📌 capítulo 21 - uma âncora impossível de soltar
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Espero que gostem do capítulo, boa leitura!
Capítulo 21- uma âncora impossível de soltar
Deitados na cama, envoltos pelo calor um do outro, Theo e Liam finalmente podiam respirar. Depois de tantas reviravoltas, aquela noite era só deles.
Liam estava deitado de lado, a cabeça apoiada no peito de Theo, ouvindo a batida ritmada do coração dele. Com os dedos, traçava círculos preguiçosos na pele quente do namorado, enquanto Theo acariciava seus cabelos com a outra mão.
— Eu ainda não acredito que você fez tudo aquilo só para me pedir em namoro. — Liam murmurou, um sorriso pequeno surgindo em seus lábios.
— Você merecia algo especial. — Theo respondeu, a voz rouca e baixa, como se estivesse com medo de quebrar a tranquilidade do momento. — E eu queria que todo mundo soubesse o quanto eu te amo.
Liam ergueu a cabeça para encará-lo, seus olhos brilhando na penumbra do quarto.
— Você é um idiota.
— Mas sou seu idiota. — Theo rebateu com um sorriso, puxando Liam para um beijo demorado.
Liam suspirou contra os lábios dele antes de se afastar só o suficiente para encostar sua testa na de Theo.
— Eu te amo. — Ele sussurrou.
Theo sentiu seu peito apertar de um jeito bom.
— Eu te amo mais.
— Não começa... — Liam riu, batendo de leve no ombro dele.
Theo aproveitou a deixa para rolar sobre Liam, prendendo-o suavemente contra o colchão. Seus olhos escuros percorreram cada detalhe do rosto do namorado, como se quisesse gravar aquela imagem para sempre.
— Eu tô falando sério. — Ele disse, sua voz carregada de sinceridade. — Eu faria qualquer coisa por você.
Liam engoliu em seco, sentindo o coração acelerar.
— Eu sei.
Theo se inclinou e deixou um beijo delicado na testa dele. Depois no nariz. Depois nos lábios, em um gesto tão cheio de ternura que Liam sentiu os olhos arderem.
Eles ficaram assim, trocando beijos e carícias, até o cansaço vencê-los.
Na manhã seguinte, Theo insistiu em levar Liam à clínica veterinária de Deaton.
— Theo, eu estou bem. A gente podia fazer isso outro dia... — Liam protestou enquanto entrava no carro.
— Não quero deixar nada para depois. — Theo rebateu, ligando o motor. — Quanto antes soubermos como tá o bebê, melhor.
Liam suspirou, mas no fundo, sabia que Theo só estava preocupado.
Ao chegarem na clínica, Deaton os recebeu com seu olhar sempre calmo, mas atento.
— Então, já querem começar o pré-natal? — Ele perguntou, observando os dois com interesse.
— Sim. — Theo respondeu antes mesmo que Liam abrisse a boca. — Quero garantir que está tudo bem com os dois.
Deaton arqueou uma sobrancelha, mas não comentou. Ele os levou para a sala de exames, onde começou a avaliação.
— Liam, sua gravidez vai exigir alguns cuidados específicos. — Ele explicou enquanto anotava algumas informações. — Seu corpo está passando por mudanças que podem afetar sua energia e suas emoções. Você precisa evitar estresse, dormir bem e manter uma alimentação saudável.
Theo lançou um olhar significativo para Liam, como se já estivesse memorizando cada recomendação.
— Ouviu isso? Nada de se estressar. — Theo reforçou.
— Vou tentar, mas não prometo milagres. — Liam resmungou.
Deaton apenas sorriu.
— Theo, acho que você vai ter um trabalho difícil.
— Eu dou conta. — Theo garantiu, segurando a mão de Liam.
Depois da consulta, Theo insistiu em levar Liam até a escola.
— Sério, eu posso ir sozinho. — Liam argumentou enquanto saía do carro.
— E perder a chance de me despedir direito? — Theo segurou sua mão, puxando-o para um beijo rápido, mas cheio de significado.
Liam sorriu contra os lábios dele.
— Tá bom, mozão. Nos vemos depois.
E enquanto ele entrava na escola, Theo ficou parado ali, observando-o, sabendo que faria qualquer coisa para proteger os dois amores da sua vida.
[...]
Liam estava sentado à mesa com Mason, Corey e Nolan, rabiscando algo distraidamente no guardanapo enquanto os amigos conversavam. Desde o pedido de namoro, ele não conseguia parar de olhar para o anel em seu dedo.
