✟ O amor está além da morte ✟

Este capítulo contém narração de mortes e guerras. Faz menção ao suicídio e acontecimentos sobrenaturais. ➶

1462, quatro séculos antes.

Contam os antigos que...

O ano 1462, Constantinopla se rendeu. Turcos e mulçumanos invadiram a Europa com vasta força superior, atacando a Romênia e ameaçando toda a cristandade e os reinos que por ali existiam.

Da Transilvânia, um jovem acabara de assumir seu trono, herdado de seu pai que veio a falecer na última batalha que houvera naquelas terras, deixando o seu império nas mãos de seu sucessor, seu filho mais velho e digno do trono.

E após suceder o trono de seu pai, surgiu o jovem Rei que era um grande guerreiro Romeno, conhecido como Jeon Vlad Jungkook.

O jovem rei na visão dos súditos e escravos seria a esperança para aquelas terras sofredoras, seria ele a salvá-los da miséria e da pobreza, um pensamento ingênuo de uma mente sonhadora.

Mas o povo perdeu as esperanças ao ver as portas do castelo se fechando e planos de guerras começarem a ser tramados. Todos passaram a temer por suas vidas ao ver os solos de cultivos das mais belas plantações serem banhados pelo sangue dos inocentes que o rei ordenava matar sem qualquer remorso.

O jovem rei era alguém ardiloso e realmente poderoso, possuía força e inteligência para criar ótimas estratégias para grandes combates, conseguiu tomar de países vizinhos seus solos férteis, seus ouros e ômegas, expandindo assim o seu território e sua economia com o plantio, ferro e metais preciosos.

Para os camponeses, apenas eram agraciados com o mínimo de comida e empregos, tinham o básico como moradia e assistência médica. Eram todos muito fervorosos com a religião, então estavam presentes nas igrejas pagando o dízimo e principalmente muitos impostos.

Isso gerou uma revolta nos alfas pobres que por ali habitavam, então juntos unindo forças, se intitularam de Os Bastardos, um grupo formado por alfas que viviam na miséria, filhos bastardos e renegados do rei e alfas que não aguentavam mais toda a escravidão.

Juntos, eles arquitetaram que após a última guerra que o jovem rei lutaria, com a sua volta para o castelo, eles iriam atacar e tomar tudo o que era deles por direito, mesmo que custasse a vida do jovem rei e de seu ômega a qual nunca se havia visto o rosto, mas sabiam que antes de ser o ômega do jovem rei, era um simples camponês de uma das terras a qual ele colonizou tomando tudo.

Os camponeses de fora do castelo odiavam o esposo do rei, um ômega pobre que sabia como era viver na miséria e após conquistar uma ótima vida de luxos e poder, não os acudia da pobreza.

Mas o pequeno ômega não tinha culpa do que acontecia portão a fora do castelo. Jimin havia se casado com Jungkook porque eram destinados a ficarem juntos, amantes de almas. Os camponeses de fora do castelo não sabiam de sua história, já os que habitavam no castelo, admirava o esposo do rei e tinham um enorme carinho por ele.

A notícia que o jovem rei iria lutar pela sagrada ordem do dragão se espalhou, sendo o cavaleiro principal da batalha, apenas o jovem rei conseguiria matar o maior número de pessoas em tão pouco tempo.

Jungkook era um ser destrutivo, ele matava pessoas sem ressentimento nos campos de batalha, ceifando as vidas tal qual a morte, sem um pingo de piedade ou culpa. Isso assustava os adversários.

Uma missa acontecia no salão principal do castelo, diversos condes e condessas estavam no recinto para prestigiar a partida do rei.
O rei estava em pé diante dos padres que abençoavam sua viagem de partida aos campos de batalha, todo os conselheiros e famílias da nobreza o prestigiaram por sua coragem e destreza, todos sabiam que o rei iria lutar bravamente.

O padre rezava sua missa de partida, quando um pequeno ômega se aproximou com o capacete pesado de sua armadura em mãos, ele não conseguia carregá-lo com firmeza, mas fazia por amor ao marido que tinha.

O jovem rei vendo o ômega lhe estender o capacete, olhou no fundo dos olhos verdes como o mar, ele conseguia ver a tristeza em seus olhos e pequenas poças de lágrimas se formando. Segurou seu elmo com apenas uma mão enquanto encarava o belo ômega nos trajes reais e a linda coroa delicada que portava em sua cabeça.

O jovem rei alfa apenas ignorou todas as palavras santas que o padre recitava com clamor e agarrou a cintura do pequeno ômega com força beijando seus lábios com amor.
Em outras circunstâncias, o pequeno ômega teria vergonha e principalmente teria medo do quão julgado poderia ser, mas ele apenas retribuiu o beijo de seu marido com os olhos banhados em lágrimas.

Se beijaram com paixão e intensidade antes de se despedirem, sabendo que teriam que ficar separados por um tempo. O beijo expressou todo o amor que sentiam um pelo outro e eles se despediram com um olhar cheio de emoção e tristeza por parte do pequeno ômega.

Na véspera da batalha, seu esposo Jeon Vlad Jimin a qual ele amava mais que tudo na terra, sabia que ele deveria enfrentar um exército insuperável e que sim, mesmo todos acreditando na força de seu marido, existia a chance dele jamais voltar.

