EPÍLOGO
"Vamos, pequena. Não é tão difícil assim. Seu irmão já foi comprado pela mamãe, mas eu confio plenamente na sua honestidade comigo, Caeli. Sou aquele que te coloca para dormir toda noite e come a papinha de banana no seu lugar, porque sei que detesta, então seja uma boa menina e diga PA-PA-I", abro a boca ao máximo para que as sílabas saiam limpas o suficiente para seus ouvidinhos captarem. No entanto, a minha filhota de um ano e dois meses de vida apenas me observa com olhos risonhos e a boca meio aberta e cheia de baba. Não é uma visão lá muito convidativa, admito, mas já estou blindado o suficiente para não me incomodar com certos fluidos humanos. "Vamos, Caca, diga PA-PA-I", repito, mas a danadinha apenas ri e bate com as mãozinhas na trava da cadeirinha de transporte. "Até só um PA é válido. Não precisa se esforçar tanto assim. Só não fale mamãe e....".
"Como sempre, é só eu me afastar um pouquinho e você começa a fazer a cabeça da menina com essa coisa de falar papai antes de mamãe. Quantas vezes eu terei que dizer que a primeira fala dela será natural, assim como foi para o June, Caellum?" Miranda surge com uma expressão zangada, estando com o nosso rapazinho nos braços.
"Não é justo. Você só diz isso porque o June falou mamãe primeiro, e eu aposto que isso só aconteceu porque ele passa muito mais tempo com você do que comigo", resmungo, ficando de pé e vendo Miranda revirar os olhos. "Está bem", cedo. "Não vou falar mais assim com a Caeli, satisfeita?".
"Eu estaria mais se você tivesse tomado o cuidado de limpar a baba dela ao invés de deixar respingar no vestido. Pega o June", antes que eu possa responder, ela me dá o pacotinho de cabelo e olhos escuros, que me olha com um sorrisinho travesso. Ele sabe quem é o mais divertido dentre os seus pais.
"Agora não, garotão, mas prometo que brinco de esconde-esconde com você mais tarde. O papai está ficando cada dia mais experiente na arte de se esconder", dou-lhe uma piscadela, o que, por si só, o faz sorrir e revelar buraquinhos nas bochechas como os meus.
Enquanto isso, Mimi tenta limpar nossa princesa babona e, quando satisfeita, volta-se para mim outra vez com sua expressão de esposa revoltada.
"Coloque o June na cadeirinha dele. A gente precisa se apressar, se quisermos chegar lá antes que o mausoléu feche às cinco. Nunca se sabe quando o trânsito de Dominique vai resolver ser um contratempo".
"Sim, senhora".
Coloco o rapazinho em seu lugar e, em seguida, saímos os dois carregando um bebê cada e sua respectiva malinha até o estacionamento, onde os acomodados no banco de trás do meu novo carro. Pela primeira vez, trata-se de um modelo comum, mas espaçoso, ao invés dos veículos de luxo em que estive acostumado ao longo da vida – eles, definitivamente, não foram feitos para transportar bebês.
"Lembre-se de passar na floricultura", Miranda me lembra quando ocupamos nossos lugares e pomos os cintos. "Eu não pude passar lá depois da faculdade e não quis abusar da Andrea ou da Vanessa pedindo para que buscassem".
Vanessa é a recém-contratada babá dos gêmeos. Uma necessidade que se impôs em nossas vidas depois que Miranda e eu retomamos a faculdade nesse semestre. Embora tanto eu quanto ela estejamos pagando menos disciplinas que o normal, o que significa dizer que nos formaremos um ano depois do previsto, o tempo em que ficamos fora precisou ser preenchido por alguém na vida dos gêmeos. Não quisemos abusar de Juliana, por mais que a mãe de Mimi tenha se oferecido para isso, então surgiu a Vanessa.
"Tudo bem", eu digo, e ligo o rádio baixinho antes de sairmos.
A música que toca é desconhecida por mim, já que conectei em uma estação qualquer, mas cai bem para o momento. Fala sobre querer envelhecer ao lado de alguém e não se imaginar sem ela, o que não poderia ser mais real para mim.
