Chapter Ten

Capítulo Dez| Falcão

Sarah seguia caminhando nos corredores do colégio,  com Maya ao seu lado. As duas seguiam até seus armários. As garotas acabaram de ter aula juntas.

A loira contava a morena, animada sobre o seu encontro com o Diaz. A mesma não havia ido ao colégio no dia anterior.

- Então, nós nos beijamos e foi incrível!

Maya soltou uma risada animada.

- E é porquê não era um encontro ein, sua safadinha!

A loira deu de ombros, rindo envergonhada e seguiu até o seu armário, onde guardou seu livro de matemática.

- Mudando de assunto, eu me encontrei com o Bryan ontem.

O semblante de Maya mudou drasticamente.

- O Bryan?

- É, vi ele na lanchonete do pop tate.

Maya cruzou os braços e parecia nervosa.

- Ele tava com um roxo no rosto, disse que bateu de cara em uma porta. O que achei estranho...

- É... é melhor irmos, preciso ir resolver uma coisa e você precisa ir pro dojô, não é?

Sarah franziu o cenho mas deu ombros, concordando com a cabeça e seguiu até a saída com a garota.

~

No dojô, a loira já seguia em posição, aguardando o seu pai sair de seu escritório. Após ele sair, o mesmo viu que havia menos alunos que o dia anterior, o que fez o loiro suspirar.

- Mais três desistiram, sensei.

O homem andou entre Sarah, Miguel e aisha.

- Bando de medrosos.

O homem soltou um suspiro.

- Não, a culpa é minha. Desde que entraram no Cobra kai, tenho sido duro com vocês. Eu xinguei vocês, humilhei vocês. Até bati em alguns. E por isso, não peço desculpas.

A loira revirou os olhos, conhecendo o pai que tem, era difícil se desculpar pelo o que faz de errado.

- O cobra kai tem a ver com força. Se não forem fortes por dentro, não serão fortes por fora. Agora, vocês são fracos. Eu sei disso, porque já fui como vocês. Eu não tinha amigos, era o garoto esquisito. Não tão esquisito, saia com garotas... O negócio é que nem sempre fui esse sensei durão. Assim como uma naja, tive que largar a pele de fracassado e achei a minha força. E vocês também vão achar.

Um barulho do sino do local, indicando que alguém entrou no dojô, chamou a atenção de todos.

- Bem-vindo ao cobra kai.

A loira quase se engasgou ao ver quem era.

- Eli?

- O que aconteceu com você?

Ele deu um sorrisinho e deu de ombros.

- Eu tô sendo radical.

Johnny olhou para o garoto, surpreso.

- Espera, você não é o garoto do lábio? Cabelo maneiro.

O garoto estava com um moicano azul, coisa que o deixou mais bonito e atraente.

- Estão vendo? Não importa se você é um nerd, um fracassado ou um perdedor. O que importa é que você se torne durão. Entra, o do moicano.

Eli tirou os seus sapatos e subiu no tatame, parando ao lado de aisha.

- O medo não existe nesse dojô, existe? - o loiro perguntou ao garoto.

- Não, sensei!

- A dor não existe nesse dojô, existe? - Dessa vez, ele perguntou para Aisha.

- Não, sensei!

- A derrota não existe nesse dojô, existe? - perguntou para a filha, que deu um sorriso animado.

- Não, sensei!

- O fracasso não existe nesse dojô, existe? - a última pergunta foi para o Diaz.

- Não, sensei!

Johnny se virou, encarando seu próprio reflexo.

- Turma, pronta pra aprender o método do punho?

- Sim, sensei!

O loiro deu um sorriso animado, sentindo-se mais confiante.

~

No outro dia, Sarah seguia no dojô, aguardando ordem de seu pai, o mesmo treinaria como dá um soco de maneira correta.

- Preparar! Posição de luta!

O mesmo andou entre os alunos e ajeitou a perna de Eli.

- Estabilize a base, moicano. Mantenha o equilíbrio, reação total quando atacar.

- Sim, sensei!

O mesmo socou o ar, com as dicas do sensei.

O homem continuou andando, quando um branquelo se assustou, chamando a atenção do homem.

- Você se encolheu, virgem? Que merda, temos uma sala cheia de perdedores.

- Sim, sensei! - Todos responderam, menos Sarah, Aisha e Miguel.

- Isso não foi uma pergunta! Levanta a mão quem nunca levou um soco na cara.

Todos levaram a mão, menos aisha, Miguel e Sarah.

