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Esse capítulo era pra ter saído ontem, mas eu não estava satisfeita com o que havia digitado e decidi reescrever. Desculpa a demora.

Qualquer erro durante o capítulo me avisem. Pode ter passado despercebido durante a revisão.

Votos e comentários fazem uma autora feliz e incentivam a escrever.

“Sunset"

Harry

As coisas ainda estavam confusas na minha cabeça. Claro que eu fiquei um pouco irritado por ela não ter me contado antes, mas é até compreensível se parar para analisar nosso histórico de brigas.

Talvez se ela me contasse antes, eu não teria tido a chance de me apaixonar por ela.

Meu coração ainda está apertado... Ela achava que eu iria embora depois de ouvir tudo, por causa de algum preconceito idiota. E eu estava decidido a mostrar que ficaria ao lado dela.

Mas também fico feliz por ela ter amigos tão leais e preocupados. Nem todos os sonserinos são egoístas e maus...

Sou acompanhado pelo Blaise pelo salão comunal da Sonserina. Conseguia ver meus amigos me esperando no corredor ao lado da Pansy e do Nott.

Alguns alunos me olhavam enojados, nada que eu não soubesse lidar.

- Ela está bem? - a Pansy segura o meu pulso e pergunta baixo.

- Está - concordo com a cabeça e a vejo suspirar aliviada.

- Obrigada por ficar ao lado dela - a morena parece ter dificuldade em dizer a frase.

- Não precisa agradecer - dou uma risada soprada.

Caminho ao lado dos meus amigos pelos corredores vazios e iluminados por velas em direção a torre da Grifinória. Nossos passos ecoavam no chão e nossas respirações eram ouvidas.

- Desculpa não ter te escutado - falo para a Hermione.

- E por ter sido um grosso também - ela complementa.

- Por isso também - dou uma fraca risada.

- Não queria que nenhum de vocês dois saíssem machucados - ela explica - Por isso queria que você me ouvisse.

- Ela me explicou - conto - Mas foi melhor assim. Se eu tivesse descoberto antes, acho que não teria conhecido ela melhor.

- Quem diria que a gente iria se tornar amigos da doninha - o Ron sorri.

- Ron - a Mione o repreende.

- Não estou dizendo que isso é algo ruim - ele explica - Só estou surpreso.

- Você ainda vai pedir ela em namoro? - a minha amiga pergunta.

- Vou - concordo com a cabeça - O que mudou afinal? A Dray é a mesma.

Minha amiga sorriu orgulhosa e apertou meu ombro.

- Vai continuar o mesmo plano? - ela pergunta.

- Eu já dei o presente - sorrio de canto - Achei que era o momento. Vou pensar em outra coisa.

Entramos no salão comunal da Grifinória e ainda tinha alguns alunos espalhados pela grande sala. Me despeço da Hermione e subo para o dormitório sendo seguido pelo Ron.

Me jogo na cama e mantenho o antebraço sobre os olhos, enquanto respirava fundo.

- Você beijou o Draco - ouço o Dino Thomas falar.

- Eu beijei a Dray - suspiro, preferia não ter essa conversa agora.

- Dá na mesma - o Simas revira os olhos.

- Você é gay? - o Dino pergunta.

- Não - nego com a cabeça - Ela é uma garota e eu um garoto.

- Você é doido - o Simas nega com a cabeça.

- Como você consegue? - o Neville me encara curioso - Esquecer tudo que o Draco fez?

- A Dray que eu conheço é diferente do Draco - dou de ombros.

- Mas como...- o Simas arqueia as sobrancelhas curioso.

- Eu sei que vocês querem entender tudo, mas eu estou cansado, foi uma noite tensa e eu quero dormir - sorrio de canto.

- A Hermione explica pra vocês amanhã - o Ron dá de ombros - Ela vai adorar dar uma palestra.

- Só peço que não julguem - falo enquanto troco de roupa - Todos nós mudamos, ela também. Dêem uma chance para conhecê-la - falo e o Ron concorda com a cabeça os incentivando.

- Tudo bem - o Neville sorri sem mostrar os dentes.

- Eu voto em contarmos os podres do Harry para Dray - o Simas fala.

- Tipo a história de que ele só tem uma blusa? - o Dino pergunta e o outros começam a rir.

- Desisto de vocês - nego com a cabeça e vou dormir.

Acordo mais cedo, pois sabia que a Dray geralmente costumava ir tomar café da manhã quando o Grande Salão ainda estava vazio.

Faço minha higiene matinal e coloco o uniforme, tento arrumar o cabelo em frente ao espelho, mas desisto depois de algumas tentativas.

Ao chegar no corredor do Grande Salão a vejo parada na frente da enorme porta. Ela parecia estar travando uma batalha interna para decidir se entrava ou não. Me aproximo dela, envolvo sua cintura e deixo um beijo na têmpora dela.

- Bom dia - falo segurando ela - Café da manhã?

- Na verdade - a loira vira e tenta se soltar para ir embora - Eu nem estou com fome.

