I love you (+18)

Olha eu de novo aqui \o/ 

Viu galerinha, o hiatus pode ter sido longo, mas a criatividade usou esse tempo pra florescer e olha aqui, dois capítulos na mesma semana! Que milagre! Que aconteça mais amém #terfé

Bom pessoas, estão vendo o +18 aí em cima? Sim, isso mesmo, significa que irão ter relações sexuais explícitas ao longo deste capítulo. Esse foi o meu primeiro hentai (desculpe, hot. Costume Otaku) e eu não sei mesmo se está bom, então paciência comigo, belê? 

Mas para aqueles que não gostam de ler ou não se sentem confortáveis, vai ter um aviso antes do hentai começar e logo após ele terminar, para que retomem a leitura a partir daí, e não se preocupem, não vai prejudicar o entendimento em nível algum. 

Música da rainha Ariana pra entrar no clima. Sem mais delongas, ao capítulo! 

Depois de muito vagar na neve, encontrei Chloe desmaiada no meio da nevasca, com um corte significativo em sua testa. Suas roupas não apropriadas para aquela "caminhada" pelo tapete branco de água congelada acabaram por contribuir para que a ruiva se acidentasse.

Ser desastrada era o forte de Chloe, até quando ela estava com raiva. Ou melhor, principalmente quando ela estava com raiva.

A nossa sorte foi que nunca saio despreparado, exceto por raríssimas exceções, como na festa de Griffin, em que esqueci minha bombinha de ar. Naquele passeio nos alpes, deixei um dos meus casacos mais pesados e minhas botas de ski no porta-malas da van de Josh (desculpe, o nome dela é Carly, erro meu) e me preparei a altura para caçar uma ruiva no meio de uma tempestade brutal.

Não demorei muito a encontrá-la, mas a estrada para Brumby ficou barrada devido à neve. Deitei Chloe nos bancos de trás e garanti que ela estivesse bem presa, e dei meia-volta na montanha, fazendo o caminho oposto a Bumby, até que finalmente chegamos naquele posto de gasolina velho que havíamos passado na vinda.

Era um local humilde, mas fui capaz de abastecer a van (temendo que fosse reconhecido por alguém e os paparazzi de Sydney fossem ao meu encontro naquele fim de mundo) e ligar de um orelhão para o hotel de Manny e avisar a Josh sobre o que aconteceu.

– Sério mesmo? E a Chloe está bem? – Ele quis saber, claramente preocupado.

– Relaxa, não foi nada sério, apenas um corte superficial. Comprei uma gaze na loja de conveniência e vou improvisar um curativo, mas acho que só podemos voltar pra Brumby amanhã, quando a nevasca passar. – Avisei, olhando para os lados, ainda com medo de que fosse reconhecido.

– Tranquilo, Dyl. A gente aguarda vocês. Vê se descansa, em? – A voz de Josh ficou distante por um segundo, como se ele estivesse se distanciado do aparelho, mas logo voltou ao normal. – Ah, e a Alyssa está perguntando se acharam a bolsa dela.

– Puts, eu nem lembrei disso, mas vou olhar, diz pra ela ficar sossegada. – Dei um suspiro, remoendo todo aquele dia em minha mente, tentando achar o motivo de eu ter me envolvido naquela roubada. – Tchau.

– Falou, meu amigo. – Josh se despediu e eu encerrei a ligação.

Insatisfeito com o desconforto de Chloe no banco de trás, tentei ajeitá-la para que dormisse melhor.

– Com licença, senhor. Você e sua namorada estão com problemas? – o frentista quis saber, curioso pela nossa situação.

Eu baixei o capuz do casaco ainda mais sobre o meu rosto, para que ele não me reconhecesse.

– Não, quer dizer... -- Dizer aquele homem que Chloe era ou não minha namorada não faria a mínima diferença. - Sim, estávamos indo para Brumby, mas a estrada foi interditada. Ela se machucou e queríamos...

– Quer levá-la ao hospital? – Ele quis saber.

– Não! – Meu tom de voz aumentou um pouco, e me insultei mentalmente. Em um hospital eu seria facilmente reconhecido. – Não vai ser necessário, apenas descansarmos um pouco basta.