"É uma pena que a sua irmã não tenha vindo", Miranda fala de repente, quando entramos em uma via de trânsito mais movimentado. "Acho que a Kate tinha esperanças de que ela fosse aparecer ao menos no aniversário de morte do pai".
"A mamãe sempre espera da Cassie o contrário do que ela faz", respondo.
Não a julgo, mas depois de quase um ano tendo notícias de Cassiopeia apenas por e-mails esporádicos, passei a me iludir menos com o seu retorno e a desejar mais que, pelo menos, ela esteja bem onde está.
"Uma pena", Mimi diz. "Acho que a sua mãe só não está plenamente feliz depois que se acertou com o Elio, porque sente falta da filha".
Isso eu não posso negar. Depois que, por algum milagre, meus pais acabaram se entendendo e mamãe enfim teve coragem para ir contra meus avós e demonstrar quem é que manda ao ficar com o homem que sempre amou, a única outra coisa que pode deixar Katherine Maximoff plena é o retorno de sua prole rebelde.
"É melhor não comentarmos nada sobre isso quando a encontrarmos para o jantar", digo, o que Miranda não rebate.
Ficamos em silêncio por um tempo, até chegar na tal floricultura em que Miranda pega um elaborado arranjo com lírios brancos para levarmos ao mausoléu.
Assim que ela retorna, pego o caminho até o local onde os membros falecidos das famílias do Grande Conselho são homenageados, mas o trânsito para lá está tão ruim quanto o de um dia de feriado.
"Vi na The Royals que estão gravando uma novela com a antiga amante do seu avô e interditaram a via alternativa, por isso tem tanto carro por aqui", Miranda fala.
"Você adora lembrar que o meu avô foi infiel, não é?".
O sorrisinho dela a entrega.
"Isso me ajuda a lembrar que ele não tem moral para nada", ela responde.
Mesmo após quase um ano do casamento, nossa relação com os Maximoff não mudou muito e eles permanecem agindo como se não existíssemos. No entanto, se no primeiro momento eu fingia não me importar, com o tempo o fingimento se tornou verdade. Nós nos ignoramos mutuamente e a vida segue.
A rádio agora toca uma do Maroon 5 e presto atenção na letra enquanto aguardo o trânsito andar, sem muito sucesso. Por coincidência, essa foi uma banda que esteve presente em quase todos os momentos em que estive com Mimi dentro de um carro ao longo da nossa história juntos.
"Por Orion...", Miranda murmura de repente, fazendo-me olhá-la. Ela está com os olhos vidrados na tela do celular, parecendo chocada com algo que vê nela.
"O que foi dessa vez?".
"Você não viu a nova matéria postada no site da The Royals, viu?".
"Por que eu perderia o meu tempo com isso?".
Minha história com a The Royals e os demais portais de notícia (lê-se fofocas) não é um mar de rosas e, pelo meu próprio bem, com o tempo passei a ignorar tudo o que diziam a meu respeito ou sobre qualquer outro. A única exceção foi quando Miranda leu de uma ponta a outra a matéria especial que a Amy Stone fez sobre o nosso casamento (eu sabia que aquele drone era tramoia dela!) e recortou a foto da manchete para emoldurar.
"Porque aí você ficaria sabendo do mais novo escândalo do Grande Conselho".
"Descobriram mais um namoro secreto de alguém?".
"Pior", Mimi vira a tela do celular para mim, mas, antes que possa ler, ela própria fala qual é o conteúdo: "Aqui diz que existe um triângulo amoroso entre o David, a Antonella e a Taylor Baumann. Dá pra acreditar nessa loucura?".
"O quê?".
Pego o celular de Mimi para ler a matéria atentamente, mas uma buzina soa e me faz lembrar que estou parado no meio do trânsito e preciso andar antes que os motoristas atrás de mim percam toda a paciência.