Era surreal. Ele e Theo finalmente estavam juntos.
— Tá sorrindo feito bobo por quê? — Mason perguntou, estreitando os olhos ao perceber o jeito sonhador de Liam.
Antes que Liam pudesse responder, Mason segurou sua mão e arregalou os olhos ao ver o anel.
— Espera aí... o que é isso?!
Corey e Nolan imediatamente olharam também.
— Cara, isso é uma aliança! — Corey exclamou.
— Você casou e não nos contou?! — Nolan brincou, mas seu tom era de pura surpresa.
Liam riu, puxando a mão de volta.
— Não casei... mas agora eu e o Theo estamos namorando oficialmente.
O choque foi instantâneo.
— O QUÊ?! — Mason quase derrubou o suco da bandeja.
Liam sorriu grande.
— Ontem à noite, ele me levou para jantar e me pediu em namoro.
Corey bateu palmas uma vez, como se estivesse tentando absorver a informação.
— Ok, isso já era esperado... mas uma aliança?
Liam girou o anel no dedo, sentindo o calor no rosto.
— Theo quis fazer algo especial. E tem mais uma coisa...
Mason arregalou os olhos, já ansioso.
— Meu Deus, tem mais?!
Liam respirou fundo e soltou:
— Eu estou grávido.
O silêncio foi absoluto por dois segundos.
— AHHHHHHHHH! — Mason soltou um grito tão alto que algumas pessoas da cafeteria se viraram para olhar.
Liam arregalou os olhos.
— Fala mais alto que o diretor ainda não ouviu! — Ele resmungou, corado.
Mason não estava nem aí. Ele se levantou, animado, segurando os ombros de Liam.
— ISSO É INCRÍVEL! MEU MELHOR AMIGO VAI TER UM BEBÊ! EU VOU SER TITIO!
Corey e Nolan ainda estavam tentando entender como aquilo era possível.
— Espera, como exatamente isso aconteceu? — Nolan perguntou, confuso.
Liam suspirou, já esperando a pergunta.
— Como eu e o Theo somos soulmates, e ele se tornou um Alfa de verdade, meu corpo aceitou a gravidez.
Corey piscou.
— Isso... isso é incrível. E assustador.
— E LOUCO! — Mason ainda estava eufórico. — VOCÊ VAI TER UM MINI LIAM!
— Ou um mini Theo. — Corey acrescentou.
Mason parou por um segundo, pensou e então fez uma cara de pânico.
— Meu Deus. Se for um mini Theo, a gente tá ferrado.
Liam riu.
— Não exagera!
Mason se jogou de volta na cadeira, ainda empolgado.
— Cara, eu tô muito feliz por vocês! Isso é surreal, mas incrível.
— Obrigado. — Liam disse, sentindo-se aquecido com a reação dele.
Pouco depois, Lydia apareceu na mesa, jogando sua bolsa na cadeira ao lado de Liam e se sentando com naturalidade.
— Então... — Ela começou, olhando para os outros garotos. — Eu imagino que Liam já tenha contado as novidades.
Mason, ainda surtando, virou-se para ela.
— VOCÊ SABIA?!
Lydia apenas ergueu uma sobrancelha.
— Eu ajudei o Theo a planejar o pedido de namoro.
Mason colocou uma mão no peito, fingindo estar ofendido.
— E nem uma dica pra mim?
— E estragar a surpresa? Jamais. — Ela respondeu com um sorriso.
Enquanto riam, Liam percebeu algo: do outro lado da cafeteria, Scott, Malia e o resto da pack McCall estavam olhando diretamente para eles.
Os olhares não eram de felicidade.
Liam suspirou.
— Eles ainda acham que eu tô cometendo um erro, né?
Lydia deu de ombros.
— Eles ainda não confiam no Theo.
— Ele mudou. — Liam rebateu, já cansado daquele assunto.
— Eu sei. — Lydia disse, sincera. — Mas eles precisam ver isso por si mesmos.
Mason deu um tapinha no ombro de Liam.
— Ei, relaxa. Você tem a gente. E agora você tem uma família nova com o Theo e o bebê.
Liam sorriu para o melhor amigo, sentindo-se mais leve.
— Obrigado, Mason.
Mason sorriu grande.
— Eu ainda não superei que vou ser titio.
Corey revirou os olhos, mas riu.
— Isso vai ser interessante.
E, pela primeira vez em muito tempo, Liam sentiu que tudo ficaria bem.
O vento frio soprava entre as árvores, trazendo consigo o cheiro de terra úmida.
