Se Levantar

Rhaenyra estava deitada na cama, a princípio ela se viu no mesmo bordel, mas então ela foi deixada.

Ela continuou a sonhar com coisas que ainda estavam por vir, se viu deitada com Sor Criston, Daemon pedindo sua mão aos pés de seu pai, ele voando para longe em Caraxes.

Nem mesmo admitiria ter ficado chocada, Daemon sempre gostou de fugir.

Ela viu Sor Criston pedir para ela fugir, e então sua farsa de casamento.

O que era mais doloroso até agora para Rhaenyra era ver Daemon voar para longe com Laena e Vhagar....

Ela viu três garotos de cabelos castanhos e seu pai forte, seu maior protetor. Ela viu a morte dele, e a de seu pai.

Rhaenyra observou enquanto ela definhava sob a corte, sob Allicent. Recuando para Dragonstone apenas para Daemon retornar, Laena morta, a morte falsa de Laenor e seu eventual casamento com Daemon.

Como uma garota, era tudo o que ela sempre desejou, mas vendo isso diante dela, a maneira como ela estava tão derrotada. Tudo o que Rhaenyra nunca quis ser e ainda assim aqui estava ela.

Só piorou quando ela viu seu pai morrer, a perda de filho após filho. As traições de Daemon, seus atos mais sombrios. Rhaenyra foi forçada a assistir a cabeça do garotinho ser retirada de seu corpo.

Ela viu seu último apelo desesperado a Allicent, apenas para ser recebida com fracasso, a garantia de que ela deveria finalmente agir e ainda assim ela permaneceu escondida, nunca voando para a guerra até que fosse tarde demais.

Rhaenyra chorou mentalmente enquanto observava Daemon morrer matando Aemond, por mais furiosa que estivesse com ele, pelo que via, ela ainda o amava.

Ela se viu ganhar o trono apenas para ter a cidade se rebelando, matando seu dragão e fazendo-a fugir com seu último filho vivo.

Ela assistiu sem emoção enquanto era forçada a vender a coroa de seu pai apenas para ser recebida por traidores em sua casa, Aegon. Ela sempre temeu que ele fosse sua morte, mas nem mesmo ela poderia ter imaginado isso.

Na frente de seu filho, nada menos.

Seria mentira dizer que ela não estava satisfeita com a morte do irmão, pelo menos seu filho foi coroado. O medo dele de dragões não era agradável, mas dado o que ela viu, ela entendeu.

Ela sorriu ao ver que outro de seus filhos havia sobrevivido, mas seu rosto desapareceu quando ela viu o que aconteceu com seu reinado, todos os dragões mortos.

Quando ela viu o último dragão morrer, ela estava de repente em algum lugar distante, em um deserto, ela viu uma jovem garota de coloração Targaryen caminhar em direção às chamas. Ela ouviu as palavras com sotaque do nordenho e brusco.

"Não há um dragão vivo há mais de cento e cinquenta anos Khaleesi.."

E então Rhaenyra a viu; a garota se erguendo das cinzas com três filhotes de dragão.

A próxima imagem era bem diferente, estava em algum lugar frio, com neve e montanhas em todas as direções.

Antes que pudesse se concentrar no fato de que não conseguia sentir o frio, ela observou três grandes dragões, maiores até do que seu dragão, voando sobre sua cabeça, a mesma garota que ela tinha acabado de ver sobre aquele que parecia as costas do renascido do terror negro.

Ela voou sobre a cabeça de Rhaenyra, não lhe dando outra escolha a não ser caminhar na direção em que voou, apenas para ver que estava em um penhasco com vista para um lago congelado.

Ela observou o dragão negro pousar, mas não conseguiu se concentrar nos homens na pequena ilha no meio do lago, mas sim nos milhares de homens que os cercavam, não, não homens, os mortos.

Eram tantos que ela não conseguia nem começar a contá-los. Ela observou os dois dragões sem cavaleiros se aproximando e cuspindo fogo nos mortos, matando aqueles na linha de fogo direta, mas mal fez um estrago.

Rhaenyra simplesmente olhou horrorizada antes de ouvir um grito terrível.

E só pode observar quando um dos dragões caiu, viu outra lança voando e a seguiu até um grupo de homens azuis, a pele deles parecia feita de gelo.

Seus olhos se arregalaram enquanto ela observava suas formas, elas eram algo saído de um pesadelo. Ela ficou congelada como a terra ao seu redor de medo até que o ser se virou em sua direção e ela encontrou seus olhos, um azul sem vida.

Naquele momento, Rhaenyra acordou, soltando um suspiro e sentando-se de repente, agarrando-se aos cobertores. Acordou sabendo que era isso o que aguardava sua casa.

Acordou sabendo que precisava garantir a si mesma, seus filhos e o futuro de uma forma que seu pai, e ninguém mais, entenderia.

Imediatamente se levantou, tratou de catalogar mentalmente suas memórias com sua posição atual e iniciou seus planos.

Seis luas depois, seguiu para fora de Kingsland com oito navios ao mar seguindo-a, deixando o título de Princesa Herdeira do Trono de Ferra, mas ganhando um novo como Senhora Suprema de Dragonstone.

Dezesseis luas depois, ela se casou com seu Senhor Marido, Lorde Botvid Kakastark, um sobrinho do jovem então Lorde Cregan Stark, que até então se tornará seu herdeiro, assumindo o sobrenome Stark aos dois e dez dias de nome.

