17

Enquanto conversava com o Edu, o meu devaneio me levava pra um lugar onde eu pudesse entender certas coisas.

Enquanto eu ainda estava envolvido pelas sensações do café da manhã, o Murilo já estava transando com outra pessoa. Logo, tudo aquilo que tivemos mais cedo - o carinho, os cuidados, as conversas, o sanduíche - só repercutira em mim, certamente. Para ele, não passou de um café da manhã com um amigo, colega, conhecido, de quem ele tem uma certa simpatia.

Claro! Como não pensei nisso antes? Estava ocupado em me deixar levar pelas minhas fantasias românticas, em acreditar que, por conta de um momento frugal, ordinário, cotidiano, entre duas pessoas próximas, dali sairia uma grande história de amor que me arrebataria e me provaria que, sim, vale a pena se entregar. Os meus delírios não levavam em conta certos fatos concretos que soprariam a fumaça das ilusões: ele tem noiva; ele tem outras; ele é só um amigo. Que curte a minha companhia, mas, ainda assim, só um amigo.

E me dei conta de que, se está doendo, é porque eu estou apaixonado.

E me dei conta de que eu não tenho nada a cobrar de ninguém. Talvez de mim mesmo, de não esquecer, ao caminhar por essas vias tortuosas dos relacionamentos com os outros, que talvez o Amor não tenha sido feito para mim.

Estava precisando de Chico.

- Edu, vou pra minha sala. Vou tentar recuperar esse resto de manhã pra trabalhar, tá?

- Tá. Daqui a pouco a gente vai almoçar.


Acho difícil encontrar alguém que saiba exprimir sentimentos como o tal do Chico.

Confesso que sou um pouco retrô quando o assunto é música, me perdoem, me considero até eclético nesse quesito, porém as que conseguem me arrebatar geralmente são as mais velhinhas.

A música consegue me transportar, traduzir certos sentimentos, enfim. Para mim é uma terapia eficiente.

E gosto muito das letras do Chico Buarque. Tem uma, em especial, chamada Futuros Amantes, que considero especial, principalmente depois que assisti a uma entrevista sua, em que explicava o porquê de tê-la escrito:

"...surgiu a história de um amor adiado, um amor que fica para sempre. Essa ideia do amor como algo que pode ser aproveitado mais tarde, que não se desperdiça. Passa-se o tempo, passam-se milênios, e aquele amor ficará até debaixo d'água. Um amor que vai ser usado por outras pessoas, um amor que não foi utilizado porque não foi correspondido, e então ele fica ímpar, pairando... Esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor."


Há alguns anos tivera contato com essa entrevista, e, como nessa ocasião, e mais uma vez, estava eu no meio de uma história de amor platônico, caíra-me como uma luva. Me traduziu. E desta vez também.

Entrei na minha sala, estava somente o Otávio. Conectei o fone de ouvido e deixei o Chico falar: "Não se afobe, não, que nada é pra já; o amor não tem pressa, ele pode esperar em silêncio, num fundo de armário, na posta-restante, milênios, milênios no ar..."

"Não se afobe, não

Que nada é pra já

Amores serão sempre amáveis

Futuros amantes, quiçá

Se amarão sem saber

Com o amor que eu um dia

Deixei pra você"


- Tá concentrado mesmo aí, né? Nem ouve o celular tocar - me alertou o Otávio.

- Ah, foi mal - poderia dizer que estava concentrado em alguma planilha, se o monitor não estivesse exibindo a área de trabalho apenas.

Era ele.

- Oi, Murilo...

- E aí? Esse café não dissolveu ainda não? Já tou com fome de novo, vamo comer...

- Ainda são onze e meia, não dá pra sair. Você tá pensando em comer o quê?

- Ah, sei lá, nada especial, não. A gente podia ir lá no churrasco, que é mais tranquilo...

- Não, lá é muito longe, eu não tô afim. Qualquer lugar por aqui mesmo tá bom.

- Mas hoje...

