|Puro Êxtase 2|
No dia seguinte, a mãe de Madden procura pelo garoto Hastings no seu quarto, que aparentemente nem a cama está desarrumada.
- Será que aconteceu alguma coisa? - Pergunta Veronica perturbada ao seu marido, quando o encontra no corredor. - Ou... Será que ele dormiu na casa dessa Christina?
Joaquin vira as palmas das mãos para cima, comprimindo os ombros como sinal de não sei. A esposa começa a questionar, seguido a telefonar para o filho como uma mãe preocupada. O toque do celular de Madden é ouvido no andar de baixo, levando seus pais a descer as escadas rapidamente, encontrando o jovem dormindo no sofá.
- Filho, acorda! - A mãe sacode seu filho para acordá-lo. Mesmo sonolento, abre minimamente seus olhos e calado se ergue em direção das escadas, cambaleando ao subir. A porta do banheiro fica em frente do topo da escada, o garoto Hastings adentra ligeiramente ecoando seu vômito.
- Será que isso significa que a festa foi boa ou ruim? - A voz do pai soa sarcasticamente, forçando sua esposa a transtornar os olhos.
- Não diga isso! Não quero nem imaginar o que pode ter acontecido. - Dizia a mulher ao direcionar-se para a cozinha, ao passo que o Sr. Hastings observa atentamente seu filho adentrar o quarto e dormir novamente.
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Ninguém merece trabalhar no domingo. Mas fazer o quê? Preciso pagar horas que faltei por conta do Homecoming.
Pronto, acho que já estou pronta. Penso, no término do laço feito em meu tênis all star favorito. O que será que aconteceu na festa? Só a Mana pode me dizer. Olho o horário em meu celular é ainda tenho uns minutinhos, então ligo em chamada de vídeo para ela. Não tenho interesse algum nessa festa, não sei por quê, mas tenho uma certa curiosidade.
Ligação on.
- Fala Lana! Ia te ligar agora mesmo.- Mana atende toda descabelada. - Tem umas coisinhas interessantes que preciso contar.
- Que cara é essa? Acordando agora?- Deito de barriga na minha cama ao rir dela. - A festa devia estar boa mesmo.
- Foi sim, mas não desse jeito que você está pensando. - Boceja ao falar.
- Eu não pensei em nada! Você que está dizendo! - Gargalho na cama. - Mas, que coisinhas interessantes aconteceu?
- O Chris me beijou! - Sua voz é abafada por sua mão na boca.
- O quê? - Arrgalo os olhos. - E ainda diz que não aconteceu nada?
- Não dei continuidade, parei logo. Agora meti na minha cabeça que só vou curtir a vida, não quero mais saber de me apaixonar.
- Ué, e o Madden? - Minha voz sobre sai do pensamento.
- Sei lá, não vale a pena. Tenho quase certeza de que gosta de outra. - Inclina uma de suas sobrancelhas. - Falando nele... Ele ficou com a Christie, na festa da casa dela.
Arqueio minhas sobrancelhas surpresas, apesar de imaginar que isso aconteceria. Eu, sinceramente achei que ele não fosse igual aos outros que derretem-se pela Barbie glamorosa, mas fazer o quê? Os garotos são todos iguais mesmo!
- Ei, que cara é essa? - Mana me tira de meus devaneios. - Ficou triste com a notícia? - Sorri no canto de sua boca.
- Eu? Claro que não! Por que iria ficar triste? - Sinto meu rosto corar e nem sei o por quê! Ele faz o que bem entender com sua vida. E agora a Mana fica rindo da minha cara. Só pode ser uma retardada mesmo, rindo de nada.
- Tenho que te contar uma coisa também! - Mudo de assunto.
- Hummm... Fala. - Tenta manter o controle dos risos.
- O David me beijou! - Tapo o rosto envergonhada, e Mana cai de novo na gargalhada. Reviro os olhos.
Por que minha amiga tem que ser tão retardada?
- Eu correspondi o beijo. Devia ter parado imediatamente. Agora ele deve estar pensando. Sei lá o que.
- Nossa, que drama! É só um beijo, Lana!
- Eu sei, mas não quero magoá-lo. Quero-o apenas como um amigo.
- Eu sei, te conheço mais do que você pensa. Sei muito bem quando está apaixonada. - Inclina uma sobrancelha ruiva.
Odeio quando faz isso!
- Vou desligar, já estou atrasada. - Noto a hora marcando no canto da tela do celular.
- Tá bom, depois passo lá na Lancheria.
Ligação off.
