Animal Instinct
Hello Pessoas!
HAHA! Calma! Eu sei que não é quarta, mas hoje é um caso especial!
Hoje, Someone To Save You fez 1k de leituras! Gente! Com menos de um mês de existência! Eu não sei como agradecer a cada um de vocês! Sério! Se consegui isso foi por causa dos meus leitores e leitoras maravilhosas que ajudaram a chegar até aqui! E como agradecimento, mais cedo, aqui está o capítulo ONZE.
Então, se quiser caps assim mais frequentes vai visualizando curtindo e comentando pra chegar logo outro K e ter capítulo novo mais rápido aushuahsuhuahus
Sem mais delongas, boa leitura!
Na capa? Dylan Turner.
Música do Capítulo: Animal (Ke$ha)
This is our last chance
Give me your hands'/
Cause our world is spinning at the speed of light/
The night is fading, heart is racing
/Now, just come and love me like we're gonna die
Quando eu finalmente despertei, senti uma pontada forte em meu braço.
Uma mulher de branco injetava algo em minha veia. Usei a mão livre para tatear meu rosto e senti a máscara de ar tocando minha pele. Meus pulmões inspiraram com menos dificuldade.
A enfermeira levantou o olhar quando me viu erguer a mão. Ela me deu um sorriso cansado e me disse para não falar, deixando o quarto. Minutos depois o médico se apresentou, me mandando fazer uma série de exames por precaução.
– Não se preocupe, doutor. – A voz grave de meu irmão falou. – Iremos obedecer a risca suas implicações.
Foi uma surpresa para mim ver Devon ali. Ele parecia estar chegando de viagem a pouco tempo, com o seu terno amassado e as olheiras em volta dos olhos. Meu irmão não parava de trabalhar para manter o império de meu pai vivo.
Quando o médico saiu do quarto, Devon caminhou lentamente até mim, me dando um de seus sorrisos fracos.
– Como se sente? – Ele me perguntou, pondo a mão na minha testa para ver se eu estava quente.
– Dolorido. – Respondi, sorrindo levemente de canto.
– Fiquei preocupado com você. Quantas vezes já não falei pra não sair sem sua bombinha de asma? – Meu irmão cruzou os braços.
– Eu achei que ela não era mais necessária, mas parece que eu estava errado. – Trinquei os dentes.
Nada aumentava mais o ego de Devon Turner do que dá-lhe razão em qualquer coisa.
– Você precisa descansar. Essa crise deve ter sido uma consequência dessa sua rotina cheia. Vou ligar para a Versalle agora mesmo e desmarcar todos os seus compromissos.
– Mas e minha carreira de modelo, Devon?
– Sua vida vem primeiro. – Ele respondeu de forma grossa, embora soubesse que meu irmão se importava.
Minha relação com Devon é diferente de qualquer outra entre irmãos. Conheço irmãos que se provocam, desafiam e alguns que até se odeiam. A maneira de mostrar pro seu irmão que se importa é estranha. Já para nós, meu mano e eu sempre fomos muito unidos. Com uma mãe doente e um pai irresponsável, Devon teve de assumir o papel de adulto muito cedo. Ele tinha 19 anos quando assumiu a presidência da Turner Corporation e a reergueu das cinzas, como uma fênix, depois que nosso pai quase a afundara em dívidas depois que nossa mãe morreu.
Reginald morava na Inglaterra até hoje, e eu me recuso de toda forma a ter qualquer relação com aquele homem. Devon era mais que meu irmão, já que cuidara de mim como um pai.
– Por quanto tempo eu fiquei inconsciente? – Perguntei a ele, que lia as instruções do médico.
– Uma semana. – Devon respondeu. – Mas não se preocupe, irá para casa em breve. O Médico já desligou a máquina, você está respirando normalmente.
Inspirei o ar e percebi que a máquina não fizera seu bip de sempre. Talvez porque ela estivesse desligada e eu estivesse respirando por conta própria.
– Mas por precaução, dormirá com o aerosol ligado. – Ele me instruiu. – Agora mano, preciso ir. Tenho uma reunião com a bruxa hoje.
Bruxa era o termo que Devon encontrara para designar sua principal sócia, a magnata Phoebe Moretz. Ela e meu irmão já haviam namorado na adolescência, e terem se reencontrado em uma relação profissional tempos depois assustou a princípio. Phoebe era uma mulher ardilosa que sabia como arrancar cada centavo de alguém, e assim fortalecer ainda mais sua rede de empresas que eram espelhadas pelo mundo todo.
Devon fungou, como fazia quando estava nervoso. Lyn dizia que aquilo era a principal característica que denunciava o estado emocional do meu irmão, já que ele nunca deixava transparecer por expressões. Ele é o tipo de pessoa que guarda todas as frustrações para si, em uma tentativa de poupar aqueles ao seu redor, causando o dobro de dor a si próprio.