- Dray ... - eu a encaro preocupado - Você nem ao menos jantou ontem.

- Não quero entrar ai - admite baixinho e eu quase não escuto.

- Eu estou com você - entrelaço nossas mãos - Juntos! - sorrio

- Você é um clichê, Potter - a loira dá uma risada fraca.

- Pelo menos eu te fiz rir - pisco e aperto a mão dela.

- Juntos - suspira.

Entramos no local que já estava um pouco cheio, algumas pessoas nos olhavam, mas eu focava meu olhar nela e a incentivava a andar. Deixo a Dray na mesa da Sonserina e antes de me dirigir para a mesa da Grifinória dou um beijo casto nos lábios da garota num momento de impulso.

Vejo ela sorrir com o dedo sobre os lábios e decido que era aquele sorriso que eu queria ver sempre.
Sem me importar com o que os outros iriam achar.

Durante o café da manhã, meus amigos próximos prestavam atenção nas palavras que a Mione dizia, enquanto comiam. Sorri, sabendo que eles se esforçavam para entender o outro e aprendiam a respeitar. Se todas as pessoas fossem como eles...

Terminamos o café da manhã e voltamos à torre da Grifinória para pegar nossos materiais, mas acabo não indo para a primeira aula, pois a Minerva queria falar comigo.

Diferentemente do Dumbledore, a Minerva não tinha uma senha divertida. Encarei a sala a muito tempo não visitada por mim e ela continuava da mesma maneira.
Vi a Dray sentada em uma cadeira em frente a mesa da Minerva.

- Está mais calmo, senhor Potter? - a Minerva pergunta em forma de repreensão.

- Sim, obrigado por perguntar - dou um sorriso e sento ao lado da Dray.

- Estava conversando com a senhorita Malfoy - ela explica - Já pegamos o culpado. Um aluno da Corvinal, ele recebeu uma quantia de um jornal para fazer isso. Ele já foi devidamente punido.

- Ele foi expulso - a Dray explica.

- Eu sei que você estava estressado ontem, Harry - a Minerva me olha compreensiva - Mas a escola sabe lidar com os problemas.

- Entendi - concordo a contragosto.

- Podem voltar para suas aulas - a diretora fala - Você está segura aqui, ninguém vai fazer mal a você dentro de Hogwarts - diz para a Dray.

Saímos da sala da Minerva e eu acompanho a Dray para a aula dela de artimancia junto com a Corvinal, antes de seguir para minha aula de estudo dos trouxas com a Lufa Lufa.

- Ainda não entendi o motivo dela ter me chamado - comento com a Dray.

- Ela não queria que você fosse... Brigar com o cara - a Dray explica - Hogwarts sabe lidar com os problemas, meu caro.

- Mas eu tenho vontade de azará-lo - falo sincero.

- Se alguém tivesse que azarar esse babaca seria eu - ela fala convencida.

- Vocês são bonitos juntos - a Luna está parada na porta da sala e sorri para nós - Harry... Dray.

- Oi, Luna  - sorrio.

- Lovegood - a Dray cumprimenta.

- Você parece mais feliz - ela fala para a Dray - As pessoas não sabem lidar com quem é diferente - ela explica - O Harry é uma das exceções.

Realmente, poucas pessoas paravam para conversar com a Luna por acharem que ela é maluca, mas ela é uma pessoa legal.

- Vamos entrar? - ela espera a Dray.

- Eu só vou me despedir do Harry - a Sonserina avisa.

Eu fico em dúvida se abraço, beijo a Dray ou se simplesmente largo a mão dela e vou embora.

- Você parece confuso, Harry - a loira da Corvinal comenta - São os zonzóbulos embaralhando a sua mente - ela coloca os óculos no rosto.

- Zonzóbulos? - a Dray pergunta confusa.

- A Luna te explica - sorrio sabendo que ela iria me matar depois. Seguro a cintura dela para beijá-la profundamente - Vejo você depois.

Corro para não perder o horário da próxima aula e consigo chegar bem a tempo.
Cumpro todo meu horário de aulas e mesmo com alguns trabalhos e exercícios para fazer vou para o treino de quadribol, depois eu daria um jeito de fazer quando estivesse mais próximo da data de entrega.

O treino é cansativo, mas não tinha melhor sensação do que a liberdade de estar voando.
Ao término do treino eu estava suado e com dores musculares. Os jogadores guardavam suas vassouras e iam embora. Fiquei para ajudar a Ginny a guardar os balaços, goles e o pomo de ouro.

- Fiquei sabendo o que aconteceu ontem - ela comenta - Não tinha chegado no Grande Salão ainda.

- Sorte a sua - falo - Não foi algo legal de se ver.

- Imagino - ela aperta meu ombro - Descobrir que sua namorada é um garoto.

- O que? - me afasto - Eu estava falando da maldade que fizeram com ela.

- Ela? - a ruiva me olha incrédula - É o Draco, Harry. Só exporam o segredo ridículo que ele escondia.