Quando o padre enfim terminou a reza, caminhou até o jovem rei fazendo o sinal da cruz com água benta em sua testa e lhe deu um pedaço de hóstia para comer. Fazia parte do ritual religioso, comer um pedaço de pão que o próprio cristo santificou em espírito.

O jovem rei deu as costas e caminhou em direção a saída escutando o choro alto de seu esposo, notou os seus passos correndo em sua direção. O ômega agarrou sua mão o puxando para si e novamente Jungkook o beijou com amor, um beijo que nunca seria esquecido.

Ele se soltou novamente do ômega sem ao menos pronunciar qualquer palavra e os soldados abriram as portas do salão principal mostrado o exército que lhe aguardava ao lado de fora. Jungkook encarou os soldados que gritavam e comemoravam louvando o jovem rei.

- Viva ao rei Jeon! Vida longa ao rei!

O jovem rei Vlad possuía uma armadura que despertava medo e admiração em todos que a viam. A armadura, feita de uma liga escura de ferro e aço, era adornada com entalhes sinistros e ameaçadores, incluindo crânios e outras imagens sombrias. Cada peça da armadura era meticulosamente trabalhada, com detalhes como garras pontiagudas nas luvas e ombreiras em forma de asas.

O elmo da armadura era especialmente impressionante, com chifres em formato de espinhos e uma aba que se estendia sobre a parte superior das costas do jovem rei. O rosto do homem ficava escondido atrás do elmo, deixando apenas seus olhos vermelhos brilhantes visíveis.

A armadura do jovem rei parecia ter um poder próprio, como se fosse uma extensão de sua própria vontade. Quando ele a usava, seus movimentos eram graciosos e fluidos, como se ele estivesse dançando uma dança mortal.
Mas havia algo de macabro na armadura, como se ela estivesse carregada com a energia de todos aqueles que Jungkook havia matado. Os entalhes sinistros pareciam brilhar à luz da lua, e muitos acreditavam que a armadura estava viva, pronta para devorar a alma de qualquer um que ousasse desafiá-la.

Quando o jovem rei colocou seu elmo, foi em direção ao seu enorme cavalo de raça pura, um alazão de pelos escuros como a noite e robusto como um cérbero. Todos gritaram animados com o gosto da possível vitória.

Juntos, começaram a cavalgar até o destino da grande batalha e ao chegar, encontraram um enorme exército de oponentes os aguardando para o começo da luta.

O jovem rei avançava pela frente de batalha, liderando seu exército com coragem e determinação. A paisagem ao redor está desolada, marcada pelo estrondo dos canhões e o grito dos feridos. A fumaça das explosões sobe aos céus, obscurecendo o sol e criando um véu sombrio sobre a paisagem.

A guerra durou meses, o jovem rei matou milhares de pessoas com sua espada de ponta afiada e reluzente, feita pelo melhor ferreiro da Romênia.

Jungkook tinha o dom de cortar as cabeças fora de seus oponentes com apenas um golpe e principalmente atravessar vigas pontudas varando os corpos dos seus inimigos. Ele era conhecido como o empalador.

O jovem rei possuía inúmeros atributos, mas o que mais chamava atenção era sua espada.

Era uma espada majestosa, com uma lâmina afiada como uma navalha recém-afiada. O brilho do aço polido refletia a luz do sol de maneira tão intensa que quase parecia incandescente. A empunhadura era esculpida em um intricado padrão de ouro e pedras preciosas, com cada detalhe finamente trabalhado e com uma beleza hipnotizante.

Ao segurá-la, podia-se sentir sua força e poder, como se estivesse pronta para ser usada em qualquer batalha que pudesse surgir. Não havia dúvidas de que essa era uma espada única, capaz de cortar até mesmo a mais dura das armaduras e vencer qualquer inimigo que se opusesse ao seu portador que era o jovem rei.

Jungkook perdeu as contas de quantas vezes viu seu corpo inteiro banhado de sangue de seus inimigos durante a guerra, estava se sobressaindo sempre devido a sua espada e suas habilidades extraordinárias. No campo de batalha, os soldados inimigos corriam de si, Jungkook era sanguinário e caçava suas vítimas tal qual um leão na selva.

Os gritos de dor ao morrer dos inimigos eram ouvidos com clareza após o rei perfurar seus corpos e os ergue com sua força para a lâmina deslizar por entre as vísceras, os empalando até a morte.

Foi uma guerra difícil, o rei finalmente venceu a guerra e se considerava o grande vitorioso. O campo de batalha estava repleto de corpos inimigos e as bandeiras rivais rasgadas e jogadas ao chão. O rei, apesar de cansado pelo esforço, caminhou pelo campo com um sorriso vitorioso no rosto.

Seus soldados o cumprimentavam e o clamavam como um herói, o que apenas alimentava ainda mais o seu ego inflado. A guerra havia sido uma grande oportunidade para ele mostrar o seu poder e habilidades de liderança, e agora ele se sentia invencível. As perdas sofridas não eram importantes para ele, pois ele acreditava que a vitória valia qualquer sacrifício.

Ele retirou seu elmo subindo em cima da montanha e observou o mar de corpos entulhados um em cima do outro, mortos por suas próprias mãos.

Jungkook estava exausto, seu corpo coberto de ferimentos e seu espírito pesado. Ele havia lutado uma batalha épica contra seus inimigos, mas não sem pagar um preço alto por isso, observando-o com olhos cansados.

