Oi ois, muitas desculpas pela demora, eu sou uma leitora assídua do wattpad e odeio quando isso acontece, mas eu realmente tive uma trava com a estória e tive medo de não conseguir retomar, já tenho vários capítulos escritos e não vai faltar muito pra eu terminar de escrever, a partir daqui é que vai começar tudo, não quis escrever uma estória com grandes dramas nem nada, afinal todos temos problemas e um passado para sermos assombrados ou não, coloquei algo um pouco dentro da minha realidade, trabalho em um hospital (não sou da área da assistência), e sempre há um caso que comove, somos seres humanos também, com várias exceções coloquei minha personalidade na Ana, e a boca suja é minha também, não se assustem hehe, prometo postar com frequencia, o máximo que conseguir, por favor, leiam, comentem, preciso saber se estou no caminho certo

bjus

.....

3 meses depois

É o dia da inauguração da clínica de Luciano, ele havia deixado o hospital onde Ana havia sido internada pois não aguentava mais ver tantos pacientes necessitando de certos exames, procedimentos ou medicamentos e eles apenas dando paleativos por não ter outra opção, preferiu se arriscar e clinicar em sua especialização neurologia junto com seus amigos, Aramis que era ortopedista, Lucas cardiologista, Emmanuelle uma gineco-obstetra e Marcos um cirurgião plástico. Durante esse tempo Ana cuidou de tudo para ele, não deixava nada faltar em sua casa, nem na clínica, graças a ela era possível essa inauguração, e por esta razão ela não ficou apenas como sua secretária, ela seria uma espécie de gerente das outras que se revesavam para atender a todos os médicos.

Na semana anterior Ana havia lhe dito que se mudaria do apartamento dele pois havia vendido sua casinha e comprado um pequeno apartamento próximo a clínica, apesar de querer a sua companhia ele compreendeu que ela precisava desse espaço mas fez questão de conhecer o lugar e ajudá-la na mudança.

Durante todo o dia houve movimentação na clínica, alguns atendimentos e principalmente visitas de colegas que tomaram todo o tempo de Luciano, porém ele sentiu falta de Ana e resolveu perguntar para uma das secretárias

- A Ana não veio hoje dr. Luciano

- Ela deixou algum recado com alguém?

- Não, eu tentei falar no celular dela, mas ninguém atende

- Ok, obrigado, já estou de saída

E assim ele saiu correndo em direção ao apartamento dela, só poderia ter acontecido alguma coisa, ele ficou se culpando se havia alguma sequela do coma que ele não percebeu e ela poderia estar passando mal, várias coisas passaram por sua cabeça enquanto fazia o trajeto. Ao chegar à porta do apartamento dela estava tudo escuro e não se ouvia nada, tentou ligar no celular dela e este começou a tocar do interior do apartamento caindo em caixa postal, só podia significar que ela estava em casa, ficou tocando a campainha por alguns minutos até que ouviu um barulho vindo de dentro que parecia um choro contido, num ato de desespero ele arrombou a porta a encontrando encolhida no chão com a cabeça entre as pernas soluçando.

- Ana, o que aconteceu? – ela olhou em sua direção mas era como se não houvesse nada ali, estava em choque – Ana pelo amor de Deus fala comigo

- Luciano – o abraçou e começou a chorar

- Calma, tá tudo bem, estou aqui, se acalme

- Eu vi Luciano, eu vi ele

- Ele quem Ana?

- O cara que tentou me estuprar – Luciano sentiu seu corpo tenso na hora – eu estava indo trabalhar e entrei na padaria, ele estava lá, não me viu, saí correndo e me tranquei aqui

- A polícia até hoje não pegou esse filho da mãe, mas você não precisa ter medo, eu vou vir te buscar e trazer todos os dias até que se sinta segura novamente

- Não precisa, eu já estou melhor com você aqui, só te peço que não se importe de eu ter faltado hoje, quando eu vi aquele homem me lembrei de tudo o que me disse naquela noite, nas agressões, em como ele quase me matou

- Shii, já passou, vem comigo – levantou-se e a levou para a cama, deitou-se ao seu lado e ficou fazendo carinho até que ela adormecesse – meu anjo, eu não vou deixar que nada aconteça a você, durma bem – deu um beijo em seus cabelos e dormiu ao seu lado.