- Abaixem as mãos. Vocês têm evitado brigar a vida toda pra não quebrar um nariz ou perder um dente. Essas coisinhas bobas. Só há uma solução, antes de saírem desse dojô, cada um de vocês vai levar um soco. Muito forte, na cara.

O homem parou em frente a filha.

- Senhorita Lawrence, organize-os e salvem essa turma.

- Sim, sensei!

O Lawrence mais velho foi para o seu escritório, Sarah se preparou e logo acertou o rosto do branquelo que se encolheu.

- Desculpa mas lá na frente vai me agradecer por isso.

O próximo seria o Falcão, ele sorriu nervoso para a loira.

- Vai pegar leve comigo?

Ela deu de ombros.

- Eu até poderia mas não vai ser justo com os outros.

- É justo.

Ele riu e a mesma logo acertou um soco nele.

Miguel aproveitou que a mesma seguia ocupada e seguiu para o escritório do sensei, para pedir conselhos.

- Sensei, eu quero te perguntar uma coisa.

- Os primeiros-socorros estão ali. Alguém sangrando?

- Não. Bem, sim, há muito sangue mas é outra coisa.

O homem levou a sua atenção para o garoto.

- O que foi?

O garoto ficou nervoso e logo criou coragem para falar com o mesmo sobre Sarah, mesmo que discretamente.

- É que tem uma garota na escola...

- É gostosa?

- Ela é muito inteligente, legal e engraçada...

‐ É gostosa?

- E ela gosta de karatê...

- Gostosa?

Miguel riu e se sentiu estranho ao ver o homem falando, mesmo que não soubesse, de sua própria filha.

- Sim, ela é muito, muito gostosa.

- Legal.

- Você ia gostar dela, ela curte muito karatê e eu... quero chamar ela pra sair mas não sei como fazer isso de uma maneira correta.

- O que você não sabe? Ela é gostosa e todas essas outras coisas.

- É mas e se ela disser não?

O homem levantou de sua cadeira e parou em frente ao garoto.

- Nunca aceite a derrota, Diaz. Não existe não.

- Não é não...

- Se tá rolando sexo, não é não mas se você tá só chamando ela pra sair... você é um cobra kai, todos querem namorar um cobra kai. Certo?

O garoto apenas concordou com a cabeça.

- Não seja um bunda mole, nem foi tão forte.

A voz de Sarah chamou a atenção do dois ali, a mesma ria de um garoto que perdeu um dente.

O garoto levou sua atenção a revista que havia na mão do homem.

- Vamos participar?

- Ainda não estão prontos.

~

Sarah seguia indo até seu armário, a mesma nem prestava atenção nas pessoas que estavam cochichando ao seu redor.

- Sarah, oi.

A mesma sorriu ao ver Diaz encostado em seu próprio armário.

- Oi, Miggy.

- Então, como foi a aula hoje?

Ela franziu o cenho e destrancou seu armário.

- Bem entediante, o professor se perdeu no seu próprio conteúdo e eu não aprendi nada.

Ele riu juntamente com a garota, após ela fechar o armário, ele respirou fundo e parou ao lado dela.

- Escuta, eu tenho pensado muito em você e...

A mesma deu um sorriso divertido.

- Ah é?

- Não. Não muito... só a quantidade normal de pensar em outra pessoa.

Ela riu ao vê-lo se atrapalhar em suas próprias palavras.

- Tá tudo bem?

- Tá, quer dizer eu...

O garoto respirou fundo e disse em um só fôlego.

- Toparia sair comigo de novo em um encontro?

A loira sorriu, sentindo suas bochechas queimarem.

- Claro, vai ser divertido.

- Sério? Ahn... Legal! Que tal hoje à noite?

- Pode ser às 8?

- Tá, claro. Fechado.

Miguel ia saindo mas voltou, meio envergonhado.

- Eu só tenho uma bicicleta...

- Tudo bem, eu também tenho uma bicicleta. Podemos ir de bicicleta, que tal?

Ele sorriu aliviado.

- Claro, te vejo a noite.

A loira se aproximou do garoto e depositou um beijo em sua bochecha.

- Te vejo a noite, Diaz.
























Notas da Autora:

Capítulo Dez postado!

O primeiro encontro oficial deles vai acontecer, estão prontos?

Não sejam leitores fantasmas, isso desmotiva muito!!

Se tiver algum erro, me avisem por favor!

Um bjo da thay!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top