– Hm. Entendo. Bom, no andar de cima da loja de conveniência há alguns quartos para pernoite. Pode ir até a atendente e pedir um. – O frentista me instruiu, e eu dei um sorriso aliviado.

– Obrigado pela ajuda. – Agradeci com um aceno e pedi mentalmente para que Chloe aguentasse mais alguns instantes, para ter somente o tempo para pedir um quarto.

Chequei mais uma vez se meu rosto estava bem escondido e ouvi o sino tocar quando a porta abri a porta da loja. Uma mulher de meia idade mascava chiclete e lia uma revista atrás do caixa, nem um pouco preocupada em demonstrar pose de funcionária aplicada durante o expediente.

– Boa tarde. – Cocei a garganta, em uma tentativa de modificar até mesmo o timbre de minha voz. A revista que aquela mulher lia era a Versalle, meu rosto estava na capa.

– Boa. – Ela nem mesmo olhou para mim. Confesso que nunca fiquei tão feliz de encontrar uma pessoa antipática em minha vida.

– Eu gostaria de pedir um quarto. – A mulher mascou o chiclete fazendo um barulho alto, tateando o chaveiro atrás dela. Quando seu tato sentiu a primeira chave, ela jogou em minha direção. – Err...

Tateei meu bolso em busca da minha carteira e conferi que não havia dinheiro suficiente para dois quartos. Teria de me contentar apenas com um.

– Teria como ser um quarto com duas camas de solteiro? – A mulher virou a página da revista, em que continha uma foto de Lacey modelando em um blazer negro.

– Só possuímos suítes de casal. – Ela me respondeu, ainda desinteressada. – Isso se chama motel por uma razão.

– ISSO É UM MOTEL? – Se eu estivesse bebendo algo, provavelmente teria cuspido.

– Igreja Messiânica que não é, chuchu. – A atendente ranzinza ironizou, ainda sem levantar o olhar da revista.

Sem escolha, acabei aceitando a chave e pagando adiantado o valor da diária. Levei Chloe em meus braços até o segundo andar da loja de conveniência, esperando o frentista de mais cedo abrir a porta pra mim.

Já dentro da suíte, deixei Chloe, que ainda estava muito gelada, deitada na cama, coberta com dois lençóis grossos. Coloquei uma prensa gelada em sua testa para que a febre passasse, mas antes tratei do seu corte.

Quando todas as precauções tinham sido feitas, deitei na cadeira ao lado da cama e a observei dormindo, no quanto seu semblante era preocupado. Será que ela estava tendo alguma espécie de sonho?

Certificando-me de que Chloe já estava bem para ficar sozinha por alguns instantes, desci as escadas até a loja de conveniência novamente, comprando algumas coisas para comermos, já que provavelmente ela estaria com fome. Nas prateleiras da lojinha, não havia nada mais nutritivo que algumas barras de cereal e uns pacotes de chips. Dessa vez, nem me preocupei muito em esconder o rosto, já que aquela caixa não olhava  no rosto de seus clientes.

– vinte e noventa. – Ela avisou, terminando de empacotar as compras. Dei o dinheiro pedido e ela me entregou o pacote.

Subi as escadas até o andar de cima com as compras em uma mão e o celular na outra, tentando ver se pegava algum sinal, mas não havia nem um tracinho. Não conseguiria me comunicar com meus amigos em Brumby, e muito menos com minha família em Sydney.

– Ótimo. – Resmunguei, guardando o celular no bolso quando parei de frente a porta. Tirei a chave do outro bolso e a abri de forma desengonçada, com a sacola de papelão fazendo barulho quando a bati de encontro ao meu peito para passar naquela porta de pouca largura.

Foi nesse momento que me assustei ao ver que Chloe tinha acordado. Suspirei aliviado ao vê-la, mesmo que ela estivesse um tanto confusa.

– Chloe! Você... – Tentei falar, mas acabei sendo interrompido quando Chloe me... beijou?

A surpresa me fez derrubar a sacola de papelão e ficar paralisado por um segundo. Chloe pediu passagem com seus lábios e eu, mesmo assustado, acabei cedendo, pondo minhas mãos em volta de sua cintura. Ela me beijava com urgência e não demorou muito para que eu também retribuísse na mesma intensidade, mas, depois de um tempo, nossos pulmões (e olha que os meus já não são essas coisas) clamaram por ar e ela se separou de mim.