Aquelas reuniões estavam ficando cada vez mais frequentes e percebia meu irmão cada vez mais incomodado. Os acionistas australianos fariam de tudo para que Devon cometesse um deslize, e assim, por as mãos na Turner Corporation. Um passo em falso, uma assinatura em um lugar errado e talvez todo o império construído por nossa família fosse por água a baixo, como quase fora quando nossa mãe morreu.
Se Devon não tivesse reerguido a empresa, nosso pai ia colocá-la abaixo.
– Está preocupado? – Perguntei a ele, tentando deixar evidente de que o conhecia e sabia quando algo o incomodava.
– Nada, é apenas outra reunião idiota. – Percebi que ele tentava se esquivar da pergunta. – Descanse.
Ele bagunçou meus cabelos, como amava fazer quando eu era criança.
Assim que Devon deixou o quarto, mil ideias e pensamentos cruzavam minha mente.
Algo o estava fazendo perder a cabeça.
E eu iria descobrir o que era.
***
Se passou quatro dias até que finalmente fosse liberado para voltar pra casa.
Nathan abriu a porta do apartamento com as costas, empurrando a cadeira de rodas para dentro da cobertura. Algo estranho. Lyn não estava em casa.
– A Lyn está na Versalle, e a Maisie saiu pra dar o banho de sol na Emeraude. – Nathan avisou, pensando em como faria para subir aquela escada comigo naquela cadeira de rodas.
– Meu irmão?
Ele deu de ombros.
– Viajando ainda. Devon me disse que tinha assuntos inacabados em Joanesburgo. Reuniões com filiais ou algo assim.
– Temos filiais na África do Sul?
– E no Egito. Ele viaja pro Cairo amanhã. – Nathan colocou a mão no queixo. – Como diabos vamos te subir até lá?
– E a Lyn? Ela tá de boa com isso tudo? – Fiz outra pergunta, ignorando a que ele me fizera.
– Sabe como ela é. Lyn concorda, mesmo não parecendo nada a favor. Acho que ela nem se importa mais. Devon viaja mais do que para em casa.
– Queria ajudá-lo. Devon não deveria carregar todo o peso da empresa nas costas. Eu sou o irmão caçula, deveria participar ativamente da empresa. – Cerrei os punhos.
– Dylan, sua saúde é muito fraca e você sabe disso. – That fez questão de me lembrar. – Quer saber de uma coisa? Vai dormir no sofá até poder subir a escada, porque eu não vou te carregar até lá em cima.
Eu dei de ombros. Tudo bem por mim.
Nathan me acomodou no sofá como uma verdadeira enfermeira, me obrigando a tomar 3 horas de aerosol. Ele ficou no andar de cima alguns instantes, descendo com a blusa florida ridícula que os funcionários do quiosque de Bondi Beach deveriam vestir.
– Tem certeza que não quer que eu fique? Posso abandonar o emprego.
– Não, eu estou bem, já não falei? – Respondi com uma pergunta. – Não quero que você pare nada na sua vida por minha causa, tudo bem?
– Tudo bem, mas Dyl, acho que você precisa saber de uma coisa. – Ele começou. – Lyn quer que você tenha aulas particulares pra sabe, repor a matéria que você perdeu esses dias todos no hospital.
– Ah não, por favor me diz que não vou ter que ouvir suas músicas de seno e cosseno de novo. – Fiz uma careta e ele riu.
– Não. Como você não me leva a sério, pedi ao meu amigo Josh para te dar umas aulas.
– Josh Kellan?
– Sim. Ele virá duas vezes por semana, posso ensinar você nos outros dias. – Eu ia abrir a boca pra falar. – E sem músicas.
Eu suspirei aliviado. Nathan olhou em seu relógio.
– Está na hora de eu ir. Não ouse sair daí, entendeu? - Assenti. – Ótimo. Josh chegará lá pelas três. Maisie já deve ter chegado por esse horário e vai poder abrir a porta. Bom, o serviço me chama. Até mais.
– Falou. – Respondi, acenando para o loiro que bateu a porta e me deixou sozinho com meus pensamentos.
Acho que permaneci umas duas horas ali, deitado no sofá, com a televisão ligada, pensando na vida. Meu irmão, Nathan e Chloe, a empresa. Meu pai.
Não tinha notícias de Reginald havia anos. Devon não fazia muita questão de saber dele, e eu muito menos, mas agora um mal pressentimento fazia meus pelos se eriçarem. Por que estava preocupado com um homem que sempre me odiou?
Para mim, era óbvio que meu nascimento não fora algo planejado para Reginald e Joanne. Minha mãe já tinha realizado a inserção de um DIU em seu útero após Devon nascer, e mesmo assim acabou engravidando. Imagine a alegria de meu pai ao descobrir que além de ter um filho que não queria, o garoto ainda havia nascido com pulmões menores e mais sensíveis? Eu ouvi da própria boca dele, o quão triste e decepcionado ficara ao saber que teve um filho com defeito.
