Retorno!
Manhã do dia seguinte. México.
Uma densa chuva caia na região perto da fronteira do México, fazia quase três dias que a cidade abandonada perto da fronteira sofria com chuvas constantes, a meteorologia previa ainda mais chuva no dia seguinte, porém o sol voltaria a brilhar forte no final de semana. Era uma Quarta-feira chuvosa naquele lugar, trovões rugiam nos céus enquanto relâmpagos iluminavam tudo a sua volta, a cidade que já possuía um ar assustador ficou ainda mais tenebrosa por conta da chuva, as janelas das casas parcialmente destruídas tremiam com a força do vento, inúmeras goteiras se espalhavam por suas casas, e as árvores próximas balançavam fortemente.
Enquanto a chuva caia, perto dos galpões, inúmeros morcegos se fizeram presentes, morcegos esses que viajaram uma grande distância da Europa até a América trazendo consigo seus viajantes, de dentro do enorme tornado de morcegos Sebastian e Charlotte se revelaram, a mulher ainda estava desacordada por conta dos ferimentos que ganhou por ter quebrado a barreira que envolvia o selo de Komori, enquanto isso a bruxa rainha dos morcegos tomava sua forma humana novamente, a bela mulher se revelava conforme os morcegos envolviam seu corpo, se juntando formando um único ser, e assim a bruxa se revelava.
Komori sentia as gotas de água cair do céu escorrendo pelo seu corpo, a bruxa caminhou um pouco para longe de seus servos, ou filhos, como gostava de chama-los, a bruxa esticou seus braços deixando que aquela forte chuva a envolvesse, Komori estava enfim livre do selo imposto pelos homens e mulheres da Shibusen no passado, livre para ter sensações de liberdade como está que estava tendo. A sensação de estar mais uma vez liberta no mundo era algo que Komori a muito tempo não sabia o que era.
Enquanto estava dividida, Komori não podia sentir nada disso, sua alma, seu poder, e seu corpo divididos em três partes e jogados pelo mundo como se não fossem nada, Komori enquanto fechava os olhos em meio a chuva, só conseguia pensar em algo, em destruir aqueles que a fizeram passar por todo esse transtorno, subjugar a Shibusen e ir em busca de vingança, porém Komori sabia que o mundo não era mais o mesmo de séculos atrás, agora a bruxa sabia que deveria aprender sobre o mundo do qual estava, para enfim realizar sua vingança da melhor forma possível e desta vez sem erros.
Komori após alguns minutos em meio à chuva com os braços esticados e olhos fechados, resolveu voltar para perto de seus subordinados, Komori abriu seus olhos lentamente e se virou caminhando com tranquilidade até a entrada do galpão, Sebastian a seguiu logo em seguida, ao chegarem ao fundo do lugar, Sebastian acionou a entrada para a caverna e assim o trio seguiu para o subsolo do galpão. Ao chegarem à caverna tudo passou a ser iluminado, Komori ao observar tudo, viu que a caverna foi envolvida por tecnologia atual, computadores se espalhavam pela caverna cercada também por algumas outras entradas.
De dentro dessas entradas alguns servos vestidos de preto e com máscaras surgiram e logo se ajoelharam em respeito à Komori, a bruxa sorriu com tudo aquilo, enquanto Sebastian colocava Charlotte em uma maca, e ordenava seus servos a levarem para o quarto onde cuidariam dela. Em seguida Sebastian passou a ficar ao lado de Komori, que neste momento estava observando o enorme telão com o mapa do mundo sendo exibido.
- Veja... Esse lugar mudou e ao mesmo tempo não mudou... Um mundo que evoluiu conforme a inteligência humana foi crescendo, criando coisas como essas... – afirmava Komori tocando nas teclas dos computadores... – Porém ao mesmo tempo... Nós bruxas e seres sobrenaturais, somos caçados pela Shibusen, forçados a nos esconder para quem sabe um dia conquistarmos o que é nosso por direito... O mundo. – concluía Komori.
- Mas isso agora vai mudar... Com a sua volta minha senhora, podemos recomeçar de onde paramos. – dizia Sebastian retirando seu chapéu em respeito.
- Sim, os experimentos que realizamos num passado e que por muito pouco não foram concluídos... Agora podemos enfim recomeça-los... – disse Komori enquanto dava um longo sorriso.
- Eu e Charlote juntamos os arquivos de nossas pesquisas e armazenamos no computador central, as amostras estão no laboratório na parte de trás. – dizia Sebastian.
- Bom trabalho meu filho... Mas diga-me, você sabia que mesmo separada, as joias possuía um pouco do meu poder não é? -questionava Komori.