Com a respiração descompassada, peguei minha bombinha de ar no bolso do casaco e inalei o mais forte que pude, tentando recuperar meu fôlego. Acabei me deixando levar pela emoção do momento, o que foi um erro, já que meus pulmões eram mais fracos e eu não conseguiria recuperar o fôlego facilmente depois de prender o ar por alguns segundos.

Mas valeu totalmente a pena.

Chloe riu ao me ver inalado a bombinha, deixando sua pele pálida um pouco mais corada.

– Desculpe. – Ela pediu, em um misto de timidez e confusão.

– N-não tem por quê. – Respondi, ainda um pouco surpreso pela atitude dela. – Você ficou feliz em me ver, normal. – Menti para mim mesmo, já que eu não saía beijando todo mundo que não via com frequência. Muito menos os que eu via.

– Não é por isso. Do beijo eu não me arrependo. – Mesmo que seu rosto tenha ficado da cor de seus cabelos, Chloe não tirou o seu olhar do meu. – Eu queria te pedir desculpas por aquela briga, eu jamais devia ter dito aquilo... Sinto muito, Dylan. Consegue me perdoar?

– Tudo bem... – Cocei a nuca. – No calor do momento, eu também falei umas merdas... Me perdoa também. – Pedi, ainda sem jeito por tudo aquilo. - Mas não é hora pra isso, Chlô. Você precisa descansar. 

Caminhei até onde as compras estavam caídas e as coloquei na mesa pequena que havia encostada à parede.

– Eu... te achei no meio da neve e te trouxe pra cá. A nevasca interditou a estrada e não deu pra voltarmos para Brumby, então paguei um quarto nesse andar de cima daquele posto de gasolina que passamos na ida. – Expliquei, com vergonha de dizer que era um motel. Percebi Chloe com o pensamento longe. – Tudo bem, Chloe? – Ela não me respondeu. – Chloe?

Só aí ela pareceu despertar de seu transe.

– Ah, sim... Eu tô bem. – Ela deu um sorriso de lado. – Só estou um pouco tensa com um sonho que tive. Sei lá... Pode ter sido um sonho, mas pareceu tão real... – Chloe apertou a colcha da cama em suas mãos. – Foi tão triste e ao mesmo tempo tão assustador que eu...

Ela olhou para mim com os olhos um pouco marejados, e sem aviso prévio, me abraçou. Ainda sem entender esse comportamento estranho por parte da ruiva, fiquei paralisado por um segundo antes de envolvê-la em meus braços também.

– Eu fiquei com tanto medo de te perder... Tanto medo... – Apertei-a mais forte contra meu peito e deduzi que, seja lá o que ela tenha sonhado, eu claramente não estava muito bem no sonho.

– Calma... A gente pode ter se separado, mas isso não vai acontecer de novo... – Eu desfiz o abraço aos poucos, olhando fundo em seus olhos cor de mel. – Você não vai mais me perder, ok?

Era complicado para uma pessoa em minhas condições fazer uma promessa daquela importância. Eu jamais havia prometido aquilo a ninguém;nem a Devon;nem a Lyn; nem a Nathan, pois se tinha uma coisa que aquele embuste do meu pai havia me ensinado de bom era que eu não prometesse algo que eu não tinha certeza que iria conseguir cumprir.

Dia após dia, hora após hora, é como se meus pulmões ficassem mais fracos, mais sensíveis, e o oxigênio chegasse aos meu sangue com cada vez mais dificuldade. No fundo, eu sabia que não iria durar muito tempo. Eu havia resistido por dezoito longos anos, e já estava atingindo o meu limite.

Mas olhar nos olhos de Chloe, sentir seu toque, a sua presença, o seu carinho, conseguia recuperar minhas energias. Ela era como se fosse meu oxigênio, que me fazia respirar fundo e lutar para viver mais um pouco. Tinha sido assim na minha infância, e estava sendo assim agora.

– Então... Que sonho foi esse? – Perguntei, para quebrar aquele silêncio constrangedor.

