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˖࣪ ❛ BIFE COM BATATAS
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O NOME DE ELIZABETH FOI EM HONRA DE SUA MADRINHA, Elizabeth Forbes, uma chefe do departamento de polícia de sua antiga cidade. A oficial era forte, nobre, corajosa e intimidadora, ela estava disposta a proteger sua família a qualquer custo. E com essas mesmas características em mente, os pais de Gilbert deram a ela o nome na esperança de causar impacto nela.
Elizabeth era a mais velha de três filhos. Primeiro ela nasceu, alguns dolorosos minutos depois, sua irmã gêmea Elena, e alguns anos depois seu irmão Jeremy.
Elizabeth ao longo de sua vida foi pressionada a ser um exemplo; a garota perfeita, notas perfeitas, comportamento perfeito, habilidades artísticas e esportivas perfeitas, mas acima de tudo, uma irmã perfeita.
Seu dever? Protejer Elena e Jeremy a qualquer custo.
Talvez a mentalidade de seus pais os tivesse convencido de que ser a mais velha teria que ter responsabilidade e peso, mas Elizabeth não se deixou acorrentar à tarefa. Como qualquer adolescente que não seguia os mesmos pensamentos de sua família, ela se rebelou.
Ela manteve uma média oito, ganhando visitas de detenção por conflitos menores. Ela não se inscreveu em nenhuma atividade extracurricular. Adorava arte, mas era péssima tentando recriá-la e nos esportes fingia que praticá-la lhe causava tédio, apesar de ser uma atleta nata. Ela era a irmã perfeita? Sim, tinha que ser. Seus irmãos não deveriam pagar com maus-tratos e insultos por algo que não haviam decidido.
Além dos menores, os únicos mais velhos que se encarregaram de lhe dar a conhecer o seu valor foram a sua madrinha e a sua tia Jenna, a irmã mais nova da sua mãe. Graças a elas, ela tinha uma figura materna à qual se agarrar, mas sabia que não era totalmente real. Ela nunca foi capaz de apreciar verdadeiramente as refeições caseiras, porque sempre terminavam em discussão com um dos pais, quando não com os dois.
Então, quando Charlie tocou a campainha e a cumprimentou gentilmente, perguntando sobre seu humor e seu dia, seu coração se suavizou pelo homem. Aquele que ela nunca teve, uma figura paterna, estava diante dela.
Ela queria deixar Charlie orgulhoso, fazendo com que depois de receber um convite para jantar - comida feita por Bella porque ele não sabia preparar nada além de ovos e bacon - Elizabeth aceitou várias vezes oferecendo-se para levar a salada.
Ela vestiu um vestido vermelho com flores brancas, meias pretas com botas da mesma cor e jaqueta jeans. Ela tocou a campainha ansiosamente enquanto estava na frente da porta, arrumando o cabelo quando Charlie a cumprimentou com um sorriso amigável.
— Como vai, Liz? — o adulto sorriu sinceramente. — Entre. Tudo bem?
— Acabamos de nos ver algumas horas atrás. — ela respondeu em um torpor de interesse, tateando o batente da porta para ter certeza de que poderia entrar na casa, porque seu tipo de vampiro precisava da permissão de um dos proprietários - desde que estes fossem humanos.
— Um par de horas é suficiente para qualquer coisa acontecer. — ele pegou o recipiente das mãos dela e a levou para a cozinha. — Você chegou bem na hora, Bella acabou de terminar.
— Você tem certeza que está tudo bem para eu acompanhá-los para o jantar? Sério, posso sair. — a insegurança de Elizabeth já havia sido mencionada pela família? Charlie e Bella pareciam coexistir harmoniosamente, sendo suas personalidades compatíveis.
— Bobagem, Liz. — a morena empurrou os ombros para baixo, fazendo-a sentar na terceira cadeira. — Meu pai não estava mentindo quando disse que você pode vir quando precisar.
Uma expressão de gratidão surgiu em seu rosto. — Obrigada.
Eles comeram em silêncio nos primeiros minutos, o que não foi nem um pouco estranho. Charlie e Elizabeth foram rápidos em elogiar o sabor da comida.
— Deus, de agora em diante bife com batatas é uma refeição pela qual tenho que rezar. — ela suspirou de prazer.