De qualquer forma, Miranda me explica que tiraram fotos da Antonella e da Taylor frequentando o apartamento de David e que essas são as "provas" de que o Lorde está brincando com os corações das duas, o que deve ser puro sensacionalismo. Posso não ser muito próximo de David, mas sei que o Durkheim mais propenso a fazer algo assim seria o Tobias e, no final das contas, meu amigo se revelou ser um grande servo apaixonado da princesa de Orion.
"Tenho certeza de que existe alguma explicação para isso. Talvez o Aiden saiba, ele anda muito próximo da Antonella ultimamente. Disse que ela o está ajudado a conquistar sua adorada Mary Ann".
"Ah, a famosa Mary Ann", Miranda fala, virando-se por um momento para olhar o banco de trás e conferir os bebês. "Eles dormiram".
"Não posso julgá-los por isso".
Quando finalmente chegamos ao mausoléu, perdemos quase uma hora no trânsito e restam só trinta minutos para o fechamento do lugar. Por isso, desprendemos as cadeirinhas dos bebês em tempo recorde e, enquanto eu carrego uma em cada braço, Mimi leva o arranjo para dentro.
Por dentro, o mausoléu é um enorme salão com um teto alto, tendo em seu centro uma abóbada de vidro, que ilumina uma placa prostrada no centro com os seguintes dizeres gravados em mandarim e inglês: "Somos um conjunto de momentos que possuem vida eterna nas marcas que deixamos naqueles que ainda vivem e que, um dia, nos encontrarão de novo no plano que ainda são incapazes de ver".
Sempre achei essas palavras tocantes, desde a primeira vez em que estive aqui, no primeiro ano da perda do meu pai, quando os meus olhos se encheram de lágrimas e o meu peito da mesma dor de quando o perdi.
Diferente de mim, Cassiopeia bufou e desdenhou das palavras, alegando que não existia nada além e que não tinha sentido chorar, porque nada traria nosso pai de volta ou nos consolaria.
Ela sempre foi brutal.
Ainda assim, quando olho essa placa, sinto sua falta. Por mais que não tenha alimentado a ideia de que minha irmã voltaria à Orion apenas para prestar condolências quando sempre detestou o ato, uma parte minha se ressente da sua ausência.
"Qual é o lugar dos Maximoff?" Miranda me lembra da sua presença, tirando-me do meu devaneio.
Paro de encarar a placa e olho ao redor. O salão é arredondado e composto por seis grandes estantes que comportam vasos funerários de cada ente querido, mas que, na verdade, são mero simbolismo e estão vazios. A verdade sobre o mausoléu é que é só uma formalidade e que as cinzas dos mortos representados estão espalhadas por todo o país, em lugares que o público não pode acessar, diferente deste.
Meu pai está repousando em Coralina, onde todos os Maximoff repousam e isso pode ser aplicado a cada família e seu respectivo condado. No caso dos Greenhunter, os seus membros estão em um mausoléu na área do palácio, o que só contribui com as lendas do lugar ser mal-assombrado.
"É o do dragão", indico o símbolo em dourado acima da estante da minha família.
Cada família tem o seu símbolo e o dragão é o nosso por razões místicas de que representa poder e dá sorte, o que deveria ser questionado. Talvez uma naja fosse mais representativa, embora os Greenhunter já possuam duas serpentes enroscadas no símbolo deles.
Caminho para perto da estante com Miranda ao meu lado. O vaso fúnebre do meu pai é o último antes de vários compartimentos vazios e já está repleto de flores, que foram trazidas por meus avós, minha mãe e Cepheus. Ainda assim, Mimi dá um jeito de caber o nosso arranjo no meio deles.
"Olá, papai", eu digo. "E Tataravô tio Ming Huang Xi, Tataravô Stephen, Tataravó Marlee, Bisavô tio James, Bisavó tia Mary Ann, Bisavô tio William, Bisavô Alastor e Bisavó Arietta".
"Você é primo dos Baumann?" Miranda demonstra total surpresa quando lê o sobrenome da minha bisavó.
"Foi há muitas gerações, então a gente nem considera. Meu avô é o último Maximoff que também é Baumann e não carrega o sobrenome", explico. "A curiosidade é que vovô Patrick quase assumiu o Condado no lugar do Lorde Johannes, mas o Grande Conselho achou que não seria bom, já que ele já havia aberto mão de Morfeu para a minha mãe. Por isso, foi imprescindível que Johannes assumisse o posto".