Mandar-me pra longe foi a primeira coisa que Reginald fez assim que minha mãe adoeceu e foi mandada para se tratar na Suíça. Ele queria que Devon permanecesse ao seu lado, mas mesmo assim, meu irmão preferiu ir junto comigo para aquele internato.
Foram inúmeras as tentativas de Reginald para que Devon voltasse. Não era segredo que meu irmão era seu filho favorito e que eu não significava nada. Absolutamente nada.
Devon tinha um amor pelo futebol, assim como Reginald na juventude, o que lhe dava orgulho. Euqnato eu, pelos meus problemas respiratórios, não conseguia jogar uma partida de ping pong.
Eu tinha um amor pelo piano, o que ele achava simplesmente inútil.
Eu tentei entrar para os times das escolas que já frequentei, mas meu fôlego não suportava. Encontrei no exercício aeróbico minha única opção, já que os esportes me cansavam e debilitavam.
Sempre tive essa sensação de que Reginald não me via como um filho. Afinal, o que um garoto com defeito poderia trazer de bom para nossa família? Para a empresa?
Apenas despesas.
Essa foi minha vida durante anos. Eu lutava contra a tristeza, tentando manter um sorriso no meu rosto. Já estava perdendo a felicidade que uma criança deveria ter, até que ela apareceu.
Chloe Madsen era diferente de todas as crianças que já havia conhecido. Para começar, pela coloração de fogo que possuíam seus cabelos. Ela era teimosa, não levava desaforo pra casa, e simplesmente era melhor que todos os meninos juntos no skate. Observava ela de longe no parquinho em que íamos e via que ao contrário de mim, Chloe não se dava ao trabalho de fingir que tudo estava bem.
Ela era verdadeira, enquanto eu insistia em me rodear de mentiras.
Eu sorria, mas meu sorriso não era verdadeiro. Dizia para Devon que estava tudo bem quando não dormia a noite pela falta de ar. Segurava a mão dos meus professores do maternal e garantia que não estava triste por meu pai não aparecer na peça da escola. Fingia uma animação fora do comum, mesmo vendo todas as outras crianças abraçando suas mães na saída da aula, enquanto eu estava ali. Sozinho.
Quando Chloe apareceu, pela primeira vez, eu não me sentia mais sozinho. Eu tinha um motivo para acordar todo dia, aguentar toda aquela rotina exaustiva de um Turner, pois sabia que havia uma ruiva maluca me esperando.
Ela gostava de mim. Não pelo meu sobrenome. Não pelo meu dinheiro.
Chloe gostava de mim por mim.
Ter de me separar dela na infância foi a coisa mais difícil do mundo, mas jurei a mim mesmo jamais esquecê-la. Nossa despedida fora rápida e artificial, e ela deveria me odiar por aquilo, mas se permanecesse mais tempo, talvez não tivesse conseguido ir embora.
Mas como o destino tem um senso de humor obscuro, tantos anos depois, Chloe estava de volta. E não apenas isso, meu melhor amigo está apaixonado por ela.
Eu devia seriamente pensar em arranjar um psicólogo.
***
Quando a campainha tocou, despertei de um sono bom em que estava. Vi a figura baixinha de Maisie abrir a porta, e um rapaz de cabelos negros sorrir pra ela e agradecer o gesto. Ele usava um gorro (muito parecido com os que Harriet usava), e seus olhos azuis reluziam no reflexo do vidro.
Aquele era Josh Kellan, um dos garotos da minha escola. Ele e Nathan eram muito amigos, principalmente por ambos trabalharem no audiovisual. Josh era um garoto do interior, vivendo na cidade grande com os tios, Curtis e Galliana, os simpáticos donos da pet shop aqui perto.
Algumas vezes, lembro de o ver na Versalle, ajudando Harriet a montar o cenário. Eu percebia um certo interesse por parte dela nele, mas Josh não percebia. Ele era muito inteligente, mas um pouco lerdo. Tá bem, muito lerdo.
– E aí, Dylan, se sente melhor? – Josh me perguntou, puxando uma cadeira da mesa de jantar e a pondo de frente a mim.
– Oi Josh, pelo menos ainda estou vivo né. – Eu respondi e ele sorriu.
– É o que importa. – Josh respondeu. – Mas e aí, pelo quê quer começar?
– Não sei, tudo é chato. – Dei de ombros, meio desinteressado.
– Biologia então. – Ele retirou o livro de Zoologia da mochila, folheando-o por um instante e abrindo na página que procurava. – O Fascinante Mundo dos Anfíbios.
– Não consigo controlar minha animação. – Acabei dando um bocejo.
– Vamos lá, o Nathan disse que Zoologia é sua matéria favorita. – Josh contou.
– Quando estudo algo legal, não rãs. – Eu girei os olhos, entediado. – Podemos estudar algum filo menos... Chato?