Chloe me contou detalhes por detalhes de sua visão. Kimberly de fada, Nathan marginal, Harriet submissa, Josh maluco, gêmeos de personalidades destorcidas e de sua overdose, mas percebi que ela não falava sobre mim. Tudo que a ruiva contou a meu respeito foi que eu não estava mais lá, e eu tinha compreendido a mensagem.

– O Griffin fica bem de chapéu de caubói? – Retruquei para quebrar o clima pesado, e Chloe riu e me jogou uma almofada.

– Idiota. – Ela resmungou, querendo rir. – Assim contando, pode parecer engraçado, mas saiba que foi muito assustador!

– Claro que foi, imagina ver o Griffin naquelas calças coladas? A própria visão do inferno. – Brinquei novamente, e dessa vez Chloe não se aguentou e riu também. Observei-a por um segundo, muito provavelmente com um olhar de palerma. – Eu gosto quando você ri.

Ela desviou o rosto, que ficou um pouco corado.

– O-obrigada. – Ela agradeceu, e eu também senti meu rosto esquentar.

Eu levantei da cama e fui até a mesa, tirar as comidas que comprei da sacola para servir, pois já estava escuro lá fora.

– Desculpa não ter achado nada melhor. – Ofereci um saco de batatas chips pra ela, que pegou da minha mão e sussurrou um obrigado baixo. – Peguei a de salsa, lembro que era a sua favorita.

Chloe deu uma risada nasal, girando os olhos.

– E essa sua deve ser a original. Não sei como gosta dessa aí, não tem gosto de nada! – Ela protestou e eu me fingi de insultado.

– A original é a melhor, tá bom? Por isso que se chama ORIGINAL. – Provoquei e Chloe fez um biquinho. – Que foi? Quer ver experimenta! – Tirei uma chips do saco e joguei na bochecha dela.

– Você está morto, Turner! – Ela jogou duas em mim, e antes que pudéssemos perceber estávamos em uma guerra mundial de batatas, e o que era para ser o nosso jantar ficou totalmente espalhado no chão.

Algo me dizia que o faxineiro não iria gostar nada disso.

– Muito bem, e lá se foi o nosso jantar. – Eu disse rindo, deixando meu corpo cair na cama. Chloe se jogou ao meu lado.

– Eu nem queria comer mesmo. – Ela mentiu, dando de ombros.

– Já eu estou puro sal. – Cheirei meu braço, sentindo o odor das batatas. – Preciso de um banho. E depois vamos ter que limpar essa bagunça.

– Vai indo pro seu banho, eu vou começando a limpar. – Ela avisou, e eu fui em passos lentos até o banheiro.

Deixei a porta encostada e tirei as minhas roupas, entrando na água morna, ainda sorrindo. Essa briga de chips com a Chloe tinha me lembrado da nossa infância, e naquele instante, foi como se todas as minhas preocupações tivesse se esvaído. Guardei muitos segredos durante essa minha desastrosa vida e comecei a me questionar se guardá-los era a melhor solução.

Quando terminei o banho, vesti uma blusa e uma calça de lã quente e deixei o vapor de água preso no banheiro escapar quando abri a porta. Chloe estava ainda um pouco distante, olhando para o teto. Caminhei até a mesinha e abri um dos pequenos pacotes de amendoim que tinha comprado, mastigando devagar.

– Dylan. – Chloe me chamou e eu a encarei. – Você confia em mim?

Engoli o que tinha na boca e assenti.

– Que pergunta é essa? Claro que eu confio. – Dei um sorriso de lado. – Eu só retribuo beijos de quem eu confio, sabia?

Pela milésima vez, vi Chloe ficar da cor de seus cabelos, mas quando sua vergonha passou, ela deu um suspiro cansado.

– Kimberly tem razão, já te esconderam muita coisa. É hora de eu te contar a verdade. – Ergui a sobrancelha, sem entender.

– Verdade? Que verdade? – Chloe bateu no lugar ao seu lado na cama e eu fui até lá. – Do que você está falando, Chlô?

Chloe umedeceu os lábios umas três vezes antes de falar. Suas mãos ainda apertavam firma a colcha da cama e seu olhar tentava fugir do meu.

– Lembra, alguns meses atrás, quando a Alyssa e o Griffin fizeram aquela festa e você acabou no hospital pela sua crise de asma? – Eu assenti, não entendendo onde ela queria chegar com tudo isso. – Você fez alguns exames, não fez?

