❅ amaldiçoada
NOTAS INICIAIS
Oiê, gente. Olha eu aqui, com mais uma oneshot pro desafio do #ImperioAllHina! O tema era "feitiços", e como vivo no limite, postei isso aqui de última hora, SJAKJKSAKJSA. Tá tagado como SasuHina, mas né, não é beeeeeeeeeeem SasuHina. Vocês decidem aí quando chegar no final KKKKKKKKKKKKKKKK. Eu escrevi bem rápido, mas me diverti, espero que gostem, apesar de simples. ♥ Me perdoem com antecedência pelos erros, não deu tempo de revisar, farei isso assim que possível! ^3^
TRADUÇÃO DO NOME DA FANFIC: Feitiçaria
INSTAGRAM: devilwishess
BOA LEITURA! ♥
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SPELLCRAFT
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O uivo sedento de um lobo foi mais do que o suficiente para fazer com que Hinata despertasse do seu estado letárgico e voltasse a caminhar pela floresta. Se não fosse pela lua cheia, o lugar estaria completamente afundado no escuro; o que, sinceramente, não a assustava mais. Já não tinha mais idade para ter medo do escuro e agora ela bem sabia que havia mais coisas para se temer do que a escuridão.
De onde estava, já conseguia ver o portão do enorme castelo que se erguia alguns metros a sua frente. Olhou para cima e teria perdido completamente o fôlego se já não estivesse preparada para aquele momento. Já fazia cinco longos anos que procurava por aquele lugar, tinha chegado a acreditar que não passava de uma lenda boba; agora agradecia por não ter desistido de procurar.
Cada vez que dava mais um passo em direção ao castelo, Hinata sentia o coração palpitar de ansiedade. Ali estava sua grande chance de se livrar do feitiço amaldiçoado que tinham jogado nela quando não passava de uma criança. Ao alcançar o portão, ela empurrou com cuidado e receio, não sabia ao certo quem encontraria ali dentro.
O lobo uivou lá longe de novo e dessa vez a Hyuuga estremeceu de levinho, para só depois continuar o caminho até a porta gigante e bater um par de vezes.
— Tem alguém aí? — Sua voz suave ecoou pela noite e a única resposta que ela teve foi uma coruja chirriar. — Vou entrar, tudo bem?
Hinata empurrou a porta dupla de ferro com força, quando esta se abriu, fez um rangido incômodo e ela fez uma careta. O hall do castelo estava completamente vazio, a única coisa ali era um gigantesco lustre de vidro, e ele estava apagado. Mais do lado, havia um lance de escadas coberto por um magnífico tapete vermelho.
Por um segundo, a mulher se sentiu mal por estar basicamente invadindo a casa de um estranho; só que ao mesmo tempo, era tarde demais pra se sentir culpada. Não tinha mais tempo para isso, só queria que o famoso mago Uchiha, que morava naquele lugar, desfizesse o feitiço que um grandíssimo filho da puta tinha jogado em si. Mais nada!
Foi por isso que ela deixou a porta bater ao fechar e seguiu em direção as escadas, procurando por qualquer barulho que denunciasse que havia alguém ali. Era justamente em horas como essa que sua maldição serviria para alguma coisa, pena que não conseguia controlá-la.
Subiu a escadaria tomando cuidando para não fazer muito barulho e sempre atenta a tudo ao seu redor. As janelas eram grandes e não eram adornadas por cortinas, então à medida que ela subia, conseguia ver o lado de fora totalmente iluminado pela luz da lua cheia. Alcançou um corredor estreito, ao longo dele, havia dezenas de portas, mais do que ela conseguiria contar nos dedos.
Hesitante, ela seguiu pelo corredor em busca do dono. A maioria das portas estavam trancadas — constatou isso ao tentar abrir algumas delas forçando a maçaneta —, estava prestes a desistir quando perto do final do corredor, viu um feixe de luz escapar de um cômodo. Hinata correu, tentando abafar o som dos seus passos, e respirou fundo ao espiar o que tinha naquele lugar.
Não tinha ninguém dentro do recinto, em contrapartida, havia várias prateleiras, exageradamente grandes. Nelas, tantas poções, de diferentes cores, que Hinata se pegou impressionada. Nunca estivera em um lugar com tanto mantimento mágico em sua vida. Entrou de uma vez e ficou admirando uma das estantes mais baixas, onde misturas borbulhantes brilhavam. Tinha cheiro de frutas silvestres.