– Poríferos? – Eu cruzei os braços e ele deu uma risada divertida. – Tudo bem, vamos começar pelos mamíferos.
Josh começou a me dar aula e aos poucos, comecei a prestar atenção. Estava mais acostumado a Nathan e sua paciência extrema comigo, mas era notável que Josh exigia muito mais de mim. Não viramos a folha até que eu dissesse todos os grupos pertencentes aos ruminantes.
– Muito bem. Última pergunta. Qual a classificação do bisão? – Josh perguntou.
– Tylopoda. – Respondi com facilidade e ele sorriu de canto, me passando o livro.
– Perfeito. Mandou muito bem. Agora, resolve aí esses exercícios do final da folha, pra gente conseguir passar pra outra matéria. – Ele pediu, e pela primeira vez, eu parecia animado em estudar.
Enquanto resolvia as questões, Josh batia freneticamente os pés no carpete. Já estava julgando itens verdadeiros ou falsos quando ele falou:
– Hey, Dylan.
– hum? – Eu respondi sem olhá-lo, já que estava entretido nos exercícios.
– Você é amigo da Alyssa Anderson?
Eu estranhei a pergunta. Virei-me para Josh.
– Sim. Por quê?
Ele retirou o gorro da cabeça e começou a brincar com a lã. Seus dedos se entrelaçavam uns nos outros, e seus pés continuavam a fazer um barulho irritante no chão.
– Bom, é que eu queria saber se você... Por algum acaso, tinha chance de você me apresentar pra ela?
Eu abri um sorriso malicioso.
– Ah, claro que sim. Por quê não?
Josh ficou levemente vermelho.
– Não é nada disso que você está pensando! É que ela estava querendo comprar um filhotinho lá na pet shop, e queria ligar pra saber se ela ainda vai querer, tem outro casal interessado também e não posso segurar por muito tempo. – Josh ainda enrolava os dedos, retirando a costura.
– Ei, eu não falei nada. Não tem que me dar satisfação, cara. – Eu voltei a escrever, fingindo pouco interesse. – Ela até falou de você.
– FALOU? – Eu ergui a sobrancelha, segurando um riso divertido. – Quer dizer, ah foi?
– Ela e a Kimberly disseram que foram ao seu pet shop semana passada.
Maisie trouxe um lanche para nós por volta das quatro. Josh era uma boa companhia, e sua insistência em dizer que não possuía nenhum interesse em Alyssa me divertia, embora me sentisse mal por Harriet.
– Então, que horas o Nathan volta? – Ele me perguntou, adorando o suco que Maisie preparara.
– Ah, já deve estar voltando. – Respondi, dando uma mordida no meu sanduíche de alface e queijo gorgonzola.
– Ele não para de falar sobre a novata, sabe? A tal Chloe. – Josh acabou soltando, e eu prestei atenção. – Nathan parece gostar muito dela. Já conheceu?
– Nós já nos falamos assim. – Respondi, meio incomodado.
– Ela é a novidade das fofocas do colégio. Aquela baboseira de top 5.
– Ninguém sabe quem fez esse ranking ou atualiza o site?
Aquele era um mistério para todos. A garota que atualizava e postava notícias sobre todo o colégio era um mistério, e todos a chamavam de Vermonier. A palavra dela era a lei e tudo que ela escrevia, todos deveriam obedecer. Acho que Kimberly e eu devíamos nossa popularidade a ela.
– Vermonier é uma hacker excepcional, sabe disso. – Josh respondeu. – E ao que parece, ela também está com um interesse na novata.
– Como assim?
Josh puxou seu laptop da mochila e acessou o site da Vermonier, clicando na primeira notícia a qual havia uma foto de Chloe distraída, ouvindo música e caminhando pelos corredores.
Chloe Madsen.
Nova aluna ou velha chupa fama?
Não é segredo para ninguém, meus leitores, que os corredores de nosso palácio Vermont têm carne nova. Ela é ruiva de estatura média e possui lindas sardas no rosto. Um anjinho não é? Talvez não.
Em uma dia de escola, Chloe, como é chamada a nova ruiva da parada, abalou as estruturas do ensino médio. No primeiro dia, já foi vista com o príncipe Nathan, acreditam vadias? A novata fisgou o loirinho mais fofo do colégio. E não acaba por aí, a garota audaciosa também abordou o nosso bad boy Griffin nos corredores, ameaçando e ordenando. Fontes super seguras me dizem que ela é a nova meia irmã dos nossos Trouble Twins, e quis chegar chegando armando uma festa para não nos esquecermos dela tão cedo.
E a ambição da nossa Chlô não para por aí em! Boatos correm pelos corredores dizendo que a ruivinha desafiou a Queen K no mesmo dia! Roubando o lugar dela e ainda recebendo o apoio do nosso King D! Será que o relacionamento perfeito de Kim e Dydy estaria ameaçado?
Estaria outra candidata no páreo para rainha Turner?
