabeça antes de acompanhar o enfermeiro. Penso em passar a noite no hospital mas minha mãe diz que é melhor ir pra casa.
Peço pro Nate ir comigo no meu carro até o cemitério pra que eu possa levar o dela até minha casa, já que não tem ninguém na sua.
— Você deixa na minha casa, tá bom. — ele concorda e arranca com o carro.
Quando sento no banco do motorista do carro da Stacy percebo que tem um envelope preso no pára-brisa, saio do veículo e pego o pacote. Assim que abro sinto meu estômago se revirar.
São várias fotos da Stacy nua, deitada na sua cama e dormindo, há também um pendrive e um bilhete, minhas mãos estão tremendo de tanta raiva enquanto desdobro o pedaço de papel.
Essa é a vadia que você quer?
Basta isso pra eu sentir uma coisa que nunca senti antes. Uma vontade enorme de cometer assassinato.
Juro que nunca dirigi tão rápido até a casa dos meus pais, entro no meu quarto correndo, procurando o notebook por todos os cantos. Quando finalmente acho, tranco a porta, com as mãos ainda tremendo, sento na cama e coloco o pendrive.
É um vídeo dela e do Charles transando. Não sei de onde tirei forças pra terminar de assistir mas assim que chega ao final tem uma mensagem: Ou você deixa ela em paz, ou esse vídeo vai parar na internet e vai que o pai dela morre de vez. É isso que você quer?
Fecho a tampa do notebook com força, como se aquele aparelho fosse a cabeça daquele filho da puta. Começo a andar de um lado pro outro no quarto, com a cabeça entre as mãos, deixando as lágrimas descerem pelo meu rosto.
Sinceramente não sei o que fazer.
Não quero deixar Stacy. Mas também não quero esse vídeo e essas fotos na internet, vai terminar de destruí-la.
Essa é a última coisa que quero.
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