O Garoto da Perfeição!
O dia havia chegado à pacata cidade e Baltimore, o sol sorridente ria em meio ao céu azul, algumas nuvens se formavam ao redor de vários pontos da cidade, um pouco de vento percorria o local dando um ar refrescante para a cidade. As ruas voltavam a ficar agitadas, o comércio reabria e outros estabelecimentos ficavam na ativa. E assim como muitos dos trabalhadores locais iniciavam seus serviços, a polícia também iniciava seu dia de trabalho. A região de trilha do parque da cidade foi totalmente isolada pela policia, o parque também foi fechado para visitantes, para que assim facilitasse o trabalho dos investigadores.
Vários policiais faziam a guarda do local na entrada do parque, outros patrulhavam a região em duplas a procura de mais pistas, andando por toda a extensão do longo parque, a maioria dos policiais usavam seu tradicional uniforme preto com o logo da polícia nas costas, suas pistolas na cintura e um distintivo no peito, já outras duas pessoas, esses sendo investigadores, usavam uma roupa formal, terno e gravata, com um sobretudo marrom por cima, estes estavam em locais separados, um interrogando testemunhas, o outro analisando o corpo da vítima.
A equipe estava analisando o corpo morto de Tyler e os rastros de sangue envolta do local, onde foi atacado misteriosamente. A polícia soube do caso, após uma visitante achar o corpo caído do homem e se assustar com ocorrido chamando assim as autoridades locais. Este não era o primeiro assassinato na região, e muito provavelmente não seria o último. Baltimore, a cidade mais perigosa do país, já registrava altos índices de assassinato e outros crimes. Muitos desses crimes eram cometidos por mais diversos seriais killers.
Há quase cinco anos, a polícia local vinha tendo problemas em rastrear e identificar um Serial Killer que vinha aterrorizando a cidade. O alvo chamado de O Colecionador pelos policiais vinha trazendo dias e mais dias de terror e medo. Tal Serial Killer geralmente escolhia pessoas de grande importância, como empresários, advogados e até mesmo alguns policiais já foram vitimas, com seu habito de "Colecionar" partes das pessoas, os investigadores possuíam dificuldade em entender um padrão e conseguir rastrear tal assassino.
Porém de uns tempos para cá, o assassino vem mudando seu padrão de ataque, agora não mais colecionando as pessoas, e sim as matando de diversas formas diferentes, e deixando o corpo de seus alvos à mostra com ferimentos de lâminas, poucas das pessoas possuíam partes faltando de seus corpos, o que era estranho para tal caso, deixando a polícia em uma situação cada vez mais complicada.
- E então investigador Matsuda? - questionava o chefe de policia para o investigador que analisava os ferimentos do corpo de Tyler.
Tal homem chamado de Matsuda Stuart, filho de uma japonesa com um americano, era o investigador encarregado do caso do Colecionador já a mais de sete meses, foi designado para o caso, após o antigo detentor do posto ter sido encontrado morto também, além de seu visual de investigador, Matsuda usava óculos, um corte de cabelo bagunçado, porem não longo, um cigarro estava em sua boca, e luvas se faziam presentes nas mãos.
- É difícil dizer com o que ele foi perfurado... Aparentemente parecem cortes de espada, mas a profundidade que chegou e o ponto de impacto na pele indo de um lado ao outro, e o tamanho da ferida... Indica outra arma ainda mais afiada, mais grossa do que as anteriores. O problema maior é que não há pegadas de mais pessoas no local, apenas as pegadas deste pobre homem, a julgar pelo ferimento no braço, ele foi golpeado primeiro e conseguiu escapar, depois foi atacado pelas costas e acabou morto... O padrão do Colecionador vem mudando a cada assassinato, esta ficando cada vez mais difícil de rastrear seus movimentos. - respondia Matsuda retirando o cigarro da boca e soprando a fumaça para fora.
- Droga de Colecionador! Temos que reforçar a segurança e voltar novamente com o toque de recolher na cidade inteira! - alertava o chefe de policia.
- Eu concordo... O que acharam sobre a vítima? Algo que relacionasse com os outros? - questionava Matsuda.
- Segundo os relatórios da equipe de busca, a vítima era Tyler Bryant, trabalhava como empresário no centro, um dos acionistas de uma empresa de arquitetura ou algo do tipo, sua família é da Philadelphia, tem um irmão gêmeo que está na capital Washington e trabalha como fotografo para um jornal, e tem uma irmã que está em Manhattan trabalhando como advogada. Seus pais morreram nos anos 90 vitimas de um assassino brutal... Foram adotados e agora seguiam caminhos diferentes. - respondia o chefe de policia.
