Chapter eleven

Capítulo Onze| O encontro perfeito

Sarah estava em sua bicicleta, a caminho do dojô. A mesma havia dormido na casa de Robby e perdido o horário, o que resultou em suor e cansaço.

Assim que chegou no dojô, pôde ver Miguel, Aisha e Falcão conversando. Ao verem a loira, sorriram e acenaram para ela. A garota retribuiu e seguiu direto para o vestiário para vestir seu kimono.

Ao sentar do lado do Diaz, percebeu que os três estavam estranho. Na hora que a loira chegou no dojô eles estavam conversando animados sobre algo mas agora estavam quietos e se olhavam nervosos.

- O que foi? Vocês tão bem?

Aisha coçou a garganta e sorriu fraco.

- É, estamos. A gente tava falando sobre...

- A minha tatuagem. - Falcão disse, se levantando e retirando a parte de cima do seu kimono, deixando amostra a figura de uma Falcão.

- Caramba, que foda!

- Não é?

- Isso doeu?

Ele colocou seu kimono de volta e deu um sorrisinho, negando com a cabeça.

- Não. Foram catorze horas na cadeira. Conheço um cara, se quiser ser rebelde algum dia, te levo até ele. - O do moicano deu uma piscadinha para a Lawrence.

Diaz olhou para ele com o cenho franzido e tentou ignorar o ciúmes gritando em seu peito. Aisha deu um sorrisinho disfarçado ao notar.

- O que seus pai disseram?

- Eles não sabem. Não vou tirar a camisa até a faculdade ou até depois disso. Por favor, Não contem pra eles.

A loira riu.

- Se algum dia eu virar rebelde que nem você, vou fazer uma cobra no meio das costas.

- Ficaria incrível em você, rainha cobra.

A loira soltou uma risada fraca e começou a se alongar, quando a voz de seu pai irritado chamou sua atenção.

- Banido? Do que está falando?

A loira e o Diaz se entre olharam confusos e logo se levantaram, seguiram até o escritório do Lawrence mais velho.

- Você não pode me banir, eu que vou banir você!

Ele desligou o telefone, irritado, fazendo os adolescentes o olharem confusos e curiosos.

- Sensei, o que aconteceu?

- O Cobra kai tá banido pra sempre do torneio.

- O quê? E isso é justo?

- Óbvio que não! – A loira repondeu, irritada.

- Não posso fazer nada.

A Lawrence franziu o cenho, juntamente com o Diaz.

- E o que aconteceu com o papo de nunca aceite a derrota? - Miguel o questionou.

- Foi um conselho sobre garotas. — Sarah olhou para Miguel com um sorrisinho, ao perceber o olhar nervoso dele. ‐ Esse é o mundo real, existem regras.

- E desde quando você segue as regras?

- Não aceitamos um não como resposta. Não pode desistir.

- Querem saber? Vocês tem razão.

A loira e o moreno deram um sorriso animado.

- Eu vou lá...

- Sim.

- Dar uma surra neles.

Os adolescentes negaram rapidamente a cabeça.

- O quê? Não, não, não. A gente não quis dizer isso.

- Estamos falando que talvez haja uma abordagem mais delicada, Sensei.

- O método do punho não é delicado. Cobras não são delicadas.

- Sim, desculpe. Esquece isso.

- Pai, o que a gente quer dizer é que talvez haja uma maneira mais inteligente de contra-atacar. Além disso, tenho certeza de que se agir dessa maneira, as chances de sucesso vão ser muito mais baixas. Pode deixar o método do punho de lado só essa vez?

O loiro olhou pros adolescentes, bufando logo em seguida.

~

A noite havia chegado e Sarah seguia ajudando seu pai a ajeitar sua gravata. O mesmo vestia um terno velho. A Lawrence vestia com uma calça jeans e uma blusa branca justa em seus peitos.

- Eu preciso apertar mais.

- Se apertar mais, vai acabar me enforcando.

A loira soltou uma risada e revirou os olhos.

- Deixa de drama, pai. Prontinho, agora tá parecendo um riquinho metido.

O Lawrence revirou os olhos e seguiu para a porta, ao ouvir batidas e chamado do Diaz.

O mesmo entrou com um sorriso em seu rosto. Ele seguia com um blusa vermelha, calça jeans e um casaco vermelho com azul.

- Eai, nervoso?

- Não, nervoso não.

O Diaz concordou com a cabeça e soltou uma risada.

- Você precisa ser educado. Se você ficar irritado, o que vai fazer?

- Não sei. Costumo socar a cara de alguém.

A loira e o moreno fizeram um careta, negando rapidamente com a cabeça.

- Isso não é uma boa ideia.

- Que tal quando alguém te irritar, você fechar o punho como se fosse socar alguém? Mas não dê um soco em alguém, por favor.

- Então, eu seguro?

- Sim.

- Tá legal.

O homem foi até a maleta e Sarah sorriu para o Miguel, que fazia joinha para ela.

- O que tem na maleta? - Perguntou Diaz.

