6 MESES DEPOIS

Na viatura a caminho da delegacia, após a garota negra ter encontrado o corpo, Melissa McCoy não contém suas lágrimas incessantes.

— Não fui eu, eu só encontrei, não fui eu. — a voz da jovem soa em meio de suas lamúrias. Entretanto, a oficial Daphne Hollins, negra com cachos curtos, recém promovida a delegada, mantém sua postura diante da garota impaciente.

— Ninguém disse que foi você. —retira uma trancinha escura do rosto da adolescente. — A não ser que queira nos dizer alguma coisa. — sua voz firme arregala os olhos negros e embaçados da jovem, ao mesmo tempo que maneia sua cabeça negativamente.

(...)

Daphne Hollins, a delegada negra e competente, conclui com o depoimento na jovem estudante, Melissa MCCoy.

— Então você estava passando por ali e viu uma briga com um rapaz que não viu o rosto... — Hollins comprime seus olhos com dúvida. — Tem certeza que não viu o rosto ou não quer dizer quem foi?

— Eu não vi quem era. — a garota abaixa sua cabeça massageando seus dedos suados. — Só parei para ver a briga, mas quando vi a faca e o grito, me assustei, entrei em pânico... — suas pupilas negras com o vermelho do choro, voltam-se a notar a delegada a sua frente. — Quando olhei de novo, ele já tinha ido embora, e foi aí que liguei pra vocês.

— Tem mais alguém que pode confirmar sua história? — Hollins pega sua caneta para anotar no bloco de notas em sua mesa.

— Estava indo para a casa da Christie, Christina Cooper... ela pode confirmar.

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