- Pobre jovem... Mas parece que mesmo a forma de assassinato mudando, o perfil das vitimas continua os mesmo, empresários, advogados... Eles devem ter algo relacionado para que sejam alvos, o problema é saber por que, já que o assassino não deixa pistas sobre seu paradeiro, ou de por que escolher seus alvos. - dizia Matsuda analisando a situação.
- De qualquer forma, temos que ficar atentos, mandarei homens vigiarem as empresas de grande importância da cidade também. Vamos mandar esse para a autopsia assim teremos mais informações, irei avisar à família... - dizia o chefe de policia.
- Colecionador... Tsc... Mesmo com tudo isso, há algo que esta me deixando incomodado... - afirmava Matsuda olhando para cima.
- E... O que seria? - questionou o chefe de policia.
- Não sei dizer, mas sei que tem algo que estamos deixando passar, um pequeno detalhe que pode ser uma pista para resolver o caso... - respondia Matsuda levando a mão ao queixo e analisando tudo a sua volta.
- Talvez fosse o fato de você ter ignorado sem perceber as marcas de patas nos galhos das árvores! - disse a voz de alguém próximo, a voz de um garoto.
- Quem está ai? - gritou o chefe de policia sacando sua arma.
- Heeey... Hooo... Heeey... Hoo... - dizia outra voz ao longe, esta de uma garota.
De repente, todos pararam o que estavam fazendo e viram algo muito estranho em cima de uma gangorra se divertindo em meio ao parque isolado e ao clima tenso que se encontrava o local, agindo como se tudo aquilo não era importante. Uma garota loira de cabelos curtos e um chapéu de cowboy prata na cabeça tendo olhos azuis, usando uma camisa curta vermelha que deixava sua barriga e braços a mostra tendo uma gravata branca por cima, e um mini short jeans, com botas marrons. Tal garota se divertia enquanto ao seu lado outra loira se fazia presente, parada lixando suas unhas, e com tédio estampado no rosto.
Tal garota possuía cabelos longos, e usava o mesmo chapéu da outra, a mesma camisa vermelha com gravata branca, porém usava calças jeans, ambas as garotas usavam também uma jaqueta branca por cima da camisa vermelha, combinando assim parte de seu visual. Aparentemente as duas eram irmãs gêmeas, conhecidas em alguns lugares principalmente do Brooklyn como as Irmãs Thompson.
A de cabelos curtos aproveitando a gangorra com um enorme sorriso se chamava Patty, e a de cabelos longos fazendo suas unhas em meio ao parque se chamava Elizabeth ou Liz como gostava de ser chamada por seus amigos.
- Esses policiais são meio lentos trabalhando, não sei o que nós ex-bandidas estamos fazendo aqui. Podemos ter problemas se nos descobrirem... - afirmava Liz com um pouco de raiva e medo enquanto se concentrava em sua unha.
- Divertido... hahahaha! - dizia Patty na gangorra.
- Quem são vocês? Esse lugar está bloqueado para investigação, vou ter que pedir gentilmente para que saia senhoritas. - alertava o chefe de policia se aproximando das duas.
- Hey... Hoo... Hey... Hoo. - dizia Patty ignorando o policial enquanto brincava alegremente.
- Ah? Nos retirar? Mas viemos aqui te ajudar, aliás, acabamos de chegar, daqui eu não saio. - afirmava Liz observando suas unhas.
- Por favor, não vou pedir uma segunda vez. - alertava o policial.
- Não se preocupem elas estão comigo! - disse a voz de um garoto logo atrás.
Logo todos voltaram sua atenção para um garoto de aproximadamente 17 anos pela aparência, usava um belo terno preto, tendo um símbolo de uma caveira perto do pescoço, do lado esquerdo de seu cabelo, havia três longas faixas brancas, anéis de caveira se faziam presentes em suas mãos, no dedo indicador de cada uma, seu olhar esbanjava toda sua seriedade perante o caso e a situação em si, porém ao olhar em volta certos detalhes de todos ali presentes chegou a lhe incomodar um pouco.
- E você? Não deveria estar na escola? - questionou o policial.