– Fiz sim, mas deu tudo normal. – Respondi, me recordando de que Lyn havia me mostrado. Chloe mordeu o lábio inferior. – Chloe, essa sua cara tá me assustando. O que foi?

Ela relutou um pouco antes de falar, mas meu olhar suplicante foi capaz de derrubar aquelas barreiras que Chloe estava criando.

– Não Dylan, você não está bem. – Pela expressão dela, meu semblante denunciava minha confusão, o que fez Chloe explicar suas palavras. – Quando o Josh acabou no hospital, Harriet ouviu uma conversa estranha entre o seu médico e um homem. Ela conseguiu por as mãos nos exames, e pelo que ela me disse, os resultados eram sérios.

Chloe me contou da empreitada de Harriet por Sydney, sendo perseguida e quase morta por alguns marginais, muito provavelmente pertencentes à gangue dos Escorpiões, os grande traficantes da Austrália. Tudo já estava uma loucura pra mim, até que ela falou a parte de Lyn estar envolvida com eles e mandar Harriet de volta à Porto Rico para que não me contasse nada.

– Harriet pode ser bem desbocada, até a ponto de por a si mesma em risco, mas ela jamais colocaria a família e os amigos na mesma situação. Ela só me contou porque precisava compartilhar com alguém.

Àquela altura, eu já estava de pé, andando de um lado para o outro daquele quarto apertado, ouvindo o barulho do vento de encontro à janela. Lyn envolvida com traficantes? A minha Lyn? A Lyn que sempre esteve lá por mim?

– Isso não faz sentido, Chloe... – Falei, sem saber o que pensar nem como agir. – A Lyn, eu conheço ela, sei que jamais...

– Dylan, eu sei que é difícil, mas a Harriet e a tia Bárbara podem confirmar tudo isso a você. Eu sinto muito. – Ela me olhou com compaixão. – Mas não é só isso.

– O quê? Tem mais? – A ruiva assentiu, com pesar.

Chloe também me contou sobre como ela e Kimberly haviam se unido para achar uma brecha no contrato que dizia que os herdeiros dos Turner e dos Sparks deveriam se unir em matrimônio para fundir as duas empresas. Nessa caçada, Kimberly encontrou vários documentos que descreviam experiências científicas, muito provavelmente em humanos.

– São poucas folhas, acho que não quiseram dizer aos Sparks mais do que o mínimo, mas é bem perceptível que aquela doença descrita nas páginas é a sua, Dylan.

Minha cabeça girava como se eu tivesse passado a noite ingerindo quantidades excessivas de álcool e drogas. Várias lembranças passavam rapidamente em minha memória como um filme, tentando encontrar qualquer coisa que desse procedência aquilo que Chloe me contava.

– Eu pedi ao Eric para investigar a Lyn, já que como ele trabalha na Versalle, seria simples pra ele encontrar algo, e como ele não é muito próximo de você, ela não iria estar com a guarda muito alta, o que seria o caso se pedisse algo como isso para o Nathan, por exemplo. – Chloe contou, sem deixar eu me recuperar do baque da informação anterior, sentindo que quanto mais tempo permanecesse calada, mais difícil seria para eu digerir aquela história toda.

– E ele encontrou alguma coisa? – Quis saber.

– Sim. – Chloe viu minha surpresa. – Mas seja lá o que for, ele ficou com tanto medo que não me contou. Pegou suas malas e vazou de Sydney no primeiro voo. Alyssa não sabe disso ainda. – Ela respirou por um segundo. – Tudo que ele me disse foi que se eu quisesse saber a verdade, deveria procurar uma pessoa.

– Tyler Andrews? – Chloe assentiu.

Agora finalmente, todas as revelações pareciam ter sido contadas. Um silêncio sepulcral se instalou no quarto, enquanto eu tentava processar aquelas palavras. Devon fazia seu máximo para que eu tivesse o mínimo de informações sobre o que tinha acontecido a ele e a esse Tyler, mas tinha certeza de algo: Tyler sabia os podres de todos ao seu redor. 

Ninguém tinha ciência de como ele sabia ou o porque sabia, ele apenas sabia.