Que merda! Antes tinha alguns minutos, mas agora passaram muitos minutos. Saio na corrida, afim de não me atrasar tanto assim, mal me despedindo de minha mãe parada na ponta da escada. Ando em passos largos na calçada, pensando em David e Madden. Mas por que tenho que ficar pensando no Madden? Pareço uma tansa andando na calçada, batendo em minha própria cabeça, como se meu cérebro fosse obediente.
Os garotos são todos iguais mesmo... Não podem ver um rabo de saia oferecido, que já ficam bem faceiros como uma criança com seu pirulito... E também já sabia que Christie conseguiria ficar com ele, ela consegue tudo o quer mesmo! Mas também não me interessa... De novo eu pensando nele. Ai que ódio! Ele que fique com ela de uma vez! Estou pouco me lixando.
Entro na Lancheria as pressas pelo meu atraso. - Oi meu querido. - Cumprimento David como sempre, então paraliso nesse momento. Acabei esquecendo do beijo, por ficar pensando no outro. Mas que merda!
Ele me cumprimenta com um sorriso acanhado e eu, saio imediatamente de sua vista, indo até o banheiro e vestir meu uniforme.
Como sou uma besta. O que será que deve está pensando de mim? Não quero dar esperança, mas também não quero ser tão direta. E agora, o que faço? Ficar trancada no banheiro o dia todo não dá! Respiro fundo. Só me resta ir até lá e agir o mais normal possível, se conseguir.
(...)
Trabalhar com a tentativa de deixar tudo normal ao lado de David, é quase como uma missão improvável. Pareço mais uma louca desentendida, tentando agir normalmente. As trocas de olhares não ajudam. David não se contêm e me olha o tempo todo. Não consigo não perceber, sua tentativa de criar coragem e vir falar comigo.
Por favor, não vem. Não vem. Não vem.
- Lana. - Sua voz soa bem ao meu lado, então mostro os dentes num sorriso forçado. - Eu, err... Só queria avisar que... - Seus olhos azuis não conseguem manter a dianteira. - A Lancheria vai fechar mais cedo hoje.
- Ah, é isso. - Sinto-me aliviar, sorrindo amarelo. - Uma ótima notícia, não? - Uma esplêndida notícia eu quis dizer. Meu amigo volta ao caixa, e não sei se era o que realmente queria dizer, porém facilitou pro meu lado. Pela graça de Deus, até agora só falamos o necessário. Nada sobre o beijo ou seus sentimentos. Assim me dá um certo alívio, apesar de fingirmos que nada aconteceu.
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☆Aviso de cena hot.☆
Depois que segui Jeff meu irmão até a casa do traficante, finalmente consegui conversar com Pablo Ramírez. Fiz negócios com ele, não quero ficar dependendo de meu irmão para fumar apenas um breu. Assim que saio da casa velha de madeira de Ramírez, vou imediatamente para a de Jess.
Ela vai ficar tão feliz! De certo agora, pedi o que precisa diretamente a mim e não ao Jeff, por que sinceramente, tenho uma certa desconfiança nesses dois. Conheço bem o jeito dele, como faz com as garotas da Vila, se aproveita da abstinência delas em troca de sexo. Não consigo nem imaginar se isso um dia aconteceu com Jess. É por isso que precisava conseguir minhas próprias drogas.
Chego na casa humilde de tijolo a vista e sem cercas em volta. Seus irmãos mais novos vem ao meu encontro, seguido já saem na corrida chamar a irmã que já me esperava. A mãe de cabelos dourados como a filha, fuma seu cigarro deitada no sofá, ao passo que mal a cumprimento, pois Jess aparece e me puxa até seu quarto, no qual divide com suas irmãs mais novas.
- Que cara é essa? - Sua voz soa entre um beijo estalado, ao perceber meu sorriso estampando. Retiro a mochila das costas e pego mostro o que há dentro.
- Consegui com o traficante Ramirez. - Mostro ainda mais os dentes ao sorrir, exibindo o piercing na gengiva. Ela abre um sorriso espontâneo, arrancando a mochila de minhas mãos ao chacoalhar para os pacotes despencaram em uma das camas de solteiro. Fica empolgada ao admirar tudo, e não perde tempo ao abrir um deles em busca da cocaína.
- Calma aí minha boneca, tenho que maneirar. - Digo abrandando, ao devolver os pacotes na mochila. - Preciso vender na escola. Tenho um prazo para levar o dinheiro ao Ramírez. - Entrego apenas a cocaína, e ela prepara as carreiras sob um caderno, inalando com seu canudinho. Do jeito que eu a conheço, se deixar, cheira tudo de uma vez, daí quero ver pagar tudo isso ao Ramirez.