- Nada. Achei ela no lixo.

- Bom complemento.

- Valeu.

Johnny deu um gole em seu café e parou em frente ao Diaz.

- Tá nervoso com o seu encontro?

Sarah sorriu e engoliu o seco, ao ver o Diaz olhar para ela.

A garota não tinha vergonha do mesmo, ela só torcia para achar uma hora certa pra contar para o seu pai. Ela sabia que ele ia surtar com a notícia e talvez quisesse socar o garoto, afinal Johnny sempre foi muito protetor com ela.

- Sim, um pouco. Talvez muito.

- Não tem motivos pra isso, relaxe e fica calmo. Quando for a hora certa, faça sua jogada.

- Jogada? Mas que jogada? Não tenho uma. Qual é a minha jogada?

O mesmo ficou nervoso e Sarah riu do mesmo.

- Você tem que beijar a garota.

- Tá bem...

Johnny colocou a mão no ombro do garoto.

- Você é um cobra kai. Ataque primeiro, ataque firme. Não é só pro karatê, é para tudo. Pra onde vai levar a garota?

- Para o observatório. Piquenique no gramado, três provas de chocolates e se o céu estiver limpo, veremos estrelas.

Sarah sorriu disfarçadamente, amando a ideia. Parecia simples e romântico, do jeito que a Lawrence gosta.

O loiro franziu o cenho, encarando o garoto.

- A única parte boa disso é a prova de três chocolates

- Eu não achei. Parece tudo perfeito e romântico. - A loira deu de ombros e comeu um pouco de seu salgadinhos.

- Olha, se você quer impressionar a garota leva ela pra onde eu levava as minhas namoradas.

- E onde é isso?

A Lawrence sorriu mais animada ainda.

- Ao Golf n' Stuff.

Miguel olhou para a garota, que tinha um brilho em seus olhos e um sorriso animado e concordou com a cabeça.

~

Sarah e Miguel havia acabado de prender suas bicicletas. O garoto observou o local com um olhar surpreso. Ele era bem iluminado, cheios de jogos e pessoas.

- Caramba, esse lugar é incrível! Já veio aqui antes?

- Vim muitas vezes com o meu pai. Ele adora esse lugar.

Miguel sentiu os dedos da garota se juntando com os seus e um calor subiu com o toque delicado de sua pele. Ele sorriu para ela e ela o olhou com um sorriso também, apertando levemente a sua mão.

- Tá pronto?

Ele concordou com a cabeça e logo seguiram para a cabana onde pegaram os tacos. O primeiro jogo que iriam jogar seria golfes. O Diaz tentou acertar o buraco mas errou, a Lawrence acertou em cheio e sorriu vitoriosa. A mesma havia apostado com o mesmo de que quem perdesse, iria ter que fazer o que o outro quisesse.

O segundo jogo foi sinuca, Miguel e Sarah acertaram e ganharam tickets. O terceiro jogo foi basquete, o que os fez ganhar muitos tickets.

Sarah e Miguel agora estava na cabine fotográfica, para tirar fotos juntos.

Os dois sorriam e logo fizeram uma careta ao segundo flash. A loira deu um beijo na bochecha do garoto, fazendo ele sentir suas bochechas queimarem. A última foto foi dos dois se olhando, tão intensamente, que qualquer um que olhasse essa foto saberia que os dois se gostavam de uma forma que nem eles entendiam.

Após saírem, Sarah pegou as fotos e sorriu.

- Posso ficar com elas?

Ele apenas concordou com a cabeça, enquanto admirava seu rosto delicado.

Miguel e Sarah seguiram para o balcão, onde poderiam trocar seus tickets por algum objeto.

Havia ursinhos, chaveiros e entre outros objetos ali.

- Boa noite, o que vão levar?

A loira parou seu olhar em um ursinho de pelúcia lilás e sorriu animada, Diaz pode ver um brilho em seu olhar ao apontar para o urso.

- O ursinho lilás, senhor.

O garoto segurou o ursinho juntamente com a loira.

- É muito fofo.

- É sim. Como vamos chamá-lo?

O Diaz pensou um pouco.

- Que tal Milo?

A loira sorriu e concordou com a cabeça.

Ele a olhava tão fixamente, que quase se perdeu no olhar da garota. Seu coração faltava sair do peito e seu estômago revirava, parecia que tinha borboletas em seu estômago.

A loira estava do mesmo jeito, seu coração faltava sair do peito de tão nervosa que estava. Podia, a qualquer momento, se perder em seu olhar.

Após saírem do local, Sarah e Miguel seguiam sentados em um banco, enquanto bebiam seus milk-shakes. O da Lawrence era o de baunilha, o seu preferido e o do Diaz era o de chocolate, o favorito do mesmo.

- O que tá achando do nosso encontro?

A Lawrence levou seu olhar para ele e sorriu.

- Está incrível. Tá sendo melhor do que eu imaginava.

O Diaz parou e admirou a garota por um tempo. A mesma estava com os cabelos soltos e os lábios melados de milk-shake.