Deu uma cheirada em outro frasco e torceu o nariz, tinha cheiro de chulé de velho. Já fazia quinze anos que estava amaldiçoada, e pelo menos sete que procurava uma solução. A vida não estava sendo fácil para ela, e Hinata só queria um momento de sossego. Não aguentava mais ser expulsa dos lugares, já que as pessoas acreditavam que uma amaldiçoada dava azar.
Hahá! Como se ela já não fosse o azar em pessoa.
— Hm, parece que tem uma intrusa no meu castelo.
Hinata se virou no mesmo instante, assustada por não ter notado que alguém se aproximava. Olhou para o homem parado no batente da porta; ele era muito alto, e por causa do seu colete apertado, dava para perceber que também era musculoso. Suas feições eram muito juvenis, mas pouco receptivas. Com o nariz afilado e pequeno, o maxilar pontudo, as maçãs do rosto altas, os lábios finos e olhos escuríssimos, ela jamais poderia negar que ele era um espécime deveras atraente.
— Desculpe. — Hinata pigarreou para limpar a garganta. Fazia tanto tempo que não falava, que sua voz ainda estava um pouco rouca. — Eu chamei, mas ninguém atendeu, então pensei que...
— Pensou que poderia invadir minha residência. Boa conclusão — Sasuke Uchiha rebateu, ironicamente. — Pela sua cara, não parece que veio aqui pra me roubar, é muito franzina pra isso. Não me parece muito corajosa também.
Ela deixou o barulho próximo de um rosnado escapar de sua garganta, quando se deu conta, automaticamente, as bochechas ficaram vermelhas de constrangimento.
— De-desculpe, não foi minha intenção. — Abaixou a cabeça, embaraçada demais para olhar nos olhos dele.
Sasuke sorriu, a expressão severa se desfazendo.
— Hm, interessante. Você invade minha casa e agora rosna para mim. Então é isso. Temo que você precisará se retirar, senhorita...?
— Hinata Hyuuga. Mas... Espera! — pediu, sua voz subiu pelo menos duas oitavas. — Eu vim aqui, porque preciso da sua ajuda. Faz muitos anos que eu te procuro.
— É mesmo? — Interessado, Sasuke encostou-se no batente com os braços cruzados. — Por quê?
Sasuke Uchiha vinha de uma família de magos talentosos, conhecidos por todo o continente. Diziam que ele era o melhor do século, mas infelizmente, muito recluso. O que fazia com que ele sempre estivesse escondido aos redores do mundo, pouco receptivo para favores alheios. Então, foi por isso que a amaldiçoada, franziu o cenho e sussurrou:
— Assim... Tão fácil?
— Então você prefere que eu te coloque pra fora? — Deu de ombros. — Sem problema então, vamos lá... — Abriu a boca para começar a conjurar um feitiço, só que ela foi rápida em atrapalhar:
— Não, não, não, não. Tudo bem, tudo bem! — Nesse meio-tempo, Hinata andou até ele e segurou as mãos masculinas em total desespero. — Eu quero ajuda para desfazer uma maldição.
— Hm, continue, estou ouvindo. Que tipo de maldição? — As mãos dela eram quentes e macias, traziam certo conforto e um sentimento extremo de confiança. Podia jurar que algo em si desejava fazer carinho... Na barriga dela? Segurou a vontade de balançar a cabeça para afastar esses pensamentos.
— Um mago desgraçado com ódio da minha família, me jogou um feitiço quando eu era pequena. — Os olhos dela eram grandes e brilhantes, Sasuke notou. Teve vontade de apertá-la na bochecha. — Todo dia, assim que amanhece, eu viro um gato.
— E qual é o mal nisso? — ele perguntou sem entender. — Conheço muitos magos capazes de se transformarem em diversos animais e eles usam isso a favor deles.
— Você não me entendeu. — Hinata deu um passo para trás e coçou a bochecha. — Eu viro um gato, um gato mesmo, não tenho controle das minhas ações e não me lembro de nada que aconteceu quando anoitece e me transformo em humana novamente. — Pausa. — É como se metade de toda minha vida aqui tivesse sido roubada.
O Uchiha apertou os lábios em uma linha reta, pensativo. Ele já tinha visto algo assim antes, entretanto...
— Você vai ter que me mostrar, pra eu ter certeza que tipo de maldição é. Só assim eu vou poder te ajudar.
