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SOUL CHAIN
➤   CAPÍTULO NOVE. [9]

Já na aula, a Stark ainda parecia meio fora da realidade, visto que, estava pensando no que ocorrera na noite anterior. E o fato de que Peter encarava-a de uma maneira pouco discreta só aumentava ainda mais sua desconfiança que vinha a acompanhando há alguns dias desde que chegara na escola.

A aula de tecnologia e robótica ocorria bem, o professor malmente ligava para os alunos e, infelizmente, MJ não havia comparecido na escola, ou seja, por tempo Zara ficaria sozinha pelo longo do dia.

A garota tentava fazer seu projeto mas as marteladas fortes que o Parker estava dando em algum tipo de metal fazia o som alto e pouco irritante ecoar pela sala incomodando até mesmo alguns alunos em volta.

Um suspiro saiu pelos lábios da jovem — tentando se acalmar para não acabar lançando o martelo na cabeça dele — que deu um leve pulo assim que mais um som barulhento ecoou quase a fazendo cortar-se no que estava fazendo.

Levemente estressada por quase acabar cortando o próprio dedo, a ondulada resmungou largando as ferramentas em cima da mesa e foi até os dois da mesa ao lado agora ficando entre eles para pedir para fazer um pouco menos de barulho.

— Vocês dois, por favor, façam menos... — logo a garota encarou um objeto roxo brilhante que estava na mesa o que a fez olhar atentamente, sem perceber que os dois a encaravam de olhos arregalados. — O que é isso?

— Eu sei lá, encontrei no chão enquanto voltava para casa ontem à noite. — explicou Peter o que a fez olhar desconfiada para ele. — Achamos que é uma fonte de energia.

— Licença. — a Stark se aproximou observando um pouco de perto mas numa distância segura e negou de leve com a cabeça. — Mas tá conectada a todos esses microprocessadores.

Apontou para os mesmos não percebendo as olhadas rápidas que Ned e o garoto ao seu lado davam um para o outro enquanto ela falava.

— Tem uma placa de indução pra carregar. É como carrego minha escova de dente. — explicou o Leeds.

— Quem fabrica essas armas tá combinando... tecnologia alienígena com a nossa. — Zara franziu o cenho.

— Essa é, literalmente, a frase mais legal que alguém já disse. — o menor falou encantado recebendo um olhar confuso da maior que soltou uma risada nasal.

Logo o Parker se afastou batendo o martelo com força no metal — obviamente depois que os dois haviam se afastado também — que segurava a bateria fazendo-a voar para fora da mesa o que fez um barulho alto soar chamando um pouco de atenção também.

O corpo dos dois que estavam ao lado pularam com o susto e encararam Peter que olhou para o professor rapidamente junto deles.

— Mantenham os dedos afastados das lâminas. — avisou o mais velho enquanto lia seu livro.

Assim que o Parker encarou a morena ao seu lado, a mesma o olhou com os olhos arregalados e sérios como se estivesse pronta para lhe dar uma bronca.

— Assim não. — avisou a ondulada com firmeza na voz evitando completar a frase com algum xingamento. — Eu odeio admitir isso mas precisamos descobrir o que é isso e quem fabrica.

— Podemos ir ao laboratório depois da aula, pra uns testes. — explicou Ned.

— Boa. — os dois maiores falaram em uníssono agora se olhando confusos com a coincidência nas falas.

Com a aula já tendo chegado ao fim, os três esperaram todos irem para suas salas e foram até o laboratório caminhando pelo corredor extremamente vazio.

A Stark estava sentindo como se estivesse experimentando algo novo, em menos de uma semana na escola e essa foi a primeira vez que ela precisou cabular a aula para seguir os dois garotos e descobrir o que era a bateria roxa.

Bom, ela estava fazendo o certo caso fosse realmente algo perigoso, então não tinha problema.

— Primeiro, vamos colocar a parada iluminada no espectrômetro de massa. — o Leeds contou.

— Antes precisamos de um nome melhor que "parada iluminada". — Zara o olhou.

— Pode crer. — confirmou Ned.

Vendo dois homens de comportamento estranho surgirem no final do corredor murmurando algo que nenhum dos três deu a entender direito, Peter puxou a Stark pelo braço o que fez a garota pegar a mão do outro garoto agora puxando-o junto consigo para trás da parede.

— Colégios de Ensino Médio me dá nos nervos. Tem um cheiro estranho, tá ligado?

— Quem são? — a morena perguntou em um sussurro.

— É um dos caras que estavam perto quando eu encontrei aquela coisa. — respondeu em um cochicho, parecendo ter pensado em algo antes de dizer.

— Se eles te verem você tá morto, tem que sair daqui. — o Leeds avisou.

— Não, tenho que seguir eles e talvez me levem a quem fabrica e onde fabricam. — o garoto falou.

— Vem cá, tá achando que é algum tipo de super-herói? — perguntou a ondulada negando de leve com a cabeça.

— Eu...

— Ai eu vou me arrepender disso, mas vou com você. — cedeu. — Se algo acontecer, posso cuidar disso.