Com uma mão trêmula, o jovem rei levou sua espada até seus lábios e beijou-o com reverência. Estava orgulhoso de seus atos vitorioso. Ele fechou os olhos e murmurou uma oração silenciosa, como se estivesse se entregando a algo maior do que ele próprio.

Ele sorriu orgulhoso, um sorriso cruel e maldito. Se ajoelhou no chão e retirou o crucifixo a qual carregava e beijou o amuleto a qual acreditava lhe dar a sorte divina que merecia.

- Deus laudetur, ego victor sum (Louvado seja Deus, eu sou vitorioso.)- ele falou enquanto olhava para o sol vermelho como sangue.

- In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti, amen. - O alfa repetia as palavras sem realmente acreditar no poder que elas tinham. (Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, amém)

- Jimin... - Ao olhar para o horizonte onde viu o nascer do sol, lembrou de seu esposo sussurrando o seu nome de forma amorosa e significativa, sua voz portava a saudade que sentia.

Montou em seu cavalo para voltar ao seu encontro o mais rápido que podia.

Enquanto o jovem rei estava longe, Os Bastardos causavam o terror nas terras em que habitavam, protestaram contra a monarquia, praticando atos corruptos e de violência, abusando dos ômegas da nobreza e roubando as riquezas do reino.

Tudo em nome da possível justiça que eles diziam lutar.

E movidos pela vingança , os Bastardos após serem convencidos pelos Turcos, armaram uma emboscada para o ômega do jovem rei, desejavam que o rei sofresse não importasse a quem devesse atingir, principalmente o ômega ingrato.

Então durante a noite quando todos do castelo se recolheram em seus devidos aposentos, arremessaram uma flecha na janela do quarto onde o rei e seu ômega dormiam.

Conseguiram a informação por meio de um soldado traíra que o pequeno ômega estava sofrendo muito com a partida do rei e temia que ele não voltasse. O mesmo soldado deu as coordenadas corretas de onde ficava a janela da suíte nobre em que o pequeno ômega e o jovem rei dormiam.

O arqueiro, de olhos fixos na janela, segurava a flecha com força, puxando a corda do arco com precisão e concentração. Ele sabia que aquele era o seu único tiro e não podia falhar. A janela, que parecia inquebrável, estava a uma distância considerável, mas isso não importava.

Ele respirou fundo e soltou a corda do arco com destreza, ouvindo o som agudo da flecha cortando o ar em alta velocidade. A ponta afiada da flecha brilhava ao luar, enquanto seguia em direção à janela com velocidade e precisão.

Mas então, com um estrondo ensurdecedor, a flecha atingiu a janela de vidro. O som de estilhaços de vidro foi quase tão alto quanto a explosão sônica da flecha. A janela se partiu em mil pedaços, espalhando cacos brilhantes por todo o lugar.

O pequeno ômega estava dormindo profundamente. Mas de repente, foi acordada pelo som de um estrondo alto e um estilhaçar de vidro. Assustado, ele se levantou rapidamente da cama, o coração batendo forte e a respiração ofegante.

O estilhaçar do vidro foi ouvido por dois guardas do turno da noite que vigiava o quarto do ômega, mas apenas ignoraram por fazerem parte do plano de destruição contra o jovem rei.

Jimin olhou pela janela e viu a cena da flecha no chão e o vidro quebrado, estilhaços espalhados por todo o chão. Se perguntou o que poderia ter causado aquilo. Seria um ataque? Uma tentativa de assassinato? Ele não sabia, mas sentiu medo e confusão.

Ela ainda tremia de medo e sentia o coração pulsando em seu peito, estava em choque e incapaz de se mover, sentiu um arrepio na espinha e uma sensação de vulnerabilidade.

Esperou pelo pior, mas nada veio, queria tanto o seu marido ali para lhe proteger. Mas após não ouvir nenhum barulho, se ergueu da cama e foi caminhando em passos curtos até o item que viu ser arremessado em seu quarto junto com a flecha.

O ômega apenas usava uma camisola de tecido fino e quase transparente. Ele se abaixou e pegou o papel que viu estar enrolado na flecha lendo o recado que estava escrito.

Seu coração parou e o desespero tomou conta de si, no papel estava escrito que seu alfa havia morrido na batalha e seu corpo já fora queimado pela igreja, mas que o ômega não sabia de nada pois queriam preservar seus sentimentos e em breve lhe dariam as más notícias.

Jimin chorou alto no quarto, novos guardas estavam a espreita devido a troca de horário, mas os guardas que o jovem rei ordenou ficar de vigia apenas acharam que o ômega estava chorando outra vez por saudades, algo que ele costumava fazer desde o dia que Jungkook se foi.

Jimin chorou por horas abraçado ao casaco de pele de tigre branco que seu alfa o tinha dado e continha seu cheiro, e após perder a esperança e o sentido de viver sem sua alma gêmea, o pequeno ômega pulou a varanda cometendo suicídio.

A criada que viu o corpo cair sem vida no chão encarou perplexa a cena e se debruçou no chão com as pernas fracas e espantada. Ela pediu inconscientemente que não fosse o pequeno ômega.

Mas quando viu o corpo ter uma convulsão pelo impacto devido aos órgãos estarem morrendo, seus olhos se encheram de lágrimas e seu grito alto de dor foi escutado pelo castelo.

