✴️ Capítulo 35 ✴️

A Merlinda ficou por pouco tempo com o Tom por aqui, foi apenas um final de semana; eles queriam nos dar a notícia pessoalmente e matar um pouco da saudade dos amigos; pois, logo mais, a barriga da Linda iria começar a aparecer e ela ainda iria ter que voltar para terminar os seus ensaios. A estreia seria daqui a quatro semanas e ela estava supernervosa, em expectativa para essa sua apresentação. E eu até que lhe entendia, pois era um sonho que estava sendo realizado; embora, ela tivesse me confessado, que se sentia um pouco triste, por ter que parar a sua carreira sem ela nem ao menos ter começado. Porém, disse que o diretor da sua companhia de teatro, lhe garantiu, que se tudo ocorresse bem na sua estreia e que a peça fosse realmente um sucesso, com certeza ele ainda iria a querer por perto, para que continuasse se apresentando, depois que tivesse o seu filho; e nesse meio tempo, ela ainda poderia continuar ensaiando nos bastidores e lhe ajudando, a passar alguns textos para os outros atores. A Linda me disse, que ainda podia sentir uma pequena fagulha de esperança com aquilo; e eu lhe incentivei a acreditar nisso, pois eu sabia que a sua apresentação iria ser um sucesso e o diretor, iria ficar impressionado com o seu talento. A Merlinda arrasava nas atuações!

Assim, nesse período que ela veio visitar a gente, ela preferiu ficar lá na casa da minha mãe, no meu antigo quarto; pois disse que se sentiria muito mais à vontade, do que ficar na casa do Sr. Collins; ainda mais, porque tinha uma criança e ela poderia facilmente acabar quebrando alguma coisa. No entanto, eu lhe ressaltei, que ela não precisava mais ficar chamando o Dylan de Sr. Collins, pois ele já era da família e não precisávamos mais de tantas formalidades. Porém, ela insistia em me dizer, que para ela, ele sempre seria o Sr. Dylan Collins, o todo poderoso de mãos maravilhosas; e que não tinha como deixar esse ponto de lado. Logo, eu morri de rir com a sua explicação; mas também lhe disse, que não teria nenhum problema a Cris ir para lá, até porque, uma hora ou outra o Dylan iria ter que se acostumar com uma criança dentro de casa; a Stella estava chegando e ela iria fazer bagunça do mesmo jeito. Mas a Merlinda, logo tratou de me rebater, "Mas não com a minha, deixa que isso aconteça com a filha de vocês!". Com isso, caímos na risada e decidimos deixar essa discussão de lado, pois queríamos curtir o restante do final de semana.

Fomos ao antigo barzinho de Rock, aquele que era logo na frente do Albero e que eu havia bebido todas, no dia que fomos para lá; porque eu estava puta com o Dylan. Porém, dessa vez, fomos em casal e eu estava agora, bem mais resolvida com ele; e curtimos do mesmo jeito a noite e sem nenhum tipo de bebida alcoólica; até porque eu e a Merlinda estávamos grávidas e não podíamos beber algo do tipo. Assim, dançamos a noite toda e ficamos nos relembrando, das histórias que vivemos no Albero. A Linda e o Tom, até que se sentiram bem mais à vontade com o Dylan, depois dessa nossa saidinha. Graças a Deus, até porque eu detestaria ter que ficar quebrando gelo, todas as vezes que a gente se encontrasse! Mas também, para ser bem sincera, foi o meu bonitão, o Sr. de mãos maravilhosas, que ficou puxando assunto com eles e se enturmando na conversa. Esse aí sabe se encaixar em qualquer situação! Assim, depois que estávamos em casa e fomos dormir abraçadinhos na nossa cama, ele me relatou que havia adorado sair com os meus amigos e os ter conhecido melhor. O meu coração chega saltou de alegria com aquilo, pois ele me ganhou ainda mais com isso. Mas como se também, ele já não me tivesse por inteira!

Com tudo, a Linda e o Tom e a Cris, tiveram que ir embora. Os deixamos no aeroporto e lhes garantimos que iriamos estar na primeira fila, no dia da estreia da Linda. Ela, com isso, ficou toda besta, com a possibilidade de que pudesse nos ver por lá. Assim, nos despedimos deles e eles se foram no avião. Como ainda tínhamos o dia inteiro de trabalho, o Dylan me deixou no restaurante e eu aproveitei para acertar com o Henrique, as minhas últimas coisas das férias. A Joana, era quem iria ficar no meu lugar nesse meio período. Ela sempre foi muito prestativa e pontual com as suas tarefas. Além disso, ela era a única que estava trabalhando no restaurante desde o começo e não se mostrava ser uma víbora ignorante, como as outras tem sido. Por isso que eu sugerir ela, quando o Henrique me perguntou. Pois, além das minhas férias, eu iria entrar na minha licença maternidade e eu não queria ter que ter qualquer pessoa no meu lugar. Com isso, eu já vinha a treinando a um tempo e passando algumas das minhas tarefas, para ela ir se adaptando; e até que ela estava se saindo muito bem, tenho certeza que iria conseguir dar conta.

