✴️ Capítulo 20 ✴️
Finalmente os enjoos tinham passado. Porém, a minha mãe estava me mandando tomar quase 1 litro de leite todos os dias, igual ela havia feito com a Karen. Dizia que essa era a fase do crescimento dos ossinhos do meu bebê e que ingerir cálcio e os seus derivados, eram superimportantes. E eu não a contradizia, ela havia tido três filhas, não era?! E além do mais, ela estava seguindo direitinho a dieta que a médica tinha passado. Assim, tomei o meu leite de manhã e peguei a minha marmitinha, com o almoço e a minha garrafa de água, que a minha mãe não me deixava sair sem ela; dizia que agora ela era a minha melhor amiga e que eu não deveria me largar dela. Eu rir, como a possibilidade da Merlinda sentir ciúmes, pôr a garrafa está roubando o seu lugar. E do jeito que ela era dramática, era bem provável que ficasse.
Logo, eu me arrumei e sair para o trabalho. O Henrique já havia contratado mais 3 funcionários e eu estava os orientando. Lembro como se fosse hoje, eu toda perdida, sem saber o que eu iria fazer para me virar naquele restaurante. Quem diria, que agora seria eu, a está ajudando essas pessoas! Já fazia quase uma semana, que o Anthony havia viajado e que estava morando com a Merlinda. Em uma das nossas conversas, ela me disse que até aquele momento eles ainda não haviam se matado; e que esperava que continuassem assim, já que seria ela, a dar o último golpe e derrotá-lo. Esses dois não tinham jeito, haviam sido feitos um para o outro e ninguém poderia contestar. A Cris é que estava bestinha, pois agora ela tinha o Tom, para poder brincar com ela todos os dias; já que ele ainda não havia arrumado nenhum emprego por lá.
Enfim, dei as primeiras instruções básicas para os novos funcionários no trabalho e dividi as tarefas entre eles. Queria ver primeiro como eles funcionavam sozinhos, sem ter a minha ajuda o tempo todo por perto. Daí, depois de acordo com as suas dificuldades, a gente iria trabalhando em cima delas. Acho que esse seria um bom método, não acham?! Que me dera, que o Jonas tivesse feito isso comigo no começo; ele apenas havia me jogado para os lobos e eu que me virasse, só voltava a falar comigo novamente, quando era para reclamar. Aff! Aquele ali não tinha um humor certo. Ele era um completo babaca, do começo ao fim!
Eu estava me lembrando agora, que a um tempo atrás, eu havia falado da barriga da Karen, de como ela estava grande para apenas 3 meses, mas olhando para a minha com o mesmo tempo que o dela, ela estava ficando cada vez maior. Cada dia que se passava, ela crescia mais e mais. Eu não poderia negar, o orgulho que eu estava sentindo do meu bebezinho, enquanto ele lutava de um lado para poder se desenvolver, eu lutava do outro, para poder lhe dar os melhores dos nutrientes. E sendo filho do Dylan, é bem provável que ele seja um daqueles bebês gigantes, por causa da sua estatura. Sorriu para mim mesma, alisando a minha barriga e imaginando como seria o meu baby.
Pouco tempo depois, perto da hora do almoço; Júlia, uma das nossas novas funcionárias, corre até mim, vindo com uma cara totalmente aflita. Deus! O que foi que havia acontecido dessa vez. Reviro os olhos, ao me lembrar do quanto essa menina era dramática, ela deveria ser parente de Merlinda, só pode. Depois eu iria perguntar a ela. Sorri com aquele pensamento.
— Senhorita Katarina, eu não sei o que fazer! Eu juro, que eu não fiz nada! Mas aquele senhor da mesa 5, continua insistindo em querer falar com uma supervisora! — Ela diz de forma nervosa, como se eu fosse lhe demitir por causa disso. Tadinha, ela nem imaginava pelas coisas que eu já passei e que mesmo assim, eu ainda não havia sido demitida! — Eu também já lhe perguntei qual era o problema, mas ele ainda se nega em querer me dizer alguma coisa, diz que só vai falar se for com a senhora.
— Está bem, Júlia! Não se preocupe! — Pego nas suas mãos tentando acalmá-la e lhe dou um sorriso tranquilizador. — Eu vou lá saber o que está acontecendo, fique aqui, que eu já volto! — Digo de forma firme e ela assente com a cabeça.
O que será que esse homem queria?! Me pergunto vendo ele de costa e olhando para o jardim da área externa, que dava de frente para o cais. Hum... pelo menos ele parece ser um cara que admira paisagens! Menos mal. Tento enxergar um lado positivo dele.
— Boa tarte, senhor! Gostaria de falar comigo! — Tento soar com a voz mais simpática possível, embora eu não estivesse com tanta vontade de ouvir reclamações. Ele então olha para mim e o meu coração gela. Dylan! O que ele estava querendo fazer por aqui?! Eu não o via, já fazia um bom tempo. E mesmo assim, ele ainda continuava bonito. Merda!
— Oi, Kat! Estava querendo falar com você... — Ele me olha com um sorriso contido e eu logo me armo.
— Diga, o que quer? — Digo sem arrodeio e com a cara mais séria do mundo. Sabia que ele estava preparando alguma coisa rude para me dizer!
