Capítulo 5
— Não tem nem comparação — Severus se amaldiçoou por dizer isso. Não porque o beijo daquela garota fora melhor, e sim porque o beijo de Clarissa foi o melhor beijo da sua vida.
Não tem nem comparação.
Depois desse dia, Clary passou a evitar Severus Snape. Estava magoada com o que ele dissera, e não sabia direito o porquê.
Talvez tivesse a ver com o fato dele dizer que o beijo dela não fora bom o suficiente para nem sequer comparar com o seu primeiro beijo, que deve ter sido há décadas atrás.
Talvez seja, também, porque ela tenha algum sentimento pelo professor mais carrancudo de Hogwarts, mas não sabe ainda qual sentimento é este.
Desejo, talvez.
•♡•♡•♡•
As semanas passaram como num piscar de olhos, e Jay levou Clary para sair algumas vezes.
Após o primeiro encontro deles, ele perguntou se podia beijá-la novamente, o que foi respondido com apenas um balançar de cabeça e um pequeno sorriso dela.
E novamente, o beijo dele não foi tão bom quanto o de Severus.
Clary teve mais alguns encontros com Jay. Mas no final de Novembro, eles estavam nos aposentos dele, e o clima começou a esquentar. Bem, esquentar mais para Jay do que para Clary.
Em meio a um beijo, que para Jay estava sendo ardente e sedento, ele deslizou sua mão da cintura da Clary subindo pelo corpo dela, e inclinou o seu sobre o dela, com o intuito de deitá-la no sofá.
Clary sentiu-se desconfortável com aquilo, então parou tudo, empurrando o peito dele para se afastar e levantou do sofá.
— Eu não consigo mais fazer isso, me desculpe — ela abraçou a si mesma.
— Não consegue mais fazer o quê? — ele estava confuso. — É por que eu forcei a barra um pouco? Desculpe, isso não vai mais acontecer, eu juro.
— Não, não é isso. É que eu pensei que sentia algo por você, mas me enganei. Eu não sinto o mesmo que você sente por mim, Jay. Sinto muito por lhe dar falsas esperanças, mas não posso mais mentir pra mim e nem para você — Clary disse isso sem olhar para ele, estava com receio de sua reação.
— Então, você tá me dando o fora?
— É o que parece — ela sussurrou, porém foi o suficiente para ele ouvir.
Clary saiu dos aposentos dele e foi em direção a qualquer lugar do castelo, contando que ela pudesse respirar.
•♡•♡•♡•
Alguns dias depois, Jay passou a evitar Clary. Assim como ela a ele. E isso não passou despercebido por Minerva, a vice-diretora.
— Você e o professor Grey brigaram? — McGonagall perguntou, após muito conversarem amenidades tomando chá em sua sala.
— Am?… Não — disse Clary, após beber um gole de chá. — Nós terminamos. Bem, eu terminei, seja lá o que tínhamos ou estávamos começando a ter.
— Mas por que fez isso, querida? — a professora Minerva ficou chocada com tal resposta. — Você não estava apaixonada por ele, desde que começaram a lecionar aqui?
— Eu pensei que estava apaixonado por ele. Ah, Minerva, eu nunca havia namorado antes. E o Jay foi o primeiro homem que me cortejou, e isso mexeu comigo. No máximo, eu tinha uma pequena atração por ele. Sabe? Aquele tipo de paixonite adolescente que dura pouco tempo.
— Mas, aconteceu alguma coisa para que essa paixonite sumisse tão rápido assim quanto surgira? Me diga, o que houve?
Minerva não é tola, ela já entendeu o que aconteceu — pensou Clary.
— Eu já expliquei — ela murmurou, com a boca perto da xícara abafando sua resposta.
— Tem outro alguém nessa história? — Clary deu uma leve engasgada com o chá e McGonagall constatou sua hipótese. — Me diga, quem é?
— Não tem ninguém — Clary disse em meio a tosse. — Minerva, eu juro.
— Clarissa Siqueira Alves, eu sou professora há mais tempo que você, e sou casada há mais de 50 anos, sei muito bem quando alguém está mentindo para mim.
Clary, ainda de olhos arregalados, baixou os ombros desistente.
— É, tem outro homem sim.
Desde que Snape a ensinara a beijar, Clary não tem mais conseguido parar de pensar nele. Ela admitia que achava o professor bonito, elegante e sedutor. Mas desde aquela noite, ela tem reparado cada vez mais nele.
— Quem?
— Eu não vou dizer, me desculpe — Clary colocou sua xícara sobre a mesinha. — Não sei nem se ele sente o mesmo por mim.
— Nunca vai saber se não se arriscar — Minerva também colocou sua xícara sobre a mesinha.
A vice-diretora segurou as mãos da jovem nas suas.
— No jogo do amor, só quem ganha é quem se arrisca. Eu não estaria casada até hoje se não tivesse me arriscado.
— Espero um dia estar em um casamento parecido com o teu. Um casamento cheio de amor e respeito.
— E você vai, minha querida — Minerva disse, fazendo carinho no rosto da jovem.
Aqui a Minerva tá casada, seu marido tá vivíssimo da silva ❣️
Oukay, até outro dia então 🤭❣️✨
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