Não importava como ela estivesse, ela sempre estava linda. Sempre com os seus cabelos loiros, seus lábios rosados e seu sorriso encantador. Ela fazia qualquer um perder o fôlego. Ela fazia o Diaz perder o fôlego.

Após terminarem seus milk-shakes, Sarah deixou seu ursinho em cima do banco e se levantou, deixando Miguel confuso.

- Não pense que esqueci da nossa aposta, Miggy. Você tem que fazer o que eu quiser, então vamos lutar.

O garoto levantou e franziu o cenho, com um sorriso brincalhão em seu rosto.

- Quer lutar contra mim? Tá legal mas vou logo avisando que...

A garota foi até o garoto e o atacou com leves socos e golpes, que foi defendido pelo mesmo. O moreno defendeu o seus golpes e a puxou pelo braço, fazendo a mesma ficar de costas contra ele.

- Viu só, eu tô pegando o jeito.

Ela sentia a respiração do garoto contra a sua bochecha, seu estômago revirou pela aproximação do mesmo. Ela levou seu olhar para os lábios do garoto e ele fez o mesmo, tentando se aproximar. A mesma deu um sorrisinho vitoriosa, o pegou desprevenido e o derrubou no chão.

- Caramba! Como fez isso?

- Um mestre nunca revela os seus segredos.

Miguel Diaz sorriu encantado, ao vê-la sorrindo orgulhosa para ele.

- Sarah...

A mesma forçou seu pé contra o peito do garoto, o forçando a continuar deitado na grama.

- É sensei Sarah pra você.

Ela deu um sorrisinho e sentou por cima do Diaz. A ação deixou o coração do garoto acelerado. A loira o encarou com um pequeno sorriso no rosto e logo juntou os seus lábios em um beijo apaixonado e caloroso.

O garoto levou suas mãos para a cintura da loira e apertou levemente.

Ele podia sentir uma sensacão nova crescer em um lugar que nunca imaginou sentir.

~

Após se despedirem, Miguel seguiu para o dojô para ver o sensei e conta-lo sobre seu encontro. Sarah seguiu para a casa de Maya.

A mesma havia combinado com a morena de dormir lá, já que a morena havia pedido para dormir com a mesma pois seus pais havia viajado e ela odiava dormir sozinha.

Sarah sentia borboletas em seu estômago durante todo o trajeto até a casa da amiga.

Quando chegou, se assustou com a cena a sua frente. Maya tentava carregar Bryan, que estava muito machucado. Ele seguia sem sua camisa, com muitos machucados em sua barriga e em seu rosto. Era como se ele tivesse sido espancado.

A loira correu até eles e segurou o garoto do outro lado, ajudando a levá-lo para dentro da casa de Maya.

As duas garotas o colocaram no sofá. O mesmo se sentou desleixado e resmungou de dor.

- Que merda... o que aconteceu com você?

O garoto soltou um suspiro cansado.

- Maya?

A garota olhava para o loiro assustada.

- O pai dele sempre exagera na bebida e isso sempre acontece.

A loira o olhou com compaixão, enquanto o mesmo fechava os olhos devido a dor.

- Eu não tinha outro lugar pra ir então vim pra cá. Maya foi a primeira pessoa que passou na minha cabeça.

Sarah observou Maya o olhar com tristeza, ela ainda estava magoada pelo garoto ter escolhido outro grupo de amigos.

- Eu... vou pegar o kit de primeiro socorros.

A garota seguiu até a cozinha, deixando Sarah e Bryan ali, em um silêncio desconfortável.

A mesma mordeu o seu lábio inferior, nervosa.

- Então, a porta era ele?

O garoto soltou um suspiro pesado e confirmou com a cabeça.

- Eu sinto muito, você e nem ninguém merece passar por algo assim. Que tipo de pai faz isso com o próprio filho?

- O meu faz. Tem pessoas que nunca quiseram ter um filho, por isso a raiva toda.

A loira sentiu seu coração apertar e quis tanto ajudá-lo mas não fazia ideia de como.

- Porquê não vai até a polícia? Tenho certeza de que eles podem ajudar ou...

- Fica de boa, Sarah. Eu tô bem, isso não é nada.

Ela franziu o cenho, totalmente confusa.

- Como assim não é nada? Ele podia ter matado você!

O loiro riu fraco e negou com a cabeça.

- Isso aqui não é nada comparado a todo o resto.

Maya voltou a sala e sentou-se ao lado do garoto, ela pegou um algodão e o molhou com soro, logo limpando o sangue que havia no rosto do garoto.

A Lawrence apenas se sentou, enquanto uma angústia crescia em seu peito. Ela se perguntava como o garoto conseguia ficar tão calmo, mesmo estando totalmente machucado e o pior, o próprio pai havia feito isso com ele.


















Notas da Autora:

Capítulo Onze postado!

O que acharam? Tiveram um deja vu com a história do Bryan?

Comentem e me digam o que estão achando!

Um bjo da thay!

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