- Sim, não testamos o que sua alma podia fazer, porém testamos o poder, com isso, Charlotte conseguiu recriar um pouco da magia de Proteção de alma das bruxas, e também conseguimos transformar seres inanimados em Ovos de Kishin sem alma com uma das joias. O que comprova a viabilidade de nossas pesquisas no passado. – respondia Sebastian.
- Entendo, isso é maravilhoso! Se os testes deram certo em objetos assim, significa que os testes em humanos também já foram feitos não é? – questionava Komori com um sorriso que fez Sebastian sentir um arrepio por todo o seu corpo.
- S-sim, testamos em Londres... Criamos um Ovo de Kishin a partir da alma de uma humana, porém com a força que tínhamos, só conseguimos criar um. – respondeu Sebastian.
- Não faz mal, significa que esse único teste deu resultados, se somente com a joia vocês foram capazes disso, eu com minha força total, posso fazer mais do que isso... – concluía Komori indo para uma dos quartos da instalação subterrânea.
- Minha senhora... O que faremos a seguir? – questionava Sebastian.
- Eu vou descansar um pouco, depois irei para o laboratório continuar o que eu parei um dia, enquanto isso prepare tudo Sebastian, quando Charlotte estiver recuperada, vamos por a Shibusen para dançar um tango, um tango de dia das bruxas... E assim a Morciélago se elevará mais uma vez, jogando o mundo sob nossos pés... – respondia Komori caminhando lentamente para dentro do quarto.
Dois dias Depois. Death City. Shibusen. Perto do meio dia.
Ao contrário da região do México, o deserto de Nevada onde se localizava a Death City e a escola Shibusen para mestres e armas, estava com o tempo aberto, o sol sorridente resplandecia alto no céu, o calor tomava conta da cidade governada pelo poderoso Shinigami, seus moradores aproveitavam bem o dia de sol para fazerem seus preparativos, afinal um grande evento estava próximo de acontecer, e toda a população da Death City se empolgava.
A Death City assim como outras cidades do país e do mundo também se preparava para as festividades de Halloween, as ruas da cidade assim como algumas casas já começavam a serem enfeitadas pela população, decorações de abóboras, tendo o formato do Shinigami ganhavam espaço pela cidade que, além disso, também era decorada com estatuas e esculturas feitas com madeira e outros materiais como a argila, por exemplo, enquanto isso os alunos da Shibusen seguiam por mais um dia de aula.
Porém certo grupo que havia retornado da Europa não estava em aula, os jovens que enfrentaram a bruxa Komori estavam deitados em camas na enfermaria, Maka estava na cama do meio enquanto de seu lado esquerdo, havia Kid e do outro lado, ficava a cama onde antes estava Black Star, o garoto havia sumido misteriosamente pela manhã depois que Tsubaki veio visita-lo, junto com Soul e as Irmãs Thompson.
Soul, Tsubaki e as irmãs Thompson como possuíam ferimentos mais leves, foram logos dispensados pela enfermeira Medusa que cuidava do grupo desde que os mesmos retornaram. Na mente de cada um, a frustação por não terem cumprido com sua missão tomava conta, perder para a bruxa que havia despertado foi um golpe que os jovens não esperavam levar. Nenhum dos três e seus parceiros poderiam imaginar que a grande Komori possuía tanto poder mesmo depois de tempos selada.
- Perdemos feio essa... – dizia Maka ficando cabisbaixa.
- Não se culpe, estávamos juntos nessa. Todos nos perdemos. – dizia Kid.
- Se ao menos eu tivesse acertado ela com a Caçadora de Bruxas... – dizia Maka se lembrando da lâmina criada pela Ressonância da Alma feita com Soul em combate.
- Foi um golpe e tanto, porém nós passamos um tempo lutando enquanto ela estava descansada, estávamos despreparados, na próxima, vamos nos certificar de não haver mais erros. – dizia Kid com seriedade.
- Sim, precisamos detê-la a todo custo. – afirmava Maka apertando seu cobertor com as mãos.
Enquanto Maka e Kid conversavam sobre o assunto, a enfermeira Medusa que havia saído para buscar alguns medicamentos retornou a sala para surpresa dos jovens ali presentes, Medusa deixou alguns fracos de remédios perto de sua mesa, e logo pegou a ficha com os exames de cada um dos três, porém ao olhar para as camas, Medusa pôde notar que uma delas estava vazia, a que ficava do lado direito de Maka.
- Ora, para onde o garoto foi? – questionou Medusa se aproximando da dupla.
