Tempo esgotado


Aemond sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto olhava para as cabeças decapitadas na mesa do Conselho Privado.

"Sangue Por Sangue. Vida Por Vida."

Ele sabia que essa era apenas o começo. E no entanto....

"Vagabunda dos Infernos. Como ela fez isso? Como ela entrou em meu castelo?"

Aemond rugiu, sua voz ecoando pela sala, enquanto enviava a cabeça jogada pelo salão. A mensagem caída amassada sobre a mesa enquanto todos ao redor estremecimento.

"Ninguém sabe, Vossa Majestade. No entanto, acredito que diante do seu plano... tolo, isso é a resposta enviada por Rhaenyra e os seus. Talvez um aviso."

Respondeu Otto Hightower, sua voz ligeiramente raivosa e alterada. Seu tolo Neto era tão ruim de lidar quando seu pai, talvez pior.

Ambos obsessivos com o que consideravam seus, mas enquanto um era manipulável, o outro era tão duro quanto uma maldita Rocha. E ele se arrependia de não ter dado um pouco mais de atenção e disciplina ao garoto. Aegon não valeu seu esforço, talvez se tivesse pensado dois passos além e garantido a ordem nesse menino, nada estaria como agora.

Aemond olhou em volta, procurando por alguém para culpar. Seus olhos ardiam em raiva, fogo e desejo. Uma crueldade que Otto não poderia nem mesmo acusar Daemon Targaryen de ter.

Aemond encarou a todos em consideração, e por um momento, então se virou para Otto.

"Encontre os Sem Rosto. Eu quero Dragonstone banhada em sangue ao final de sete sóis, se nao...m" Aemond ordenou. "Será sua cabeça que enfeitará esta mesa."

Otto inclinou a cabeça com os dentes rangentes e furia mal escondida em seus olhos.

"Sim, Vossa Majestade. No entanto..."

"Não existe mais... meu Lorde. Faça o que ordeno. Como seu Rei..."

Disse debochadamente o monstro em pele humana, e por um momento Alicent engasgou com o próprio ar ao constatar que provavelmente não havia salvação para seu filho.

Não era para ser assim...

Não era para ser assim....

O Rei olhou em volta novamente, então se levantou e saiu da sala, deixando os outros para lidar com as consequências de sua raiva.

Enquanto se afastava, Alicent se virou para Otto e sussurrou:

"O que vamos fazer agora?"

Otto balançou a cabeça.

"Eu não sei, Alicent. Mas eu sei que precisamos encontrar uma maneira de parar Aemond antes que ele destrua tudo."

Alicent assentiu, seu rosto pálido de medo.

Ela sabia que Otto estava certo. Aemond estava fora de controle, e era apenas uma questão de tempo antes que ele fizesse algo irreparável.

Os sete reinos estavam em causas, e os conflitos pareciam estar longe de terminar.

Alicent sabia que ela e Otto precisavam encontrar uma maneira de parar seu filho antes que fosse tarde demais. Embora no fundo sentisse que já era tarde...

Enquanto o Rei se afastava, Alicent e Otto trocaram olhares preocupados. Eles sabiam que o garoto estava cada vez mais instável e que sua raiva poderia ter consequências desastrosas. Se já não os tivessem colocados demais.

A coroa não tinha um herdeiro. Mal tinha aliados ou alimentos. E agora o estúpido resolveu atacar aqueles com a maior arma militar existente no mundo atual; dragões.

"Eu preciso falar com os outros membros do Conselho..."disse Otto, sua voz baixa e urgente. "Precisamos encontrar uma maneira de controlar Aemond antes que ele faça algo que não possamos reparar."

Alicent assentiu, seu rosto pálido de medo.

"Eu vou falar com as mulheres do castelo." disse ela. "Talvez elas saibam algo sobre o que está acontecendo, rumores ou sussuros espalhados pelos corredores ou pelas ruas. Algo que possamos usar."

Otto inclinou a cabeça.

"Duvido que aja muito, mas seja cuidadosa, Alicent. Aemond está cada vez mais paranoico e pode suspeitar de qualquer um. Não vou permitir minha cabeça rolar depois de tanto esforço por conta de um muleque demoníaco com sede de sangue."

Alicent assentiu novamente e saiu da sala, deixando Otto para lidar com as consequências da raiva de Aemond.

Enquanto se afastava, não pôde deixar de se perguntar o que estava acontecendo com o homem que ela uma vez amou.

Aemond estava cada vez mais consumido pela raiva e pela ambição, e sua mãe sabia que precisava encontrar uma maneira de pará-lo antes que fosse tarde demais. O tempo cada vez mais parecia se esgotar, mas Alicent não sabia se era so uma sensação ou um presságio tão certo quanto que o céu nasceria todos os dias.

Embora, no fundo, soubesse que era o último....

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