– Eu sei que devia ter te contado antes, Dyl. Sinto muito. Mas pensar em você correndo perigo estava acabando comigo. Espero que possa me perdoar. – Ela abaixou a cabeça e eu me ajoelhei de frente à ela, tocando seu rosto e a fazendo me encarar.

– Chloe... – Eu dei um sorriso. – Não preciso perdoar você, muito pelo contrário, preciso te agradecer!

Chloe enxugou umas poucas lágrimas e me fitou com uma expressão confusa.

– Eu te conto essas coisas terríveis e você sorri? Por acaso é masoquista? – A sua pergunta tinha o tom bem sério, e eu tive de rir. – Você pode morrer, seu idiota! E a merda daquele sonho pode se tornar real! – Ela começou a me socar sem força nenhuma enquanto chorava, e aos poucos, a cerquei em um abraço apertado, tendo sua cabeça encostada em meu peito, com a certeza de que Chloe ouvia meus batimentos acelerados.

– Chloe... Obrigado. – Senti ela tremer um pouco no abraço. – Muitas pessoas na minha vida tentaram me proteger de tudo, mas nunca me perguntaram o que eu tinha a dizer sobre isso. Faziam da minha vida o que bem entendiam com a desculpa de ser pela minha segurança, mas não me perguntaram o que eu queria em momento algum. – Afrouxei o abraço, dando chance para Chloe me olhar nos olhos. – Você é a primeira pessoa, e sempre foi, a que me perguntava o que eu queria, se eu estava realmente bem, e agora, a primeira que confia verdadeiramente em mim. – Segurei em sua mão, observando seu olhar surpreso. – Você não precisa fazer isso, Chloe. São meus problemas, eu posso resolvê-los.

– Não. – Ela entrelaçou ainda mais os seus dedos nos meus. – Você não está sozinho, eu estou com você, até o fim. Pra sempre. – Ela me olhou séria. – Mas tem algo que eu sempre quis te falar, mas nunca tive a coragem. Nem mesmo naquela festa da Lacey, que fingi não lembrar de nada para fugir dos meus sentimentos.

Lá fora poderia estar congelando, mas dentro de meu corpo, e  no de Chloe também, nossas emoções estavam nos incendiando.

– Que eu te amo, Dylan. Sempre te amei, desde aquele nosso primeiro olhar no parque, quando te reencontrei aqui, eu sou maluca por você, Dylan Turner! – Ela quase gritou, meio corada e meu sorriso não cabia em mim. – Eu te amo também. Como você disse naquela música que cantou no Karaokê, eu repito, também estou apaixonada pelo meu melhor amigo!

Palavras não foram mais necessárias. Puxei-a pela cintura e selei nossos lábios novamente, com todo desejo que tivemos naquela noite, mas ainda mais fogosos e cheios de saudade. Naquela festa, bêbados e um pouco alterados, não tínhamos noção da carga de sentimentos que estávamos depositando um no outro, e nos escondíamos atrás da embriaguez para não admitir o que sentíamos de verdade.

O beijo de antes, que era calmo e romântico, deu lugar a um desejoso e cheio de luxúria. Minhas mãos passavam por todo o corpo de Chloe, e assim que meus pulmões clamaram por ar, deixei seus lábios e comecei a beijar sua nuca, descendo pelo seu pescoço até seu ombro.

Chloe gemia baixinho, me fazendo ferver ainda mais de excitação, forçando minha cabeça contra seu corpo para que eu não parasse. Com medo de avançar uma linha que não tivesse me sido permitido ultrapassar, olhei para Chloe, ofegante:

– Você tem certeza? – Ela me olhou com suas pupilas dilatadas, completamente tomada pelo desejo. Ela me queria. Tanto quanto eu a queria.

Sem responder, Chloe apenas me puxou para outro beijo, me empurrando em direção à cama, tentando puxar minha camisa para cima.

(A partir daqui, há cenas de sexo explícito. Se não deseja ler, pule esta parte e avance para depois do próximo parênteses).