Ele não era nada como outros nordenhos. Não. Embora incorporasse a forma física de um, Botvid Stark era mais do que isso. Muito mais.

Pouco depois pode dar boas vindas ao seu primeiro filho. E para sua surpresa, embora com cabelos claros e olhos roxos, ela pode reconhecer totalmente seu primeiro filho ali, Jacaerys.

Seu menino.

Seu primogênito.

Jacaerys Targaryen.

E então Lucerys.

Joffrey, que merecia muito mais do que um nome comum dado por seu pai, e que o deixou sentindo-se ainda mais insuficiente além de sua aparência na vida passada. Aerys.

E então mais.

E ela planejou.

Registrou cada momento e instância. Garantindo seu futuro e de seus filhos. Melhorando o caminho para seus descendentes onde podia.

Um acordo de salinas com o Norte os ajudou após o casamento, e embora desejasse trazer uma aliança de casamento entre seus filhos, sabia que isso poderia ser um passo rápido demais.

E então garantiu outras pontas e aliados que mesmo com o tempo entre eles, podem criar uma aliança profunda que atravessaria gerações.

Jacaerys com Aelyssa Celtigar.

Ambos valirianos, preservando assim sua magia no sangue e sua coloração tão única.

Não que o último traço fosse o maior fator. Ela estava mais preocupada com a Magia e a conexão com os dragões do que as aparências.

Lucerys e Lady Lolla Arryn.

Fortalecendo o lado com o Vale e uma proteção em forma de um jovem dragão treinado e capaz.

Não deixou de lado os treinamentos necessários para seus filhos e dragões. Embora quisesse que formassem laços próprios e despreocupados com seus dragões, assim como ela teve, não pode deixar de temer esse momento. Em que seu pai morreria e mesmo longe alguém poderia vir atrás deles.

E onde seu marido os ensinou com a espada. Ela os ensinou com seus dragões.

Aerys era para Visenya. E ninguém seria capaz de afastá-los, por mais teimosa que sua filha fosse para aceitar isso no começo. O fato dela também não permitir nenhuma mulher a mais se aproximar do irmão deixava claro a verdade.

Ambos juntos poderiam controlar e proteger os degraus, o que com Canibal ao lado deveria ser o suficiente para dissuadir aqueles menos que tolos

Alyssa, Aemma e Daella.

Jovens demais, porém já protegidas. E embora não tivessem contratos ou noivados, sugestões eram trocadas entre ela, seu marido e sua boa irmã.

Alyssa poderia ir para o Norte, onde assim como ali, ninguém olharia feio suas escolhas de caçar ou cavalgar, mesmo que amasse tanto por igual as amabilidades femininas.

Aemma, sua doce menina, uma representação em amor e doçura de sua mãe, por ela, nunca se casaria e permaneceria ali, com ela, seu pai e Daella, protegida e segura.

Aerion e Gaemon.

Seus dois garotinhos espertos e espontâneos. Inteligentes acima da idade.

Embora pudesse ser cedo, sabia que fez o certo ao prometer seu primeiro filho entre os gêmeos com a filha de seu tio, Baela Haratis Targaryen. Filha de uma Salyres da Casa Haratis, que já era uma filha própria da casa Dagareon, de Myr, pelo lado materno, e da Casa Haratis, por seu pai, que era um Grande Magistrado de altas riquezas em Pentos.

Seu filho e Baela se viram algumas vezes e suas personalidade embora contrastantes se combinaram de uma maneira única, e seu menino assim já tinha a promessa de terras e ouro, como uma Mansão chamada Haven Red, que foi dada a ele em seu terceiro dia de nome, logo após o fechamento do contrato, isso além de uma quantia de cento e cinquenta mil dragões de ouro da coroa que serão colocados nos cofres Rogare após a união.

Gaemon não tinha contrato, seu jovem menino era um estudioso nato com mais interesse as pesquisas do que a perspectivas de casamento e ao contrário dela nessa idade, daria a chance dele ter isso. Seu tempo e escolhas.

Rhaenyra tratou de garantir à ela e seus meninos um futuro seguro independente de qualquer coisa. Mas também fortaleceu laços através dos Reinos para o futuro eminente que os aguardava.

O Norte nos últimos anos tem recebido muitas negociações de grãos, aço e vidro de dragão, em troca de madeira e homens.

A sua própria ilha compunha talvez metade dos barbas brancas que luterana por ela na última guerra.

Isso também foi bom.

Com certeza.

Porque se não fosse por sua Senhora dos Sussuros os alertar da ideia de Aemond sobre atacar seus aliados em busca de refém e tomar os Degraus.

Ambos os seus planos foram falhos, pois todos seus aliados também tinham fortificações e não fizeram nada direto contra o trono ou tomado partido por uma oposição inexistente pois não havia luta contra seu governo real.

O que o chateou aparentemente, seu irmão desejava luta. Sangue. Não havia como negar. E embora pudesse entender isso como o Sangue do Dragão, não poderia deixar de dizer que isso estava distorcido nele.

Quando então ouviram sua ideia de atacar sua ilha, diretamente, com escorpiões, ousando tentar colocar navios sem autorização em suas águas, ela se levantou e reagiu.













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