- Pelo menos mais um breu pra esta tarde? - Fala suavemente, depositando selinhos em meus lábios. Não consigo recusar, afinal hoje é dia pra comemorar.
Um pouco de pó e o fumo da maconha, foram o suficiente para estarmos chapados, rindo a toa sentados na cama de costas escoradas na janela fechada. Admiro-a em como está alegre, em como seus olhos verdes brilham e seus lábios como sempre se tornam provocantes, então lasco um beijo sem demora na boca que mais me vicia. Por falta de fôlego, nos separamos em busca do oxigênio, ou da última tragada do minúsculo breu em seus dedos. Após passar por seus pulmões, ela despeja a fumaça em minha boca, me restando a inflar meus pulmões com que foi me passado.
A seda queimada é depositada no cinzeiro da cômoda que separa a cama do beliche. Ela retorna elevando a blusa rosa ao livrar seus seios cheios e redondos, com mamilos clarinhos como pêssego. Senta em meu colo, então aproveito a beijar toda a zona da clavícula, pescoço e os seios. Deixando apertões na cintura e nas nádegas cobertas pelo tecido fino do shortinho. Minha ereção visível é sentida com o seu remexo. Suas mãos elevam minha camiseta, jogando para o alto assim que arrancou. Arria minha calça bruscamente, a deixo me despir, gosto quando faz isso, aumenta meu apetite.
Não perco tempo e arranco o short com sua calcinha fina. Já nus, a cubro com meu corpo, beijando os lábios que tanto amo. Degusto novamente todo seu peito que mal cabe em minhas mãos, ao passo que entrelaça seus dedos nos cachos de meu cabelo, largando gemidinhos incrivelmente excitantes.
- Já estava com saudade do seu corpo. - Sussurro em meios dos beijos. - Minha boneca. - Ela sorri com minhas palavras. Não perco muito tempo e já me posiciono entre suas pernas, penetrando-a vagarosamente. Seus gemidos fluem junto de mim ao entrar todo nela.
Não paro um minuto de beijá-la, não me canso de sentir seus lábios tão macios, enquanto aumento meus movimentos. Fico mais impassível, com mais autoridade e rapidez. Seus gritos me auxiliam a ter um orgasmo.
- Juntos? - Sua voz é abafada por seus gemidos. Obedeço e, gozamos juntos como sempre fizemos. Sorrimos satisfeitos um para o outro. Deito ao seu lado, entrelaçando nossas pernas. Sinto seus dedos deslizar em meu rosto, aproveito seu carinho, toque... É tão bom... - Que tal um segundo round na maconha? - Inclina sua cabeça apoiada na mão sob o cotovelo no travesseiro. - Depois mais um sexo bem gostoso. - Toca meu abdômen, deslizando morosamente seu dedo até lá embaixo, arrepiando-me mais uma vez.
- Você não dá descanso, hein! - Sorrio travesso e logo estalo um beijo nela. Como sempre faço sua vontade. Se ela fica feliz, assim também fico. E o segundo round logo vem em seguida, como prometido. Ajeito novamente as carreiras na capa do caderno, e inalamos uma em cada narina. - Quer mais uma? - Ofereço o canudo.
- Desde quando me viu recusar? - Segura o canudo em seu nariz, sorrindo ao esperar eu formar uma fileira do pó branco.
- Mas só mais uma. - Largo o caderno nos pé da cama e deito de barriga para cima. Seus olhos examinam incrédulos meus movimentos. Despejo com cuidado o pó em meu abdômen, próximo a virilha, ela sorri compreendendo minha proposta.
Jess mantém presos seus cabelos curtos até os ombros com uma mão, e com a outra segura o canudo, aspirando o caminho todo. Uou! Arrepia até os pelos ao sentir seu rosto ali tão próximo de meu pênis. Ela admira com determinação.
- Tem mais um pouquinho aí... - Noto os resíduos mordendo o lábio inferior ao sorrir, ao passo que ela retribui com o mesmo sorriso fervorosamente. Inclina o traseiro e rebaixa o rosto, lambendo lentamente os resíduos do pó na virilha, olhando fixo para mim. Arfo instintivamente e ela sorri.
Segura meu pênis e desliza sua língua na base, abocanhando a glande delicadamente. Impossível segurar tanto desejo a fluir de minha garganta. Retiro seus cabelos loiros de seu rosto, para facilitar minha visão, pois a cada movimento de sua boca, é um delírio fluindo em meu abdômen.
Ergo-me e acaricio seu rosto tão perfeito. Beijo seus lábios rosados, sentindo todo seu gosto, o meu gosto. Me concentro em suas costas, apoiando minha mão na lombar, afim de estar numa posição sublime, de quatro. Tenho a visão perfeita. Preencho com vontade, com movimentos rápidos e fundos. Ela geme intensamente.