- Ridícula está sendo essa sua atitude - nego com a cabeça desconhecendo a garota doce com quem namorei - É a Dray, ponto.

- Ainda há um pênis - ela fala exasperada - É um garoto. Não sabia que você gostava de garotos.

- Eu gosto de garotas - dou de ombros - Por isso que estou com ela. Mas vai muito além do externo, me apaixonei por quem ela é por dentro.

- Tá bom - ela concorda debochada - Faça o que quiser. Mas quando quiser uma namoradA de verdade não vem me procurar.

- Pode ficar tranquila, eu não vou precisar - a encarei - Porque eu já tenho uma namorada de verdade.

Com o passar das semanas o assunto foi morrendo, mas os olhares e algumas “zoações" continuaram.

A Dray era forte, ela fingia não se importar, mas nós sabíamos que aquilo magoava ela.
Era Valentine's day e todos os alunos autorizados estavam indo a Hogsmead para comemorar ou apenas para sair da escola por um tempo.

Estava procurando a Dray no meio daquela multidão que saia da escola, mas não a encontrei. Consegui ver a Pansy e o Blaise, então resolvo perguntar para eles.

- Cadê a Dray? - pergunto preocupado.

- Ela não estava segura para sair do colégio - a Pansy explica - Até nos oferecemos para ficar com ela, mas ela nos mandou ir nos divertir.

- Ela ficou na Sonserina? - pergunto, tentando não ser empurrado pelas pessoas que passavam.

- A Dray disse que ia treinar um pouco - o Blaise me diz.

- Okay - sorrio - Obrigado.

...

Encontro a Dray saindo do lugar onde as vassouras ficavam guardadas. Ela estava com o cabelo platinado preso em um rabo de cavalo, mas alguns fios escapavam e emolduravam sua face. As maçãs do rosto dela estavam vermelhas por conta do sol que fazia.

- Malfoy - chamo, ela olha em volta procurando até me ver.

- Hey, Potter - ela sorri e acena com a mão.

- Sozinha nesse Valentine's day - comento.

- Digo o mesmo para você - ela sorri de canto.

- Minha companhia está meio ocupada - brinco - Ela prefere quadribol.

- Você não pode competir - ela me provoca.

- Estava te procurando - falei sério - Seus amigos falaram que você estava aqui.

- Não estava muito animada para encontrar mais pessoas - ela sorri tensa.

- Entendo - concordo com a cabeça - Quer companhia?

- Claro - ela sorri - Eu te espero pegar uma vassoura.

Pego a primeira que eu vejo e volto para o lugar onde ela estava me esperando.

- Quer apostar uma corrida? - ela pergunta já ganhando altitude.

- Aí não vale - murmuro contrariado.

- Para de ser reclamão - ela ri - Vai logo.

- Dê o seu melhor - provoco.

- Sempre - ela responde rindo.

Nós voamos por um tempo, apostamos algumas corridas e fizemos algumas acrobacias.
Depois de um tempo paramos para descansar.

- Que tal eu passar na cozinha e pegar algo para a gente comer? - dou uma idéia - Estou com fome.

- Eu também - ela afirma - Vou ficar aqui esperando.

- Preguiçosa - murmuro.

- Eu sou a rainha, escravo - ela brinca - Me alimente.

- Escravo, é? - pergunto pegando ela no colo e a girando.

- Harry, para! - ela grita, mas continua rindo.

- Já volto - falo ao colocá-la no chão e deixo um beijo rápido.

A loira se deita no gramado usando o sweater como travesseiro, ficando apenas com uma blusa fina.

- Eu vou acabar desidratada com a secada que você me deu - ela comenta rindo com o braço cobrindo os olhos.

- Eu? - aponto para o peito - Impressão sua.

- Certo - ela não parece acreditar.

Passo na cozinha e pego alguns sanduíches e suco de abóbora, antes de voltar para o campo de quadribol.
Volto com as coisas na mão e me sento ao lado dela. Comemos, enquanto conversávamos sobre assuntos bobos.

O tempo passou rapidamente, me deito ao lado dela e observo o sol de pôr em tons de laranja e rosa. 
Viro o rosto para encarar ela, ela também me olha, mas desvia o olhar envergonhada.

- Namora comigo? - falo me sentando e a olhando.

- Como? - ela me olha surpresa e também senta, endireitando o corpo.

- Namora comigo? - pergunto mais uma vez - Eu ia te pedir naquele dia, mas aconteceu tudo aquilo e acho que já passou da hora.

- Sim - ela segura minhas bochechas com as mãos e me beija repetidamente.

- Ufa - suspiro tranquilo.

- Nervoso? - ela pergunta.

- Claro - afirmo com a cabeça.

- Achava que eu iria dizer não? - a loira pergunta.

- Nunca se sabe - dei de ombros.

- Eu já estava apaixonada por você - ela sorri e feita a cabeça sobre o meu ombro olhando para frente - “Não" nem era uma hipótese.

- Fico feliz em saber disso - falo sincero - Porque eu também estou apaixonado por você.

💚💚💚

-Ella

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