Os três viram os dois homens entrarem na sala do laboratório e então foram atrás avisando para o garoto ficar ali.

Ao entrarem no lugar, eles esconderam-se entre as barras que seguravam o corrimão da escada descendo devagar e sem fazer muito barulho encarando os adultos há alguns metros de distância que estavam de costas para ambos.

— Imagina o que o chefe diria, sabendo onde a gente está?

— Diz que teve um pulso de energia aqui. — avisou o outro.

— Não há sinal da arma. E se esteve aqui, não tá mais.

A ondulada saiu de perto do Parker que ao mesmo tempo que olhava os homens também olhava ela, como se quisesse ter certeza que ela estava bem.

Os dois esconderam-se atrás de uma mesa, Zara não havia prestado atenção no que o garoto fazia então apenas ficou de olho nos adultos.

— Vamos embora. — o alto falou.

Os dois adultos parecerem ter escutado um barulho o que fez o alto puxar uma pistola da cintura agora passando ao lado da mesa onde a Stark estava escondida subindo as escadas em seguida e saindo dali.

Alguns segundos se passaram com os dois adolescentes ainda escondidos e quando eles tiveram certeza que estavam bem, saíram de seus esconderijos olhando ao seu redor.

— Tá, e agora? — a ondulada questionou confusa.

— Eu não sei, mas vou dar um jeito de achar eles. — explicou, parecendo como se estivesse mentindo no "dar um jeito".

— Eu posso ajudar. — a morena avisou.

— Não! É melhor não se meter nisso, não sabemos o que é e qual o perigo. — explicou vendo ela o olhar com o cenho franzido. — E se o seu pai souber que está metida nessas coisas, comigo, eu perco meu emprego.

— Tá bom... — a garota o olhou ainda sem acreditar em algumas palavras. — Bem, hoje sairei mais cedo e Happy já está vindo, então... tchau.

Antes que a jovem conseguisse sair dali abrindo a porta ela ouviu seu nome ser chamado pelo adolescente.

— Ei, Zara, é... você quer andar comigo e com o Ned pela escola? Acho que nos daríamos bem nas aulas em grupo e bem, você não precisa ficar sozinha quando MJ faltar. — propôs dando de ombros.

Um sorriso surgiu no rosto da ondulada que assentiu com a cabeça.

— Obrigada pelo convite, Parker, eu quero sim. Até amanhã, pirralho. — a garota saiu da sala e caminhou pelo corredor até a saída já pegando seu celular pronta para ligar para Happy.

Um sorriso ainda estava no rosto da mesma que estava contente por ter sido chamada para o grupo dos dois, talvez Peter não fosse tão chato assim como ela pensasse que fosse.

E sobre a questão da bateria roxa, era óbvio que a garota não deixaria de lado, ela iria saber também, talvez fosse isso que o Homem-Aranha havia lhe dito no dia anterior para ela e agora estava agindo com hipocrisia para procurar saber sobre também.

A noite havia caído tão devagar com a garota em sua casa, parecia que o tempo passava menos rápido do que quando estava no colégio.

Dada a permissão de Tony e o Hogan, a Stark estava andando pelas ruas movimentadas e iluminadas indo atrás de um mercado para comprar coisas para o dia seguinte, já que iria para a disputa nacional em Washington, uma pequena viagem escolar.

A garota estava com o seu típico casaco com o capuz escondendo um pouco seu rosto deixando algumas mechas de cabelo fora do esconderijo.

Como não havia mais a loja do senhor Delmar, a adolescente foi até outra mais perto de casa agora adentrando a mesma e olhando as prateleiras.

Sua cabeça ainda estava analisando um turbilhão de coisas, para falar a verdade, ela não havia comprado nenhum pouco a história que Peter encontrara aquilo no caminho de volta para casa.

Pensando em tudo e mais um pouco, ela realmente andava mais desconfiada que o normal em questão do garoto, era como se ele estivesse escondendo algo dela, pois estava com a sensação de que todos sabiam, até mesmo seu pai, menos ela.

Pegando alguns salgados e refrigerantes colocando-os dentro da cesta que segurava, o olhar da garota foi direcionado a um garoto mais à frente, surpreendendo-se ao ver o Parker há alguns metros de distância também fazendo algumas compras, talvez o suficiente para uma viagem.

Era bastante coincidência sempre o encontrar em lojas, chegava ser até engraçado, pensou a mais nova.

A jovem segurou a cesta e foi até o jovem se aproximando do mesmo que observava os refrigerantes no refrigerador.

— Segunda vez que nos encontramos em uma loja. — puxou assunto agora vendo o garoto desviar o olhar para ela.

— Zara? O que faz aqui? — perguntou confuso.

— Bem, acho que tendo uma consulta. — ironizou levantando o recipiente que estava segurando. — Fazendo compras para a viagem pra Washington. E você?

— Eu também, decidi ir. — comentou o que a fez franzir o cenho.

— De última hora? — perguntou.

— É... bem, acho que será legal então não quero perder. — ele deu de ombros sorrindo.

— Entendi... — a ondulada assentiu com a cabeça ainda meio desconfiada. — Bem, pegue esse, é mais gostoso.

