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˖࣪ ❛ EU NÃO SOU MAIS UM NON GRATA FANG?
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DUAS SEMANAS DE SILÊNCIO COMEÇARAM A SER AGONIZANTE, o novo lobisomem desapareceu após uma mensagem final, onde o avisava que estava sendo julgado. Para seu alívio ou horror, ela já estava com suas malas de fuga prontas na porta, com apenas uma mensagem de que se despediria de Forks; não dos Swans, apenas da cidade.

Era um novo dia, ela ainda estava dormindo e não tinha consciência da hora quando ouviu que algum Swan destrancou sua porta, a julgar pela luz e pelos passos apressados, ela imaginou que foi a adolescente quem a acordou.

— Um lobisomem. — a morena entrou, gritando. Olhando para o relógio era muito cedo para o gosto da vampira, reclamando entre os lençóis.

— O que? — Elizabeth piscou confusa, seus neurônios acabando de acordar.

— Jacob é um lobisomem. Eu descobri. — a garota cacheada abriu a boca, procurando um comentário, honesto ou sarcástico, mas sua mente estava em branco. — Oh meu Deus, é tão óbvio. Eu deveria ter descoberto isso antes. Mas quando Jacob me visitou ontem à noite e me lembrou...

— Jacob visitou você ontem à noite? — ela perguntou ofendida, tirando os lençóis e se levantando da cama.

— Sim, preste atenção, Liz. — Bella insistiu, como se tivesse encontrado algum tesouro perdido. — Isso me lembrou da história que ele nos contou em La Push, sobre seus ancestrais. Licantropos.

— Oh meu Deus... — Elizabeth balbuciou, sem nada que pudesse dizer. Não foi ela quem contou a Bella, então seus argumentos eram válidos.

— Isso é tudo que você tem a dizer? — Bella foi até a cômoda e rapidamente pegou uma calcinha. — Entre no banheiro, vamos ver Jacob. Você tem que saber que não irá embora por causa do que é.

— Eu tenho que te lembrar que eu sou uma vampira e ele um lobisomem? — Elizabeth fez uma careta, pegando sua calcinha enquanto Bella procurava uma blusa e um par de meias para suas calças habituais. Jacob a avisou sobre colocar os pés na Reserva.

Assim que assimilou a pergunta do ser sobrenatural ela parou, ofegante.

— Está tudo bem, não se preocupe. Falarei por nós duas, farei com que ele saiba que você não é um perigo e que ele não tem nada a temer.

Ela ficou assustada ao ouvir as palavras dela, por experiência própria ela sabia o quão temperamentais os lobisomens podiam ser.

— Não, espere, eu vou com você. — Lis suspira e coça a nuca. — Espero que a mordida dele não seja venenosa. — esse último pedaço foi mais para ela do que para Bella, resmungando e fazendo um apelo para qualquer divindade que queira ouvir.

———

Gilbert segurou a mão de Swan quando elsa tentou socar a porte dos Black, olhando para ela incrédula com seu desespero, empurrando-a para longe da entrada, sendo ela quem dá algumas batidas suaves.

Em segundos, Billy abriu a porta. — Bella? Elizabeth. — ele pronunciou o nome da morena como se estivesse ofendido por ela ousar estar ali.

— Precisamos vê-lo. — Elizabeth balançou a cabeça, cutucando Bella.

— Bom dia, Billy. — acrescentou ela, sorrindo sem jeito.

— Ele não está aqui.

Ambas fizeram uma careta; Elas sabiam que o Black não permitiria que elas vissem Jacob tão facilmente, afinal ele vinha evitando as ligações de Bella e dando-lhe atrasos e desculpas.

— Sinto muito, mas preciso vê-lo. — Isabella passou sem esperar convite, evitando o homem na cadeira de rodas enquanto ele chamava ela, Elizabeth parada na porta surpresa com a audácia da melhor amiga.

— Acho que posso esperar aqui. — Liz gagueja, como se não estivesse espionando com o ouvido.

— Tenho certeza que Jacob te avisou para ficar longe da Reserva. — Black acusa, estreitando os olhos enquanto olha para ela. Com a mudança de postura, Elizabeth bufou.

— Você acha que eu deixaria Bella vir sozinha? Lobisomens são muito temperamentais.