Isso vocês têm que me acompanhar para descobrir.
Até vadias e vadios.
Por que vocês sabem que segredos eu não vou esconder,
Beijinhos, Vermonier.
– Essa garota vê muito Gossip Girl. – Eu girei os olhos, entregando o laptop de volta a ele.
– A questão é, ela tá certa Dylan? Qual esse seu lance com a tal Chloe?
– Éramos amigos quando mais novos. Só isso.
– A Vermonier gravou você defendendo ela da Kimberly. Toda a escola está comentando.
– Não temos nada. Eu só defendi a garota.
Josh deu de ombros.
– Se você diz.
Depois de mais algumas horas de estudo, Josh se despediu, dizendo que voltaria depois de amanhã. Joguei-me sobre o sofá novamente e mexi em meu celular, olhando mais sobre o que Vermonier tinha a dizer sobre Chloe.
Quando a campainha tocou novamente, não me dei ao trabalho de me importar em atender. Maisie abriu a porta e permaneci ali, concentrado em minhas pesquisas.
– Por que está vendo fotos minhas? – Tomei o maior susto da minha vida. Chloe estava atrás de mim, segurando um bolo.
– Chloe! Oi! – Ela fechou a cara.
– Dylan, não me enrola. Por que diabos você está vendo fotos minhas?
– Err... Nada. Eu juro. É o site da escola e você apareceu aqui. – Ela tomou o celular da minha mão, me obrigando a segurar o bolo.
– É bolo de baunilha? – Senti o cheiro e meu estômago roncou. – É meu bolo favorito, não como há anos. – Eu sorri para Chloe que ficara sem graça. – Você que fez?
Ela assentiu, em uma mistura de nervosismo e raiva por ver a si mesma comentada daquela forma em um site de fofocas.
– Quem é essa vagabunda? – Chloe perguntou de forma tão engraçada que eu ri.
– É a Vermonier, criadora do top 5. Rainha das fofocas da escola. Ninguém sabe quem ela é. – Eu respondi e Chloe ficou pensativa.
A ruiva se sentou ao meu lado no sofá, para ler melhor a informação no celular.
– Ela está insinuando que você... Nós...? – Eu assenti, meio sem graça. Chloe se sentiu insultada. – Isso é uma mentira! Eu nunca dei em cima de ninguém.
– Não interessa pra Vermonier. Ela só quer a fofoca. Se é verdade ou não, qual a diferença? – Eu perguntei retoricamente. – Por isso odeio aquela escola. Sou sempre alvo dessas notícias falsas e ridículas.
– Quer saber? – Ela me tomou o celular. – Por quê olhar isso não é? Vamos fazer outra coisa, pra você melhorar! Lembra o que a gente fazia quando acabava um dia estressante?
– Tomava sorvete? – Perguntei, vasculhando minha mente para lembrar.
– Isso também, mas eu quis dizer outra coisa. – Ela esclareceu.
Foi quando algo me veio a mente, mas não poderia ser aquilo. Eu não ia a um fazia... Anos.
Mas eu não devia ter duvidado. Quando o assunto era Chloe Madsen, nada era impossível.
***
Toronga Zoo era o zoológico mais visitado de toda a Austrália.
Lembro o quanto amava ir ao London Zoo quando mais novo. Observar os leões a espreita, rir dos elefantes, tomar um banho por ficar muito perto dos golfinhos e alimentar as dóceis girafas. Porém, comparado ao Toronga, o zoológico de Londres não era muito melhor que o pet shop dos tios de Josh.
Devido ao clima mais quente e a vegetação mais fechada, Sydney tornava-se o ambiente perfeito para servir de lar para mais de mil espécies. Famílias de todas as partes do país e do mundo cruzavam esses portões dia após dia, tudo para contemplar um pedaço da natureza selvagem em meio ao ambiente urbano.
– Caramba, dá pra ver as girafas daqui! – Eu apontei para uma enorme que se alimentava de folhas de uma árvore alta. – Nem entramos ainda e já vemos animais!
Chloe riu com minha animação.
– Então que tal vermos de perto? – Eu assenti, a puxando pela mão, animado para entrar e contemplar outros animais.
Depois de comprarmos nossos bilhetes, passamos a caminhar e reconhecer o local. Além da ponte metálica de Sydney, não conhecia direito nenhum dos pontos atrativos da cidade. Muitas sessões de fotos e afazeres durante a tarde, mas agora, com uma folga inesperada e muito bem-vinda, estava disposto a dar uma de turista e conhecê-los um por um.
– Dylan, olha os elefantes! – Chloe apontou para a jaula mais próxima e lá estavam os grandes mamíferos, exibindo suas longas trombas enquanto sugavam a maior quantidade de água que conseguiam da pequena nascente de água.
A multidão estava se aglomerando cada vez mais para ver o show da natureza que acontecia diante de nossos olhos.
Por que não tínhamos o costume de observar as mínimas coisas se são nelas que há a verdadeira beleza do mundo?
