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Boa leitura!

Capitulo 14 - A balbúrdia na cozinha

Assim que o último sinal da escola tocou, Liam suspirou de alívio. Apesar das provocações intermináveis de Mason e Corey durante o dia, ele conseguiu sobreviver. Pegou sua mochila e caminhou até a saída, procurando Theo com os olhos. E lá estava ele, parado ao lado de seu carro, encostado casualmente com aquele ar de bad Boy sexy.

Theo sorriu de canto assim que viu Liam se aproximando, e isso fez o coração do lobinho disparar. Ele sempre tinha esse efeito sobre ele.

— E aí, lobinho? Sobreviveu à escola? — Theo perguntou, abrindo a porta do carro para Liam.

— Sobreviver é uma palavra forte... — murmurou Liam.

Theo riu, fechando a porta e dando a volta no carro para entrar no lado do motorista. Assim que ele ligou o motor, olhou para Liam de soslaio e notou algo.

— O que é isso na sua mão? — perguntou Theo, franzindo a testa.

Liam olhou para sua mão distraidamente e percebeu que ainda segurava o pequeno papel de balinha que Mason tinha dado para ele para tirar o gosto do vómito depois do almoço. Ele jogou a embalagem no chão do carro sem pensar muito.

— Nada demais. Só... uma besteira do Mason. — respondeu, casualmente.

Theo ergueu as sobrancelhas, mas não disse nada de imediato. Ele começou a dirigir, mas os olhos sempre retornavam para Liam. O jeito como ele segurava a mochila com força no colo e olhava pela janela com o rosto levemente corado... algo não estava certo.

— Liam, eu conheço você — disse Theo, finalmente quebrando o silêncio. — Alguma coisa aconteceu. Você tá estranho.

Liam se virou para ele, as bochechas queimando.

— Eu não tô estranho! — defendeu-se rapidamente, mas o tom de voz entregava o nervosismo.

Theo riu baixo, balançando a cabeça.

— Tá bom. Então me explica por que você tá vermelho e se escondendo atrás da mochila?

Liam ficou em silêncio, mordendo o lábio. Ele sabia que Theo não ia largar o assunto, então decidiu contar logo.

— Tá... Mason e Corey passaram o dia inteiro me zoando por causa de... ontem à noite.

Theo abriu um sorriso malicioso enquanto estacionava o carro na frente da casa de Liam.

— Ah, é? E o que eles disseram exatamente?

Liam desviou o olhar, tentando controlar a vergonha que sentia.

— Só... coisas idiotas. Tipo como eu não consegui sentar direito na cadeira...

Theo riu alto, claramente se divertindo com a situação.

— Bom, eles não estão errados... Você tava meio torto mesmo quando entrou no carro.

— Theo! — Liam protestou, olhando para ele com indignação, mas não conseguindo esconder o sorriso que escapou.

Theo desligou o motor e se inclinou em direção a Liam, segurando o queixo dele com delicadeza.

— Ei, se isso faz você se sentir melhor, eu não me arrependo nem um pouco. E, pelo jeito, você também não.

Liam engoliu em seco, sentindo o calor subir por seu corpo. Ele tentou desviar o olhar, mas Theo estava perto demais.

— Talvez eu não me arrependa... — Liam murmurou, quase inaudível.

Theo sorriu antes de dar um beijo rápido e carinhoso em Liam. Quando se afastaram, Theo acariciou o rosto dele com o polegar.

— Ótimo, porque essa noite eu tô pensando em fazer você não conseguir andar amanhã.

Liam arregalou os olhos, totalmente surpreso, enquanto Theo ria e saía do carro, deixando o lobinho ali, completamente vermelho e sem palavras.

                     
                            [...]

Liam e Theo entraram na cozinha, e o som do silêncio foi rapidamente quebrado pelo barulho de Liam abrindo a geladeira. Ele encontrou um bilhete preso por um imã colorido, um daqueles que ele mesmo havia feito quando criança, numa tentativa artística para o Dia das Mães.

