021
˖࣪ ❛ A FOTO DO CASAL NÃO PODE FALTAR
— 21 —
A PREPARAÇÃO PARA A CELEBRAÇÃO PARA BELLA FOI TERMINADA COM UMA HORA DE ANTECEDÊNCIA, Elizabeth pensou em aproveitar a meia hora livre que lhe restava depois de usar os primeiros trinta minutos para tomar banho, se arrumar e se maquiar. Ela entrou no escritório de Carlisle, tendo sua permissão e a porta aberta caso o loiro mais velho chegasse e ela tivesse que fugir. Ou também para informar aos moradores da casa onde ela estava.
Nunca prestara muita atenção aos quadros pendurados nas paredes, concentrando-se nas anedotas e nos dados médicos, mas agora os seus olhos permaneciam fixos, analisando uma tela viva, aquela com as cores mais vivas e também a maior. A julgar pelas roupas, a pintura estava localizada há décadas.
A pintura apresentava um quarteto sereno de homens, o patriarca Cullen ocupando espaço ao fundo como se quisesse passar despercebido na pintura. Cada um deles com o rosto primoroso de um serafim, pintado em uma varanda interna observando a caótica espiral de cores. O trio da frente era lindo, dois de cabelos pretos e um de cabelos loiros, quase brancos.
— Quem são eles? — Liz pergunta, sem desviar o olhar, para as figuras atrás dela. — Eles parecem importantes.
— São os Volturi. — Jasper circulou tensamente sua cintura. — Eles são uma família muito antiga e muito poderosa da nossa espécie.
— É a coisa mais próxima da realeza em nosso mundo. — Rosalie assume uma postura desdenhosa, querendo queimar a pintura se Carlisle não estivesse nela. — Carlisle morou com eles por algum tempo durante seus primeiros anos, na Itália, antes de vir para a América. O do meio é Aro, o líder, seguido por Caius, o loiro, e Marcus.
— Sanguinário? — se eles eram considerados da realeza e eram vampiros, deviam ter algo para manter o status.
— Sem qualquer respeito pela vida humana. — concordou Jasper. — Mas pelo menos respeito pelas artes e pela ciência.
— E a lei. — Rosalie acrescentou. — Não se esqueça da lei.
— Existe uma lei que os proíbe de namorar um humano? — a indecisão foi vista nos olhos dos irmãos, difícil de responder.
— Talvez agora você se inclua neles.
— De jeito nenhum. — Liz nega. — Eles não são meus reis, tenho minha própria família antiga e poderosa em quem acreditar.
— Os Mikaelsons? — Jasper lembrou da história do nascimento dos vampiros da classe de onde Elizabeth veio.
— Ding, ding, ding. — ela elogiou, apertando o nariz enquanto franzia o nariz em um sorriso. — Então, suas leis?
— Há uma. — o tom de Rosalie impôs a crença naquela lei, defendendo-a. — Eles a impõem acima de tudo. Mantenha nossa existência em segredo. Não atraia atenção. E matar despercebido.
— O que acontece com Bella, neste caso? — Liz se agarrou ainda mais a Jasper, preocupada com o humano, mudando seu interesse.
— É melhor que eles não saibam dela. Pelo menos até Edward... — Jasper sentiu a mudança no humor de Rosalie, impedindo-se de terminar a frase. Ele não queria irritar a loira com esse assunto.
— Talvez ou talvez não. Mas no final das contas a decisão não é dele. — por um momento ela inclina a cabeça, ouvindo um barulho além daquele que os parentes Cullen estão fazendo. — Já chegaram! — ela agarrou a mão da namorada e com os braços do namorado já envolta dela, ela os moveu para onde os outros estavam, cumprimentando com um 'Feliz aniversário, Bella!' em coro e em voz alta, quando ela cruzou a porta.
A morena usava um lindo vestido verde floresta, por baixo de um suéter preto e seu converse preto. Seu cabelo castanho estava solto como sempre, embora desta vez uma linda faixa na cabeça mantivesse alguns fios longe de seu rosto. A princípio ele corou e olhou para o chão.
— O que você acha? — Elizabeth foi a que mais se aproximou da escada com seus companheiros, aproximando-se do humano para encontrá-los, com um abraço. Um flash a cegou por alguns segundos, e ela olhou irritada para Edward, fechando o sorriso divertido dele quando a nova câmera da aniversariante foi tirada de suas mãos. — Eu cuidarei das fotos.
Alice e Elizabeth, esta última persuadindo a primeira a usar toneladas de rosa, cobriram todas as superfícies planas com velas e vários vasos de vidro com flores brancas e vermelhas. Perto do piano de cauda de Edward havia uma mesa com uma toalha branca, sobre a qual estava o bolo de aniversário branco, uma pilha de pratos de cristal e pilhas de presentes embrulhados em papel prateado, além daqueles que Elizabeth já havia presenteado a ele naquela manhã.