Com algumas crianças histéricas querendo passar para ver melhor e mães nervosas atrás de seus filhos, tive de ficar atento para não perder Chloe no meio da aglomeração. Sem pensar e ainda observando os elefantes, segurei sua mão e a puxei para mais perto de mim. Ela se impressionou com o gesto e ficou um pouco sem graça, mas logo se animou novamente quando gritei:
– Chloe, olha! – Apontei novamente para os elefantes.
Com o sol querendo se por no céu, os elefantes bramiram uma melodia com suas trombas. As ergueram o mais alto que conseguiram e emitiram aquele som lindo e característico de sua espécie. Chloe olhou para mim maravilhada, observando-os correr ainda bramindo em pura alegria, deixando todos os visitantes maravilhados.
Apertei sua mão contra a minha, enquanto contemplávamos aquela verdadeira dádiva da natureza.
Depois de ver os elefantes, passamos pelas onças, leões, baleias, tubarões, girafas e rinocerontes. Cruzamos uma trilha na mata densa para observar um coala e Chloe não sabia que eles fediam um pouco. Quase morri de rir quando um deles jogou uma fruta e quase a atingiu.
– Está rindo do quê? – Ela disse, retirando uma fruta caída do chão. – Em?
– De você. – Respondi, rindo ainda mais.
– Ah, você vai ver, garoto famoso. – Ela saiu correndo atrás de mim com um kiwi enorme nas mãos, enquanto todos pensavam que éramos loucos.
Passei na sorveteria e comprei dois sorvetes de casquinha, uma simpática velhinha vendia os mais variados sabores, agradecendo com um sorriso a seus compradores, Caminhei ao lado de Chloe até ela, que fez sinal para que escolhêssemos nosso sabor.
– Baunilha. – Nós dois dissemos em uníssono, como uma lembrança do sabor que sempre pedíamos quando crianças.
Eu me virei para a simpática vendedora.
– Duas de baunilha, por favor. – Ela assentiu, servindo-nos em uma quantidade generosa. Paguei-a com o valor pedido e recebi as duas casquinhas.
– Aqui está jovenzinho. – Agradeci, entregando o de Chloe. – E se me permite dizer, os dois formam um lindo casal.
Eu e Chloe nos entreolhamos sem graça e percebi que ela ficou da cor de seus cabelos.
– Não, somos só amigos! – Ela respondeu de imediato, e eu assenti, concordando.
– Jura? Perdoem-me, mas se me permitem dizer, é especial o modo como os dois se olham. – Eu fiquei completamente sem graça ao ouvir aquela resposta. – Bom, estou indo para perto das lontras. Aproveitem o dia.
Após jogar essa bomba no ar, ela saiu empurrando seu carrinho de sorvete, deixando-nos sozinhos com nossos sorvetes de baunilha e o ar constrangedor no ar.
– Err... Simpática ela. – Falei para tirar a tensão do ar. Não que tenha adiantado muito.
– S-sim. – Chloe respondeu, pondo uma de suas mechas ruivas atrás da orelha.
– Vamos olhar o que tem mais pra lá? – Sugeri e ela assentiu, um pouco mais animada e recuperada do susto.
Ao final da ala dos ruminantes, havia um espaço destinado a prática de equitação. Cavalos de todos os tamanhos estavam em fila para poderem cavalgar com as crianças. Mais ao lado, havia um pasto com alguns bois e vacas, e alguns instrutores ensinavam as crianças como tirar o leite. Meio novo para um Zoológico, mas todos pareciam estar gostando.
– Vamos andar de cavalo? Eu amo equitação! – Propus e Chloe ficou meio tensa.
– Sério? Eu nunca andei.
Ergui a sobrancelha, abrindo um sorriso malicioso.
– Está com medo, Madsen?
Ela cruzou os braços e juntou as sobrancelhas, como fazia sempre quando estava com raiva.
– Não estou!
– Então, vamos cavalgar ou não? – Ela deu um longo suspiro e então assentiu.
Ela me seguiu temorosa até o caixa, onde um homem careca contava notas de vinte dólares. Ele me viu se aproximar com canto de olho e apontou para o estábulo, onde apenas um puro-sangue marrom comendo um monte de feno.
– Esse é o único disponível. Pegar ou largar. – O careca avisou, nada simpático.
– Ele é vendedor? Ignorante desse jeito? Devia levar um soco na cara. – Eu ri com o comentário de Chloe. – Mas que pena, apenas um, acho que fica pra próxima!
– Pode ir parando aí, mocinha. – Respondi, e a puxei pela mão até o caixa. – Vamos querer, por favor.
O caixa ranzinza me autorizou a ir até o alazão e me preparei para montar, subindo na garupa do cavalo.
– Vai lá! – Chloe se animou para que eu fosse logo e esquecesse dela e do seu medo de andar a cavalo. – Vou estar esperando! Vai na fé amigo!