"Ainda bem que ele fez isso", Miranda deixa clara outra vez a sua opinião negativa acerca do meu parente. "Mas por que o primeiro Maximoff, na verdade, tem o sobrenome Ming?".
Explico para ela o mais rápido que posso a história da minha família e o motivo da mudança de sobrenome. Depois, faço uma espécie de oração silenciosa para a vida além de Xiao Jun em que falo sobre como tudo anda bem comigo, mas que ele devia reunir um pouco de magia mística para colocar juízo na cabeça da filha.
É uma conversa silenciosa entre nós que quase me faz imaginar ele comigo nesse momento, mas que dura pouco em razão do horário de fechamento do mausoléu.
Quando um funcionário aparece para nos apressar, entendo que é hora de irmos e Miranda me ajuda com a cadeirinha de June agora que não tem mais vaso para carregar.
"Como foi?" Ela me pergunta. "Pediu alguma coisa para ele ou só agradeceu?".
Em razão da crença nos Ancestrais, é comum em Orion que, nessas visitas, pedidos sejam feitos.
"Pedi que trouxesse a Cassie de volta", admito. "Mas, tirando isso, só agradeci e deixei claro o quanto sinto a sua falta e que espero que ele continue nos guiando para a felicidade".
"Tenho certeza que sim", ela me sorri.
Destranco o carro e começamos a prender as cadeirinhas no banco. Enquanto faço isso, converso com Caeli, que ri das minhas bobeiras... E baba, obviamente. Para completo desespero de Mimi, que me faz cara feia.
"Eu limpo!" Digo para ela, que afunila os olhos em descrença, mas não diz nada. Apenas continua tentando prender a cadeirinha de June. "Pronto, pequena, o papai já terminou. Está devidamente segura", ofereço-lhe um sorriso. "Agora a baba".
Mexo na sua bolsa para pegar um lenço e, enquanto limpo, Miranda finaliza com June e fecha a porta para ir para seu lugar.
"Prontinho, Caca".
Assim que faço menção de imitar Mimi e fechar a porta de trás para ir para o meu lugar, é quando a magia acontece:
"Papa...".
Por um momento, penso que imaginei. Porém, escancaro a porta e sei que não foi o caso quando noto o olhar surpreso de Miranda no banco da frente.
"Ela falou", digo o óbvio. "Faz de novo, Caeli. PA-PA-I".
"Pa...", dessa vez, a sílaba vem solitária, mas isso não me faz surtar menos.
"Eu sabia! Sou seu favorito!".
Distribuo vários beijinhos no rosto da pequena, o que a faz se acabar de rir enquanto seu irmão nos olha com diversão e a mamãe tem aquela expressão de julgamento, a qual apenas ignoro.
"O que eu falei sobre essa ideia ridícula de favorito, Caellum?".
"Não é hora para discussão, Mimi", eu rebato. "Nossa filha falou. Disse papai, o que é um grande motivo para comemorar. Pode ficar feliz por mim um pouco?".
Ela ainda me olha com dureza por um instante, mas logo amolece, como sempre:
"Tá!" Diz. "Pode aproveitar por dez minutos, mas só. Temos que ir para o jantar com seus pais e o Cepheus".
"Sim, senhora", para demonstrar a minha gratidão, roubo-lhe um beijo estalado. "Já disse hoje o quanto te amo, Miranda Miller?".
"Na verdade, essa é a primeira vez".
"Então aí vai a segunda: amo você. Obrigada pelo nosso pequeno paraíso".
Ela apenas me olha com intensidade por um momento, mas depois acaba dizendo as palavras que tanto amo quando em conjunto com meu nome:
"Amo você, Caellum".
E foi assim que um Lorde tolo feito eu acabou completamente feliz ao lado da garota, agora mulher, que ama.
Por toda a vida e além, como sabiamente desejam os nossos Ancestrais.
