Capítulo 1 sem título

Era tarde da noite quando Jisung finalmente fechou o notebook no seu consultório deixando um suspiro escapar, não havia notado como o tempo havia fechado e as nuvens escuras indicavam uma poderosa tempestade a caminho.

Não queria dirigir em meio ao caos de pessoas desesperadas e como já era muito tarde para pedir um carro por aplicativo, Han dirigiu sua atenção por alguns longos minutos para as gotículas que iam caindo do céu cada vez mais forte.

A forma como a chuva atingia o vidro, por algum motivo, o fez viajar até um Natal que dividiu com um cara estranho que estava apenas de passagem pelo aeroporto da cidade do Han. Um sorriso o pegou de forma desprevenida quando um questionamento surgiu em sua mente.

Por onde ele andava? Como havia sido sua viagem da última vez que o havia visto? Jisung não conseguia se recordar da conversa que tiveram naquelas poucas horas compartilhadas porque sua mente apenas sabia focar na forma como ele era tão belo como nunca havia notado nos outros homens.

Seo Changbin tinha um sorriso fácil, doce e ao mesmo tempo tão intenso que brincava com as estruturas do coração de Jisung. Esse viaja de volta para Carolina do Sul, uma pequena cidade do interior, em que ele vivia a sua vida tranquila como um escritor, o que era o total contrário de Jisung que era um médico pediatra.

Para o Han, estar no aeroporto rumo a qualquer outro lugar que não fosse seu consultório logo no natal era por puro milagre, mas ele tinha que fugir um pouco do ambiente do trabalho ou seria obrigado a ir para a festa com os colegas de trabalho e isso era a última coisa que ele queria naquela noite em questão.

Changbin era um tagarelo nato, apaixonado em descrever tudo o que pensava em uma riqueza abundante, amava falar sobre suas ideias e personagens que andava criando. Jisung não entendia nada muito bem do que lhe era apresentado, mas se esforçava em focar sua atenção no Seo.

Mas era impossível, ainda mais complicado quando o Han ponderou tê-lo visto correndo por conta da chuva do outro lado da rua, mas Jisung estava tão congelado com a ideia de revê-lo que nada fez além de o encarar enquanto Changbin tinha a mão sobre os olhos tentando enxergar algum pedaço de cobertura que fosse em meio a toda aquela água que caía.

Com um sinal com a cabeça, Han indicou a entrada do prédio e esperava que Changbin tivesse o entendido, mas para a sua surpresa e felicidade, Changbin pulou em seus braços o envolvendo em um abraço forte o bastante para consertar cada pedacinho partido que os dois nem sabiam que existia.

— Acho que você pode ser considerado meu milagre de Natal. — Han brincou se afastando.

— Gosto de como isso soa.

Changbin lhe dirigiu um de seus sorrisos doces e Han levou-o para dentro onde era quente e seguro para compartilharem conversas leves e tudo o que fosse preciso.

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