- Ele saiu dizendo que estava no tédio... – respondia Maka com um sorriso forçado.
- Ora, se as feridas dele se abrir eu não me responsabilizo. – dizia Medusa dando um suspiro e se sentando em sua cadeira.
- Quando nós teremos alta? – questionou Kid.
- Agora mesmo... Seus exames estão normais, e as feridas estão devidamente cicatrizadas, porém vou pedir para que não se esforcem demais ou elas poderão voltar a abrir, de preferencia descanse bastante, eu acredito que até amanhã de manhã vocês já estejam 100% melhores. – afirmava Medusa fazendo algumas últimas anotações na ficha de Maka e Kid.
- Obrigada professora Medusa... Finalmente podemos sair daqui. – afirmou Maka se espreguiçando.
- Sim, eu irei para a sala de meu pai, preciso saber como andam as coisas. – afirmou Kid se levantando.
- Fala sobre a bruxa Komori não é? – questionou Medusa continuando suas anotações enquanto fingia estar curiosa.
- Sim, mas como você sabe? – questionou Kid curioso.
- Ora, eu sou enfermeira e professora daqui esqueceu? Assim que vocês chegaram, eu também recebi um relatório da situação, afinal não posso cuidar de vocês sem saber os que os atingiu primeiro. – respondia Medusa.
- É verdade eu havia me esquecido disso, sinto muito pela pergunta Professora Medusa. – dizia Kid se curvando como forma de desculpa.
- Tudo bem, tudo bem, não precisa disso. – dizia Medusa com vergonha.
- De qualquer forma, muito obrigada professora Medusa. – dizia Maka agradecendo.
- Só tomem cuidado daqui para frente, e não se esforcem demais. – afirmou Medusa.
- Sim. – dizia Maka.
Em seguida, Kid e Maka entraram em dois espaços da enfermaria separados por um pano no meio quase que como um trocador de roupas para meninos e meninas, onde ambos tiraram as roupas brancas da enfermaria e vestiram suas roupas normais do dia a dia, após alguns minutos, ambos saíram da enfermaria deixando apenas Medusa no lugar que os observava com um sorriso no rosto.
Após a saída dos jovens, Medusa se levantou de sua cadeira, a mulher de cabelos loiros e um belo vestido preto por debaixo do seu jaleco branco preparou uma xícara de café e logo depois, seguiu para a janela da enfermaria de onde possuía uma vista para a cidade à frente, após tomar um gole de seu café enquanto observava a cidade a sua frente, Medusa se concentrou por alguns instantes como se estivesse pensando em algo específico e assim, a mulher conseguiu comunicação com alguém que estava muito distante da cidade, algo como se fosse telepatia, porém a mente de Medusa e da pessoa misteriosa estava conectada através de uma pequena serpente de energia que estava alocada a suas cabeças feita pelo poder misterioso da Medusa.
- Medusa...? Eu já estava quase para contata-la. – afirmou a voz de uma mulher.
- Onde vocês estão agora? – questionou Medusa.
- Estamos nas montanhas perto da fronteira, estamos em segurança. – respondeu a mulher.
- Ti-ti-ti-ti. – dizia a voz de outra mulher.
- Eruka... Conseguiu achar? – questionou Medusa com sua mente para a misteriosa mulher e nome Eruka.
- Sim, eu e a Mizune passamos o dia e a noite procurando e identificamos a localização exata dela, foi um pouco difícil e quase nos pegaram em algum momento, mas temos as informações como você planejou, podemos iniciar quando quiser. – respondia a misteriosa Eruka citando a amiga do lado de nome Mizune.
- Ótimo... Espere-me no ponto de encontro como combinado, vamos fazer uma visitinha. – afirmava Medusa com um sorriso diabólico.
- Como queira senhora Medusa. – dizia Eruka num tom de voz alegre.
- Certo... Veremos como você é... – dizia Medusa tomando seu café, e voltando a olhar algumas outras fichas em sua mesa.
Enquanto isso, Maka vagava pelos corredores da escola, a garota se separou de Kid que foi até a sala de seu pai, e depois havia dito que iria procurar por Patty e Liz, já Maka estava atenta pelos corredores procurando por Soul, porém ao perguntar para alguns alunos que passavam pelo lugar, nenhum deles soube dizer onde estava o garoto, Maka deu uma passada na sala de aula, porém também não havia visto seu parceiro no local, Maka procurou depois na biblioteca ou no refeitório, porém não havia achado Soul em lugar algum. Após pegar um pão recheado no refeitório para comer, Maka notou uma movimentação estranha vindo da entrada da escola, o que logo lhe deixou com calafrios pelo corpo.