- NÃOOOO! DEUS POR FAVOR NÃO! - ela correu até o corpo do ômega o segurando e vendo o sangue sair sem parar de seu nariz e corpo.

Ela abraçou tal qual uma mãe abraçaria um filho e chorou por horas afim com o corpo morto de Jimin em seus braços.

Uma simples criada que amava de coração aquele ômega bondoso, o tinha como filho, cuidou de si quando ele chegou assustado no castelo, lhe viu sorrir ao contar sobre estar perdidamente apaixonado pelo jovem rei e o viu fazer planos para os filhotes que pretendia ter.

Agora o mesmo ômega amoroso e sorridente estava sem vida em seus braços, com o corpo ficando frio já que ela não notou que passou horas o ninando como um bebê por não acreditar que ele estava de fato morto. Sua mente negava de todas as formas que Jimin morreu.

Os escravos quando viram o pequeno corpo sem vida no jardim do castelo e a ômega ainda chorando alto enquanto o segurava, o pequeno ômega era a única esperança deles e alguém que eles nutriam um carinho enorme.

- Veja..., ele está dormindo. Tenho que colocá-lo em uma cama quentinha para não gripar, o meu menininho. - Seus olhos sem vida e molhados pelas lágrimas encaravam os outros escravos, ela repetia que deveriam fazer silencio pois o pequeno Jimin estava dormindo.

Todos se juntaram em uma roda envolta do corpo de Jimin e rezaram o pai nosso em lágrimas. Ele não estava mais lá e isso doía como a chama quente do inferno.

Sentir que alguém que você admira e tem sentimentos de carinho enorme não estava mais viva doía, doía muito.

O soldado que estava em pé vendo os criados recolherem o corpo do pequeno ômega para dentro com todo o cuidado, olhou para o céu o vendo ficar escuro pelas nuvens carregadas que se aproximavam, a chuva chegaria forte.

- Deus, por favor, tenha pena da gente e não nos deixe sofrer quando Ele voltar. - O soldado segurava o seu crucifixo enquanto ainda olhava para o céu, uma lágrima solitária escorreu de seu olho.

Todos estavam temendo o pior, o jovem rei quando voltasse e descobrisse que seu ômega morreu e por culpa de seus inimigos com certeza faria uma chacina cego pelo ódio.

E isso assustava a todos que temiam por suas vidas.

Dois dias se passaram e durante a madrugada quase amanhecendo, o jovem rei atravessou as portas do salão principal retirando o seu capacete de prata e olhando todos os soldados, empregados e padres lhe observando assustados.

Ele arqueou as sobrancelhas achando estanho e passou a caminhar em frente ao padre para receber sua benção e ir direto ao encontro de Jimin que provavelmente estaria no quarto dormindo, queria amar seu corpo e matar a saudade de tanto tempo afastado.

Mas o que viu após todos saírem da frente do padre fez seu corpo parar no local que estava.

O corpo de Jimin já frio e roxo, começando a apodrecer e sem vida estava ali no chão do castelo em frente ao trono real.

A camisola estava banhada de sangue e seu rosto estava pálido, sem o brilho das bochechas rosadas e gordinhas e sem o sol que carregava em seus olhos, que agora eram vazios e opacos. Seu corpo estava roxo e tinha uma quantidade generosa de sangue seco derramado de seu nariz.

Os empregados tinham que ficar em volta para espantar as moscas e continuar a preservar ao máximo o corpo do pequeno ômega, não se podia mudar nada de como foi encontrado morto, o rei tinha de ver com seus próprios olhos a forma que fora achado.

- Oh meu amado rei, o ômega do senhor meu jovem rei cometeu suicídio esta noite após receber um pergaminho datado de algum desconhecido anunciando que o senhor havia falecido no campo de batalha. - O padre dava a notícia de forma calma e Jungkook apenas correu em direção ao corpo de Jimin o segurando com força sentindo sua pele fria.

Ele juntou sua testa com a do ômega chorando baixo pela dor que estava sentindo, viu que ao lado de seu corpo tinha uma pequena carta escrita com a letra delicada de Jimin.

O colocou deitado de volta no chão delicadamente e leu o que seu ômega havia escrito em vida.

"Meu amado marido partiu, e com ele se foram as chances de termos filhotes e um amor duradouro. Sem ele, minha vida não tem sentido e não vislumbro a possibilidade de amar novamente a vida que tenho. Aguardo ansiosamente pelo momento em que Deus nos reunirá novamente no céu e finalmente poderemos viver um amor puro."

Jungkook amassou com força a carta pela dor que seu coração sentia, ele segurou o corpo mole e sem vida em seus braços o abraçando com força, não conseguia acreditar que o amor de sua vida estava morto.

- Ó jovem rei, com pesar recebemos a notícia da partida de teu amado, que jaz morto há dois dias e já exala o mau odor da morte. Contudo, convém lembrar-te que, ainda que fiel aos preceitos divinos, não é lícito a nós prover o funeral do teu amado. Pois ele, por sua própria mão, tirou a vida que Deus lhe deu, cometendo uma abominação perante o Senhor. Portanto, não pode ser sepultado em solo consagrado, segundo as santas leis que nos regem.

Quando Jungkook escutou os dizeres do padre, ao informar que não iria enterrar o corpo de Jimin, sua cólera cresceu. Ele havia lutado dia e noite pela igreja e não poderiam enterrar o seu amado?