— Eles estão encarregados de proteger Forks. — afirma ele duramente.

Elizabeth revira os olhos, cruzando os braços enquanto inclina o quadril contra a moldura. — Isso não muda nada do que eu disse. No final das contas, a maior parte do grupo são adolescentes hormonais.

Parece cruzado, ela zombeteira e defensiva e ele autoritário e superior. Não foram trocadas mais palavras, Bella refez seus passos com uma expressão que prometia problemas, saindo de casa e se virando.

A vampira faz um beicinho de pena. — Gostávamos muito um do outro, Billy. Só porque agora você sabe que sou uma vampira? — ela enfatiza a quarta palavra, separa seu corpo da porta e segue Isabella, observando-a caminhar furiosamente em direção ao bando Quileute.

— É tudo culpa sua. Ele não queria isso. — acusa a humana, chegando rapidamente onde os homens estão para empurrar Sam. Quando Elizabeth vê Paul avançar em direção a Bella, mas parar por ordem de seu alfa, tentando reprimir sua raiva, ela aparece atrás da garota em meio segundo. Se eles já sabiam o que ela era, não adiantava esconder para proteger a amiga.

— Bella, vamos sair daqui. Não é seguro para você. — Liz ouviu grunhidos abaixo do nível da audição humana, levantando a cabeça para mostrar suas presas.

— Afaste-se. — Sam decreta novamente, desta vez para todo o seu bando.

Swan, sem saber da troca, continua. — Não poderiam deixá-lo em paz?

— O que fizemos com ele? O que ele fez? O que ele te contou? — Paul cuspiu pergunta após pergunta, seu nível de raiva aumentando.

A vampira move Bella para trás dela, de frente para o homem de cabelos negros.

— Espere, acalme-se agora. — o líder se movia em direção aos dois seres sobrenaturais que trocavam olhares como se estivessem prestes a pular um sobre o outro, embora se a humana ouvisse suas palavras também seria um alívio.

— Nada. Ele não me contou nada porque vocês têm medo dele. — Uley agarrou o braço de Lahote e o forçou a recuar. Ao que Bella disse os meninos riram, Sam adquirindo uma cara que mostrava que ele estava começando a perder a paciência com os jovens ao seu redor.

A garota não parecia gostar de ser ridicularizada, então pegando Elizabeth de surpresa, ela a empurrou para fora do caminho, batendo o punho no rosto de Paul.

— O que diabos você acabou de fazer? — Elizabeth pergunta em um sussurro bastante audível, perplexa, do chão.

— É tarde demais. — Jared canta.

— Elizabete, leve ela!

— Você não precisa me dizer duas vezes. — a morena dá um pulo, envolvendo os braços em volta do corpo de Bella para empurrá-la apressadamente de volta para o carro laranja. — Dane-se se ele me morde.

— Paul. Paul, recue agora. — Liz viu pelo canto do olho que seu rosto estava furioso, ofegando e rosnando enquanto cuspia. Um momento depois, um lobo com pelo cinza escuro estava de olho nela.

— Controle seu maldito vira-lata, Sam. — ela engole seu terror ao enfrentar um lobisomem, sua esclera escurecendo em vermelho sangue mostrando suas veias, suas presas sibilando.

— Jake, corra! — ela ouve o grito de Bella, então se afasta um passo para poder ver Jacob saindo de casa, correndo em sua direção.

Elizabeth toma isso como um alívio, aparecendo ao lado de Bella no momento certo para se jogar na grama, Jacob saltando sobre seus corpos para rasgar suas roupas e se tornar o lobo cor de tijolo da clareira.

— Acerte com suas presas, Jacob! — ela grita, erguendo o punho em apoio. — Com as patas traseiras, garoto!

Em uma luta de caninos, patas e pelos, os dois lobos desaparecem, rosnando, rolando colina abaixo por entre as árvores, quebrando um barco no processo.

— Ei, leve Bella e Elizabeth para a casa de Emily. — esta última se levanta, mais animada do que preocupada por ter entrado na Reserva e quase se metido em problemas com Paul.

— Oh sério? Não sou mais fang non grata? — o olhar de Sam só a faz gritar, considerando isso uma vitória. — Isso mesmo. — ela cumprimentou Embry. — Vamos lá, não seja tímido. — o garoto morde o lábio inferior para não sorrir enquanto levanta a mão, Elizabeth cumprimenta. — Uau!

