Último antes do Sangue

Sangue,

Sangue,

Sangue.

Quem será que vai perder?

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Rhaenyra realmente se viu tendo um momento decente enquanto se sentava ao lado do pai, a rainha consorte do outro lado.

Ao lado esquerdo da mesa, começando por Alicent, estavam Aegon, Helaena, Aemond e Daeron, enquanto do outro lado, com Rhaenyra estavam seus próprios filhos, dessa vez em ordem diferente, começando por sua filha Daela, então seu marido, Aemma, Alyssa e então Visenya, Jacaerys, Lucerys e Aerys.

Ela sorriu ao ver Helaena ouvindo Alyssa divagar sobre diferentes tranças Targaryen que ficavam bem em seu cabelo, que na verdade era quase do mesmo tom do de Joanna.

Alyssa era sua única filha a herdar o cabelo mais dourado do que prateado de seus traços valirianos. Ela provavelmente poderia passar por uma quase uma Lannister nativa se não fosse por seus olhos violetas.

Daela e Aemma, por outro lado, herdaram seus cachos prateados, a maia nova até herdou os cachos que sua própria mãe tinha.

Alyssa estava obcecada com sua própria aparência agora que estava chegando a ter mudanças corporais, especialmente quando viu sua irmã mais velha receber a atenção que ela tanto desejava, embora Visenya não quisesse nada com isso.

Não, sua filha mais velha preferia calças a vestidos e usava o cabelo com mais frequência nas mesmas tranças destinadas aos Targaryens em batalha.

Rhaenyra tentou tranquilizar sua segunda filha mais nova, dizendo que ela não tinha nada com que se preocupar, que ela era uma linda garota e que quando começasse a se tornar uma mulher ela seria ainda mais linda.

Ela nunca desejou que nenhum de seus filhos fosse inseguro, então ver sua filha se preocupar com sua aparência tão jovem a preocupava, mas depois de um tempo ela percebeu que Alyssa realmente gostava de se vestir e pentear o cabelo com estilos complexos.

Sim, a garota falou sobre ser o centro das atenções nos bailes quando ela ficasse mais velha e sonhava com um cavaleiro ou príncipe para tirá-la do chão, mas ela fez isso por si mesma, não pelos outros. Então Rhaenyra deixou estar, quem era ela para questionar isso, contanto que sua filha fosse feliz?

Junto ao marido ela criou todos os seus filhos para serem realistas e, embora Alyssa desejasse atenção, ela não era arrogante ou mesquinha com os outros, ela simplesmente gostava de brilhar e isso não era um crime, mesmo que os Sevan pudessem discordar.

Tudo o que desejava era que seus filhos vivessem vidas felizes, o que quer que precisasse fazer para que eles alcançassem isso, faria se estivesse em seu poder. É uma coisa que ela prometeu a si mesma quando viu como seu próprio pai tratava a ela e aos seus outros filhos.

Foi uma triste declaração dizer que ela era a melhor tratada entre todos eles. Ela podia ver o ódio que seu pai nutria por seu filho primogênito, a indiferença que ele tinha por seu segundo. Helaena ele se importava um pouco, mas até ela sabia que era por sua semelhança com Rhaenyra que ela era realmente favorecida.

Alguns dias se pergunta se sua própria mãe lhe deu o filho que ele tanto queria se seu pai ainda estaria infeliz. Não importa, ele a matou por um filho apenas para obter seu desejo e então odiar a si mesmo e ao dito filho ainda mais por isso.

Era fácil ver, pois seu pai evitava até mesmo olhar na direção de Aegon, enquanto Aegon mantinha os olhos firmemente em suas xícaras. Ambos os homens eram lamentáveis.

Aemond de longe não seria uma opção decente, mesmo com treinamento adequado, ele era cruel e mesquinho, e por isso aumentou a segurança em torno de duas filhas ao ver os olhos desviantes dos irmãos verdes sobre elas, principalmente Visenya, que ao ouvir sobre deixou bem claro arrancaria o brinquedo deles na primeira vez que virassem para ela.

Ela não duvidava. E em verdade? Não impediria.

Ela já se importou, ela se importou profundamente com o reino, como lhe foi ensinado, estava disposta a sacrificar qualquer coisa pelo bem dos sete reinos, como lhe foi ensinado pelo mesmo homem que voluntariamente o viu desmoronar diante de seus olhos, ela queria fazer o reino prosperar, fazê-lo crescer forte.

Em vez disso, ela foi deserdada e, em vez de um reino, recebeu uma ilha que ela transformou em um reino. Ela havia fechado o reino de seu coração e agora cuidava de suas próprias terras.

Ela estava feliz em ajudar outros reinos, mas não se permitiria ser sugada para o reino mais uma vez. Não, quando essa maldita visita acabasse e eles fossem embora, definitivamente, ela poderia esquecer o reino mais uma vez. Ao menos, até que fosse necessário.

Ao olhar ao redor da mesa mais uma vez, percebeu o quão rápido ela quase tinha sido sugada de volta para o reino. Seus filhos pareciam tão felizes, mesmo com a presença de seus parentes, mas ela conseguia ver como a forma seus movimentos eram medidos, como os rapazes observavam o olhar atentamente e como os guardas estavam tensos.

Olhou para o pai, sabia que seria doloroso para ele manter distância, ainda mais após vê-los, ele não viveria muito mais, mas ela não podia fazer disso uma prioridade, não quando a corte e suas maquinações e traições eram como o chamado de uma sereia, de aparência bonita, mas mortal na realidade.

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