Jungkook largou com cuidado o corpo de Jimin no chão e virou seus olhos na direção dos três padres que presenciaram seu sofrimento. Os escravos e serviçais se afastaram com medo da ira do jovem rei.

- Estais a me dizer que, depois de uma batalha de dedicação à igreja, não podeis sepultar meu amado que se suicidou? Céus, como ousais desafia-me? Como ousais recusar o enterro do meu esposo?

Os padres se afastaram temerosos enquanto murmuravam que esses eram os protocolos.

- Então está é a recompensa que me dão após defender a igreja de Deus? - o alfa esbravejou e se aproximando dos padres que se afastavam com medo a cada passo que o jovem rei dava.

- SACRILÉGIO! - o padre gritou ao ver o jovem rei empunhar a sua espada e apontar para os três.

- Eu renuncio a Deus! - os padres abriram a boca por espanto e começaram a rezar o pai nosso com um crucifixo apontado para o jovem rei.

Movido pela irá e rancor, Jungkook perfurou o coração do padre a qual rezava fervorosamente, o empalando em sua espada e arremessando o corpo que tinha uma morte lenta no chão.

O padre se engasgava com o próprio sangue que saia de sua boca e o buraco que a espada fez em seu corpo jorrava seu sangue junto com suas entranhas.

O jovem rei direcionou a espada para os dois padres restantes, agarrando o braço do mais velho e arremessando o no chão degolando sua cabeça que ao rolar pelo chão devido ao corte profundo, sujou todo o local com o sangue que esvaía do corpo partido.

E o mesmo tratamento o último padre teve, sendo partido ao meio com a espada que atravessou sua barriga, o jovem rei não parou de apunhalá-lo até quebrar sua coluna e ter o corpo separado.

O mesmo ocorreu com os criados, sendo degolados sem piedade alguma, todos que estavam no salão principal foi brutalmente assassinado.

O corpo do pequeno ômega eram banhado e sujo pelo excesso de sangue que molhava o salão. Jungkook observou o corpo daquele que tanto amou em vida ser contaminado pelo sangue fétido e asqueroso.

Ele tinha que tirar o corpo de seu amado daquele lugar impuro.

Mas escutou ao lado de fora gritos de guerra e isso o fez desviar a atenção para a porta do salão principal que foi aberta com brutalidade e um saldado seu apareceu chamando por si de forma desesperada

- Excelência, permita-me informá-lo de que os Bastardos deram início a uma insurreição contra Vossa Majestade!

O jovem rei travou o seu maxilar e colocou seu elmo de volta na cabeça, puxando sua espada que estava presa em um crânio de uma das vítimas, a empunhou em suas mão e indo em direção a saída.

Os soldados já preparavam as catapultas com pedras enormes para arremessar nos adversários e os arqueiros já estavam postos em seu devidos lugares apenas aguardando as ordens do rei.

Jungkook subiu em seu alazão de pelagem escura e olhou para trás vendo o enorme exército que ele tinha. Ergueu sua espada brilhosa para cima e todos os soldados repetiram o mesmo gesto erguendo suas espadas.

- Victoria gloriosorum (Vitória dos gloriosos) - O jovem rei recitou seu grito de guerra ainda com a espada empunhada e logo em seguida um grito alto de uma multidão pode ser ouvida de fora do castelo.

- VICTORIA GLORIOSORU! - os soldados recitaram o grito e em seguida as grades do castelo foram abertas e o rei Jeon correu com o seu cavalo e a espada empunhada em direção aos bastardos que assim que notou o rei e os soldados, também foram de encontro para o embate

O jovem rei perfurou inúmeros corpos mesmo em cima do seu cavalo. Os arqueiros atiravam flechas precisas nos inimigos, não dando tempo de eles atacarem, dando lhe uma morte imediata pela flechada.

As catapultas eram abastecidas com pedras enormes e pesadas e arremessadas em direção ao maior número de amontoados de inimigos, para causar uma morte rápida e dolorosa, esmagando os corpos até ficarem sem ar, ou quebrar a caixa torácica devido ao peso da pedra.

De longe o líder dos Bastardos estava montado em um cavalo branco, com uma armadura simples de ferro dada pelos turcos.

Ele avistou o cavalo negro chegando em sua direção e cavalgou com rapidez também empunhando sua espada. Iria matar o desgraçado do rei sanguinário, mesmo que custasse sua vida medíocre.

O confronto dos dois cavalos fez o líder Bastardo cair no chão, ambos eram irmãos, mas o líder não era um filho legítimo do rei.

Sua mãe era uma dama da noite que engravidou do antigo rei, então ele nasceu e cresceu sendo um bastardo renegado.

Cresceu sem o amor de um pai e vendo sua mãe sofrer pelas mãos de homens nojentos e asquerosos. Ele invejava Jungkook, o filho que possuía tudo, enquanto ele não possuía nada.

O jovem rei desceu de seu cavalo e parou para observar o seu rival levantar e lhe contra-atacar, a vitória só seria válida se matasse o líder.

Eles se encaravam com fúria e desafio, sabendo que só um sairia dali com vida. As espadas brilhavam como estrelas, e o vento soprava com força, criando uma atmosfera tensa e pesada.

