Chapter Five
Capítulo cinco| Culpa
Sarah passou a noite em claro, se sentindo culpada pelo o que havia acontecido com Miguel. A mesma nesse momento estava em frente a casa do garoto, buscando coragem para bater. Quando finalmente bateu, ela mordeu seu lábio inferior, nervosa e ansiosa.
A porta foi aberta mas não havia sido Miguel que a abriu. Havia sido uma mulher, cujo tinha cabelos morenos e cacheados. Ela sorria gentilmente para a garota.
- Olá.
Sarah sorriu de volta para ela.
- Olá, eu sou amiga do Miguel. Eu Sou...
- Sarah, não é?
A garota franziu o cenho, um pouco surpresa.
- Os cabelos loiros... Miguelito fala muito de você. Por favor, entre. Pode ficar a vontade.
Ela sorriu agradecida e entrou na casa, com as mãos no bolso de trás de sua calça.
- Obrigada.
- A propósito, sou Carmen. Eu sou a mãe de Miguel.
Ela caminhou até o balcão, pegando sua bolsa e chaves.
- Desculpe ter que sair assim, tenho que ir pro trabalho mas fique a vontade tá? Miguel está no quarto dele.
A Lawrence apenas confirmou com a cabeça e sorriu para a mulher.
- Obrigada, senhorita Diaz.
- Ah, que isso. Você é amiga de Miguel, me chame de Carmen.
Ela se despediu da garota e logo saiu de casa.
A Lawrence caminhou pelo corredor e bateu na primeira porta, imaginando que seria o quarto do diaz, já que havia som de música vindo de dentro.
- Mama, já disse que eu estou...
Diaz parou de falar quando viu que não era sua mãe. Ele sorriu, confuso e Sarah pôde jurar ver os olhos do garoto brilharem.
- Sarah? O que tá fazendo aqui?
Ela sorriu fraco e deu um abraço carinhoso no mesmo.
- Eu queria saber como você tava. Eu sinto muito pelo o que aconteceu, Miguel.
Ele se assustou mas logo retribuiu o abraço carinhoso da Lawrence.
Quando se afastaram, Miguel deu espaço para mesma entrar.
- Tá tudo bem, Sarah. Não tem que se culpar por isso...
Ela resmungou e se sentou na ponta da cama do Diaz.
- Foi minha culpa, eu deixei você sozinho e aqueles babacas se aproveitaram disso.
O garoto soltou uma risada e se sentou do lado da mesma.
- Ei, pode parar de se culpar por favor? Foi eu quem não me defendi e fui eu que provoquei eles.
A Lawrence olhou para o garoto e franziu o cenho.
- Como assim?
Ele coçou a cabeça, nervoso.
- Eles disseram uma coisa sobre você que me deixou irritado.
- O quê? O que eles disseram, miguel?
Ele soltou um suspiro e negou com a cabeça.
- Nada que vale a pena ser dito.
A Lawrence soltou um suspiro.
- Eu não devia ter me importado tanto com as merdas que eles falaram mas... não sei o que deu em mim.
Sarah deu um sorriso fraco para o garoto.
- Obrigada, de qualquer jeito.
Ela sorriu, fazendo o seu estômago revirar pela forma como estavam perto um do outro. Ela podia sentir a respiração do garoto batendo contra seu rosto. Ele estava perdido no olhar da Lawrence e ela da mesma forma. O olhar do Diaz desceu para os lábios rosados da garota, o que fez ela retornar para realidade e coçar a garganta, levantando rapidamente.
Essa atitude deixou o garoto confuso.
- É... a gente tem que ir, se não vamos nos atrasar. Vamos?
- É, tem razão. Vamos.
~
Nesse momento, Sarah, Eli, Demetri, Miguel e Maya seguiam na biblioteca. Maya estava no telefone concentrada em algo, enquanto Sarah tentava esquecer o que quase aconteceu mais cedo na casa de Miguel.
Ele iria mesmo beijá-la se ela não tivesse se atrapalhado? Essa pergunta gritava em sua mente.
- Então, é isso? Acabou? Nada de karatê? - Demetri perguntava a Miguel, que seguia olhando para Sarah.
- É, acho que sim. - Ele suspirou decepcionado.
- Bom, eu acho que é melhor assim. Isso tava começando a aumentar sua confiança.
Sarah levou sua atenção ao amigo e franziu o cenho.
- E isso não é bom?
- Sim.
- Não.
Demetri e Maya se encararam.
- Não. Olha só o que a confiança deu pro Miguel além de um olho roxo e a mochila jogada no lixo.
- Bom, eu achei bem legal o jeito que Miguel enfrentou o Kyler.
Maya sorriu pro garoto e concordou com ele.
- É, concordo com Eli. Deixa de ser bunda mole, Demetri. Não é porquê você é um frouxo, que nós também precisamos ser.
Ele revirou os olhos.
- Vocês estão malucos?
Maya revirou os olhos, sendo seguida por Sarah.