Apontou para a coca-cola ao invés da pepsi, o que fez o garoto assentir com a cabeça como um agradecimento agora pegando cinco latinhas do refrigerante vermelho.

— Aqui não é muito longe do Queens? Pelo visto você mora lá. — a jovem franziu o cenho confusa dele estar em uma boa distância do lugar.

— É, não tem mais a loja do senhor Delmar e essa era a que eu mais gostava também. — explicou parecendo enrolar-se um pouco nas palavras.

— Ah sim, mas não é muito perigoso você voltar para casa sozinho? — questionou.

— Não. — ele respondeu soltando uma risada. — Eu que te pergunto isso, vai voltar sozinha para casa? Pensei que tivesse vindo com algum segurança.

— Bem, eu vim sozinha né. — ela riu dando de ombros. — Não é como se fosse algo novo.

— Se quiser, posso te acompanhar até em casa. Não tenho horário para voltar, minha tia só não deixa que eu chegue tão tarde e ainda tá cedo. — explicou.

— Não precisa, obrigada mesmo. — a Stark negou de leve com a cabeça.

— É sério, Zara. Eu posso te acompanhar, fica de boa. — sorriu. — É melhor aceitar, bem melhor do que voltar sozinha e algo acontecer com você.

— Acho que avisaria isso para quem tentasse algo. — soltou uma risada nasal.

— Seu colar sempre fica brilhante assim? — o garoto mudou o assunto observando o pingente do reator arc brilhar numa luz azul intensa.

— Ah. — a jovem tocou com cuidado o pingente para não ativar a armadura. — É um colar que meu pai projetou para mim, ele te avisa sobre, bem... pode parecer engraçado, mas ele avisa se a pessoa está viva ou não. Meu pai também tem um desse que avisa sobre mim.

Peter pareceu confuso com a explicação o que o fez tombar de leve a cabeça para o lado.

— Depois de várias notícias sobre sua suposta morte, eu estava quase enlouquecendo pois não sabia se ele estava vivo ou não, então quando ele voltou para casa depois de sua última "quase" morte, projetou esse colar para avisar que estava bem. Mesmo do outro lado do mundo ou até mesmo fora do planeta. — contou. — E ele também tem um meu, apenas por precaução.

— Entendi... é muito legal. — ele sorriu. — Seu pai pensa em tudo mesmo, né?

Zara o olhou agora assentindo com a cabeça franzindo de leve o cenho.

— É... ele pensa. — suspirou saindo de seus pensamentos e do silêncio que estava ali. — Bem, só vou pagar isso e irei para casa, quer que eu te espere?

— Não, eu já terminei. — ele negou de leve e acompanhou a garota até o caixa.

Assim que pagaram, os dois adolescentes caminharam pelas ruas até o prédio da Stark enquanto comiam ursinhos de gelatina.

— Você gosta mesmo do Homem-Aranha, né? — indagou a adolescente o que fez o Parker a olhar com os olhos levemente arregalados.

— Como assim? — questionou confuso.

— No primeiro dia de aula, na sala de física, eu vi você vidrado no vídeo dele no Youtube. — explicou. — Parece ser um grande fã.

— É, bem... eu admiro bastante ele, principalmente depois que salvou o senhor Delmar. — falou. — Acho que viu a reportagem.

— Eu vi. — Zara assentiu.

— E você? Gosta dele?

— Não sou muito chegada. — a Stark negou de leve. — Prefiro ele lá e eu aqui. É verdade que você conhece ele?

— Como eu falei, só encontrei com ele duas vezes. — deu de ombros. — No estágio de seu pai.

— Meu pai nunca falou sobre alguém da minha escola trabalhar com ele. — continuou alfinetando esperando que ele soltasse algo.

— Acho que ele prefere deixar uma boa distância do trabalho e do pessoal, não?

— É mas...

— Chegamos. — avisou Peter parando em frente ao enorme prédio. — É... é aqui, né?

Zara franziu o cenho encarando o Parker por saber a localização exata e então assentiu com a cabeça, nem ela havia percebido que estava na rua certa.

— É, obrigada Peter. — agradeceu. — Nos vemos amanhã na viagem, vê se acorda cedo.

Disse para o garoto que sorriu dando as costas e saindo dali assim que a garota entrou no prédio. Através do janelão de vidro que dava acesso à rua, a Stark observou o garoto sumir do seu campo de visão e então franziu o cenho de leve.

Ⓐ| Estou me sentindo uma mãe orgulhosa com a interação longa dos meus filhos

Ⓐ| Oi bebês, como vão?

Ⓐ| O que acharam do novo capítulo? Espero que tenham gostado!

Ⓐ| O que acharam da interação dos nossos queridos divonicos? Eu simplesmente amei e amei ainda mais o fato que vem mais pela frente agora com a zara mais próxima do peter

Ⓐ| Estou ansiosa para que leiam o restante dos capítulos, sério! O próximo, se não me engano, tem um plot twist no final heinn

Ⓐ| Bem amores, até o próximo! Beijos!

Ⓐ| Votem e comentem, se puderem por favor!

all the love, yas