Ele então olha para a minha barriga e o vejo suspirar, com se sentisse mal só de ter que olhar para ela. Involuntariamente, eu ajeito a minha postura e ponho a minha mão nela, tentando protegê-la de alguma coisa que eu nem sabia.
— Você parece estar lidando muito bem com a gravidez! — Ele diz com um sorrisinho meio sem força e continua. — Ela a deixou ainda mais bonita! — O seu sorriso aparece um pouco mais no rosto e ele fica me encarando, com aqueles seus olhos azuis penetrantes, que tanto me faziam desconsertar.
— O que você quer, Dylan?! Você não me engana mais... Está querendo voltar a me perturbar novamente, é isso? — Digo logo me lembrando das coisas que ele já havia me dito e me desvio dos seus olhos.
— Não, jamais! Ele se levanta e fica parado bem na minha frente, me fazendo obrigatoriamente olhar para ele de novo. — Longe de mim, querer lhe causar algum mal novamente, KitKat! Você não imagina o quanto eu estou arrependido, por ter lhe causado tanto sofrimento. Eu não queria ter lhe dito aquelas palavras! Eu estava com tanta raiva e possuído, por ter achado que você tinha me traído, que acabei as dizendo só para poder feri-la! Mas hoje eu sei, que você sempre esteve certa e que o idiota fui eu...., por ter deixado uma mulher como você, escapar da minha vida! — Ele acaricia o meu rosto e eu sinto o meu corpo estremecer, com aquele seu toque tão familiar e aquelas suas palavras, que eu tanto queria ouvi-las. Mas não! Eu não queria ceder para ele novamente. Não, mais!
Tirando as suas mãos do meu rosto, eu lhe digo de forma irritada:
— Escute aqui, Dylan! Você acha que pode vir aqui no meu trabalho, me dizer que está arrependido e achar que eu ainda vou aceitar isso numa boa?! Não, não é tão simples assim... As palavras que você me disse e que insinuou que eu tivesse feito, foram as coisas mais duras e horríveis que alguém já havia me dito, elas me magoaram profundamente! E eu não vou lhe perdoar por isso. Esse filho pode ser até seu, mas ele nunca pertencerá a você! Eu não quero saber de você nas nossas vidas. Para mim, você morreu quando o renegou! — Me viro bruscamente e lhe deixo sozinho em pé.
Chegando perto de onde Júlia estava e com os nervos à flor da pele, eu lhe digo de forma bruta:
— Deixe ele morrer de fome e não atenda nunca mais a mesa dele! — Ela me olha sem entender nada e eu passo direto para o vestiário.
Eu não estava me sentindo muito bem! Encontrar o Dylan novamente, não foi nada fácil, e ouvir aquelas suas palavras, foram menos ainda. Eu podia até sentir, a minha a respiração ficando cada vez mais entrecortada. E tentando me acalmar um pouco, para não perturbar o bebê, eu respiro fundo três vezes e tento guardar o choro só para mim, porém, eu não me aguento por muito mais tempo e caio no pranto. Deus, por que ele tinha que ter voltado?! Eu sei, que isso uma hora ou outra iria acabar acontecendo, mas eu não esperava que eu ainda fosse nutrir alguma coisa por ele, quando isso fosse acontecer.
Preocupada com o bem-estar do meu bebê, eu consigo aos poucos para de chorar e recuperar a minha respiração. Assim, eu enxugo o meu rosto e saio do vestiário; eu ainda tinha que voltar para o meu trabalho. Porém, no final do corredor, eu me deparo com o Dylan me esperando.
Ele então se aproxima de mim e com aquela sua cara de determinado, ele me diz:
— Eu não vou desistir de você, Katarina! Pode passar o tempo que for, que eu ainda continuarei tentando! Eu errei e assumo a merda que eu fiz! Sei que o que eu já lhe fiz passar, não tem perdão; mas eu também não vou desistir da mulher que eu amo e nem do meu filho. Vocês são a única coisa que eu ainda quero na minha vida! — Ele me olha tão profundamente, que eu consigo ver verdade no seu olhar. Descendo um pouco mais os seus olhos para a minha barriga, ele o sustenta por um tempo e depois se vira, indo embora.
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Olá, meus Lermores! 😍👐🏼
Quase que eu não acabava o capítulo! Kkkk... Esse foi grande, hein? 🤭
Estava inspirada! Vcs que me deixam assim kkkk❤️
O que acharam da surpresa do Dylan, esperavam que fosse ele? 👀
Acho que não vai ser tão simples assim, reconquistar a KitKat, não é? Mesmo que ela fique ainda bastante mexia com ele, não vai ser tão fácil! 😬
E tadinha da Júlia, ela ficou toda sem saber o que fazer, quando a Katarina voltou! Kkkk... 😂
Porém, para administrar as coisas do trabalho, a Katarina parece levar jeito... Não é?! Alguém feliz por ela?! Haha💖✨
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Adorarei lê-los depois!
Até o próximo capítulo, meus amores!Estou cheia de ideias na cabeça... pensei bastante, nesse final de semana! Estou louca para poder escrevê-los! 🙈📝
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