Anos atrás comecei a ter pesadelos estranhos (como acredito que todos sejam), mas esses eram um nível maior de estranheza. Nunca soube o porquê, mas todas as vezes que fechava os olhos e tinha um pesadelo desse tipo, eu acordava com dor, como se ele tivesse sido real. Geralmente, nesses sonhos terríveis eu era assassinado e sempre tinha alguma coisa a ver com minha barriga (depois desses pesadelos não deixo ninguém chegar perto de minha barriga). Bem, vou contar todos esses sonhos como uma série, pois garanto que meus pesadelos são dignos de serem contados e lidos com encanto.

§ Narrando o sonho §

§ Comentando o sonho §

Sonho- Num sítio (o meu sítio {Sítio Pintado}), onde as casas ficam vagamente distantes uma das outras, espalhou-se um boato de que havia um jumento louco a solta.

José JGF- Já começa fazendo todo sentido, mostrando uma coisa que acontece no cotidiano de todos os brasileiros, né verdade? Espera que vai piorar.

O sol não estava mais entre nós e a noite já havia chegado.

Num sei como era que tava o céu. Se tinha lua, estrelas ou nuvens, eu não vi. O sonho não mostrou, mas era fato que estava de noite.

A polícia foi alertada e, se meu sonho fosse esperar o tempo da polícia chegar lá, meu sonho seria quase eterno. por isso, ele não condiz com a realidade e os policiais chegaram rapidamente.

Só em sonho mesmo pra polícia ser eficiente. Mas nesse sonho ela também não fez muita coisa não.

Na rua principal do Sítio Pintado se encontravam, nesta noite louca, algumas viaturas e vários policiais cercando um jumento, o qual apavorava o pobre sítio.

Aí você pensa: agora vai! Mas não foi dessa vez.

De alguma forma, por falta de profissionalismo obviamente, os agentes de segurança deixaram o animal raivoso escapar.

E como a curiosidade do ser humano é infinita, havia alguns civis observando o ocorrido.

Se esse povo de cidade pequena são tudo curioso e fofoqueiro, imagina num sítio, no qual só há 16 casas (seis são abandonadas, sem ninguém), com uma população de 40 pessoas ±.

Obviamente eu estava lá, me lembro de ter visto minha "vizinha" também, já que a casa dela é perto dalí.

Quando o jumento conseguiu sair do cerco policial, ele veio correndo em minha direção sem intenção de parar.

Por que meu Deus, eu fui inventar de ir olhar um jumento doido, de noite?!

Talvez tenha sido trauma de infância. Um dia, quando era pequeno (não que eu não seja agora), um jumento correu atrás de mim. Sorte minha que ele estava amarrado num toco.

O animal violento rapidamente chegou perto de mim e sem aviso prévio, deu uma cabeçada em minha barriga, imitando os touros das touradas.

Nesse instante, acordei ofegante, suado e com uma imensa dor na barriga como se tivesse levado um soco forte ou uma cabeçada de jumento louco.

Este foi o começo do que seria, sem eu saber, uma série de pesadelos dolorosos.

Sonho Sem Data