15°

Sophia

Eu estava feliz, bom na verdade eu não sabia decifrar oque eu estava sentindo.

Durante todos esses dias ou meses como disse o doutor, eu apenas escutava, eu não conseguia me mexer tão pouco abrir os olhos ou falar, e isso me irritava, durante todo esse tempo dormindo, eu tentava acordar, mas não conseguia, tentava responder mas nada saia.

Eu ouvia todas as vezes em que o Guga vinha aqui, e sempre me perguntava, aonde aquele homem com todas aquelas palavras lindas estava em todo esse tempo.

Hoje ao acordar, já me deparei com Pl sentado em uma poltrona do outro lado do quarto, estava mechendo em seu celular.

Achei que não iria mais acordar - ele diz me dando um sorriso logo depois vindo até a min me dando um abraço.

Se tem uma coisa que eu faço bem é dormir - digo rindo e o mesmo me acompanha- Onde está o Guga ?achei que ele viria .

Tava ocupado resolvendo uns bagulhos aí - diz mechendo no celular, se eu bem o conheço alguma coisa errada tem .

E esse ocupado significa ficar sentado na sala dele mechendo no celular? Por que agora a pouco ele estava online no WhatsApp- digo o encarando.

Sei não gata -diz de modo engraçado mas permaneço séria- e quem foi que te deu celular?

Perguntei pro doutor e ele me entregou, disse que o Guga deixou aqui mais cedo.

Liga pra ele não nega, vai me dizer que eu estou tão mal assim?- ele diz dando uma voltinha e acabo rindo.

Tá bom , vamos logo que estou morrendo de saudades da minha casa, e ainda tenho que passar no banheiro para me trocar.

Pode ser, só que me mandaram te levar pro morro - ele diz coçando a cabeça mania de fazer isso quando quer falar algo e não fala.

Não tenho nada pra fazer no morro, não agora, ainda tenho que passar em casa e depois ir a empresa, preciso ver como as coisas estão, nesse tempo todo em que estive aqui não ouvi a voz o petrick então tenho quase certeza de que eles ainda não sabem.

Ele até teria entrado, isso se o Guga não tivesse ameaçado estourar os miolos do cara - ele diz rindo e acabo o batendo- mas falando sério mesmo, eu preciso levar tu pro morro gatinha - ele diz passando as mãos em volta de meu pescoço logo após abrindo a porta do quarto.

Não Pl, é sério eu não quero, vou pra casa agora, sem contar que ainda tem a Alicia, preciso me acertar com ela, e dizer que estou bem.

Isso o Guga cuidou enquanto tu dormia - ele diz abrindo a porta do carro para que eu entrasse .

Será que ele não sabe não se meter na vida das pessoas? Eu vou pra casa e acabou! Não vou pro morro hoje.

O restante do caminho permanecemos em silêncio, apenas ouvindo a música que se passava no rádio do carro.

Obrigada por me trazer- digo o dando um abraço após descermos do carro- Não quer entrar?

Não, tô de boa,vou indo se não o outro lá me quebra -ele diz abrindo a porta do carro para entrar .

Ok, diz pra Mari que amanhã dou uma passada lá, pra relembrar os velhos tempos- digo sorrindo e vejo o mesmo mudar de expressão no mesmo instante- que foi? Estou tão feia assim?- digo imitando sua voltinha e ele acaba rindo.

Pra quem acabou de sair do hospital, está horrível amiga - ele diz afinando a voz, oque me fez soltar uma enorme gargalhada.

Meu Deus do céu, me belisque que eu acho que estou sonhando- escuto a voz da Alicia.

Eu até beliscaria mais já estou de saída- o Pl diz ligando o carro

Como eu estava morrendo de saudades de você minha menina - Alicia corre para perto de min logo depois me dando um abraço apertado.

É eu também- digo a dando um beijo no rosto.

Eu cuidei da casa está arrumadinha, a cada dia que passava eu limpava ela como se você estivesse para vir, o Guga até quis que eu ficasse em casa, mas eu não consegui, estava aqui todos esses dias.

É tão bom está aqui de novo, poder se mexer e abrir os olhos- digo subindo as escadas para meu quarto.

A e falando nisso, o doutor Petrick esteve aqui, estava indignado, disse que o Guga não o deixou te ver - ela diz dando uma risada.

Ok, só vou subir e tomar um banho, preciso ver como tudo está por lá .

Sentir a água bater sobre meu corpo, era uma coisa tão boa, era como se eu estivesse ali pela primeira vez.

Depois de tomar meu banho, tomei meu café da manhã, e logo após entrei dentro do carro indo direto para empresa.

Mais que bagunça é essa aqui? - digo entrando em minha sala, vendo Petrick sentado em minha cadeira, folhas espalhadas pelo chão, litros de vinho pela mesa e uma música bem alta.

Você ? - ele diz se pondo de pé assustado.

Sim eu ! E você oque faz na minha sala ? E oque significa tudo isso?

Desculpa é que como você estava no hospital e meu pai viajando a negócios eu fiquei tomando conta daqui- ele diz pegando alguns papéis do chão.

Tô vendo como - digo vendo a bagunça que estava a sala- Petrick só sai da sala ok? E mande alguém vim limpar tudo isso!.

Mal sai do coma e já estou me estressando como antes, a empresa estava com alguns problemas e Paulo havia ido resolver, e em meio de um segundo acabei descobrindo que o feliphe se demitiu e quase a metade da empresa, por causa de certos comportamentos de Petrick, e eu? Claro eu pirei, foram justo os melhores!.

Eu não tinha mais cabeça pra empresa, já fazia um ano que eu queria me afastar e apenas deixar nas mãos do pai de Petrick , eu não queria mais mexer com papel, muito menos ficar atrás de uma cadeira, eu apenas daria as caras quando realmente fosse preciso.

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