O clima nublado da chuva que se aproximava fazia o vento uivar forte, as folhas voavam de suas arvores pela tempestade que se aproximava. Era como se aquelas terras soubesse que ali não existia mais salvação.

O líder dos Bastardos se ergue com ira do chão e se posicionou para atacar. O primeiro golpe foi tão rápido que o som do metal se chocando com metal foi o único ruído que se ouviu.

Ambos se moviam com rapidez, agilidade e precisão, suas espadas cortando o ar como falcões vorazes. Eles rodopiavam e esquivava, lançando golpes cada vez mais ousados e violentos.

O líder dos bastardos atacava com vigor seu oponente, o jovem rei, mas Jungkook não parecia nem um pouco abalado com os golpes, já que desviava com destreza e agilidade todos os ataques.

Eles estavam em uma batalha que parecia não ter fim, e o sangue de ambos já tingia o chão. As feridas não os impediam, e o ódio os guiava. Eles eram inimigos mortais, mas tinham algo em comum: a determinação de vencer.

Mesmo o líder Bastardo acertando poucos golpes que machucava a pele do jovem rei, Jungkook revidou na mesma intensidade, arrancando com força o elmo de seu adversário o vendo ficar com o rosto amostra e acertando a espada em sua bochecha abrindo uma cicatriz enorme.

O líder Bastardo fez o mesmo, mas sua cicatriz fora bem menor do que a que seu oponente lhe causou. Ele abriu um pequeno rasgo na bochecha do jovem rei, o machucado sangrava e ardia, mas isso não impediu Jungkook de continuar.

Então, de repente, uma espada voou pelos ares. O líder dos bastardos ficou desarmado e tentou se afastar, mas o jovem rei não quis dar chance para uma fuga. Ele avançou com a espada em riste, pronto para dar o golpe fatal.
O líder dos bastardos caiu de joelhos, seus olhos fixos no jovem rei Ele sabia que estava prestes a morrer, mesmo assim, tentou alcançar sua espada, que estava fora de alcance.

O jovem rei ergueu a espada, enquanto via o seu adversário rastejar pelo chão lamacento tentando alcançar sua espada.
Jungkook pisou com força em seu tornozelo para dificultar e causar dor no adversário. O grito urrado pela dor foi escutado, mesmo assim ele continuou a se arrastar, mas dessa vez um pouco mais lento pela dor de seu tornozelo.

O jovem rei o virou com força ao chutar seu abdome, o líder dos Bastardos sabia que iria morrer naquele momento. Viu o rei lhe encarar de cima e sentiu ódio por aquele olhar de soberba que ele sempre portava.

- Mate-me Logo maldito! - Foi o que o líder dos bastardos gritou, ele sentiu a dor ao ter seu abdome e peitoral rasgado pela espada afiada, o jovem rei estava o torturando.

- Animae tuae flamma inferni conteratur (Que sua alma queime no inferno) - essas foram as últimas palavras do rei direcionado ao seu rival.

Jungkook degolou a cabeça do inimigo que caiu a dois metros de distância do corpo. De longe ele pode escutar o grito da vitória de seus soldados.

Ele montou em seu cavalo pegando um atalho pela floresta densa. A floresta era densa e escura, com árvores altas e retorcidas que pareciam garras prontas para agarrar qualquer coisa. Não havia sinais de vida animal e o silêncio era assustador. A luz esverdeada do sol criava sombras estranhas e distorcidas, tornando difícil distinguir um caminho seguro. Era como se a própria floresta estivesse viva e quisesse mantê-los presos ali para sempre. Era uma floresta sinistra e densa, onde a luz do dia nunca alcançava o chão, tornando o lugar ainda mais assustador e sombrio.

Enquanto cavalgava avistou um estábulo de tamanho médio posto no local. Ele estranhou, afinal ele que mandava construir os estábulos e estabelecimentos de seu povoado, não deveria ter um ali.

Ele desceu do cavalo e viu pela pequena fresta da madeira várias mulheres e crianças ali, todas camponesas. Então os Bastardos haviam protegido suas famílias para ir à luta.

Jungkook pegou uma tocha que carregava na bolsa de couro em seu cavalo e a acendeu levando as tochas para o estábulo de madeira velha e já apodrecida.

O estábulo estava trancado do lado de fora com uma viga, provavelmente porque os Bastardos pretendiam voltar e soltar suas famílias, as prendendo para não saírem dali.

Ele acendeu todas as tochas vendo a madeira podre pegar fogo imediatamente, e as mulheres lá dentro gritarem por socorro, Ele subiu em seu alazão e se afastou vendo a fumaça sair pelas frestas e os gritos enquanto o fogaréu se estendia.

Ele observou a morte das famílias daqueles que haviam matado o seu amor em terra.
E quando o estábulo pegou fogo por completo e não se ouviu mais gritos, ele cavalgou pela floresta densa e subiu pelas montanhas íngremes.

A luz do sol já iluminava aos poucos a cidade, quando o rei finalmente conseguiu subir a pequena montanha, ele foi brutalmente arremessado de seu cavalo.

O relinchar ouvido pelo animal ao se assustar foi alto, o corpo do rei doeu com o impacto forte da queda, ele não entendeu como havia caído de seu cavalo, principalmente da forma que fora arremessado.

Se ergueu com dificuldade apoiando o corpo com o braço direito e se sentou no chão, movimentou um pouco as pernas e braços para ver se não havia quebrado nenhuma parte de seu corpo, e percebeu estar bem mesmo após a queda violenta.