- Hoje é o dia da sua folga, e não da minha. Bom, eu vou fazer uma enquete aqui com o pessoal e te ligo.

Almoçamos eu, ele, o Edu, o Walter e o Diego. Eu até ri um pouco das piadas lançadas na mesa, e aproveitava e jogava no meu riso o escárnio de mim mesmo, por pensar tanta besteira e delirar tanto. Fitei o Murilo. Ele estava ali, como sempre esteve, reclamando minha atenção e companhia, e só. Eu, com a carência de dez poodles, respondo a esta demanda com... uma paixão. "Você é ridículo, Gustavo, achar que..."

Ri descontroladamente. Eu ri muito, antes de voltar à minha vida normal.



À noite tive a ingrata surpresa de encontrar a minha mãe ainda internada no hospital. Ela havia dado entrada na terça, e a previsão de alta era pra esta sexta, mas a crise de dor não tinha sido controlada e não deu pra sair. Como a Drica estava cansada, sobrou para mim acompanhá-la esta noite. Era tudo o que eu precisava, um contato com a minha realidade, para me ajudar a retomar meu prumo.

Deixei Adriana em casa, peguei uma muda de roupa e voltei para o hospital. Minha mãe gritava, do corredor dava pra se ouvir. Quando entrei no quarto haviam dois enfermeiros aplicando uma injeção. Um deles me chamou:

- Tente mantê-la calma, pois ela está muito agitada. Só hoje, meu amigo, já demos Dolantina, Dormonid, Tramal, Tylex e Dipirona, além de Tilatyl. Não temos mais como aplicar nada nela, por enquanto, senão pode acontecer alguma reação. O médico estará aqui amanhã cedo, até lá esperamos que ela durma.

O que não aconteceu. A minha mãe não parou de gemer, se contorcer, a noite toda. Eu acordava de hora em hora, às vezes ficava sentado a seu lado, mas nada adiantava. Umas três e meia saí do quarto para espairecer, rodei pelo quarteirão e voltei. Acendi um cigarro na porta do hospital e fiquei lá um pouco.

Tirei o dia de sábado para trabalhar, fiquei enfurnado no escritório que dividia com a minha amiga Leni, tentando concluir um projeto. A Rose me ligou.

- Filho, me acuda! Quero sair um pouco, espairecer!

- Procura outro, gata... hoje eu tô fodido.

- Aff... tá no escritório, é?

- Sim, sim. O cliente vai passar aqui às quatro e eu não tô na metade. Tenho que mostrar pra ele alguma coisa hoje.

- Então não rola nem almoço...

- Não, vou comer alguma coisa por aqui mesmo. À noite volto pro hospital. Ó, faz o seguinte: passa lá e eu desço, a gente dá uma saída básica.



Fomos para uma pizzaria perto do hospital mesmo, à noite. O carro da Rose já tinha chegado e ela estava toda cheia.

- Então, Rose, me conta! Que dia pegou o carango lá em Salvador?

- Anteontem! Fomos eu, minha mãe, Jair, Chicão, Leuzinha, Cacá e Gina. A gente...

- Afff, que alívio. Tu é mais pobre que eu.

- É o que? Ah, vai cagar!

- A família toda pra ir pegar um carro, meu Deus!

- Claro, meu filho, eu precisava de apoio! Chicão veio do meu lado me auxiliando a retornar, mas só mãe quis ir junto com a gente! Kkkk! O resto foi todo no carro de Jair!

- kkkkk! Quem tem cu tem medo, né? Kkk!

Pedimos uma pizza de frango com queijo dobrado. Quando a danada chegou na mesa, a gente só faltou babar.

- Gente, precisava ter pedido queijo dobrado??? - ela estava de boca aberta, enquanto eu fatiava e colocava no prato dela - não adianta não nego, não vou emagrecer nunca... eu sou gorda de alma!

- Ah, relaxa, você tá nada gorda, tá boa...

- Tô não, filho, preciso eliminar cinco quilos até o verão. Também, se prepare, vou ficar uma delícia, viu?