XxX
Para: Cassiopeia Agnetha Maximoff Feng
De: Caellum Stephen Maximoff Feng
Assunto: Odeio você
Só para saber, o título do assunto é literal. Já faz quase um ano desde que você se foi, Cassiopeia. Foi embora há onze meses e, desde então, todo o contato que temos é através de e-mails.
Eu entendo que não queira voltar (você sempre faz questão de deixar isso claro quando me responde), mas é sério que não pode nem mesmo fazer uma mensagem de voz? Mandar um vídeo? Um áudio? Uma foto? Um sinal de fumaça? Qualquer coisa!
A verdade é que, se as coisas continuarem desse jeito por tempo indeterminado, eu vou me sentir obrigado a ir atrás de você em Taiwan, levando a Miranda e os bebês a tiracolo. Pensando bem, talvez essa seja uma boa ideia... Quando receber esse e-mail, vou estar na porta da sua casa nesse país que é China e, ao mesmo tempo, não é.
Certo, não precisa me matar em pensamento ou tomar dois calmantes, estou apenas brincando. Eu não apareceria por aí sem avisar, apesar do seu distanciamento estar pedindo por medidas drásticas da minha parte (e da mamãe e do Cepheus também). Por isso, não leve a sério a minha ameaça, mas considere a parte de entrar em contato de outra forma. Pare de ser criança. É esse o exemplo que você quer dar para a sua sobrinha Caeli e o seu afilhado June?
Falando neles, vou parar de ser o irmão chato e compartilhar o que aconteceu hoje: simplesmente a coisa mais mágica do mundo, Cassie! A Caeli disse papai (ou a coisa mais próxima disso que um bebê de pouco mais de um ano consegue articular) e derreteu meu coração de um jeito que Miranda precisou ser carrasca para me fazer soltar nossa filhota, já que tínhamos um jantar com a mamãe e o Elio. O
Sim, eles continuam juntos. Seu pessimismo não pode abalar uma relação que esperou vinte e dois anos para ser restabelecida, quando nenhum dos dois tinha fé de que isso poderia acontecer. A mamãe e o meu pai se amam pra caramba e, embora as coisas tenham sido esquisitas no começo, gosto do fato de o novo relacionamento deles me permitir ter a proximidade adequada com Elio. Afinal, para o mundo eu só tenho uma ótima relação com o meu padrasto e ninguém mais questiona nossa aproximação repentina, o que me dá um pouco mais de esperança de que o nosso segredo está bem guardado.
O que mais posso dizer? Eu espero que eles se casem e acho que o Cepheus espera o mesmo. Até a Evelyn está torcendo por isso (e não, não faça cara feia. Tecnicamente, ela é sua irmã postiça agora), então espero que você não demonstre oposição. Se visse a felicidade da mamãe, saberia que ela nunca esteve tão bem.
Porém, mudando de assunto, tenho notícias sobre outras pessoas também. Acredita que o David e a Antonella se meteram em uma confusão com a Taylor Baumann? A The Royals alega em uma nova manchete de destaque que eles estão em um triângulo amoroso, o que significa que a assessoria dos Greenhunter, Durkheim e Baumann estão trabalhando a todo vapor para "limpar" a imagem dos três. No entanto, eu ainda não sei o que é verdade e o que não é. Preciso perguntar para o Aiden depois, porque ele anda muito amiguinho da Ella ultimamente e deve saber se ela tem algo com o David mesmo.
Fora isso, nada de muito relevante aconteceu. Como disse no último e-mail, o maior burburinho no Grande Conselho é sobre o possível noivado do Theo, mas não passa de boato. Que eu saiba, meu amigo não anda vendo ninguém, então aposto que são só os chefes das casas, como o velho senhor Ventura, forçando a barra.
E você, o que tem de novo para me dizer? Encontrou mesmo a irmã da Stella? Eu espero que sim, pois estou começando a ficar preocupado com a falta de resultados na sua busca pela família de sua mãe biológica.
Por favor, vê se não demora a responder (você prometeu que não faria isso quando se despediu, mas sempre faz!). Boa sorte por aí e volta logo. Amo você, irmã desnaturada.
FIM
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top