Minhas mãos passeiam pelo seu corpo, parando na cintura fina e macia. Um efeito magnifico se concentra no inferior de meu abdômen, enquanto a vejo se desmoronar em minha frente, então foi a minha vez. Completamente suados e sem forças, ficamos deitados na cama como antes. Rimos satisfeitos em meio de carícias. Com certeza, uma bela de uma comemoração.
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Trabalhar no domingo é um saco. Ainda mais nesse climão entre David e eu. Se houvessem mais clientes, as horas passariam mais rápido. Reviro minha rede social, afinal ficar aqui com David, não resta fazer mais nada. Só tem fotos e mais fotos de todo mundo naquela festa.
Será que tem fotos de Madden e Christie? Penso, ao logar o site dos gêmeos imediatamente. Mas pra que também ficar olhando? Eu não me importo mesmo! Ah, quer saber? Olhar não significa que me importo.
Reviro o site e... Bingo! Aqui está a foto. Bem a do beijo. Fico concentrada examinando aquela imagem. Se ele não queria ir com ela, tampouco queria ficar com ela. Então por que ficou? Reviro os olhos, homem é tudo igual mesmo.
- Nossa, que novato rápido, hein! - Soa a voz de David bem atrás de mim, nem havia percebido sua presença como uma sombra. Um nó no estômago e as pernas bambas, me deixam nervosa novamente. Eu nem soube o que dizer, no íntimo tive que concordar.
Nesse momento adentram dois clientes, paraliso quando vejo Madden entrar acompanhado de Chris. Eu não consigo pensar, travou tudo, até meus olhos não piscam! Agora sim vou ter um treco. Volto em si, quando Chris puxa meu celular da minha mão e mostra pro Madden. Puta merda! Agora ele vai pensar que sou stalkeadora! Meu rosto queima de vergonha.
- Tá aqui a prova. - Os dois observam a fotografia pasmados, como eu examinando seus semblantes. - Aconteceu mesmo. - Chris reforça com certeza, então arranco meu celular de sua mão.
Ele não lembra?
- Só tenho certeza que estou encrencado. - Madden apoia suas mãos indignadas na bancada.
Não entendi é nada. Como assim ele não lembra?
- E bem encrencado. - Chris apoia sua mão no ombro do amigo, oferecendo seu apoio total sem sucesso. - Melhor irmos conversar ali na mesa, vamos comer o quê?
- Sei lá, acho que só beber uma Coca-Cola. - Dá de ombros, e então nota meus olhos incrédulos, sorrindo em cumprimento logo em seguida. Os dois escolhem uma mesa e logo deixo a bebida e os copos em sua mesa. Pego o pano no balcão e vou limpar a mesa ao lado deles.
Estou limpando uma mesa que já está limpa, só para escutar sei lá o que, Só posso estar ficando louca mesmo.
- Será que tem a possibilidade de ter algum tipo de droga nas bebidas? - Madden sussurra para o amigo, porém eu escutei nitidamente.
Ele disse droga? Arregalo os olhos, e quase que bato com a cabeça na luminária suspensa.
- Pode ser, mas não tenho certeza. - Chris fala entre os goles da bebida. - Uma vez usei esctasy e tive os mesmos sintomas.
Volto para bancada, antes que desconfiem. Mas o que eles estão falando? Usaram drogas na festa ontem? Pego um chiclete escondido. Preciso me manter ocupada, ao invés de vigiar clientes por aí. Mas David vê. Merda!
- De novo! Não pega toda hora! - David tira o chiclete de minha mão e acaba derrubando todos os outros no chão. Tive que rir, pelo menos estamos reagindo normalmente, desastrados como sempre. Acabo percebendo que chamei a atenção de Madden e Chris. Ambos me notam segurando o riso, e só me resta a sorrir também, afinal, sei bem que sou desastrada e isso acaba contagiando todo mundo.
A alegria como sempre passa muito rápido, pois a seção câmera lenta tem seu início quando Christie e Melissa adentram na Lancheria. Reviro os olhos brutalmente. As duas vão direto neles, a loira senta ao lado Madden, enquanto a outra se junta de Chris. Apenas um cumprimento e mais nada. Eles se beijam e agora ficam de boa? Queria ser assim com David.
Por suas feições nada admiráveis, percebo ter alguma coisa de errado. Gesticulações e testas franzidas, é minha visão daqui, porém não escuto o que dizem. Pego o pano mais uma vez, e lá vou eu limpar novamente a mesa limpa. Estou ficando paranoica com essa história.