- Tá, eu vou esperar. Então, nesse caso, você tá de dieta e esse segundo pedaço de pizza aqui será meu, né? Que bom...

Ameacei pegar o pedaço e ela meteu o garfo nas costas da minha mão.

- Se saia, malandro, largue meu pedaço aí!! O Projeto Verão Delícia ainda não começou! Largue!

- AAi!!

Foi bom termos saído. Ri muito.

- Então, Gustavinho, me conte as novidades aí vá. Quero saber da sua vida agora.

O que contar?

- Ah, sei lá, Rose... - me larguei na cadeira - ...nada interessante, fora que lá na empresa, tô com uma obra bem bacana, que...

- ...Fora trabaaalho, fora doenças de dona Stela...

- Ah... aí você me pega. Tá tudo... parado.

Sob a ótica externa, se o critério for quem eu tô beijando e não o que está ocorrendo em meu interior, está, sim, tudo parado.

- Você tá fraco esses tempos... quer dizer, nunca foi um garanhão, né? Mas... sei lá...

- É... eu...

- Só quer saber de trabalhar, resolver problema de família, e tal...

- A gente sai muito também, Rose. Nossa, a gente se diverte pa caralho!

- Sim, também...

- Eu acho, né.

Estava ficando encabulado. Não sabia bem o que dizer.

- Bom, não quero te deixar sem graça. Só te dar uns toques. Sou tua amiga. - Chamou o garçom - minha prima ficou chateada depois daquele réveillon.

- É, eu tô ligado. Mas, naquele dia, eu não estava afim de pegar ninguém.

- A menina se jogou toda pra você, tadinha, e nada. Você foi o Daniel dela naquele dia.

- Kkkk! É!

- Mas não vamos reviver agruras, né? Vamos dar risadas, tá tudo no caminho de dar certo! - ela me deu um beijo na bochecha e o garçom se aproximou - garoto, eu soube que aqui tem uma sobremesa de maracujá...



Recebi uma mensagem do Edu às dez da noite daquele sábado. Já estava deitado no leito do acompanhante, e minha mãe havia conseguido dormir. Ele estava com o Murilo, tomando uma cerveja, e lembraram de mim. Respondi algo desimportante.

Momentos antes, eu estava no banheiro daquele quarto, nu, em frente ao espelho. Ia tomar banho, mas parei para uma auto-análise.

Passei a mão no cabelo. Antes era liso, grande. Hoje eu o mantenho relativamente curto, ele vem ficando ondulado, ressecado.

Cheguei meu rosto mais próximo. Não, meu rosto era bonito sim. Eu gosto dele. Sobrancelhas mais grossas, olhos castanho-escuros, simétrico.

O fraco mesmo era o corpo. 1,65m. 50kg. Etiópia.

Havia começado a malhar logo que cheguei em Camaçari, há dez meses, por influência do Thales. Mas, tão logo ele se foi, eu evadi da academia. Lembro que na avaliação física o instrutor havia se espantado com as minhas medidas: o antebraço era mais grosso que o bíceps. Ele ria, sempre que lembrava disso. Meu corpo até respondeu bem, com dois meses eu já havia sentido uma diferença, mas... depois eu preferi praticar o halterocopismo com os meninos, e murchei de novo. Tô seco.

Se esse rosto estivesse num corpo legal, quem sabe. Se eu fosse mais alto, também. Aí eu seria mais confiante, pegaria geral...

- Ai, quanta merda, Gustavo. Não depende disso. É algo mais interno, é um querer, é estar aberto. Não se esqueça que até o Zoião tem noiva.



O domingo foi mais tranquilo, a minha mãe estava com uma cara melhor. À tarde ficamos lá, eu, a Drica e minha vó com ela, conversamos e rimos um pouquinho. O médico havia dito que se continuasse assim ela poderia voltar pra casa na segunda, e respirei aliviado.

Fui dormir em casa, no outro dia pegaria estrada cedo. Acho que, por ter conseguido dormir na noite anterior, meu astral estava melhor. Ponderei também o motivo de tanto lundu. Não tinha nada concreto. Um amigo está pegando uma colega de trabalho. Ponto. Qual a tragédia nisso? Até ri. Gente, deixa o povo se comer à vontade...