No bilhete, estava escrito: "Liam, desculpe por não estar em casa de novo. Fui chamada de última hora para mais um turno. Se cuidem. Amo você. – Mamãe".

Theo, parado ao lado da bancada, segurava uma foto de Liam e da mãe dele. Ele olhou para a imagem com um sorriso no rosto, achando a cena adorável.

— Você era um mini-lobinho fofo — comentou Theo, exibindo a foto para Liam.

— Ainda sou fofo — Liam respondeu com um sorriso, arrancando uma risada de Theo.

Depois de um instante, Liam colocou o bilhete de volta no lugar e suspirou.

— Estou com fome. Acho que vou fazer pizza. Quer me ajudar?

Theo ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços.

— Eu? Cozinhar? Liam, sou um excelente lutador e um péssimo cozinheiro.

Liam riu, já puxando os ingredientes para fora da geladeira.

— Vamos, vai ser divertido. Ou pelo menos engraçado.

Theo revirou os olhos, mas se aproximou, curioso. Eles começaram a preparar os ingredientes, Liam mostrando pacientemente o que fazer, enquanto Theo parecia mais interessado em fazer bagunça do que cozinhar.

Quando Theo pegou um punhado de farinha e sujou a ponta do nariz de Liam, o garoto arregalou os olhos em fingida indignação.

— Ah, é assim? — desafiou Liam, pegando mais farinha e espalhando pelas bochechas e pelo nariz de Theo, rindo.

— Isso foi um erro, lobinho — Theo respondeu com um sorriso malicioso, tentando sujar Liam ainda mais, enquanto o garoto desviava e ria alto.

Finalmente, quando a bagunça acalmou, Liam começou a mexer a massa com firmeza. Ele estava focado, mas não percebeu quando Theo veio por trás e se posicionou atrás dele, envolvendo-o com os braços e segurando suas mãos.

— Deixa eu te ajudar — Theo disse baixinho, guiando as mãos de Liam sobre a massa.

Liam parou por um momento, sentindo o calor do corpo de Theo contra o seu. Ele fechou os olhos brevemente quando Theo depositou um beijo suave em seu pescoço.

— E então, o que você fez hoje? — perguntou Liam, tentando disfarçar o rubor que subia por seu rosto.

Theo ficou em silêncio por um momento antes de responder.

— Não quero te preocupar, mas eu e a Lydia fomos investigar algo...

Liam parou o que estava fazendo, se virando levemente para olhar Theo.

— Então foi por isso que não vi a Lydia na escola hoje... — comentou. — O que vocês foram investigar?

— Fomos ao antigo esconderijo dos Dread Doctors. Queríamos encontrar pistas sobre os garotos desaparecidos — explicou Theo, observando Liam espalhar o molho de tomate sobre a massa. — E encontramos um corpo. Um lobisomem.

Liam congelou, olhando para Theo com os olhos arregalados.

— Mais um corpo? — perguntou, sua voz carregada de preocupação.

Theo sentiu o cheiro de ansiedade no ar e imediatamente colocou a mão no ombro de Liam.

— Ei, calma. Eu e a Lydia cuidamos disso. Levamos o corpo para o xerife e reportamos tudo. Não aconteceu nada de mal.

Liam mordeu o lábio, tentando conter o medo que sentia.

— Eu só... tenho medo, Theo.

Theo, percebendo o nervosismo de Liam, virou-o calmamente para que ficassem frente a frente. Ele segurou o rosto do garoto com delicadeza e depositou um beijo suave em sua testa.

— Escuta, Liam. Eu sempre vou te proteger. Se alguém quiser te machucar, vai ter que passar por cima do meu cadáver primeiro. Entendeu?

Liam sentiu as palavras de Theo como uma promessa sólida. Ele se colocou na ponta dos pés e envolveu os braços ao redor do pescoço de Theo, puxando-o para baixo e unindo seus lábios em um beijo apaixonado.

Foi um beijo cheio de amor, a bagunça na cozinha esquecida enquanto eles se entregavam ao momento. Ali, juntos, eles sabiam que poderiam enfrentar qualquer coisa.