- Me digam uma coisa, qual é o melhor super poder que alguém pode ter?
- Telecinese.
- Super-força.
Demetri bufou irritado e negou com a cabeça.
- Invisibilidade e super velocidade, pra fugir bem rápido.
- Fugir de quem?
A voz de kyler se fez presente na biblioteca, fazendo com que o grupo se levantasse e começasse a guardar suas coisas rapidamente.
Ao lado dele estava Bryan, o que fez com que Maya o olhasse decepcionada.
- Nada não. A gente já tava de saída.
Kyler se aproximou de Eli e segurou o seu rosto.
- Tão indo aonde?
Ele deu uma risada e apertou fortemente o queixo do garoto, fazendo ele lhe encarar.
- Olha só essa aberração, que garota beijaria você?
Sarah deu um passo a frente, fazendo Kyler soltar o Moskowitz e encarar a loira, curioso.
- Eu beijaria. A pergunta certa aqui é, quem beijaria alguém como você?
O babaca fechou a cara rapidamente e segurou fortemente o braço da garota.
- Não me provoca, Lawrence ou eu juro que eu...
- Que você o que, cuzão?
Miguel Diaz encarou fixamente, Kyler. O que fez ele soltar o braço da loira e rir do garoto.
- Ah, não. Não me diga que você tá com o reia? Qual foi? Tá afim de apanhar de novo, reia? Fica fora disso! Vaza daqui, vai!
Ele empurrou o garoto, fazendo ele seguir para a porta junto com os outros.
Sarah continuou ali, pronta pra dá um soco nele se fosse necessário. A garota nunca baixou a cabeça pra pessoas como Kyler.
- Você se acha fodona agora que Steve saiu, não é? Mas saiba que nenhum de nós esqueceu daquele seu videozinho...
O garoto riu e se aproximou novamente da garota.
- É bom você torcer pra que o reia não veja aquele vídeo, porquê tenho certeza de que ele sentiria nojo de saber a vadia que você é.
Sarah não controlou sua mão e deu um soco no mesmo, fazendo ele levar a mão até o próprio nariz.
- Fica longe dos meus amigos ou a próxima coisa que eu vou quebrar vai ser essa sua cara de merda. Cuzão!
Sarah saiu dali, deixando Kyler irritado para trás e Bryan surpreso pelo ato da garota.
Maya sorriu orgulhosa e deu um abraço na mesma.
- Boa, loirinha! Adorei a forma como você calou esse babaca.
Ela sorriu e continuou indo em direção a sala onde teria aula com a garota.
Miguel, Eli e Demetri seguiam atrás delas.
- Ai, cara. Porquê você não chama logo ela pra sair?
Miguel olhou confuso para Demetri.
- O quê?
- Tá na cara que você tá afim dela. Não para de babar nela e desde a festa de Halloween, vocês estão grudados um no outro.
Eli concordou sorrindo fraco.
- Eu não sei não e se ela recusar? A gente se conhece a pouco tempo, não acha que tá cedo demais?
- Se ela recusar, você pelo menos tentou e nunca é cedo demais. Ou você quer esperar alguém fazer isso primeiro que você?
Diaz ficou pensativo, enquanto adentrava na sala de aula.
O garoto tinha razão, se ele não tentasse, nunca iria saber. Ele iria tentar, mesmo que recebesse um não como resposta, iria chamá-la para sair.
~
Sarah seguia em seu armário, colocando seu livro na mochila.
Eli se aproximou, meio envergonhado e sorriu fraco para a garota. Ela retribuiu e ficou meio confusa pela aproximação repentina do mesmo.
- Oi, Eli. Tá tudo bem?
Ele concordou com a cabeça.
- Sim, eu só... queria agradecer por me defender na biblioteca. Agradeço por ser a única garota a fazer isso por mim.
A Lawrence sorriu e colocou sua mão no ombro do garoto e fez um carinho no lugar.
- Não tem que me agradecer por nada, Eli. Eu fiz o que devia ter feito e você é meu amigo, sempre vou te defender desses babacas.
Ele sorriu agradecido e quando viu o carro de sua mãe chegando lá fora, se despediu da loira e foi em direção ao carro.
Miguel observava Sarah de longe, nervoso. Buscando coragem para chamá-la pra sair.
Ele sentia medo de estragar a amizade que os dois estavam criando. Sentia medo de que isso afastaria ela dele. Ele poderia perder qualquer coisa mas se perdesse a amizade da loira, iria enlouquecer.
Desde o primeiro momento em que o garoto viu a Lawrence, sentia que precisava da companhia dela. Como se o destino dos dois estivessem traçados desde sempre.
Ele respirou fundo e caminhou até a loira.
- Sarah, oi. É... nossos armários são um do lado do outro, não é legal?
A Lawrence riu, confusa pelo nervosismo do garoto.
- É, bem legal. Eu não fazia ideia.
Ele sorriu e começou a guardar suas anotações dentro do armário. Quando a garota fechou seu armário e ia se afastando, Diaz a chamou.