- Tenho um mau pressentimento sobre isso. – dizia Maka dando uma mordida grande no pão com força e raiva.
Maka então correu em direção à entrada da Shibusen passando pelo salão de entrada e chegando do lado de fora, ao olhar para o local, Maka viu um pouco dos alunos em volta do professor Sid que estava parado com os braços cruzados, a sua frente Soul e Black Star estavam lado a lado, e a frente da dupla, outros dois alunos estavam presentes, ambos usavam roupas preta com detalhes em vermelho combinando um com o outro, aparentemente Black Star e Soul haviam marcado um duelo de forças contra os dois alunos que os provocaram durante a passagem pelos corredores da escola, e para oficializarem a disputa o professor zumbi Sid estava como testemunha.
- Merda... Eu sabia... – dizia Maka com muita raiva.
- Ei seus pirralhos de merda! Andem logo com isso eu tenho coisas a fazer! – gritou Sid.
- YEAAAH HEEEEEY! Pode deixar professor, vamos descer a porrada nesses dois! – gritou Black Star ficando muito empolgado.
- Sim, vamos venha pra cima vem, vem. – disse Soul enquanto ele e Black Star provocavam os dois alunos.
- Vem pra cima frangotes! - dizia Black Star.
- Não fiquem se achando seus pivetes esquentadinhos. – gritou um dos desafiantes.
- Vamos mostrar pra vocês o nosso combo supremo! – gritou o outro apertando seus punhos.
Em seguida, Maka se aproximou para ver mais de perto quando notou Tsubaki ao lado de Sid, Maka foi de encontro a Tsubaki assim que a viu ficando também ao lado do professor zumbi.
- Então é aqui que os dois estão? E isso por que a professora Medusa disse para descansar. – dizia Maka com raiva.
- Eu tentei impedir, mas não deu muito certo. – afirmou Tsubaki dando um longo suspiro.
- Às vezes eu me pergunto se esses dois tem cérebro. – dizia Maka irritada.
Enquanto isso o quarteto começava a correr de encontro, prontos para trocarem golpes intensos, porém Black star e Soul não estavam para brincadeira, estavam sérios e empolgados para uma boa briga, ao se aproximarem da dupla inimiga, ambos desfeririam socos rápidos em seus oponentes os derrubando no chão, os dois se levantaram e correram para combater Soul e Black star.
Chutes e socos ganhavam espaço em meio à entrada da Shibusen onde os alunos em volta assistiam empolgados a luta diante e de seus olhos. Porém enquanto a luta prosseguia, e socos e chutes tomavam conta da visão de todos que assistiam, Maka pôde notar uma expressão diferente no rosto de Soul e Black Star, a garota pôde ver em cada um dos jovens ali presentes uma expressão de raiva e insatisfação, uma cara que dizia silenciosamente:
"Nós perdemos, por que não fomos fortes o suficiente".
Maka acreditava que a batalha a sua frente era uma forma daqueles dois amigos desabafarem depois de perderem sua batalha na Europa, uma forma de descontar a raiva que sentiam por terem sido fracos demais contra Komori, e assim permitindo que a bruxa despertasse de seu longo sono e fugisse para algum lugar do mundo.
A luta durou cerca de alguns minutos, terminando com a vitória implacável de Soul e Black Star que comemoravam mais um duelo vencido, em seguida ambos foram de encontra Sid que aprovou a vitória limpa da dupla, aos poucos os alunos que assistiam se dispersavam pela escola enquanto Maka e Tsubaki voltavam a se reunir com seus parceiros, Maka deu uma boa bronca na dupla por estarem lutando após se recuperarem, enquanto Tsubaki tentava aliviar a tensão da amiga.
Já dentro da sala do Shinigami, Kid chegava ao local com um olhar sério em seu rosto, à frente, Stein e seu pai estavam juntos com Spirit o pai de Maka realizando a continuação das investigações do paradeiro de Komori e sua organização, porém pelo pouco que Kid pôde observar a Shibusen não havia feito muito progresso em localizar a bruxa.
- Ah, Kid já está melhor? E a Maka está bem? – questionou Spirit.
- Sim, ela já saiu da enfermaria também sem grandes problemas, enquanto isso eu vim ver como andam as coisas. Eu quero saber tudo meu pai.
- Aaaa... Makaaaaaa... Ainda bem... – dizia Spirit chorando de felicidade.
- Ora, Kid você deveria descansar não acha? – questionou o Shinigami.