- Hum... Vocês são bem peculiares... Pode não parecer, mas não sou um simples garoto do ensino médio... Meu nome é Death The Kid, sou filho do grande Shinigami protetor da Death City, vim aqui em missão! - afirmava Kid mostrando uma carteirinha com sua foto e informações que o habilitavam como investigador paranormal e aluno da Shibusen além de outras funções.
- Death City? Aquela cidade do outro lado do país... - dizia o policial sendo interrompido por Matsuda.
- Espera... Nunca cheguei a visitar, mas me disseram que é uma cidade bem exótica. O que vocês da Shibusen querem aqui? - questionava Matsuda.
- Estamos assumindo o caso, afinal seu alvo já nem mesmo é humano. - respondia Kid com um olhar sério, porém logo mudando para uma cara assustada ao ver o cabelo bagunçado de Matsuda.
- Como assim não é humano? Aliás, o que quer dizer com o comentário das árvores? - questionou Matsuda.
- Ali em cima, o padrão dos galhos de árvores. Alguns estão levemente entortados para baixo, cerca de 20 graus se comparada às outras árvores o que indica que alguém pesado passou por elas, isso estava me incomodando muito desde que cheguei, por isso estranhei de imediato. Ao olha-las para tentar por tudo no lugar, notei a marca de pegadas enormes nos galhos, em outras árvores até mesmo garras podem ser identificadas, com isso podemos chegar à conclusão de que seu alvo o Colecionador, matou o alvo pulando pelas árvores e aterrissando suavemente no solo sem deixar grandes rastros de pegadas, matando o homem e pegando sua alma, se tornando um Ovo de Kishin e agora, ele está começando a devorar a alma de seus alvos. Se ele continuar pode vir a se tornar um problema para nós. Vocês disseram que ele não estava colecionando nada, mas muito pelo contrário, agora que ele é um monstro ele coleciona a alma das pessoas para ficar mais forte... - afirmou Kid enquanto ajeitava o cabelo de Matsuda, deixando o homem com um penteado social bem arrumado. - Pronto, agora seu cabelo está totalmente simétrico e alinhado. Aquela bagunça estava me deixando impaciente. - concluía o garoto com um sorriso.
- Você é louco? Quem acreditaria em algo assim? - questionou o policial.
- Ora senhor, você trabalha na cidade mais perigosa do mundo e não acredita em histórias assim? - respondia Kid com outra pergunta. - Mas tudo bem, não vou implorar para me deixarem participar, porém saibam que chegarei ao alvo primeiro que vocês, nós da Shibusen não podemos deixar um monstro desses passar... - afirmava Kid caminhando na direção das garotas.
- Tsc, garoto esquisito... - afirmava o policial.
- Esquisito, mas o que ele disse tem sentido, pelo menos para mim. - afirmava Matsuda.
- Liz, Patty, vamos... - afirmava Kid vendo Patty brincar na gangorra sozinha.
Aquela visão, a visão de Patty na gangorra apenas de um lado sendo empurrada para cima e para baixo com apenas sua própria força irritou Kid de uma forma nunca antes vista e que assustou a todos ali.
- IDIOTA! Patty! Como ousa brincar sozinha! Uma gangorra é para ser usada por duas pessoas! Um brinquedo feito para agir em simetria, e não sozinha. Ah isso é de doer os olhos, por quê? - se perguntava Kid quase chorando ao ver Patty brincar sozinha.
Logo o garoto se sentou do outro lado e assim começou a brincar com Patty deixando todos ali com olhares assustados. Achando tudo aquilo louco, estranho e esquisito demais. Kid agora estava sorrindo ao ver a gangorra ser usado por duas pessoas e após alguns minutos, o trio de estranhos começou a deixar o parque e os policiais para traz que continuaram a analise do local.
- Ei! Você tem alguma ideia de como acha-lo sozinho? - questionou Matsuda.
- Sim, afinal... É impossível não sentir uma alma assassina querendo de matar a quilômetros de distância... - respondia Kid olhando para o lado direito com seu olhar sério.
De muito longe, escondido do alto de um prédio com a visão inteira do parque, o colecionador, ou melhor, o assassino de nome Hank, observava tudo com um sorriso diabólico no rosto, sua visão o permitia enxergar de uma distância muito grande, ao ver o investigador e toda a polícia além daqueles jovens estranhos, Hank logo saltou para o lado contrário fugindo do lugar. Porém o que tal Ovo de Kishin não havia notado era que Kid havia sentido sua alma assassina de longe.