— Liz... — a voz atordoada e confusa de Swan a traz de volta à realidade, arrebatando-a daquele momento.

— O que? Oh sim. Deixe-me ajudá-la. — ela se vira e se inclina em direção a ela, oferecendo as mãos para ajudá-la a se levantar.

— O lobo foi descoberto. — diz Embry calmamente.

———

Ela mordeu nervosamente o muffin que a noiva de Sam tinha oferecido a ela, estar sob o mesmo teto que cinco lobisomens a deixava nervosa, suas costas pressionadas contra a parede enquanto seus olhos examinavam o local, contando as possíveis saídas e os possíveis objetos que eu teria que usar isso no caso de não conseguir escapar facilmente.

— Elizabeth, você pode relaxar, ouvimos seu coração batendo freneticamente. — Sam afirma com uma expressão relaxada quando tem Emily em seus braços.

— Ela não pode ter coração. — Paul rosna, virando a cabeça bruscamente em direção a ela, fazendo-a dar um passo em direção à saída.

— Paul. — o líder da matilha chama sua atenção.

— Eu não fiz nada. — defendeu-se. — Acabei de afirmar o óbvio: vampiros não têm coração, pelo menos não um coração que bate. O sanguessuga com tranças, por exemplo.

— Vocês mataram Laurent? — Elizabeth dá um passo em direção a eles, sentando-se ao redor da mesa da sala de jantar, arregalando os olhos. Sua mão instintivamente sobe até o coração, onde antes estava a mão da morena.

— E a amiga ruiva dele é a próxima. — Jared diz petulantemente.

— Victoria? — exclama a morena, de repente seu coração batendo mais rápido. — A ruiva esteve aqui?

Todos acenam com a cabeça e Paul bufa. — Sua amiga?

Gilbert se dirige para a saída, com pressa. — E-eu tenho que ir. Eu tenho que proteger Bella. — a Swan havia saído com Jacob para conversar em particular.

O alfa da matilha a chama, seguindo seus passos enquanto ela desce as escadas e tenta apurar os ouvidos para encontrar Bella, sendo seguida pelo resto da matilha.

— Elizabeth... — Sam envolve a mão em volta do braço dela, quebrando sua concentração. Ela fica com medo, então Sam levanta as mãos para acalmá-la. — Não vamos te machucar, não se preocupe. Conte-nos o que você sabe sobre a ruiva.

Elizabeth bufou, um sorriso sem graça cruzando seu rosto. — O que eu sei? Ela está louca como o inferno. Ela quer Bella e eu.

— Por que? — San perguntou sem demonstrar reação, enquanto os demais olhavam para ela boquiabertos.

— O parceiro dela ficou obcecado em caçar Bella, então os Cullen e eu tivemos que caçá-lo primeiro. Edward e eu éramos seus principais assassinos, eu o torturei um pouco, então Victoria quer meu sangue e o de Bella, por isso o vampiro que vocês mataram estava aqui.

— Excelente. — Jared finalmente disse, um sorriso começando a aparecer nos cantos de sua boca. — Temos isca dupla.

A vampira lançou-lhe um olhar, um grunhido soando no fundo de sua garganta.

— Bella não é isca. — ela retruca.

— Elizabeth. — seu rosto voltou para Sam, ela não precisava obedecer, mas era seu território e ela era respeitosa o suficiente para ouvir o líder da matilha. — Dadas as circunstâncias, alteraremos nossas diretrizes. Vamos preparar algumas armadilhas para ela, ver se ela cai em alguma. Paul, Jared e Embry cuidarão do perímetro externo, e Jacob e eu cuidaremos do interior.

— Estou com vocês. — afirma Elizabeth, seu rosto mostra que não há discussão.

— Elizabeth, não é necessário. Somos capazes de proteger as duas.

— Sim, é necessário, Sam. — Liz insiste. — Vocês precisam de mais um de qualquer maneira, eu tenho força e velocidade. Eu preciso matar Victoria, não me importo com o que aconteça comigo se isso significa que Bella está segura.

— Elizabeth... — Embry tenta intervir.

— Vocês protegem os humanos, certo? Bella é uma, eu não, então qual é o plano?

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