- Não posso fazer isso com uma bruxa que deixei escapar a solta por ai. Por favor, meu pai, eu quero saber de tudo. – afirmou Kid com seriedade.
- Está bem... Vejo que você não vai recuar mesmo. – disse o Shinigami dando um longo suspiro.
- E como andam as coisas? – questionou Kid.
- Nada... Acreditamos que a proteção de alma das bruxas já esteja sendo usada, isso vai dificultar e muito nosso trabalho. – respondeu Stein ajeitando seus óculos.
- E o que faremos? – perguntou Kid novamente.
- Bom, estamos testando algumas coisas, mas não sei se vamos ter progresso. No pior das hipóteses vamos ter que esperar uma movimentação dela ou algo do tipo. – respondia Spirit coçando sua cabeça.
- Estamos de mãos atadas então. – disse Kid com raiva.
- Acalme-se Kid, a vingança é algo que não podemos deixar subir a cabeça, vamos agir com calma e precisão, e assim, vamos achar um meio de encontra-la. – alertava o Shinigami.
- Sim meu pai, eu sei. – afirmou Kid.
Noite do mesmo dia, 23:30h. México. Esconderijo da Morciélago.
O esconderijo da Morciélago estava um tanto agitado, seus membros corriam carregando alguns equipamentos que seriam transportados mais tarde para algum lugar. Sebastian estava no centro do local, comandando os servos e indicando onde eles teriam que ir, Charlotte já despertada estava descansando no quarto vendo alguns relatórios de alguns homens, enquanto isso, a bruxa Komori estava sozinha em seu laboratório, no chão do laboratório havia um circulo mágico desenhado emitindo um forte brilho roxo conforme Komori ejetava sua magia nele.
A rainha dos morcegos estava com um visual diferente de antes, seus cabelos estavam soltos, Komori usava um vestido de batalha em cor preta com detalhes em branco e roxo nas laterais, que deixava suas pernas e coxa a mostra tendo também um longo decote e um colar de morcego em volta do pescoço, tendo uma longa faixa no centro e atrás do vestido, Komori usava botas que iam até os joelhos, seus braços estavam à mostra e a bruxa usava luvas roxas em suas mãos que cobriam até o cotovelo.
No meio do circulo havia um de seus servos que se contorcia conforme a magia entrava em seu corpo, Komori sorria com seu experimento e depois de alguns minutos, o corpo de tal homem começou a se modificar, se tornando assim uma espécie de criatura, Komori deu outro enorme sorriso e logo depois viu que o corpo de seu servo estava regressando de volta ao estado normal, em seguida a alma de seu servo surgiu no meio do circulo mágico deixando Komori séria.
Komori sabia ali que o tempo de transformação teria que ser aumentado de alguma forma, para aumentar os resultados de um possível combate prolongado, Komori anotou o resultado do teste em um papel ao seu lado que flutuava com o seu poder, e assim indicou para que outro servo entrasse na sala, para que outro teste fosse feito.
De repente, um enorme barulho foi ouvido no esconderijo da Morciélago ecoando por todo o lugar causando um pequeno tremor, tal barulho vinha do galpão na superfície, Sebastian alertou os servos para seguirem até o local e verem o que estava acontecendo. Komori saiu do laboratório um tanto assustada pelo tremor repentino no esconderijo.
- O que está acontecendo? – questionou Komori.
- Senhora... Estamos sendo invadidos. – gritou um dos soldados ao longe vendo as câmeras.
- Essa sensação... – dizia Komori caminhando para fora.
- Senhora fique aqui e espere! – alertou Sebastian.
- Não... Eu conheço essa sensação, apenas aguardem, eu resolvo isso. – dizia Komori desaparecendo em uma tormenta de morcegos.
Enquanto isso, alguns homens da Morciélago cercavam três pessoas que surgiram e meio ao galpão onde ficava a entrada do esconderijo, os homens da Morciélago estavam tensos, pois as três pessoas aparentavam estar muito calmas em invadir uma instalação secreta daquele jeito, de repente, a frente dos servos e das três pessoas, inúmeros morcegos surgiram formando a figura de Komori com seu belo visual.
Ao olhar para as três pessoas Komori teve certeza de quem seriam afinal, uma bruxa sentia outras bruxas por perto, uma sensação que apenas as criaturas desse tipo com certa magia poderia sentir.
- Você... Eu já ouvi falar de você. O que você quer aqui? – questionou Komori com um olhar sério enquanto cruzava os braços.
- É um prazer estar diante de você finalmente... Grande Komori. – afirmou Medusa com um sorriso diabólico no rosto.
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