Cap. 9

Não prometo dias exatos de postagem, mas vou me esforçar a pelo menos um por semana ;)

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Saíram do bar rindo e Marcos a deixou na porta de casa não sem antes pedir outro beijo, quando entrou Ana viu Luciano no sofá com sua caixinha de musica na mão ouvindo aquela melodia triste

- Luciano, o que aconteceu?

- Eu é que pergunto, o que aconteceu entre vocês dois? – Perguntou se levantando do sofá e elevando a voz para quase um grito

- Hey, para sua informação sou maior de idade e vacinada, mas já que faz tanta questão, fomos ao barzinho perto da clínica conversamos, nos beijamos e vim pra casa, satisfeito? – Nisso ela ouviu um estrondo, sua pequena caixinha de música sendo derrubada no chão espatifando-se em vários pedaços – Luciano! Pq você fez isso? Era uma das poucas coisas que tinha da minha mãe – diz aos prantos enquanto corre na direção da caixinha

- Me desculpe Ana, não derrubei por querer, fiquei sem ação quando me disse que beijou aquele filho da puta, eu mato aquele desgraçado por ter beijado você

- Em primeiro lugar eu beijei ele também, foi consensual, eu gostei e vou repetir você queira ou não, não entendo ele é seu amigo porra, se ele me machucar coisa que não vou deixar acontecer você pode dar uma surra nele, se não fica quietinho aí e me ajuda a consertar isso

- Tudo bem, depois conversamos sobre ele, vamos juntar tudo e ver o que dá pra fazer

- Ok – E pegam as peças que se soltaram e levam a mesa da cozinha para tentar colar ou mesmo fazer um milagre

- Ana, não sou muito bom com essas coisas manuais, me deixe levar pra alguém que entenda e ficará nova por favor

- Tudo bem, mas me prometa que ela voltará inteira

- Prometo – diz isso enquanto coloca as partes em uma sacola para levar embora – espera aí, tem um fundo falso aqui na tampa – diz enquanto abre e tira um papel – tem uma carta aqui

- Deixa eu ver – Ana dispara a ler e a chorar – é da minha mãe

Quando termina de ler Ana chora convulsivamente e entrega a carta a Luciano – Leia, acho que é pra você também

'Aninha, filha, se eu não estiver mais com você sinto muito, sei que já estou no fim e que provavelmente já estarei morta, dói muito, eu preferiria ter tido qualquer outra doença mas a aceitei como meu castigo, nunca tive coragem de lhe contar a verdade, e agora estou sendo uma covarde escondendo esta carta e rezando pra que não a encontre, mas eu preciso dizer

Seu pai na verdade não é seu pai biológico, ele era estéril, descobriu isso desde muito novo, nos casamos mesmo assim e eu engravidei, cometi um deslize e engravidei de você, seu pai me perdoou pela traição mas eu nunca tive coragem de dizer com quem tinha sido e ele não me forçou e dediquei minha vida a honrá-lo, ao homem que me aceitou depois do que fiz e principalmente amou a minha filha que ele a tomou como sua, vivemos felizes até que um dia ele descobriu, seu pai Ana era o José Carlos que estava no acidente com seu pai, eles faleceram no dia que seu pai descobriu, acredito que ele tenha ido até a casa do Zeca e o convencido a fazer qualquer coisa, e no caminho talvez tenham brigado ou nãoi, acho que seu pai os matou de propósito, não havia razão para aquele acidente, ficamos sozinhas e o filho do Zeca órfão, por sorte ele já era quase um adulto deve ter superado nunca mais ouvi falar dele, pois então minha filha, saiba que carrego essa culpa até hoje, meu erro causou a morte de dois homens um que amei e o outro que sempre admirei, deixei vocês órfãos, eu é quem merecia ter morrido, mas passei a vida a me arrepender deste erro.

Saiba que tens um irmão biológico, chama-se Luciano, não sei mais nada sobre ele, mas se for bom como seu pai foi vale a pena encontrá-lo, por favor filha não fique sozinha

Me perdoe por nunca ter-lhe contado, Eu te amo

Mamãe.'

- Então isso aqui diz que você é minha irmã – Luciano estava incrédulo

- Sim e pelo visto eu sou a causa de você não ter mais seu pai, me desculpe – Ana não conseguia conter as lágrimas

- Não Ana, eu perdi meu pai pelos erros dele e dos seus pais, você é inocente nessa historia, meu Deus, ganhei uma irmã, não acredito – diz sorrindo

- Acho que quando tudo isso passar aqui dentro – diz apontando pro peito e pra cabeça – eu vou esboçar reação melhor, mas agora estou muito confusa

- Ei, eu to aqui como sempre, e ainda mais agora, vai ter que aguentar um irmão mais velho chato, ciumento e ranzinza

- Dorme comigo hoje irmão? – nossa essa palavra era tão estranha, tinha muita força

- Sempre que precisar irmãzinha – Diz sentindo uma felicidade no peito, agora tudo se encaixava a proteção, o carinho, o ciúmes, irmã, ele não poderia estar mais feliz

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