Hinata franziu o cenho outra vez, claramente desgostosa com a ideia. Entretanto, já estava ali, não ia custar nada... Não era?
— Tudo bem, mas não me responsabilizo por minhas ações enquanto eu... Não for eu.
— De acordo — ele concordou sem pestanejar. — Chá?
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Seis horas da manhã em ponto, Sasuke Uchiha testemunhou o exato momento em que Hinata Hyuuga se desfez em uma fumaça brilhante arroxeada e se transformou em um esplendoroso gato de pelagem branca. A felina o mirou com os olhos grandes e perolados, parecendo muito feliz em vê-lo. Não demorou muito para que ela corresse até ele e começasse a roçar entre suas pernas, enquanto ronronava.
— Agora eu sei porque dá vontade de fazer carinho em você — constatou ao se abaixar e coçar as orelhas de Hinata demoradamente. Ela pareceu apreciar o gesto e se jogou no chão, mostrando a barriga para ele. — Você também é adorável assim.
Ela inteira cheirava a magia, mas para ter certeza de seus pensamentos, precisava fazer um teste com uma coisa. Pegou Hinata do chão, e ela miou, feliz ao se aconchegar no colo do mago. Lambeu a pele exposta dele onde alcançava e ronronou, parecendo um motorzinho.
Ele tinha voltado para a sala de poções e deixou a felina em cima da mesa robusta de carvalho envernizada, que estava livre de papéis e livros. A gata se sentou e ficou quietinha, olhando para ele de forma carinhosa; até parecia que sorria.
— Vamos com calma, certo? — murmurou para ela, ciente de que ela não se lembraria de qualquer modo.
Procurou por uma poção no alto da prateleira, quando achou, trouxe-a para baixo com ajuda de sua própria magia. Era uma poção em pó, de cor rosada e tinha o cheiro forte demais para o gosto dele. Hinata se levantou, parecendo interessada e lambeu os dedos dele outra vez quando Sasuke se aproximou com um punhado do pó na mão. Em um movimento rápido, atirou tudo em cima dela, o pelo branquinho ficou preenchido de pequenas bolotinhas rosadas.
Hinata chiou.
— Você também odeia? Eu te entendo. — Sasuke balançou a cabeça e levou a mão ao queixo, enquanto observava Hinata em forma de gato se remexer inteira para se livrar do pó no seu pelo. — Não ter dado certo nos livrou de um constrangimento. Você provavelmente iria ficar com muita vergonha de voltar a sua forma humana na minha frente... Sem roupas. Mas isso faz com que meus pensamentos estejam certos.
Ela ronronou, quase como se estivesse concordando. E sem dar nenhum "prévio aviso", simplesmente pulou em cima dele. Sasuke não teve alternativas a não ser segurá-la no colo outra vez e aceitar a afeição fora do normal daquela misteriosa criatura, que agora, estava em seus braços.
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Quando Hinata acordou, estava nua e coberta por um lençol, deitada em uma cama muito macia. Não se lembrava de ter dormido em um lugar tão confortável assim em toda sua vida. Ao se levantar, encontrou as roupas que usava antes em cima de uma cadeira encostada a uma penteadeira.
Vestiu-se rapidamente, percebeu que parte de sua coxa estava vermelha. Estranhou, mas resolveu deixar pra lá. Só depois deu uma olhada em si mesma no espelho. Seu cabelo estava uma completa bagunça, os fios preto-azulados iam para todas as direções, um completo caos; engoliu a saliva e nesse instante, sentiu gosto de leite na ponta de sua língua.
— Mas que...? — O que diabos ela tinha feito naquela manhã?
Com receio, abriu a porta do quarto e espiou o lado de fora antes de sair. Cruzou o corredor inteiro tentando arrumar o cabelo, e parou quando alcançou a única porta aberta dali — de novo! —, mas dessa vez, não era o mesmo cômodo cheio de poções. Parecia ser um quarto.
Ela entrou, procurando por qualquer sinal de Sasuke.
— Parece que você gosta mesmo de entrar sem bater.
A voz profunda e grave dele, fez com que Hinata desse um pulo de susto e suprimisse um grito de surpresa. Além disso, ela logo percebeu que dessa vez, deveria mesmo ter batido e esperado por uma resposta; afinal, Sasuke estava só de toalha, deixando o torso bem trabalho a mostra. Virou-se para o lado contrário, encabulada.