Tomei as rédeas e a joguei de forma lenta na cama, atacando novamente os seus lábios e descendo pelo seu pescoço, ombros e depois para seu corpo. Com cuidado, desci minhas mãos até a barra da blusa que Chloe usava, a puxando para cima, tendo uma visão de seu sutiã de renda branco. Beijei todo seu corpo e fui descendo, dando dois beijos singelos em cada seio, ainda cobertos pelo sutiã. Tomado pela luxúria,fui dando beijinhos na barriga de Chloe até parar no cós de sua calça jeans pesada.

Fui surpreendido quando Chloe me empurrou e me fez ficar de joelhos na cama, arrancando minha camisa e deixando meu abdomen à mostra. Seus dedos correram por cada gomo do meu tanquinho antes dela me puxar pelo pescoço em outro beijo cheio de luxúria.

Voltei para minha trilha de beijos em seu pescoço, enquanto sentia as unhas de Chloe cravadas em minhas costas. Tirei seu sutiã com cuidado (mas um pouco rápido demais) e por um segundo, fiquei admirando o busto nu de Chloe, com os bicos de seus seios bem eriçados, visivelmente excitados.

Comecei a massagear o seio esquerdo com uma mão e a dar leves lambidas no direito. Chloe tentava segurar o gemido, abraçando-me ainda mais e me arranhando com suas unhas. Fiquei trocando as carícias de um seio para o outro, sentindo meu pênis já ereto dentro da calça grossa de frio.

– Ah... Dylan... – Senti minha excitação apenas aumentar ao escutar Chloe pronunciar meu nome, misturado ao seu gemido de prazer.

Desci meus beijos por sua barriga, deixando um rastro de saliva dos seus seios até o cós de sua calça. Abri o botão e a desci lentamente, tendo a visão de uma calcinha branca de renda já levemente úmida. Um sorriso automático surgiu em meus lábios.

Aproveitando a minha distração, Chloe inverteu as posições e com as mãos trêmulas pelo prazer e pela excitação, desabotoou o botão da minha calça, deixando minha cueca boxe azul escura à mostra, já com um volume considerável.

– Estou fazendo o que milhares de garotas querem fazer. Tirar as calças de Dylan Turner. – Ela sorriu safada e tive de rir.

– Então eu acho bom você aproveitar a chance. – Sussurrei em seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua orelha, a ouvindo gemer baixinho.

Escorreguei a mão para dentro de sua calcinha massageando sua intimidade já mais do que úmida. A ruiva não se controlou de excitação e deu um gemido ainda mais alto que o anterior.

Enquanto meus dedos circundavam seu clitóris, meus lábios voltaram a atacar o meu pescoço , e minhas mãos a apertar seus seios.

– Dy... DYLAN! – Chloe berrou dessa vez, e meu pênis deu uma pontada na cueca.

Quando a joguei na cama, já fui começando a tirar sua calcinha e deixar à mostra sua intimidade depilada, com apenas a marca de que já havia existido pelinhos ruivos ali. Sorri com meus pensamentos pervertidos, no final das contas, o tapeta era da mesma cor da cortina.

Olhei-a nua por um instante. Chloe era linda. Inteiramente linda. E ali, estava completamente a minha mercê. Olhei para seu rosto meio corado e a excitação estampada em seu rosto. Desci meu rosto em direção à sua vagina e enterrei minha língua ali, a vendo morder o lábio inferior para não gemer novamente, o que não deu certo.

Sentir seu gosto só me fazia mais excitado, enquanto lambia com malícia e massageava seu clitóris, vendo Chloe se remexer embaixo de mim. Não havia mais hímen. Sabia que ela já havia tido experiências, mas eu mesmo faria questão de fazê-la esquecer qualquer homem com qual ela já estivera antes de mim.

Dando um gemido alto, Chloe se aproveitou novamente da abertura para ficar por cima. Sua mão correu por dentro da minha cueca e passou a masturbar meu membro devagar, me arrancando alguns suspiros de prazer.

– Você é enorme, Dyl. – Ela sussurrou pra mim, querendo me provocar da mesma maneira que eu havia feito.

Ela não me deu chance de responder, já baixando a minha cueca e deixando minha ereção pulsante a centímetros de seu rosto. Chloe me lançou um olhar malicioso antes de dar algumas lambidas na glande, me fazendo arfar na cama.

