8# - Deadly Ivy - Parte 3: A Arte do Falhanço
Medo de falhar.
É o que nós tínhamos já que era o nosso trabalho proteger todas aquelas pessoas naquela escola, eles dependiam de nós, então nós demos o nosso melhor, mas eu sentia o cheiro do falhanço se intensificando.
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Eu só conseguia ouvir gritos por todo lado e pessoas corriam para todas direções como se fossem ratos. Era compreensível, já que a barreira a volta da escola fez com que o céu ficasse escuro em um estalar de dedos e havia uma aberração com 2 metros de altura correndo atrás deles.
- Por favor, me deixe ir - Quando olhei, vi Ivy encurralando Rebeca em um canto.
- Infelizmente para ti, estás incluída no meu menu, então seja uma querida e desista de uma vez - respondeu Ivy se babando.
- Nem fudendo que eu deixarei você tocar num fio de cabelo dela - soquei uma das caixas de incêndio retirando o Machado que lá se encontrava atingindo bem na cara dela prendendo a lâmina, e comecei a arrastar ela para longe de Rebeca.
- Você é aquela garota que estava falando com Alicia - disse para mim impressionada - Como você fez isso?
- Depois eu te ensino, mas primeiro corre antes que ela recupere os sentidos - Enquanto eu falo, Naomi vem e pega no braço de Rebeca - Vou dar-te 5 minutos para conseguires levar todo mundo a um lugar seguro.
- Conto com você, vamos lá, Rebeca - Puxou ela e começaram a correr, fez sinal para vários alunos seguirem ela - Todo mundo vem comigo, eu sei de um sítio seguro.
Logo que eles desapareceram da minha vista, removi o Machado da cara de Ivy e dei alguns passos para trás, observando ela se regenerando rapidamente.
- Mas porque você não morre de uma vez! - gritei de raiva porque já estava ficando farta daquilo, então peguei na minha arma e me preparei - Tem de haver algum jeito de acabar contigo.
- É só você sair da porra do meu caminho e deixar eu cumprir o meu objetivo - Ela me empurra contra a parede quebrando-a, e entramos em uma sala onde um casal estava se apalpando e beijando ferozmente - Parece que a minha sorte só aumenta.
- Não me parece - Pulo dando um pontapé na cara dela fazendo ela ir parar até o outro lado da sala, e o casal só estava parado a olhar para mim - É logo hoje que todo mundo decidiu acordar com fogo no meio das pernas, francamente, vocês dois, saíam agora!
Eu nem tinha visto a régua de metal que passou por mim girando cortando a cabeça do rapaz fazendo a menina gritar que nem uma louca.
- Isso mesmo, grita, entra em desespero - pegou no armário e atirou na direção dela, mas eu dou um pontapé na menina e o armário me faz virar um sanduíche com a parede - Sua idiota!
Naomi entra pelo buraco da sala agitando um frasco e quando atirou em Ivy, uma explosão fez com que fosse projetada para outra sala. Após isso Naomi retirou o armário em mim e passa um pano cheio de líquido na minha cara.
- Até que as aulas de química acabam sendo úteis, então, pronta para correr? - Abanei a cabeça concordando, então ela me ajuda a levantar - Vamos lá então.
Junto da rapariga que eu salvei, corremos até o ginásio da escola aonde todo mundo estava. Nenhum telefone tinha sinal então estavam todos inquietos e desesperados.
- Vocês podem me explicar o que era aquilo? - Perguntou o Professor Nathan vindo na nossa direção - Tenho a certeza que não era humano.
- Nós também não sabemos - respondeu Naomi - Mas o que for aquilo, vai nos matar se não usarmos o cérebro.
- Eu vi vocês duas lutando com aquilo, então sabem o que fazer, certo? - Antes que eu pudesse responder à Dra. Aristide, ouvimos uma forte batida na porta - O que foi aquilo?
- Foi uma péssima ideia juntar todo mundo aqui, acho melhor recuarem! - disse pegando na minha espada, e a cada segundo que passava a batida era mais intensa até que parou repentinamente - Será que foi embora?
Eu não sei porque me dei o trabalho de perguntar aquilo, já que do nada o ginásio transformou-se num interior de um monstro e nós estávamos dentro.
- Isso não pode ser bom - Após Naomi dizer isso, no centro do que deveria ser o ginásio, de um buraco sai um líquido começa a sair pelo chão e quando eu vi algumas cadeiras derreterem-se, não tive muito trabalho para concluir que aquilo era ácido - O que fazemos agora?
- É escusado - respondi após dar vários tiros contra uma das paredes, mas não fazia efeito nenhum - A pele é impenetrável, parece que é o fim..., quem diria que eu morreria logo na minha primeira missão.
Eu sentei em uma cadeira esperando que o ácido chegasse até nós. Bem que Jesus poderia aparecer do nada e nos salvar, mas isso era antigamente, hoje em dia as coisas já não funcionam assim por razões que nem ele próprio sabe, acho eu.
