Eu estava morrendo de ansiedade por dentro. Finalmente depois de tanto tempo, eu iria ver o meu melhor amigo e Jennypher, a garota que eu considerava como irmã.

Após um interminável tempo esperando, ouvi a campainha tocar, e tropeçando em meus próprios pés, corri para atender a porta.

O meu sorriso foi de orelha a orelha ao vê-los, Johnny estava tão radiante quanto eu me lembrava, seus cabelos castanhos estavam até os ombros, ele usava uma camisa de alguma banda que não sei o nome, sua calça jeans surrada, os anéis de sempre em seus dedos e tinha mais tatuagens do que me lembrava, deixando-o ainda mais gato do que antes.

Ele foi o primeiro ao qual abracei e seus braços me envolveram com tanta força, que por um momento senti que fosse quebrar meus ossos em pedacinhos, mas eu não iria me afastar dele.

Deixa que doa, deixa que me envolva com intensidade.

— Johnny! — Disse em seu ouvido, ainda agarrada a ele.

— Savvy! — Respondeu-me com um sotaque de Jack Sparrow e eu sorri, com o rosto enfiado em seu pescoço.

Aquele era o apelido que ele tinha me dado e anos mais tarde, acabou sendo algo que um de seus personagens falava com frequência.

Ele havia dito que o diretor permitiu que usasse, era em minha homenagem.

Meu coração sempre batia mais forte ao me lembrar desse fato.

— Vaca! — Berrou Jennypher, fazendo com que eu me soltasse de Johnny relutantemente. Andei em direção a ela, abraçando-a.

 Em seguida, apenas acenei para Marilyn, o amigo esquisito de Depp que aprendi a suportar.

— Como foi trabalhar com seu pai? — Perguntou Johnny, assim que nos sentamos na sala e nos servimos com a primeira rodada de uísque.

— Com ele não. — Falei sorrindo e virando o copo. — Por ele, o velho estava doente, então eu, tive que tomar a frente de tudo.

— Minha amiga é poderosa! — Disse Jenny, rindo alto.

Havia tempos que não nos divertimos tanto. Entre gargalhadas e doses de uísque, eu observava o novo casal que estava se formando, Jennypher e Marilyn.

Era estranho ver como os dois estão  se dando bem, apesar de suas diferenças extremamente visíveis. Marilyn é um cantor de rock, seu estilo é tão estranho quanto ele e Jennypher, é uma garota livre, seu estilo é meigo e provocante ao mesmo tempo, ela está sempre vestida marvailhosamente bem.

Desviei os olhos dos dois, ao sentir que Johnny estava me observando.

— Então, quando isso aconteceu? — Perguntei referente aos nossos amigos, olhando-os nos olhos.

— Sabe que não faço ideia? — Nós dois caímos na gargalhada e o som da risada dele era muito gostosa de ouvir.

Alguma coisa em mim, de fato, havia acendido ao ver Johnny novamente. Eu me sinto mais feliz desde que o vi cruzar aquela porta.

Depois de todos esses anos compartilhando uma linda amizade, estaria eu, apaixonada por ele?

— Então, que filmes você trouxe? — Perguntei ao Johnny.

— Então... — Disse, inclinando-se para a mesa de centro e retirando da sacola plástica dois filmes clássicos de terror. — Temos aqui "A Casa de Cera" e "Dia dos Namorados Macabros".

— Ficaremos com Jensen Ackles e seu moicano rebelde! — Exclamou minha amiga, correndo até nos e se jogando ao meu lado.

Gargalhei e olhei para Johnny, acenando em direção ao aparelho de DVD, com um sorriso que ele já conhecia e sem precisar dizer nada, meu melhor amigo suspirou, revirando os olhos e colocou o filme para nós.

Ao voltar para sofá, ele me puxou delicadamente para seu peito, onde me acomodei, sentindo o cheiro inconfundível de cigarro e uísque caro que emanava de sua roupa...

Será que estou apaixonada por Johnny Depp?

AQUI ESTÁ COMO PROMETIDO.
POR FAVOR, NÃO DESISTAM DE MIM.
RETORNO QUARTA-FEIRA.