- Será que alguém poderia ter colocado esctasy ou algum tipo de drogas nas bebidas? - Madden concentra seu olhar duvidoso na loira.
- Claro que não gatinho. Não uso drogas e não gosto de quem usa. - Sorri ao alisar suas madeixas claras. Nhenhenhe... Nojo dessa vaca!
Risos e vozes soam na entrada da Lancheria, meus olhos buscam pela visão de quem seria a chegar, e decepcionam-se quando percebo ser Zac e os outros garotos. Só pode ser brincadeira... O garoto alto sem escrúpulos, passa encarando Madden como se fosse matá-lo, porém Christie faz o mesmo com o grandão.
- Vamos embora, não aguento ficar aqui olhando pro Zac. - Melissa se ergue saindo rapidamente.
- Até amanhã, gatinho. - A loira estala seus lábios na bochecha dele, saindo atrás da amiga. Volto ao balcão e permaneço ali dessa vez, até porque já ouvi o bastante.
- Aquela mesa nunca mais precisará ser limpa. - A voz de David soa em meus ouvidos, e apenas arregalo meus olhos, ignorando tal comentário.
- Ei garçonete! - Zac na última mesa chama minha atenção, maneando sua mão ao me chamar. Olho para David e reluto intimamente para não ir, mas sei que preciso cumprir minhas obrigações. Respiro fundo e ando até sua mesa com seus amigos. A princípio estavam todos gargalhando, mas o silêncio passa a reinar quando me aproximo. Tento agir normalmente, anotando o pedido das fritas no caderninho, ao passo que todos seguravam os risos.
- Lana estava bem gata ontem! - Enaltece a voz, permitindo todos a ouvirem. Envolve seu braço em meus ombros. - Deve ter realizado as fantasias do nerd. - Gargalha com seus amigos idiotas, sendo que um deles encena sexo com a própria mesa, e as gargalhadas tornam-se mais intensas. Vago meu olhar em volta e todos me olham empáticos ou de 'Nossa ela deu pro nerd!'. Saio dali nesse exato momento, voltando de onde estava, lançando o caderninho no balcão.
- E aí nerd! Perdeu ou não o cabaço? - Zac ainda enaltece sua zombaria.
Não sei o quê David respondeu ou como reagiu. Só sei que não via a hora de entrar no banheiro e poder chorar. Sento no chão em frente a pia, escorando as costas na parede fria dos azulejos. Apoio minhas mãos no rosto e desabo.
Por que não me deixa em paz? O que eu fiz pra você Zac? Eu odeio, te odeio! Eu odeio! Eu quero que você morra e desapareça da minha vida pra sempre!
As batidas na porta me tiram de meus devaneios.
— Lana! — A voz de David soa do outro lado da porta. — Tá tudo bem?
— Me deixa David. — Minha voz flui estrangulada. — Não quero conversar.
— Tá bem... Qualquer coisa, estarei bem aqui. — Ele insisti na porta, e eu mantenho a quietude. Apenas permito minhas lágrimas a despencarem ainda mais, enquanto agarro fortemente minhas pernas. Como anseio abraçar meu amigo fortemente, mas agora não faço idéia de como será daqui em diante. — Eles já foram embora, se quiser sair.
— Depois... Me deixa.
Não ter alguém lá fora, me dá um certo alívio, por isso me ergo e lavo meu rosto. Meu reflexo entrega minha face exaustiva, com olheiras inchadas e glóbulos vermelhos. Inspiro fundo e abro a maçaneta da porta. David endireita seu corpo ao descorar da parede a frente. Seus olhos me notam amargurados, e eu não contenho a hesitação e me jogo em seus braços, apertando-o imensamente.
— Lana... Eu...
— Não diga nada. — Interrompo. — Por favor, só me abrace. — Uma lágrima escorrega em minha bochecha, durante o abraço demasiado de meu amigo, até encontrar o consolo. Nos separamos e abro um meio sorriso, assim também ele. Os olhos azuis a minha frente, se tornam mais profundos, e o constrangimento sobrevêm quando suas pupilas escorregam para meus lábios. Dou um passo atrás e volto ao balcão. Preciso mesmo evitar o contato físico com ele.
Não sei se está apaixonado, que é estranhamente confuso, pois nunca tinha imaginado isso. Talvez nem ele entenda seus sentimentos, quem dirá eu compreendê-lo. Agora só me resta esperar a Mana chegar, como disse que viria, tenho absoluta certeza de que não irá me zoar ou querer me beijar. Só sei que não vejo a hora de sair daqui e talvez dar uma volta.
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