— Obrigada. — Bella disse sinceramente, conhecendo o esforço dos vampiros em comemorar seu dia o mais próximo possível do seu gosto, devido ao seu desconforto com qualquer decoração chamativa que pudesse estar ali.
Rosalie se aproximou, desejando a Bella uma boa noite de aniversário e sorrindo brevemente enquanto acenava com a cabeça. Ela relutantemente aceitou a ameaça de Edward, tendo que encontrar uma maneira de não odiar a humana, obviamente porque agora ela e Elizabeth eram tão inseparáveis quanto Elizabeth era com Rosalie e Jasper. O loiro, por sua vez, também sorriu como sua companheira, mas manteve distância. Ele se encostou, alto e relaxado, contra a coluna ao pé da escada, tomando cuidado porque seus problemas com o cheiro de sangue humano eram muito mais irresistíveis para ele do que para os outros, mesmo que já estivesse tentando há muito tempo.
Depois os pais seguiram, Esme, abraçando e beijando cuidadosamente sua testa, e Carlisle, colocando um braço em volta dos ombros dela, pedindo desculpas pelo excessivo arranjo de flores que Elizabeth não conseguiu fazer Alice desistir. Emmett estava atrás deles, seu rosto abrindo um enorme sorriso.
— Você não mudou nada. — Emmett disse com um tom zombeteiro de desaprovação. — Eu esperava alguma diferença notável, mas aqui está você, com o rosto vermelho como sempre.
— Muito obrigada, Emmett. — Bella agradeceu enquanto corava ainda mais.
Ele ri, agora falando com seu irmão adotivo. — Namorando uma mulher mais velha. — Elizabeth ouviu Emmett dizer, tirando uma segunda foto de Bella com seus pais.
— Que calor, insuportável. — continuou Gilbert.
Edward sorri, balançando a cabeça em descrença.
Então Alice saltou em direção a Bella, todos os seus dentes brilhando na luz forte. — É hora de abrir os presentes. — declarou. Outro flash, esse mais discreto, com foto dos dois.
— Espere! — Elizabeth intercede, puxando Edward pela jaqueta, ele sorrindo exausto. — Não pode faltar uma foto do casal. — apertou o botão da câmera. — Agora sim.
A duende começou a colocar uma grande caixa quadrada prateada nas mãos de Swan. Bella balançou, ouvindo um vazio. O cartão no topo dizia que era de Emmett, Rosalie e Jasper.
— Mmm... Obrigada. — Rosalie sorriu. Jasper riu.
— É um aparelho de som para o seu carro. — explicou ela. — Emmett está configurando agora, então você não pode devolvê-lo.
Qual o sentido de sermos vampiros ricos se vamos comprar um presente compartilhado? Elizabeth perguntou em sua cabeça, ouvindo a risada de Edward a poucos passos dela.
— Você sabe que estou certa! — ofendida ela exclama, voltando para Rosalie que está na escada, passando o braço em volta de sua cintura e deixando a mão oposta no corrimão, onde Jasper colocou a mão.
— Obrigada, Jasper, Rosalie. — Bella disse enquanto sorria. — Obrigada, Emmett. — ela acrescentou em voz mais alta.
Os vampiros e a humana ouviram sua risada explosiva na entrada, causando risadas. Segundos depois, Emmett apareceu.
— Finalmente um som decente para esse pedaço de merda...
— Ei, você não odeia a van.
— Abra o de Edward e o meu agora. — Alice disse, sua voz tão animada que tinha adquirido um tom agudo. Ela segurava um pacote pequeno, quadrado e achatado na mão. Elizabeth não recuou quando Cullen olhou para ela, buscando sua opinião e reação ao presente compartilhado também.
Bella se virou para Edward e lançou-lhe um olhar de basilisco. — Você prometeu.
— Você quer se apressar? — Gilbert insistiu. — Os meus ainda estão desaparecidos.
— Não seja irritante, Liz. — ela revirou os olhos ao ouvir as palavras de Emmett, que estava atrás de Jasper, que havia se aproximado mais do que o normal para ver melhor.
— Dê para mim. — Bella suspirou. Ela pegou o pequeno pacote, deslizando o dedo sob a borda do papel e puxando a tampa. — Droga. — ela murmura enquanto o papel corta seu dedo. Ela ergueu-o para examinar os danos. Apenas uma gota de sangue saiu do pequeno corte.
Então tudo aconteceu muito rápido.
— Não! — Edward rugiu.
— Jazz, pare! — exclama Elizabeth.
Edward jogou Bella para trás, usando tanta força que Elizabeth teve que intervir e amortecer o golpe de Bella contra o corpo dela, batendo na parede e derrubando os vidros. Ambas caíram em uma pilha de vidro quebrado.