Mais tarde, a polícia começou a usar as pistas nas árvores para ajudar a entender os ataques, o corpo de Tyler foi levado à autopsia, os policiais avisaram a família que já começava a se mover para ver o corpo do ente querido vítima do Colecionador, as investigações andavam em um ritmo que permitia a todos analisar tudo com calma, tentando prever o próximo passo do assassino.
A noite havia chegado mais uma vez em Baltimore, já se passava das 23h da noite, o vento gelado se fazia presente percorrendo toda a cidade, que mais uma vez ficava assustada com a ameaça de Hank e suas atrocidades, os policias e os investigadores se moviam pela noite, vigiando diversos lugares diferentes. Do alto de um prédio, com um manto preto similar ao de seu pai, quase camuflado ao ambiente tendo uma mascara de caveira levantada deixando apenas seu rosto a mostra, Death The Kid observava a cidade do alto, junto com Patty e Liz.
Death the kid era um garoto prodígio da Shibusen filho de seu governante, o Grande Shinigami, porém seus poderes de Shinigami ainda não haviam despertado por completo, sinal disso eram as mechas brancas em seu cabelo, que diziam ser por conta de seu poder de Shinigami ainda incompleto. Kid era bom em todas as áreas de estudo se tornando um garoto perfeito aos olhos de todos, porém essa perfeição vista pelos outros virou o lema e mania de Kid, que era perfeccionista.
Para o garoto tudo deveria ser perfeito e simétrico, quando Kid via algo imperfeito, logo tratava de corrigir até que seu alvo estivesse perfeito. A imperfeição era algo que kid mais odiava no mundo, e às vezes o atrapalhava a lutar em diversos casos, porém mesmo com tais manias, Kid era um oponente difícil de derrotar.
O garoto era artesão de Patty e Liz, as duas garotas irmãs gêmeas podiam se transformar em pistolas de energia que Kid usava em suas batalhas, as duas garotas antes de se juntarem ao garoto, eram duas ladras que viviam pelas ruas do Brooklyn, e após serem pegas pela policia e por Kid que ajudou nas investigações por se interessar em suas habilidades, Kid as convenceu a ir para Shibusen e se juntar ao garoto pela busca de um mundo melhor, um mundo perfeito. Para Patty e Liz, Kid era um salvador, alguém que as ajudou a sair das ruas e conseguirem ser alguém melhor do que eram antes, ou pelo menos um pouco melhor.
Patty possuía uma personalidade muitas vezes um pouco infantil e maluca, colocando o trio em diversas situações perigosas e constrangedoras. Já Liz era mais séria, mais focada do que sua irmã sendo uma das poucas pessoas que suportavam as loucuras de Kid, muita das vezes, Liz era a responsável por colocar kid na linha e o deixa-lo focado principalmente no meio de um combate, porém a garota possuía um grande medo por lugares mal-assombrados e também de espíritos.
- É alto! É alto Liz! - afirmava Patty se pendurando na beirada do prédio e olhando para baixo.
- Tem certeza que ele vai aparecer hoje? Se ele tiver um pingo de inteligência ele pode sumir por um tempo não é? - se perguntava Liz.
- Naquela hora no parque eu senti sua alma assassina nos vigiando, não acho que ele vá se esconder, pelo contrário. - respondia kid.
- Só espero que ele não tenha uma forma assustadora, como o último que enfrentamos naquele castelo estranho cheio de assassinos, ainda bem que conseguimos salvar aqueles prisioneiros antes dos Ovos de Kishin os pegarem, aliás, Kid, nunca mais vamos entrar em castelos. . - afirmava Liz tremendo um pouco.
- Hora Liz, você deve superar o seu medo, afinal ele pode atrapalhar a busca pela perfeição. - dizia Kid sorrindo.
- Às vezes eu não te entendo... - afirmava Liz.
- Aliás, eu pude notar que você estava usando a lixa nas unhas de forma totalmente irregular hoje, da próxima vez eu vou fazer suas unhas se não se importar. - dizia Kid com uma expressão pensativa no rosto.
- Da última vez você levou um ano inteiro para fazer isso. - dizia Liz com um pouco de raiva.
- Não tenho culpa, mas dessa vez eu levarei menos tempo, então, por favor! Please! - implorava Kid ficando de joelhos para Liz.
- Certo... - afirmava Liz enquanto Kid pulava de alegria.
De repente Kid que estava alegre e pensativo sobre a melhor forma de fazer as unhas de Liz padronizadas, parou e mudou de expressão, o garoto sentia uma onda de alma assassina vinda de algum lugar da cidade, uma alma que poderia ser sentida de longe pelo garoto filho do Shinigami.