Liam colocou a pizza no forno, limpando as mãos na toalha que estava pendurada na bancada. Ele se virou e encontrou Theo encostado na pia, os braços cruzados, aquele sorriso cafajeste estampado no rosto — o tipo de sorriso que fazia seu coração disparar e o calor subir em seu corpo.

Sem hesitar, Liam caminhou até ele e, sem dizer nada, agarrou a camisa de Theo, puxando-o para um beijo quente e urgente. Theo riu contra os lábios dele, surpreso pela iniciativa, mas logo envolveu a cintura do garoto com os braços fortes, puxando-o para mais perto, como se não quisesse soltá-lo.

— Está com pressa, lobinho? — Theo murmurou, sua voz baixa e rouca, enquanto seus dedos traçavam um caminho lento e provocador pela nuca de Liam.

Liam sorriu, encostando a testa no peito de Theo, o calor do corpo dele quase o consumindo. Ele adorava quando Theo era assim: carinhoso, protetor, e tão presente que fazia o mundo ao redor desaparecer. Mas, naquele momento, ele queria mais. Muito mais.

— Eu gosto quando você é assim... todo fofo e carinhoso... — Liam sussurrou, enquanto seus dedos brincavam com o tecido da camisa de Theo, sentindo os músculos tensos sob o toque. Ele ergueu o olhar, mordendo o lábio e esboçando um sorriso malicioso. — Mas também adoro quando você é mais... intenso.

Theo ergueu uma sobrancelha, o sorriso dele se tornando ainda mais travesso. Ele inclinou a cabeça, como se estudasse Liam, antes de apertar a cintura dele levemente, o suficiente para fazê-lo sentir o controle que Theo tinha sobre ele.

— É mesmo?

Theo perguntou, a voz carregada de provocação, enquanto seus dedos deslizavam pelas costas de Liam, fazendo-o se arrepiar.

Liam sentiu o rosto esquentar, mas não desviou o olhar. Ele sabia que Theo adorava quando ele provocava, e, no fundo, Liam adorava ainda mais quando Theo reagia.

— Só estou dizendo... — Liam murmurou, fingindo desinteresse, mas o sorriso nos lábios deixava claro que ele estava apenas começando.

Theo não hesitou. Ele inclinou-se para o ouvido de Liam, seus lábios roçando levemente contra a pele quente dele.

— Você não é tão inocente quanto gosta de fingir, lobinho — Theo sussurrou, a voz baixa e carregada de uma intensidade que fez cada parte do corpo de Liam estremecer.

Liam mordeu o lábio, tentando conter o sorriso travesso que insistia em aparecer.

— Talvez eu não seja — ele admitiu, sua voz quase um sussurro.

Theo riu baixo, sua mão subindo até o rosto de Liam, segurando-o pelo queixo enquanto depositava um beijo lento e firme em seus lábios. Então, ele se afastou apenas o suficiente para encará-lo, aquele olhar de pura confiança e desejo fixo nos olhos de Liam.

— Temos uma pizza no forno... que tal aproveitarmos enquanto ela não fica pronta? — Theo disse, o sorriso cafajeste voltando, enquanto seus dedos deslizavam pelas coxas de Liam, parando exatamente onde ele sabia que o garoto ficaria mais sensível.

— Com uma condição... — Liam respondeu, mordendo os próprios lábios, sentindo o coração disparar com a proximidade de Theo.

— E qual seria, lobinho? — Theo perguntou, inclinando-se mais perto, seus dedos agora apertando levemente as coxas musculosas de Liam, por cima da calça jeans fina, enquanto ele deixava o sorriso mais travesso tomar conta do rosto.

Liam respirou fundo, inclinando-se até seus lábios estarem a um fio de distância dos de Theo.

— Quero que me foda contra a bancada da cozinha, Lobão.

— Seu desejo é uma ordem amor. — Theo levantou Liam no colo fazendo o menor encaixar as suas pernas em volta da sua cintura enquanto trocavam beijos quentes.