E sobre as minhas férias, eu e o Dylan havíamos combinado de irmos para Grécia. Queríamos ir para um lugar tranquilo e sossegado, onde tivéssemos praias belíssimas para podermos descansar. Porém, eu sei, que lá também tem vários pontos turísticos para podermos visitar; mas sei que o Dylan não vai me deixar ver nem a metade deles, por não querer que eu ande muito por lá. Pois, ele já vive me dizendo que os meus pés estão ficando inchados, por causa do meu trabalho, imagine quando estivermos de férias. Aff, essa seria a minha primeira viagem para fora do Brasil e eu não iria deixar o Dylan me impedir de curti-la!

Durante o trabalho, eu recebi uma mensagem do Guilherme, querendo confirmar comigo sobre a nossa reunião mais tarde, com a mulher que iria querer reformar a sua Clínica de estética. Ele me disse, que ela era nova no mercado e que aceitou numa boa, quando o seu amigo, me sugeriu para tomar a frente do seu projeto. Era algo mais em conta para ela e que ainda poderia ter o apoio de outros profissionais na área. Assim, eu confirmei com ele e falei com o Henrique sobre isso. Uma hora antes de eu terminar o meu expediente, eu sair do restaurante e chamei um táxi, para poder ir me encontrar com ele; mas antes de pegá-lo, eu pude sentir, que estava sendo observada de algum lugar. Na verdade, já fazia um bom tempo que eu estava me sentindo assim. Pensei que pudesse ser o Jonas, me vigiando, mas não fazia muito sentido ele ficar fazendo isso o tempo todo, até porque ele estava trabalhando e não tinha como ficar sabendo de todos os meus horários. Acho que ele não era tão psicopata a esse ponto! Era?!

Cheguei na livraria em que eu e o Guilherme tínhamos combinado de nos encontrar, e o avistei, vasculhando um dos livros da prateleira. Sim, ele era bonito, não tinha como negar; mas também não dava para se comparar ao meu bonitão! O Dylan era muito mais bonito! Então, desde que tivemos aquele pequeno desentendimento na sala de aula, que eu e o Guilherme havíamos tentado nos evitar. Ele me respeitava com a distância e só falava comigo, quando era para me dizer alguma coisa da faculdade. Até que apareceu esse projeto e começamos a nos falar novamente, mas sem entrarmos em assuntos pessoais. Ele parecia ter entendido a situação e seguido em frente. Acho que dessa vez, podemos voltar a sermos amigos.

— Olá, barrigudinha! Pronta para discutir o seu mais novo projeto? — Ele sorri para mim e coloca o livro que estava segurando, de volta no seu lugar.

— Eu já disse que esse apelido é ridículo, não disse?! — Eu brinco com ele revirando os meus olhos e ele faz pouco caso de mim. Ele já estava se acostumando comigo! Aff!

Assim, seguimos direto para a cafeteria do lado, no lugar em que tínhamos marcado com a tal Lorena; essa, na qual, nem o Guilherme sabia como ela era. Apenas tínhamos uma foto dela de lado, que era a que estava no seu perfil, na do aplicativo de mensagens e pronto. Ótimo! Como é que agora vamos nos encontrar com uma mulher, que nem sabemos como ela é? Pergunto ao Guilherme impaciente e ele apenas me responde, que ela falou, que estaria aqui com uma blusa preta e um xale vermelho. Então, olhamos curiosos para todos os que estavam no recinto e tentamos encontrar alguém parecido, com essas mesmas características, mas não conseguimos avistar ninguém; apenas uma mulher muito jovem, que estava sentada logo mais à nossa frente, perto de uma mesa virada para a rua, que estava um casaco vermelho muito parecido, pendurado em cima da sua bolsa.

Tendo ela, como único palpite para ser a mulher que estávamos procurando, eu sugiro ao Guilherme, irmos até lá, para podermos tirar essa dúvida; mas ele insiste em dizer que não é ela, pois diz que ela parece ser muito nova para ser uma empresária. Assim, discutimos um pouco sobre isso e por fim, ele cedeu aos meus argumentos. Ele sabia que estava sendo preconceituoso e não nos custava nada irmos lá lhe perguntar. Então, com cautela, nós dois nos aproximamos da sua mesa e devagarinho, eu pude ir vendo as suas afeições. E como déjà vu, eu reconheci aquele rosto de algum lugar.

— Lorena? Digo, Lorena Benedito... — A questiono assim que a vejo por completo e a reconheço do tempo da escola. Nós éramos melhores amigas! E ela pelo visto, também parece me reconhecer; pois logo em seguida, ela se levanta e me abraça cheia de euforia, como fazíamos na infância.

— Nossa, quanto tempo, hein?! — Ela olha para a minha barriga e eu afirmo, lhe contando sobre o Dylan.

Ficamos ali em pé, perdidas no tempo, falando sobre o agora e o nosso tempo de escola, que eu acabei me esquecendo do Guilherme e do que viemos fazer aqui. Até que ele pigarreia atrás de mim e eu me dou conta, que ainda não os havia lhes apresentado.