- Patty! Liz! Vamos! - afirmou Kid pulando do prédio com a mão direita esticada por onde uma energia começou a fluir, e seu manto preto se desfez revelando seu terno. - Beelzebub! - gritou o garoto enquanto a energia de sua mão se transformava em um Skate.
Tal skate era verde com o símbolo de caveiras estampado, o garoto subiu a bordo, e logo as rodinhas vermelhas do skate se tornaram potentes jatos que moveram Kid no ar indo até seu alvo. Em seguida Liz e Patty saltaram também, porém ambas foram envolvidas por um intenso brilho, onde se tornaram as pistolas das quais Kid usava em batalha, Kid segurava as armas com a empunhadura delas para cima, e com o dedo mindinho no gatilho, totalmente diferente de uma pessoa normal.
Enquanto isso, perto do centro da cidade, que neste momento se encontrava quase deserto graças ao toque de recolher, Matsuda estava em seu carro analisando alguns papéis sobre a investigação, tais papéis eram informações sobre os últimos assassinatos que ocorreram na cidade anteriormente, nome das vitimas, relatórios sobre as investigações, locais de morte, como estavam seus corpos e outros assuntos relevantes. Matsuda investigava tudo com atenção até que encontrou algo, um assassinato que ocorreu há alguns anos em uma cabana perto do parque que ligava as montanhas.
De repente um barulho foi ouvido vindo de trás de seu carro, Matsuda olhou para trás pelo retrovisor e depois se virou para olhar melhor e não havia visto nada de errado com o carro na parte de traz, ao dar um olhar estranho e se virar para frente, Matsuda deu de cara com Hank e seu olhar aterrorizante com um enorme sorriso e sua língua para fora o observando através do vidro.
- Vamos ser amigos? - perguntava Hank movendo sua mão para trás.
Matsuda se assustou e tal homem só teve tempo de abrir a porta do carro e se jogar no asfalto, para evitar um golpe das garras de Hank que atravessaram o vidro perfurando o banco do motorista. Matsuda pegou a arma em sua cintura e disparou atingindo a criatura, porém os tiros não conseguiam parar Hank e seu sorriso. Matsuda se levantou e começou a correr, porém Hank deu um enorme salto ficando a sua frente e dando um golpe na mão de Matsuda que jogou sua arma no chão, um pequeno ferimento foi feito na mão do investigador que foi jogado para traz com um forte chute. Matsuda caiu alguns metros à frente com fortes dores pelo corpo, ao olhar para frente, o homem viu Hank com um olhar sinistro se aproximando.
- Ninguém vai conseguir... Pegar Hank! - afirmava Hank pronto para dar o golpe final em Matsuda.
De repente, uma enxurrada de tiros foi efetuada acertando Hank em cheio que recuou com ferimentos pelo corpo ficando um pouco mais a frente de Matsuda. O investigador se perguntava o que estava acontecendo, quando viu a fumaça causada pelos disparos se dissipar, e então aquele trio a sua frente surgiu novamente, fazendo uma pose quase que de super sentai, tendo Liz atrás, Patty no meio e Kid na frente, todos com os braços esticados, em perfeita sincronia.
- Isso! Isso! Ah, o doce gostinho de finalmente acertar nossa pose de entrada com sincronia e perfeição! Obrigado... Obrigado... Esse momento... É lindo demais... - dizia Kid com os olhos brilhando de felicidade enquanto algumas lágrimas escorriam por seu rosto.
- Legal! Legal Kid! - dizia Patty batendo palmas com Kid.
- Ei, se eu fosse você eu saia daqui agora, deixe ele com a gente! - afirmava Liz para Matsuda que se levantou em seguida.
- Vocês vão precisar de ajuda! - dizia Matsuda.
- Não, não vamos... - Afirmou Kid enquanto Liz e Patty voltavam à forma de arma. - Então você é o Ovo de Kishin... Assassino Hank. Seus dias terminam aqui! - dizia Kid com um olhar sério.
- Vamos ser amigos! Amigos de Hank! - gritava Hank correndo ao ataque.
O monstro correu e logo depois deu um salto, com suas garras Hank desferiu um ataque cruzado, porém Kid saltou por cima da criatura desviando do golpe, enquanto isso Matsuda correu se afastando do local da batalha, ainda no ar e de cabeça para baixo, Kid disparou acertando tiros a queima roupa nas costas de Hank que cambaleou para o lado caindo no chão.