– Quem disse que eu vou sozinho? – Sorri de forma maldosa e Chloe se assustou.
– Não! Não!
– Sim! – Usei toda a minha força e a puxei Chloe para cima, que para não cair, agarrou a garupa do cavalo com a perna esquerda e abraçou minha cintura.
– Dylan! Me deixa descer! Agora! – A ruiva exigiu, me socando levemente nas costas. Puxei as rédeas do cavalo e gritei:
– Segura!
O Alazão saiu em disparada pela pista e Chloe esperneou atrás de mim, se abraçando as minhas costas com força. Seu toque era quente e seu cheiro era extasiante. Ela estava com os olhos semicerrados com medo de abri-los e ficar ainda com mais medo da situação em que estava.
– Chloe, abre os olhos! – Pedi a ela, tentando fazer com que minha voz superasse o barulho do galope do cavalo. – Está perdendo uma sensação incrível!
– Eu vou cair se abrir. – Eu ri. Chloe sempre foi muito exagerada.
– Vamos lá, eu não deixo você cair. Abre só um pouco.
– Promete que vai me segurar firme? – Ela perguntou mais uma vez.
– Prometo. – Respondi. – Vamos lá! Abre os olhos!
Chloe abriu seus olhos lentamente, sentindo um leve incômodo pela luz por uma fração de segundo. Suas orbes azuis se arregalaram ao ver a velocidade que o cavalo cruzava a pista redonda.
– Isso é incrível! Me sinto tão... Tão livre!
Sentir o vento nos cabelos, os galopes na areia e tudo ao seu redor parecer correr ao seu lado, era uma sensação quase que única.
– Só falta uma coisa pra se sentir ainda mais vivo! Sabe o que é? – Perguntei a ela, que sorria como uma criança.
– O que?
– Gritar! – De maneira metalinguística, gritei a palavra gritar.
Todos nos observavam como se fôssemos malucos, dois jovens gritando em cima de um cavalo, que galopava cada vez mais rápido. Algumas pessoas paravam seu passeio para nos observar, se divertindo junto com a gente ao ver eu e Chloe como dois palhaços berrando.
– Chloe! O Feno ali! Se Segura! – Avisei a ela.
– O quê? Porquê?
Puxei as rédeas com força e o alazão freou, erguendo as patas dianteiras e nos lançando direto no feno, que amorteceu nossa queda. Chloe me olhou enfurecida por um segundo, e do nada, começou a rir.
– O que foi?
– Sua cara, tá cheia de feno! – Ela respondeu, gargalhando.
– A sua tá precisando de um pouco, também! – Agarrei um monte de feno e joguei em Chloe, que começou a rir, e não demorou a iniciarmos uma guerra de feno.
Era como se todos os meus problemas tivessem evaporado. Em poucas horas, eu era uma criança de novo. Não existiam mais problemas, preocupações, asma, fragilidade e insegurança. Existia apenas eu, Chloe e um mundo cheio de maravilhas que precisavam ser desbravadas por nós dois.
Do jeito que era. Da maneira que nunca deveria ter deixado de ser.
Mas havia Nathan. Ele gostava de Chloe e não seria eu a querer tomá-la dele. Estava convencido que Chloe não era uma simples amiga. Ela era e é algo a mais. Porém, Nathan também era. Meu melhor amigo e a'única pessoa que ainda me mantinha são nessa minha vida destruída.
Por mais que eu desejasse permanecer ao lado de Chloe para sempre, jamais seria o responsável por arruinar a alegria e os sonhos do meu melhor amigo.
Eu era capaz de fazer isso com qualquer um, menos com ele.
Ajudei Chloe a se levantar e deixamos o estábulo entre risos e tropeços. Não soube em que altura nossas mãos se uniram novamente em uma corrente firme e rígida, como um casal apaixonado, mas naquele momento, não percebemos. Era como se todos esses anos separados tivessem sumido e estivéssemos juntos todos os dias de nossa vida.
Mas como tudo em minha vida, aquele momento também tinha de sair errado.
Kimberly comia um balde de pipoca na entrada do estábulo. Impressionei-me de vê-la comendo o que ela sempre alegou ser um poço de gorduras e sódio, mas ali estava ela, na fila do caixa, usando um casaco que eu tinha certeza de que não pertencia a ela. Nós a avistamos na metade do caminho, mas ao que parecia, ela já havia nos reconhecido muito antes, pela forma como fuzilava Chloe com os olhos e caminhava em nossa direção.
– O que está acontecendo aqui? Pode me explicar Dylan? – Kimberly, com seu jeito arrogante, veio me interrogar como se eu fosse um criminoso. – E você sua ruiva metida, quantas vezes preciso dizer que ele é meu namorado? Fica longe dele, sua vadia!