Ela se virou para o mesmo e esperou ele lhe dizer algo.
- Eu... tava pensando de nós saímos qualquer dia. Você topa?
- Tá mesmo me chamando pra um encontro, Miguel Diaz? - Ela o provocou.
O mesmo ficou mais nervoso ainda.
- Não...não precisa ser exatamente um encontro, se você não quiser.
Ela riu pelo nervosismo do latino.
- Parece ser uma oferta atentadora mas preciso pensar um pouco.
- Claro, tudo bem.
Miguel ia se afastando mas a voz de Sarah o parou.
- Espera! Me dá o seu celular.
Ele franziu o cenho mas fez o que ela pediu.
- Pronto, aqui está o meu número. Eu te mando uma mensagem confirmando algum dia, tudo bem por você?
Ele sorriu e confirmou com a cabeça. Ele observou a Lawrence indo em direção a saída da escola e sorriu animado. Ela não havia dito não, o que deixou o coração do garoto acelerado.
~
Sarah seguia em sua bicicleta, em direção a lanchonete favorita de seu pai. Ao adentrar no lugar, após deixar sua bicicleta do lado de fora da lanchonete, ela pode ver seu pai sentado com uma poção de batata frita na sua frente. O mesmo estava observando uma criança, que seguia com seu pai, comendo sorvete. Sarah pôde jurar que viu um pequeno sorriso surgir no rosto dele.
Ela puxou a cadeira e sentou na frente do mesmo.
- Oi, pai.
O mais velho levou sua atenção para a garota e franziu o cenho.
- Como sabia onde eu tava?
Ela deu de ombros e levou uma batata a sua boca.
- Você adora essa lanchonete por ser do lado do hospital onde eu e Robby nascemos. Foi bem fácil.
O homem soltou um suspiro.
- Eu fui ver o seu irmão hoje...
- Deixa eu advinhar, faltou aula de novo?
Johnny confirmou com a cabeça e soltou um suspiro irritado e cansado.
- Não sei como lidar com o Robby, ele é complicado...
- E cabeça dura, eu sei mas sei que algum dia ele vai se tocar que você tá fazendo de tudo pra consertar as coisas com ele e que aqueles amigos dele, não vão levar ele pra um bom lugar.
Ele concordou.
- Você viu o Miguel hoje?
- Sim, ele tá bem. É um garoto forte e corajoso.
- Eu ferrei com ele também...
A Lawrence segurou a mão de seu pai.
- Não ferrou não, pai. Você tá ajudando ele. Ele enfrentou um grupo de babacas sozinho, quem iria acreditar que ele teria tanta coragem?
O homem soltou uma risada.
- O que aconteceu só foi pra mostrar que ele precisa de mais de treinamento e quando acabar, vai poder acabar com aqueles babacas do ensino médio sozinho.
- Agora não tem mais jeito. Vou ter que fechar o dojô e a mãe dele nunca iria concordar.
- E desde quando você aceita um não e desiste fácil assim? Você é o Johnny Lawrence, o meu pai é um campeão. Nunca aceite a derrota! Esqueceu de tudo que me ensinou?
O homem negou e soltou um longo suspiro.
- Não aceite a derrota, pai! Tente outra vez e mostre pra Carmen que você só quer ajudá-lo.
- E se ela não aceitar?
- Vale a pena tentar, se for pra salvar um garoto como o Diaz.
Ele sorriu e concordou com a cabeça.
~
Sarah seguia encostada na coluna, com os braços cruzados, em frente a sua casa. A mesma aguardava seu pai ter coragem de bater na porta da casa do Diaz.
Quando finalmente bateu, a porta foi aberta por Carmen, que encarou o homem fixamente.
- Por favor, não fecha a porta.
A mesma olhou por trás do ombro do homem e sorriu fraco para a garota, que acenava pra ela.
- Olha, eu sei que não estava lá quando ele precisou e eu o decepcionei, Decepcionei você também. Sei que também não tem como voltar atrás mas esse garoto é uma das únicas pessoas que não desistiu de mim e eu não vou desistir dele. Sei que pisei na bola mas se deixar ele voltar, não vou falhar com ele de novo. Eu prometo. Está bem?
Ele apenas recebeu o silêncio de Carmen.
- Por favor, pense nisso.
Johnny se afastou da porta e entrou dentro de casa.
Carmen olhou para a mesma, um tanto pensativa.
- Boa Noite, senhorita Carmen.
Sarah adentrou em sua casa e sentiu uma pontada de esperança surgir em seu peito.
- E agora?
- Esperamos, pai.
Ele concordou e logo deu um abraço rápido na garota.
- Valeu...
- Eu só fiz o que faço de melhor, não precisa agradecer. Boa noite, pai.
Notas da Autora:
Capítulo cinco postado!
Espero que estejam gostando.
Não sejam leitores fantasmas, isso desmotiva qualquer escritor!
Não esqueçam de comentar e deixar sua opinião aqui nos comentários!
Um bjo da thay!!
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