Jasper foi empurrado por Edward para o outro lado da sala, e o som soou como o de duas pedras batendo. O loiro cai no piano, mas isso não o impede de se levantar, com um rosnado animalesco que parecia vir do fundo do seu peito. Seus dentes estalaram no segundo em que Emmett e Carlisle agarraram Jasper por trás, segurando seus braços com força de ferro, mas Jasper lutou desesperadamente, seus olhos selvagens e vazios fixos apenas em Bella.
— Jasper, está tudo bem! — Rosalie tentou tranquilizar o irmão, olhando de soslaio para a companheira no chão, primeiro tentando garantir calma no companheiro de Elizabeth. — É só um pouquinho de... Sangue. — um corte que começou na dobra do cotovelo de Bella e terminou no pulso de Bella brilhando com o sangue parando de fluir, os olhos febris de seis vampiros subitamente famintos olhando para ela.
Carlisle foi o único que permaneceu calmo. Na postura e autoridade de sua voz acumularam-se séculos de experiência adquirida nos pronto-socorros.
— Emmett, Rose, tirem Jasper daqui.
Emmett, que estava falando sério pela primeira vez, assentiu. — Vamos, Jasper.
O ex-soldado tinha uma expressão de fome nos olhos. Ele continuou a resistir ao aperto implacável de Emmett. Ele lutou e tentou alcançar seu irmão com suas presas nuas.
— Carlisle, me diga quando precisar do meu sangue. — mesmo com a bagunça que Elizabeth tinha nela, vidros, roupas e cabelos em farrapos, e seu próprio sangue misturado com o de Bella em seu corpo, ela se levantou e apareceu na frente de Jasper. — Desculpe, Bells. Vamos, Jazz. — junto com Rosalie, elas mantiveram uma distância cautelosa dos dentes de Hale, ajudando Emmett na luta para tirá-lo pela porta de vidro que Esme mantinha aberta. — Jazz, por favor, você precisa se acalmar. — ela acariciou as bochechas do loiro, seus cabelos, e o forçou a focar o olhar em seus olhos. — Pare de respirar, controle seus instintos, está tudo bem, aqui estou.
Os movimentos descontrolados foram diminuindo, os olhos de Jasper ainda estavam pretos quando ele ficou parado como uma pedra em seu lugar.
— É seguro deixar ir? — ela perguntou à família, sem ter vivido aquela experiência antes, portanto sem conhecer o controle de Jasper. Ao mesmo tempo a pergunta foi dirigida a ele, sem querer tratá-lo como uma criança sem decisão. Hale assentiu bruscamente, Emmett o soltou, esperando. Não demorou dois segundos para Jasper correr de volta ao local, o irmão enorme e musculoso conseguindo pegá-lo a tempo.
Elizabeth ficou frustrada, sem saber se sua próxima ação teria alguma influência, ela pegou uma das pedras da floresta e perfurou todo o braço, fazendo um corte muito mais longo e profundo que o de Bella, na esperança de chamar a atenção de Jasper. De repente ele pareceu esquecer o cheiro de Bella, voltando-se para Elizabeth querendo seu sangue.
— Ok, Emmett, pode deixar. — Liz assegurou sob os olhares preocupados do vampiro e da matriarca. — Serei capaz de lidar com ele.
E fugiu, reabrindo a ferida, que se fechou em segundos devido à sua cicatrização acelerada. Pulando troncos e evitando árvores, ela rastejou ao longo da floresta, longe o suficiente para mal ouvir os barulhos dos vampiros lá fora. Bem a tempo ela se virou, pois Jasper fez suas costas colidirem com a casca de uma árvore, desta vez mais lúcido com a resistência de se lançar sobre Elizabeth e cravar suas presas nela. Hesitando.
— Faça isso, Jazz. — Liz concordou, inclinando a cabeça para dar rédea solta ao pescoço dela. — Você consegue.
Jasper assentiu, rendendo-se aos seus instintos, cravando os dentes na veia jugular. Elizabeth apertou a mandíbula, o desejo sexual começando a percorrer seu corpo.
— O que está acontecendo? — Liz abriu os olhos, que fechou inadvertidamente por prazer.
— Ele está bebendo na veia. — explicou ele a Rosalie com dificuldade. — Algo íntimo e sexual entre vampiros, fluidos corporais, não sei. — um gemido escapou dela. — Deus, Rose. — ela finalmente notou o estado da loira, hipnotizado pelo ato de Jasper, que enterrou ainda mais o rosto no pescoço da morena enquanto a segurava com a mão direita em sua cintura. — Você também?
— Você é minha parceira e tem sangue no organismo, é irresistível para nós. — Rose murmura, explicando-se.
— Você consegue controlar isso? Ainda deveria ser deixado para Bella. — Hale assente ansiosamente. — Então, bom apetite.
Rosalie mordeu a junção do pescoço e do ombro, acariciando o quadril sobre o vestido violeta, drenando o sangue da companheira o mais lentamente possível, buscando deixar o suficiente para curar a humana e o resto para o irmão.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top