— Não era minha intenção, desculpe — sussurrou, não conseguindo ver o sorriso matreiro que escapava dos lábios finos do mago.
— Já que você está aqui, vamos direto ao ponto. E pode olhar pra mim, com certeza não deve ser sua primeira vez vendo um homem sem camisa. — E sem todo o resto, Hinata pensou, cética.
Ela fez o que ele pediu, mesmo a contragosto. Teve que se esforçar para manter o olhar no rosto dele. Tinha uma gotinha de água, saliente, escorrendo do pescoço até o final do seu abdómen, e ela quis muito continuar a acompanhar o trajeto dela. Engoliu em seco.
— E então? Minha maldição, você consegue reverter? — Hinata quis saber, dessa vez, mais focada.
— Não posso. Temo que esse tipo de maldição seja irreversível.
— Como você tem tanta certeza? — ela questionou só para ter certeza mesmo, a esperança sumiu dos seus olhos bonitos.
Sasuke pareceu hesitar por alguns segundos, até que voltou a sua postura normal, os olhos escuros demais a fitando de forma intensa.
— Eu vou te mostrar uma coisa. — Hinata arregalou os olhos quando ele levou uma mão até o nó que mantinha a toalha exatamente onde ela estava.
— Ei! — ela protestou com o rosto vermelho.
— Não é isso! Eu não sou um tarado! E aliás, sua versão gato gostou muito de mim! Ficou até pedindo umas palmadas!
A boca de Hinata se abriu em um "o" perfeito, o rosto em chamas de constrangimento. Agora fazia sentido a mancha vermelha em sua coxa!
MEU DEUS!
— Eu disse que não me responsabilizaria por minhas ações!
Ele segurou uma risada.
— Mas eu vou realmente te mostrar uma coisa, e pode ficar tranquila, que não envolve minhas partes íntimas... — Não assim pelo menos, Sasuke pensou.
Antes que Hinata pudesse dizer algo, ele soltou a toalha, mas antes que ela fosse ao chão, Sasuke já tinha sumido em uma poeira preta e cintilante. Ela olhou para a toalha que cobria algo e deu um passo para trás quando o troço se mexeu. Estava prestes a sair correndo e nunca mais olhar para trás, quando viu as orelhas de um gato escaparem por debaixo do tecido.
O gato preto saiu completamente de debaixo do pano e sentou-se de maneira graciosa na frente dela.
— Temos a mesma maldição. — A voz dele continuava a mesma. — Nunca consegui encontrar a cura, o feitiço é forte demais, e nenhuma poção funciona, já tentei todas. Já viajei por todo o continente e por lugares inimagináveis por todo o globo, e... Nada. — Ele lambeu a própria pata com descaso, sem olhar para ela. — Mas eu aprendi uma coisa durante todos esses anos: a controlar a maldição.
— Como isso é possível? Não faz sentido... — Hinata balbuciou, incrédula.
— É possível. Não vai ter escolha, vai ter que continuar sendo um gato pro resto da vida, mas pelo menos vai conseguir escolher em qual momento do dia isso vai acontecer. Também vai ter controle das suas ações, gatinha¹ — provocou, divertindo-se com a expressão ofendida dela. — E sem amnésias. Então, você pode ficar junto comigo, que eu te ensinarei, ou pode partir, e continuar vivendo desse jeito.
Sasuke andou preguiçosamente até a porta e se espreguiçou de forma demorada.
Hinata sentiu certo alívio por aquilo ter um jeito. Não era o que buscava, mas era melhor que nada. O gato olhou para ela, se não fosse um felino, pareceria que um sorriso se desenhava no que seria seus lábios. A maga o olhou de volta, com um sorriso felino. Não precisou dizer em palavras para que Sasuke soubesse a resposta.
O que aconteceu depois?
Bem, isso é história para outra hora.
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NOTAS FINAIS
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1) HINP, é você?
Ihaaaaaaaaaaaa. Se alguém topar, eu faço uma continuação depois (outra oneshot no caso), HAHAHAHA. Imagina os dois em forma de gatos brincando, iti malia. Pode ter ficado meio esquisito, mas eu gostei sakjsajksajkasjk foi bem levinho de escrever e eu estava precisando, depois dos últimos desafios. Por favor, me digam o que acharam, votem no capítulo, é importante! ♥
Beijos e até a próxima!
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