Os Swans riram.
— Como foi a escola, Elizabeth? Eu não tive a chance de perguntar corretamente. — Charlie perguntou enquanto pegava mais comida. — Você fez algum amigo?
— Não quero criar expectativas, mas conheci uma garota chamada Jéssica, e outra chamada Angela. Dois caras também, Eric e Mike.
— Uau, o mesmo que Bella. — ambas concordaram com a cabeça. — Mike, deve ser Mike Newton. Um bom menino e uma boa família. Seu pai é dono de uma loja de artigos esportivos na periferia da cidade.
— Você conhece a família Cullen? — Bella perguntou hesitante. As costas de Elizabeth se endireitaram.
— A família do Doutor Cullen? Claro. Doutor Cullen é um grande homem.
— Aposto que sim. — acrescentou Elizabeth. — Foi muito nobre de sua parte adotar tantos adolescentes.
— Eles não parecem gostar muito um do outro na escola. — comentou Isabella.
O olhar zangado de Charlie as surpreendeu.
— Como são as pessoas desta cidade! — ele murmurou. — Dr. Cullen é um cirurgião promissor que poderia trabalhar em qualquer hospital do mundo e ganhar dez vezes mais do que ganha aqui. — ele continuou em voz alta. — Temos sorte de eles morarem aqui, de a esposa dele querer ficar em uma cidade pequena. É muito valioso para a comunidade, e esses meninos são bem comportados e muito educados. Tive algumas dúvidas quando chegaram com tantos filhos adotivos. Achei que haveria problemas, mas eles são muito maduros e não me deram o menor problema. E não posso dizer o mesmo dos filhos de algumas famílias que moram nesta cidade há gerações. Eles ficam juntos, como uma família deveria, vão acampar a cada três fins de semana. As pessoas têm que falar só porque são recém-chegados.
A morena congelou em sua cadeira durante todo o discurso, como se fosse ela quem ele estava gritando e também culpa dela. Como se fosse o próximo tópico gritante.
— Elizabeth e eu os achamos muito legais. — Bella recuou. — Embora eu tenha notado que eles são muito reservados. E são todos muito bonitos. — acrescentou para elogiá-los.
— Vocês deveriam ver o médico. — disse Charlie, e riu. — Felizmente, ele é casado e feliz. Muitas das enfermeiras do hospital têm dificuldade em se concentrar em seus deveres quando ele está por perto.
Chefe se virou na direção de Elizabeth, encontrando-a no mesmo estado de alguns segundos atrás.
— Elisabete, você está bem? — ele tentou colocar a mão em seu ombro, mas ela deu um pequeno sobressalto em reação, preocupando-o. — Ei, ei, está tudo bem, não vou te machucar.
— Liz, você precisa de espaço? — Bella pergunta, preocupada.
— Eu, uh, preciso de água. — ela se inclinou, pegando seu copo de cristal e bebendo o que restava nele.
Ela esperou três segundos antes de dizer uma palavra, desculpando-se com os dois.
— Você não tem que se desculpar, Liz. — Charlie se aproximou dela cautelosamente, esperando que ele não desencadeasse uma reação ruim. — Desculpe gritar, não é comum para mim.
— Ok, desculpe pelo momento estranho. — Liz se mexeu na cadeira, desconfortável com a atenção.
— Elizabeth, você tem certeza que não quer falar sobre isso?
— Estes são problemas de família, Bells. — ela encolheu os ombros, acostumada. — Lidei com eles toda a minha vida.
— Você não deveria. — Charlie interveio, franzindo a testa. — E seu pai? Eu poderia...
— Ah, não se preocupe, sério. Já deixei tudo que tem a ver com minha família para trás. — ela voltou a sua postura relaxada como se absolutamente nada tivesse acontecido. — Você não precisa se preocupar comigo.
— Tem certeza que você está bem?
— Eu estou, Bells.
— Tudo bem, mas se você tiver o mesmo problema de novo, pode me encontrar aqui ou na delegacia. — Charlie concordou, voltando para o jantar.
Elizabeth não era do tipo que se apegava a novas pessoas em sua vida, mas quando a refeição acabou e ela voltou para casa, ela jurou matar qualquer um que se interpusesse no bem-estar de Charlie e Isabella Swan.
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