- Isso é incrível, Yin, olha! - gritou Naomi surpresa e quando olho, nem eu própria estava acreditando. Alicia havia ajoelhado e estava fazendo uma oração, criando uma barreira dourada que impedia o ácido de chegar até eles - E eu que não acreditava em milagres...
- Bem, minha parceira, às vezes é bom duvidar de nossas crenças - Logo que levantei Ivy aterra bem na nossa frente olhando para barreira - Parece que o teu banquete veio bem "abençoado".
- Aquela miúda tem muita fé, tenho de admitir, mas a água acaba por furar a pedra no final da estória - Virou e olhou para mim - E vocês estão aqui comigo, então não ficarei entediada até a barreira ceder.
Fez um gesto com a mão e uma barreira de carne se ergueu atrás dela separando a gente com os outros e impediu que o ácido chegasse até nós.
- Yin, aqui - Naomi atirou o que parecia uma pastilha - Estava a espera do momento certo para usarmos isso, e vejo que chegou..., agora engole isso.
- O que faz? - Nem tinha acabado de perguntar e já tinha ido goela a baixo. Em poucos segundos comecei a sentir um aumento de poder, tamanho e confiança, mentalmente óbvio - Meu Deus, que porra é essa, sinto uma energia enorme vindo dentro de mim, como se eu fosse capaz de fazer tudo.
- Isso maximiza a capacidade de nossos corpos, mas os efeitos secundários são similares ao das drogas que existem - Naomi engoliu um e pegou na sua arma - Vamos acabar com isso antes dos efeitos secundários começarem a atuar.
- Vocês não são as únicas com truques na manga - Ivy começou a girar várias vezes como uma bailarina e quando parou tinha 4 braços - Agora podemos começar.
Naomi começou a disparar contra ela, corro até Ivy desviando de seus braços e deslizo no meio de suas pernas e levanto enfiando o Machado em suas costas, mas fui agarrada e jogada para longe.
- Seria bom se o Machado pudesse voltar sozinho até minhas mãos - fantasiei sozinha por um segundo tentando lembrar onde eu vi isso, mas tive que levantar para ajudar Naomi. Ela esquivou os braços de Ivy e fez vários disparos em seu estômago antes que fosse pega - Eu, vadia!
Aproveitei o Machado preso dela para subir nas costas dela enfiando a minha espada em seu pescoço fazendo ela ajoelhar de tanta dor.
- É isso aí, agora... - Parece que aquela minha proeza não havia surtido efeito algum, já que Naomi foi dividida em dois pelo tronco e jogada em um canto.
- Impossível, porque você não caiu - Ela me agarra também, e eu naquele momento estava sem opções - Me solta!
- O vosso esforço é inútil, vocês não são capazes de proteger ninguém, nem a vocês mesmas - Enquanto discursava ela me arrancava lentamente os meus braços me jogando ao lado de Naomi - Parece que este será o vosso último trabalho, nem Pedro irá salvá-las dessa ve...
- Quem disse isso? - perguntou Pedro sentado em uma cadeira com a sua foice no colo - Tenho de admitir Ivy, estou impressionado com que você fez a essa escola e as minhas subordinadas em tão pouco tempo, mas lamento informar que a tua diversão acaba aqui.
- Eu não tenho medo de você! - gritou Ivy caminhando até ele - Eu farei o mesmo a você o que fiz a elas duas.
Tentou atacá-lo, mas um simples estalar de dedos fez com que ela ficasse completamente paralisada.
- O que está acontecendo, como você fez isso? - Perguntou confusa.
- Este é o poder que o nosso criador deu para mim após eu passar para o plano espiritual - pegou em sua foice e rasgou o ar invocando um portal, e do jeito que Ivy olhou para o que havia em seu interior, só poderia concluir que era o inferno - Agora vai e pague pelos seus atos, criatura imunda.
- Espera, não faça isso! - Pedro nem queria ouvir o que ela tinha a dizer e estalou os dedos fazendo o portal engolir Ivy por inteiro e desapareceu deixando nenhum vestígio de sua existência.
- Vocês estão bem? - perguntou ele se aproximando de mim - Conseguem ouvir-me?
- O que você acha, filho de uma, ai!...- Estava sentindo todo tipo de dores no corpo em uma escala inimaginável.
- Pelos vistos sim, agora relaxem que eu, Alfred e Rose tratamos do resto - respondeu dando um sorriso - Bom trabalho.
Eu limitei-me a fechar os olhos e não lembro de nada após isso, só sei que até o dia seguinte tudo estava como se nada tivesse acontecido e ninguém se lembrava do ocorrido, obra de Pedro como óbvio, uma coisa que ele era bom era consertar a merda sobrenatural que acontecia...
Fim de Capítulo.
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