Um barulho alto no meio dos galhos chamou sua atenção, era uma sombra estranha por entre as árvores.

O jovem rei se ergueu e se aproximou um pouco das arvores que guardava aquela sombra misteriosa e tão estranha.
Ele pulou com o susto vendo um corvo sair dali e pousar em cima de seu cavalo. O animal lhe olhava de forma sinistra, como se pudesse observar seus pecado.

Ele espantou o animal que a princípio se negou a sair, mas após muita insistência o animal voou céu a fora.

Uma chuva forte começou a cair e o rei subiu com dificuldade em seu cavalo descendo a pequena montanha e chegando no ponto principal da cidade a qual a guerra havia acontecido.

Milhares de corpos estavam espalhados pelo chão, tinha sangue por todo o local e o cheiro fétido habitava aquela parte. Ratos andavam entre os corpos mortos devorando suas carnes, pois sentiam fome.

Uma chuva forte e sombria caía do céu, acompanhada de raios e trovões. A água subia rapidamente, formando pequenos riachos que se transformavam em rios de lama, se misturando com o sangue dos mortos que banhavam a cidade O mundo parecia um lugar desolado e assombrado pela fúria da natureza.

Jungkook olhou para o céu vendo a chuva forte não parar um segundo, como se algo sobrenatural estivesse ocorrendo ali.
Os soldados correram assustados com o alagamento de sangue e lama que não parava de crescer.

Uma escuridão opressiva começa a se espalhar pelo céu, obscurecendo a luz do sol. À medida que a escuridão se aproxima, as nuvens começam a se juntar, revelando a silhueta de um ser sinistro que desce dos céus.
Suas asas são sombrias, como se fossem asas de morcego, enquanto um aura negra envolve sua figura. Sua aparência é assustadora, emanando uma presença maligna que é quase impossível de se olhar diretamente. Quando pousa no solo, sua presença é sentida por todos os seres vivos ao redor, provocando um profundo senso de medo e terror.

Enquanto observa o mundo abaixo, é como se pudesse ler as mentes e as almas de todos aqueles que estão em sua presença, capaz de conceder maldições infernais ou infligir punições terríveis.

Os soldados gritaram assustados e correram para se esconder do ser místico que surgiu do céu.

O jovem rei encarava incrédulo com as sobrancelhas franzidas para aquele ser que vinha em sua direção. Ele empunhou sua espada pronto para atacar o que quer que fosse aquele ser.

Mas sua espada foi arremessada para longe de forma sobrenatural, o jovem rei arregalou os olhos para aquele ser que se aproximava cada vez mais. Ele deu as costas para o monstro tentando correr por entre aquela sujeira e sangue que não parava de se acumular.
Seu corpo foi puxado com força e arremessado para o centro da cidade onde tinha uma enorme cruz de pedra no meio do povoado, igual a um monumento.

Ele sentiu seu braço doer por ter se quebrado com o impacto e quando abriu os olhos um pouco zonzo pela dor, deu de cara com o mostro flutuando em sua frente.

Sentiu sua garganta ser apertada por sua própria mão se auto sufocando, mas não era ele que estava controlando o seu corpo.
A voz assustadora do monstro soou chamando sua atenção.

- Ó, filho da desobediência, tua arrogância e ganância pelo poder mancharam estas terras com o sangue dos inocentes. Tua alma, assim como teu coração, é impura e não merece ascender aos céus. Não és bem-vindo ao inferno, a dor e o sofrimento te acompanharão para todo o sempre. Serás punido eternamente nesta terra como um imortal, sem jamais conhecer a glória e o descanso da morte. Teus pecados são enormes e irreparáveis, e tu viverás eternamente sob o peso de tua culpa por ter interrompido as jornadas dos que aqui habitavam. Não és digno de amor ou perdão, e tua maldição é viver para sempre nas consequências de teu pecado. Que a marca da tua maldade te acompanhe por toda a eternidade, e que nunca encontres redenção ou alívio para tua alma podre. Eu te amaldiçoou, filho do pecado!

O jovem rei sentiu uma dor intensa no peito, como se alguém estivesse pressionando suas costelas com força. Sua visão começa a ficar turva, as cores se desvanecendo em um borrão cinza e escuro. Seu coração bate rápido e irregular, como se estivesse prestes a explodir em seu peito.

Ele tenta respirar fundo, mas não consegue puxar ar suficiente, como se seus pulmões estivessem sendo esmagados. Seus membros começam a formigar, como se tivessem adormecidos, enquanto uma onda de náusea sobe em sua garganta. Ele tenta chamar por ajuda, mas a voz parece travada em sua garganta.

O jovem rei sentiu uma dor intensa em todo o seu corpo, como se estivesse queimando por dentro. Ele caiu no chão e começou a convulsionar, sentindo cada músculo do seu corpo se contrair. Sentiu o seu coração parar de vez e seu corpo doer como se mil espadas atravessavam seu corpo o perfurando sem parar.

Jungkook fechou os olhos pela dor intensa que sentiu e quando finalmente os abriu, a figura mística não estava mais lá e seu coração finalmente parou de bater o tornando um homem morto.