– Ei! Não fala assim com ela. – A interrompi, antes que Chloe ficasse mais irritada do que já parecia. – Ela, como uma boa amiga, foi me ver em casa e me trouxe para tomar um ar, mas imagina minha surpresa quando minha namorada não apareceu. – Rebati e Kimberly se calou. – E, por falar nisso, o que faz aqui?
– Não é óbvio, Dylan? Ela veio ver a família! – Chloe apontou pras vacas no pasto. – Vai lá fofa, tão te esperando.
Tive de usar todo o meu autocontrole para não rir.
Kimberly ficou mais vermelha que um tomate, de pura raiva.
– Escuta aqui, sua miserável...
– Não, me escuta você. – Segurei sua mão, protegendo de tentar algo contra Chloe.
Já basta. Eu estava cansado. Kimberly me torrava a paciência. Dane-se o que os Sparks iam pensar dos Turner. O que Devon ia dizer depois. O que importava era: Eu não iria mais aguentar aquela maluca nem por mais um minuto.
– Dydy, não estou gostando do seu tom!
– Problema seu! – Rebati e até Chloe se impressionou. – Estou cansado de você, Kimberly! Eu estava morrendo lá no refeitório e você não moveu um dedo pra me ajudar! Só sabe se aproximar de mim quando quer alguma coisa ou para se exibir pra suas amigas fúteis! Não sou um troféu! Sou uma pessoa! E pra mim chega! Acabou!
– Dydy!
– Para de me chamar assim! Eu odeio esse apelido! Odeio aqueles restaurantes vegetarianos que você me leva! Odeio meu namoro com você.
– Tenho que lembrar que meus pais são...
– Pouco importa! Não namoro seus pais! Namoro você, ou melhor, namorava. Quero uma garota que se importe com alguém além dela mesma, alguém como... – Lutei contra meu instinto para não falar Chloe. – o oposto de você. – A fitei com raiva. – Vamos, Chloe, esse passeio já deu o que tinha de dar.
Apertei firme na mão dela e andamos para longe.
Longe de Kimberly e da grande mentira que foi nossa relação.
E eu tinha de admitir. Estava muito mais leve.
***
Chloe e eu ríamos abrindo a porta da cobertura. Ela contava alguma história sobre Walter e o aspirador de pó, quando percebi que Nathan ainda não havia voltado.
Chegamos a sala de estar e percebi a face retorcida de Lyn. Maisie estava com Emeraude nos braços, ambas parecendo muito assustadas.
Parei de rir no mesmo instante.
A bengala estava apoiada em suas mãos, sobrepostas uma sobre a outra. Sua barba por fazer e seus ternos antigos com cheiro de naftalina eram inconfundíveis. Seus olhos verdes eram a evidência do DNA Turner que corria em suas veias.
Chloe cerrou os olhos, como se tentasse confirmar se seus olhos não estavam a enganando. Eu cerrei os punhos, vendo os lábios daquele homem se contorcendo em um sorriso fraco e sem humor.
– Olá Dylan. – Reginald falou com todo o desdém. – Não vem dar um abraço no seu pai?
Nos próximos capítulos de
Someone To Save You...
– Não adianta se fingir de otário. – Respondi, segura de mim. – Eu vi vocês noite passada, e hoje ela estava usando seu casaco. Sabe o que pode acontecer se alguém descobrir? Se a Vermonier descobrir?
– Eu não estou tendo caso nenhum! E não tenho culpa se você não gosta dela e ficam se xingando no meio do zoológico. – Ele girou os olhos.
– Nunca disse que estive no zoológico. – Apontei para ele.
(...)
– Se liga sua retardada, pra ele pouco importa os outros! A Kimberly, você, o caralho a quatro! Eu conheço o tipo dele! O Turner está te usando sua palhaça! Ele não quer nada com você e não liga pra você! Acorda, sua burra. – Griffin se aproximou de mim e me fitou nos olhos. – E quer saber? Eu também não.
(...)
As explicações e dissertações se iniciaram, e logo a professora Fiersen começou a dar todos os detalhes da obra. Ano e editora de publicação. Frases de efeito. Personagens. Enredo detalhado.
– Muito bem, crianças. – Ela falou. – Amanhã, haverá uma prova oral sobre o livro. Todos vocês devem saber contar a história de Teresa Hawkins para seus colegas de classe. Uma história de reviravoltas e corações partidos. Formem grupos de estudo.
(...)
– Pra mim está óbvio, minha amiga. Você está caidinha por ele. – Harriet deu de ombros, abraçando seu urso de pelúcia.
– Quê? Harriet, eu não estou gostando do Dylan!
Ela deu um sorriso malicioso.
– Eu nunca disse por quem. – Ok. Ela havia me pegado. – Você falou o nome de 3 garotos, poderia estar falando de qualquer um, mas por que logo o Dyl veio na sua cabeça?
(...)
Deixei o livro For Love Alone cair de minha mão e corri o mais depressa que pude.
Griffin estava certo.
Eu era uma tola, e Dylan um grande egoísta.
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