Outra: se fosse o caso de o Murilo realmente querer algo comigo? Eu não queria pensar nisso, ele vindo até mim, me pegando. Me lembrei quando ele se aproximou do meu corpo, me apertando no bicama, de cueca. A minha reação foi das piores, eu fui grosso, por estar nervoso, claro, com a aproximação. Então, eu não podia cobrar do amigo uma coisa que eu não possuía também: maturidade para lidar com essa atração, esse sentimento.

Decidi que a partir daquele momento eu iria curtir a sua amizade, desencanar. Meu amigo é hétero, me adora, e eu adoro ele.

Meu amigo é hétero.

É gostoso, mas é hétero.

É lindo, mas é dos outros.

Meu amigo é hétero.

Hétero.

Hétero.

Hétero.



- Murilo tava me perguntando sobre você.

Segunda-feira, eu e o Edu em frente ao galpão. Já tínhamos conversado sobre muita coisa, o meu fim de semana, o dele, a saída dele com o Murilo (aquele meu amigo hétero)... Aí ele largou essa.

- Sobre mim, o que? Sobre... se eu tô bem?

- Não, não. É que a gente conversou pra caralho nesse sábado. A gente foi pro Peixotinho. Porra, acho que eu cheguei em casa era umas quatro horas.

- E não brigaram?

- Não, né? Só tava a gente, se alguém brigasse ia conversar com quem?

- Kkkk, é! É a única solução pra vocês!

- Pois é. Mas esse bicho é meio doido, viu?

- Tá, que novidade... se não fosse também não andava com a gente.

- Haha, né isso não... ele tem cada ideia... fala cada merda...

- É... se lembra daquela vez que ele disse que tinha ficado com depressão uns três dias? E que você falou: depressão não é virose não, Murilo, kkkkk!

- kkkk, cara, toda vez que eu lembro eu me poco de rir!

- Pois é. Mas o que ele queria saber de mim?

- Se você é viado.

O Edu era assim. Direto, curto.

- Hum?

- O que eu achava de você. Se você era gay, se era homem, se era isso, aquilo.

- Ah. Mas porque isso, assim..? Não entendi o questionamento.

- A gente falou muito de você. ELE falou muito. Do seu comportamento maluco, das farras, do modo como você é diferente dos outros engenheiros daqui, até por ser mais jovem, e tal... que é inteligente...

- Hum...

- E que a gente implica com ele... aí, sei lá, no meio do papo ele perguntou isso, se eu achava que você era gay.

Estávamos sentados no meio fio. Eu risquei o chão com o dedo.

- Pra ele isso deve ser importante.

- É, mas pra mim não. E foi isso o que eu disse pra ele. Você é meu amigo, te admiro pra caralho, e isso é uma questão tão sem importância como se se perguntar se você prefere carne ou frango, ou se gosta da cor azul ou verde.

- Mas o...

- E se ele está tão preocupado assim, não seria a mim que ele deveria perguntar, e sim a você.

- Mas você acha que eu...

- Gustavo: eu já falei: isso é MUITO sem importância, cara... Tá, quando você chegou eu até achei que sim, mas tudo bem - deu de ombros - depois que a gente começou a sair eu nem pensei mais nisso. E outra, o Murilo é meio invocado com isso mesmo, não é a primeira vez que ele questiona sexualidade dos outros.

- É, eu sei. Ele encarnou no estagiário do RH.

Jaime era estagiário do setor de RH, e era um menino bem afeminado. Eu simpatizava muito com ele, sempre que ia no escritório central e nos encontrávamos a gente conversava, era um rapaz muito educado. Murilo volta e meia comentava de alguma coisa que diziam dele, e do modo como ele falava e gesticulava, às vezes em tom pejorativo nas brincadeiras.

- Pois é. Ele tem umas regras assim... muito idiota. Tipo: homem que senta numa mesa de bar sozinho é porque tá caçando rola... Homem que cria gato é viado...