Os soldados correram em direção ao corpo do rei o erguendo e levando para dentro do castelo. Dois dias e duas noites se passaram e nada do rei acordar, ele estava morto e os soldados estavam esperando um padre vir de Roma para enterrar o corpo do rei.
Naquela noite o corpo morto se levantou com os olhos vermelhos sangue e pressas horríveis em sua boca, ele havia virado um vampiro.

- BUH! - o velho deu um pequeno susto nas três crianças que estavam sentados em sua frente perto da pequena fogueira da lareira que pertencia a casa simples.

- AHHHH VOVÔ NÃO FAÇA ISSO! - as duas crianças falaram assustadas, o velho senhor sorriu achando fofo a reação delas.

- O Jimin não se assustou. - O velho senhor disse se levantando e esticando as costas. As crianças começaram a cochichar sobre algo e Jimin se levantou indo em direção ao avô puxando pela manga de sua camisa.

O velho olhou para baixo vendo a criança de bochechas fofas lhe olhar com os olhos brilhantes.

- O que aconteceu depois vovô? Ele morreu? - a voz infantil curiosa buscava respostas ao avô, que em sua concepção infantil era muito corajoso para contar uma história tão assustadora.

- Não, ele é imortal, significa que jamais poderá morrer. E bom, algumas lendas dizem que ele ainda mora no castelo e sua motivação é lembrar do esposo que tanto amou em vida. - O velho senhor falou fazendo um pequeno carinho nos cabelos loiros e cheio de cachinhos.

- Qual o nome do esposo dele vovô? - o menino voltou a questionar sem parar o velho senhor que bufou já cansado de tantas perguntas

- O nome dele era Jimin, igual ao seu, por isso o seu nome é este, sua falecida mãe gostava muito de histórias e ela gostava que contasse essa para ela sempre que ela se esquecesse de algum detalhe. Então quando você nasceu, ela lhe batizou com este nome.

O velho senhor falou enquanto arrumava a cama das crianças para elas irem dormir. Pegou os três pelo braço e os colocou na cama vendo Jimin ainda o encará-lo.

- Nada de perguntas, já está tarde! Se não dormir o rei monstro irá vir atrás dos três, ele sempre vem atrás de crianças malcriadas!

As duas crianças soltaram um gritinho assustados e Jimin sorriu com a fala do avô.
Ele agarrou a simples boneca de pano de sua falecida mãe a abraçando e indo dormir tranquilo enquanto sonhava com a historia que seu avô havia lhe contado.

Seria realmente real todos esses acontecimentos? Jimin não sabia, mas gostava de ouvir que naquela história tão triste, existiu um amor verdadeiro e queria crescer para viver um igual, mas sem lutas e mortes, essa parte ele não gostava.

Naquela noite, Jimin havia tido um sonho estranho.

Sonhou que estava em um jardim florido e vários empregados o cumprimentavam e sorriam para si o desejando bom dia. Ele se sentia feliz em saber que era amado por todos ali.

Ele era um jovem adulto no sonho e usava roupas bem elegantes, roupas que ele nunca havia visto antes. Era tão estranho, ele se assistir adulto daquela forma e tão diferente com aquelas roupas bem bordadas e cheias de detalhes.

Jimin caminhou com os pés descalços pela grama verdinha indo em direção as roseiras que habitavam todo o jardim. As admirou e cheirou cada uma delas, sentindo o aroma delicioso das rosas vermelhas e brancas.

Mas algo tirou sua atenção o fazendo virar o rosto para trás vendo um homem alto e forte, não conseguia ver o seu rosto, ele estava borrado em seu sonho, mas conseguia ouvir a voz e sentir o toque amoroso que aquele homem tinha.

No sonho, Jimin o abraçava e fazia juras de amor inocentes para o homem que lhe admirava, ele não respondia as juras com palavras e sim com beijos delicados em sua testa e mão.

Jimin se sentia tranquilo e amado nos braços daquele desconhecido, sentia paz e acima de tudo um amor incondicional por ele, um amor ardente.

No sonho eles ficaram abraçados por bastante tempo conversando e trocando carícias amorosas.

Até Jimin despertar rapidamente com o seu avô lhe chamando para ir às aulas de etiquetas que tinha na pequena cidade.
Jimin se sentiu frustrado, aquele sonho foi tão bom, queria crescer logo e viver tudo aquilo com seu príncipe encantado.

Em sua cabecinha de criança, ele iria ser feliz ao lado de sua família e companheiro que iria amá-lo tanto quanto esse jovem rei amou o seu ômega.

Afinal, o amor é mais forte que a morte.


Oioi gente, tudo bem com vcs? Espero que sim!

Trouxe o primeiro capítulo de Sonne e confesso estar bem insegura por dois motivos: o capítulo é muito grande e não sei se narrei de uma forma que vá agradar a todos.

Mas quero deixar bem claro aqui que eu amei escrever este capítulo, foi muito importante pra mim já que planejei essa história a meses e finalmente ela saiu do papel.

Espero ter agradado todo mundo.😊



Aqui está uma representação da carta que o Jimin deixou para o Jungkook antes de morrer. Eu editei tentando ao máximo lembrar a estética, inclusive peguei um fundo real de um pergaminho.

Então gente, espero que vocês tenham curtido a fanfic, em breve trarei o segundo capítulo mas não prometo rapidez, demorei dois dias inteiros apenas corrigindo a fanfic e tenho certeza que não ficou 100% 😂

Beijinhos e hasta la vista baby 💗💋

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