Theo estava parado ali, olhando para o terreno vazio onde sua casa costumava estar. Ele não sabia exatamente por que havia voltado, mas o passado parecia puxá-lo como uma âncora impossível de soltar.
Ele se lembrava das risadas que ecoavam naquele quintal, do cheiro de café vindo da cozinha quando sua mãe acordava cedo, do toque protetor de Tara quando ele tinha pesadelos. Mas tudo isso havia sido arrancado dele. O lar, a família... tudo destruído.
Ele fechou os olhos, permitindo-se, por um breve momento, se perder nessas memórias.
— Você sente falta deles, não é?
A voz o fez abrir os olhos de imediato. Ele se virou e viu Avery ali, parada a poucos passos de distância. Seus olhos azuis estavam brilhantes, carregados de algo que Theo não conseguia decifrar de imediato.
— Eu sinto... — Theo murmurou, desviando o olhar. — Queria que eles estivessem aqui. Que as coisas fossem como antes. Antes dos Dread Doctors.
Avery cruzou os braços, mordendo o lábio inferior como se estivesse tentando conter algo dentro de si.
— Eu também queria, Theo... — Ela murmurou, a voz carregada de emoção. — Dói muito saber que metade do meu coração pertence ao papai e a outra metade à mamãe...
Theo engoliu em seco, sentindo um nó apertar sua garganta.
— E eu... o coração da Tara.
A menção ao nome da irmã fez um silêncio pesado se instalar entre eles. Theo esperava que Avery simplesmente desviasse do assunto como sempre fazia, mas, em vez disso, ela respirou fundo e finalmente encontrou coragem para falar.
— Theo... eu preciso te contar uma coisa.
Ele arqueou uma sobrancelha, franzindo o cenho.
— O quê?
Avery hesitou, o medo estampado em seus olhos. Mas ela sabia que já havia escondido isso por tempo demais.
— Eu fui a responsável.
O coração de Theo parou por um instante.
— O que você quer dizer com isso? — Sua voz saiu baixa, tensa.
Avery abaixou a cabeça, incapaz de encará-lo.
— Eu... — Ela respirou fundo, tentando reunir coragem. — Eu chamei a atenção deles para a nossa família.
Theo piscou, confuso.
— Como assim?
— Eu era só uma criança, Theo... Eu era ciumenta. Eu via como Tara e você eram próximos, como ela sempre estava ao seu lado, sempre te defendendo. E eu me sentia... invisível. — A voz dela falhou, mas ela continuou. — Eu só queria ser vista, queria que alguém prestasse atenção em mim. Então... eu comecei a falar sobre você. Sobre como você era especial. Eu queria que alguém me notasse, que alguém visse que eu também fazia parte daquilo. Mas eu não sabia que eles estavam ouvindo. Eu não sabia que os Dread Doctors iriam atrás de você.
Theo sentiu um frio percorrer sua espinha. Sua respiração ficou pesada.
— Você... — Ele começou, mas não conseguiu terminar a frase.
Avery levantou a cabeça, finalmente olhando nos olhos dele.
— Eu nunca quis que aquilo acontecesse. Eu nunca quis que eles te levassem. Eu era só uma criança com ciúmes da irmã mais velha. Mas eu cometi um erro. Um erro que custou tudo.
Theo sentiu o peito queimar, como se alguém tivesse fincado uma faca ali. Ele sempre acreditou que os Dread Doctors tinham simplesmente escolhido ele... mas agora, saber que Avery tinha tido um papel nisso, mesmo sem intenção, fazia tudo parecer ainda pior.
Ele desviou o olhar, tentando processar.
— Você me vendeu para eles.
— Não! — Avery protestou, desesperada. — Eu nunca quis que fosse assim! Eu nunca quis que Tara morresse, que nossa família fosse destruída!
Theo apertou os punhos, o maxilar travado.
— Mas foi exatamente o que aconteceu.
Avery deixou as lágrimas caírem, mas não tentou se justificar mais. Ela sabia que não havia desculpa para o que fez, mesmo que tivesse sido uma criança.
— Eu só queria que você soubesse a verdade. — Ela sussurrou.
Theo respirou fundo, tentando controlar a tempestade dentro dele.
— Eu não sei se posso te perdoar.
Avery engoliu em seco, assentindo lentamente.
— Eu entendo.
Ele olhou para ela por mais alguns segundos antes de se virar.
— Eu preciso ir.
E então, sem olhar para trás, ele começou a se afastar.
Avery ficou ali, observando o irmão desaparecer na distância. O peito dela doía, mas pelo menos, agora, ele sabia.
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