- Gente, ele é doente... - ri.

- Ou... é viado.

- Kkkkkkk.



Suzana passou por nós e veio falar. Ela é uma pessoa muito simpática. Nunca tive muito contato com ela, mas sempre nos cumprimentávamos e trocávamos duas ou três palavras. Até então, ela me parecia uma pessoa super legal, uma coroa gente boa, e tal. Ela ria muito das minhas brincadeiras, corava quando a gente falava certas coisas.

Bom, teria também que me esforçar para não fixar em mim a imagem de que ela era descarada, safada, cachorra, dissimulada, puta...



- Tá procurando o que aí? - Murilo me gritou, porque eu estava no estacionamento, com uma prancheta e uma trena.

- Oi! - Apertamos as mãos - eu tou procurando um carro, preciso ir urgente fazer uma vistoria ali... Poxa, acho que o Walter pegou...

- Ah, bora comigo, pô! - ele se animou - vou falar com o chefe ali pra me liberar! Peraê.

- Nãao, Murilo, não. Quero confusão não. Você é motorista de outro setor. Deixa quieto.

- Que nada, pô. Ele é gente boa. E eu já terminei as medições de hoje. Espera aí que eu vou falar com ele.

- Mas ainda são duas e meia, e se ele precisar? E seu horário?

- Espera aí, seu chato do caralho! - ele já havia se afastado pra falar com o chefe.

Se eu ainda estivesse no "Mundo Fantástico das ilusões de Gustavo", creditaria esse gesto na conta da atração que ele possivelmente sentia por mim. Agora não. Estou com os pés no chão. Ele é meu amigo hétero, que vai me quebrar um galho. Uma vistoria, uma conversa boa, hétero, risos extremamente héteros, coisa de hétero mesmo. Ele é meu amigo e é hétero.



Pegamos o carro.

- Pô velho, como é que tá sua mãe?

- Tá bem. Saiu hoje do hospital.

- Beleza. Cê tá com uma cara de cansado.

- É, eu dormi pouco esses dias. Ainda trabalhei também em um projeto...

- Hum... você não para, né? É sempre fazendo alguma coisa...

- É, por aí.


Fizemos a vistoria. Tivemos que voltar correndo para ele não perder o horário da faculdade, já era praticamente quatro horas.

- Ó! Vai fazer o que nesse feriado?

- Feriado? Que dia?

- Sexta, porra! Kkkk! Dia da independência do Brasil!

- Ah, é. Ah, sei lá. Devo ir pra Feira e ficar por lá mesmo.

- Você não quer repensar isso aí não?

- Ir pra onde?

- Vamo pra a casa dos meus pais lá no litoral? Eles não vão, a casa tá vazia é só nossa.

- Ai, sei não... Talvez seja uma boa ideia, para uma outra ocasião, agora tá muito em cima, né?

- Que nada, vá por mim. Você tá precisando descansar, pô. E você não conhece lá, posso te mostrar as coisas. A gente chama o Daniel, o Edu...

Era uma boa, claro. Se o Dan fosse, melhor ainda.

- Será que o Dan toparia ir?

- Vamo ligar pra ele? Quem sabe...

Ligamos e o Dan topou na hora. Mas eu ainda não dei resposta. Falamos com o Edu, ele não ia poder, porque tinha festa de família no meio do feriado. Mesmo assim eu ainda não estava resolvido. Não sei se era uma boa, o Murilo certamente levaria a noiva, como é normal em feriados assim. Mas pelo menos tinha a companhia do Daniel.

- Podíamos chamar o Di, mas aí ele vai querer levar a Suzi, né? - perguntei.

- E daí? - Murilo estava superanimado, se balançava todo, o menino grande - ele pode levar!

- Mas aí o carro lota, né?

- Lota porquê? Eu, você, Daniel, Di e Suzi, se for o caso. Se eles não toparem, vamos só nós três mesmo.

Hum... não contou com ela.


Resolvi que iríamos.


...

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