Kid pousou em solo logo atrás e correu para os lados continuando seus disparos. Hank tentava se proteger dos tiros vindos das armas de Kid que não paravam, o garoto circulava Hank com velocidade, efetuando disparos que o confundiam através de seus movimentos, os passos de Kid estavam rápidos e aos poucos o garoto acelerava ainda mais se aproximando de Hank enquanto atirava.
Hank se irritou e logo correu para atacar Kid, porém ao se aproximar dando golpes rápidos, Kid desviava indo de um lado ao outro e dando inúmeros mortais evitando com facilidade os golpes do monstro, ao mesmo tempo, Kid desferia golpes físicos na criatura acertando seu rosto com chutes, e disparando nos pés e braços impedindo os ataques de Hank que se irritava cada vez mais.
A cada soco ou estocada das garras de Hank, Kid desviava e efetuava logo em seguida, um poderoso golpe físico que fazia Hank recuar com dores, chutes rápidos acertavam em cheio o monstro em movimentos giratórios incríveis de Kid, que golpeava com precisão Hank, e que agora, possuía dificuldades em se defender enquanto só pensava em atacar o garoto de preto a sua frente.
Kid se movia com perfeição se afastando um pouco de Hank, o garoto estava lutando quase que de olhos fechados, disparando com força máxima tendo Liz e Patty guiando seus tiros, o trio estava em perfeita sincroniza, suas almas estavam quase que ligadas como se fossem uma só alma. Hank não conseguia atacar, mesmo esticando suas garras e atacando com cada vez mais velocidade, dando ataques potentes que poderiam matar qualquer um, tal monstro não havia conseguido acertar Kid, que após desviar de outro golpe cruzado, deu um salto ficando na altura do rosto da criatura, e assim Kid girou seu corpo dando um forte chute que jogou Hank para o lado.
Ainda no ar, Kid se posicionou e efetuou cada vez mais disparos que causaram uma pequena explosão ao se chocarem contra Hank que sem demora foi ao chão por conta dos tiros. Kid pousou em solo enquanto Hank tentava se levantar e continuar os ataques, porém Kid girou suas pistolas em suas mãos, e com os olhos fechados, os abrindo lentamente, o garoto filho do Shinigami, estava pronto para finalizar a batalha.
- Liz! Patty! Força máxima! - dizia Kid.
- Pode deixar! - disseram Patty e Liz ao mesmo tempo.
Hank soltou um grito de fúria e correu ao ataque, porém com movimentos precisos e minimamente calculados, Kid se contorceu para trás, o golpe que lhe perfuraria, passava por cima de seu corpo, o rosto de Hank encarava seus olhos amarelos, e de repente, Hank é erguido no ar por uma saraivada de tiros efetuados por Kid que acertaram em cheio seu estômago, a cada disparo, Hank era fortemente atingido, se elevando ainda mais nos céus sem chances de se defender.
Após a sequência de tiros, o corpo monstruoso de Hank não aguentou e explodiu em meio ao ar desaparecendo em seguida da visão da noite de Baltimore, lançando frascos de energia no ar, e assim, uma alma grande de coloração vermelha se fez presente, deixando Matsuda surpreso.
Kid ficou de pé com um olhar sério e em seguida, Patty e Liz voltaram ao normal ficando em forma humana. Matsuda estava surpreso pelo que havia presenciado e não conseguia reagir. Após Liz devorar a alma do assassino, Kid e as garotas caminharam na direção do investigador passando por ele sem nem mesmo falar uma só palavra. Matsuda se levantou observando o trio se afastar com um olhar sério em seu rosto.
- Pode dar o caso como encerrado, o assassino está morto. Se precisar irei enviar um relatório a você. - dizia Kid com seriedade parado enquanto falava sem olhar para traz.
- Vocês da Shibusen são um bando de esquisitões, porém é bom saber que podemos contar com vocês... - dizia Matsuda com um sorriso de canto enquanto pegava um cigarro do bolso e ascendia.
- Até mais... - afirmou Kid se afastando enquanto Patty saltitava pela rua, irritando Kid que alegou que os saltos estavam errados e fora de padrão.
Com o caso de Hank resolvido, Death the Kid e as irmãs Thompson pegavam seu caminho em meio à noite, indo para outro lugar na cidade e depois, voltando assim para a Shibusen na Death City.
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