Pela excitação, levei meus braços à cabeça de Chloe, a fazendo por o meu pênis todo em sua boca. Suas chupadas eram rápidas e sua língua só deixava aquilo mais delicioso. Eu gemia baixo, e quase me derramei quando vi o olhar de Chloe cravado em mim, enquanto mantinha somente a cabecinha daquele pau em sua boca.

Quando senti que já estava para me desmanchar em sua boca, fiz com que ela parasse os movimentos e troquei nossas posições, tateei o criado-mudo atrás das camisinhas e pensei que, no final das contas, dormir aquela noite em um motel não tinha sido de todo um desastre.

Depois de colocada a camisinha, abri bem as pernas de Chloe e fiz movimentos de tesoura para que ela se sentisse mais confortável.

– Se estiver doendo, pode me avisar, que eu paro no mesmo instante. – Avisei, e Chloe assentiu.

Eu a penetrei devagar, ouvindo Chloe soltar um muxoxo abaixo de mim. Era óbvio que estava incomodando, mas segurei em sua mão e pedi em uma súplica silenciosa para que aguentasse mais um pouco até que eu estivesse totalmente dentro dela.

Fiquei parado por alguns instantes, para Chloe se acostumar com a sensação. Ao vê-la um pouco mais à vontade, passei a me mover lentamente, com medo de machucá-la.

– P-pode ir mais rápido. – Ela pediu, manhosa.

Aumentei um pouco o ritmo das estocadas, e aos poucos, os gemidos de dor se transformaram em gemidos de prazer. Eu sentia a intimidade de Chloe pressionar meu pênis com força em um ritmo quase que hipnotizante. Mesmo estando a maior nevasca lá fora, nossos corpos suavam e meu peito se estufava e se esvaziava de ar.

– Ah... Dylan... – Ela gemeu mais uma vez.

– Chloe... – Gemi seu nome da mesma maneira.

A partir daí, meus pulmões quiseram me trair. O ar foi ficando cada vez mais difícil de ser inspirado e meu ritmo cardíaco disparou, em uma tentativa inútil do meu corpo de oxigenar meu sangue.

Senti vergonha de mim mesmo. Era isso que dava se envolver daquela maneira com um doente. Chloe já deveria estar arrependida. Não tinha fôlego nem para fazer a garota que eu amava ter um orgasmo.

Mas ela deu um sorriso e me fez parar.

– Dylan... Calma... Você não pode fazer muito esforço... – Saí de dentro dela, ainda envergonhado. Meu pênis estava perdendo a ereção, mas bastaram alguns toques de Chloe para que ele ficasse ereto novamente.

Ela me deitou na calma e ficou por cima, segurando meu pênis e o colocando em sua entrada. Em um ritmo lento, ela começou a cavalgar em mim, me arrancando gemidos. A falta de ar deu lugar a um prazer sem precedentes, de uma forma que jamais havia atingido com qualquer garota em meu passado.

Relações sexuais eram complicadas para mim, devido à minha condição física, mas até essa barreira Chloe conseguiu ultrapassar.

– Dylan... Eu vou... – Ela avisou, rebolando sobre a minha cintura.

– Eu também... – Avisei.

Chegamos ao ápice juntos. Chloe caiu ao meu lado ofegante, enquanto eu retirava a camisinha usada do meu pênis e jogava na lixeira.

(A partir daqui, pode retornar à sua leitura)

Ainda nus, nos deitamos na cama e Chloe descansou a cabeça no meu peito. Beijei seus cabelos ruivos e enrolei nossos corpos, olhando sorridente para o teto.

– Eu te amo muito, sabia? – Sussurrei no ouvido dela, que de olhos fechados deu um lindo sorriso.

– Eu também te amo. – Ela respondeu no mesmo tom, me dando um selinho.

Nas várias palestras que havia comparecido para doentes como eu, que poderiam morrer a qualquer momento, sempre ouvi o dizer que termos algo para nos prender aqui, nesse mundo e a essas pessoas, aumentaria nossa força contra as doenças, e dia após dia, conseguiríamos sobreviver.

Minha doença poderia estar me destruindo aos poucos, mas a guerra não estava perdida.

E o que dependesse da minha vontade, já estava garantido.

Porque toda a força e apoio que eu precisava estavam adormecidos logo ao meu lado. 

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