— Sim, esse aqui é o Guilherme! O meu professor da faculdade, que está me ajudando com o TCC do curso de arquitetura. — Eles se cumprimentam e os vejo trocar um olhar significativo. Hum, sentir um cheirinho de climinha no ar! — A gente veio se encontrar com uma mulher, para podermos falar sobre um projeto de uma clínica, que vamos fazer! Inclusive, ela tem o mesmo nome que o seu... — Me dou conta só naquele momento, dessa incrível coincidência.

O Guilherme logo se pronuncia atrás de mim e o vejo tentando desconversar o que eu falei.

— Mas é claro, que devemos ter nos confundido você com ela; pois a senhora que falou comigo, disse que estaria aqui com o mesmo casaco que o seu... — Ele diz apontando para o xale dela e lhe dando um sorriso meio que de desdém. O que é que estava acontecendo com ele?! Ele estava nervoso ou descrente de que possa ser ela?

— E porque você acha que essa mulher não pode ser eu, professor Guilherme... Por acaso eu sou muito nova para isso ou você acha que eu não me encaixo no seu tipo de padrão? — Ela lhe encara de forma desafiadora e sinto um pouco de autoridade na sua voz. Essa Lorena, eu ainda não conhecia!

— Não sei que padrão você está querendo se referir, Lorena! Mas acho que uma foto de perfil, que não mostra nem o seu rosto direito, fica meio difícil saber quem você é de verdade, não acha?! — Ele a questiona, sem desviar em nenhum momento os seus olhos do dela. Ok, isso realmente não estava sendo uma conversa normal! Eu diria que eles estavam até se parecendo comigo e o Dylan no começo, que não parávamos de alfinetar um ao outro!

Tentando controlar um pouco daquela situação, o que no caso, eu mesma é que tinha provocado aquilo tudo; eu me viro para a Lorena e lhe pergunto de uma vez, o que tanto estava nos causando aquela dúvida.

— Então é você mesma, que estava nos aguardando? — Lhe questiono, mostrando curiosidade e ela logo direciona o seu olhar para mim, nos confirmando o que agora já sabíamos.

Por fim, dada por encerrada aquela discussão, nos sentamos juntamente com ela na sua mesa e começamos a debater sobre o que realmente importava. A reforma da sua Clínica de estética. Brevemente, a Lorena me relatou de forma resumida, como foi que ela havia conseguido aquele espaço; já quase transformado. Ela nos disse, que uma tia sua havia viajado para fora do país e que não iria querer mais aquele lugar. E como que para não lhe deixar abandonado, decidiu repassar para ela, para que pudesse dar continuidade com o seu negócio. Então, como a Lorena já tinha se formado em Estética e tinha todo o conhecimento da área, ela agora só iria reformar o lugar e administrar o seu próprio empreendimento. Não precisaria mais ficar fazendo os seus atendimentos em casa e de forma restrita. E eu achei superincrível essa sua determinação! Pois, era muito difícil abrir o seu próprio negócio sozinha, e sem ter uma clientela muito grande para isso. Espero que ela consiga e dê certo!

Logo, começamos a debater sobre as suas ideias e o que ela gostaria de ter na sua mais nova clínica. Nós duas estávamos muito animadas com todo o projeto. Porém, o Guilherme não me parecia nem um pouco com isso, pois não deu uma única palavra, durante a nossa conversa. Ele apenas ficava encarando a Lorena e a escutando com atenção, quando ela falava alguma coisa da sua vida. Eu sabia que havia algo nela, que o intrigava e o instigava ao mesmo tempo; talvez desejo ou a forma que ela se propusera na sua frente, ao lhe desafiar a falar o que pensava. E eu sabia o que toda aquela implicância significava, mas preferia ficar calada, pois aquele assunto não era meu; porém, se ele ao menos se desse a chance de poder conhecê-la, eu já ficaria feliz. A Lorena era uma menina muito forte e já havia sofrido demais, ao perder os pais muito cedo. Não era de se admirar, que até hoje, ela havia se virado muito bem sozinha. E com certeza, merecia alguém que realmente a amasse e cuidasse dela. 

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Olá, meus Lermores! 😍👐🏼
Mas um capítulo para vocês! Esse foi realmente gigante... Está inspirada dessa vez! E em falar nisso... Eu até já quase terminei o próximo capítulo  hahaha 👀

O que acharam da Lorena, linda não?!😌😏✨ Será que agr o Guilherme desencana da nossa KitKat?😬
(Amigos da infância a gente nunca esquece, não é?!💖)

E Linda e o Tom, será que eles vão se acostumar a tratar o Sr. Collins como uma pessoa normal? kkkk.. 😂🤣

O próximo capítulo, será a bendita e maravilhosa férias na Grécia! O nosso casal vai entrar em ação! Haha😍💖🔥
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Falando nisso, me bateu um curiosidade... 🤔
De onde os meus Leitores são??
Eu sou de PE- Brasil.🏖️
E vcs?💓

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Adorarei lê-los depois!

Até o próximo capítulo, no mundo grego! Vcs vão morrer de rir!
🙈💕🤭

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