01. Destino cruzando caminhos
BEM VINDES À SIMPLESMENTE ACONTECE!
➼ Fanfic está concluída. Por que aparece em andamento? Para ver se o wattpad não derruba por considerar ter sexo e pouco enredo (é, meus doces, eles baniram as pwp). Espero que essa tática funcione se não terei que retirar a fic daqui;
➼ Nada haver com o filme Simplesmente Acontece, só percebi que o título é igual depois de ter escolhido;
➼ Presentinho de aniver para minha soulmate;
➼ Tem drama familiar e a diferença de idade do casal principal é de 16 anos, tendo Jungkook 18 e Jimin 34;
➼ Mantenho idade brasileira nos personagens para evitar confusão;
➼ Conteúdo +18, não me responsabilizo por menores de idade lendo;
➼ Reforço que esta é uma estória fictícia, nada condiz com a realidade dos membros do BTS, qualquer semelhança é mera coincidência e é uma obra sem o intuito de ofender;
➼ Nunca esqueça que um autor se dedica muito para fazer os capítulos, então se você gosta das obras dele, não deixe de demonstrar apoio votando e comentando pois traz uma alegria sensacional, além de incentivá-lo a continuar.
➼ Esta fanfic está disponível apenas no meu perfil no wattpad, para sua segurança leia apenas no próprio site ou pelo app!
P.s.: Uma leitora e amiga me disse sobre a semelhança da vida do Jungkook com uma música (Doll house - Melanie) então resolvi colocá-la aqui para vocês verem. É impressionante pois mesmo que não tenha sido minha inspiração, encaixou direitinho!
Atenciosamente, SweetNaminnie.
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Capítulo 1 - Destino cruzando caminhos
Problemas. Quem não os tem? Mas quando se tem algum, o certo a se fazer é resolver. Entretanto, os pais de Jungkook não pareciam entender isso. Eles já não entendiam mais nada, não se ouviam, viviam culpando um ao outro até pelas mínimas coisas e acabavam brigando ou enchendo a cabeça de seus filhos que nada tinham haver com aquilo.
Ninguém sabia dizer quando as desavenças começaram, mas todos podiam afirmar que estavam cansados disso. Porém, o que poderiam fazer se os Jeon não tomavam nenhuma atitude? Se preferiam se destruir cada vez mais ao invés de pedir logo o divórcio e continuarem a seguir suas vidas numa boa?
Jungkook tinha a "família perfeita", a qual do dia para noite viu desmoronar. Nunca imaginou que sentiria tanta falta de seus pais ou do irmão. Cada um dos três sempre foram bons para si, não lhe deixavam faltar a devida atenção, carinho e tudo o que precisava. Seus pais eram completamente apaixonados, cuidavam tão bem da casa e dos filhos, seu irmão era adorável e cheio de altruísmo, mas agora as coisas são diferentes.
Ninguém se importava com ninguém. Era cada um por si enquanto travavam lutas imaginárias. E nada disso teria acontecido se os mais velhos tivessem sentado e conversado. Jungkook sempre disse que a falta de diálogo fazia muita diferença, mas eles insistiam que não e ainda brigavam consigo. Então ele parou de falar.
Já estava exausto de tudo, de todos, portanto, afastou das pessoas, apenas cuidado dos próprios assuntos tentando não repetir o ano na escola. Até porque se sentia ridículo sendo o único "nerd" a fazer isso.
A questão era que o rapaz sempre mandava bem em tudo, principalmente com estudos. Nada parecia difícil para si, entretanto, ele tinha uma motivação fundamental: sua família. Que do nada lhe virou as costas. E não foi nada fácil ver tudo, do dia para noite, desabar.
As discussões que raramente aconteciam por serem coisas de casais se tornaram constantes e as cobranças um com o outro, também sobre os filhos, aumentaram. No meio disso, seu irmão que havia terminado o namoro começou a ficar revoltado e a beber demais. E Jungkook era o único a tentar concertar as coisas, o que nunca funcionava já que eles estavam focados em serem os donos da razão.
O rapaz sempre acreditou que tudo chegava ao fim, não importa o que seja ou o quão bom fosse, então imaginava suportar quaisquer game overs da vida. Isto, até presenciar o fim do relacionamento de seus pais.
Nunca pensou que fosse doer tanto e ferrar tanto com seu psicológico ao ponto de começar a ir de mal a pior na escola ou em qualquer coisa que fizesse. E seus pais, bem, colocavam a culpa no vídeo game ao qual o garoto jogava quase vinte e quatro horas por dia. Mas nunca questionaram o motivo que o levou a se viciar em ficar trancado no quarto, com um headphone nas orelhas, focado em jogos e mais jogos, fugindo da realidade e descontando todas suas frustrações. Ou porque seu irmão passou a buscar alívio na bebida, também ansiando sair da realidade e se tornando um viciado pior, agressivo.
O ano seguiu assim, com Jungkook tentando se manter ao menos acordado na escola a qual nem conseguia focar mais, em não dar ouvido aos pais sobre cobranças ou intrigas, ignorando o irmão que ficou bruto e por último se fechando no seu quarto para não ter que ouvir as insuportáveis ofensas, xingamentos e afins de quem supostamente deveria se amar até o fim dos tempos.
Demorou bons meses para que acordasse e percebesse que não era apenas seu irmão agora alcoólatra a jogar a vida fora. Então, na virada do ano, prometeu fazer diferente. Voltou a buscar ser saudável - já que não comia ou comia apenas porcarias -, retomando o corpo que tinha antes de se tornar sedentário, voltou a estudar ansiando futuramente entrar em alguma faculdade que fosse do seu interesse, além de desejar ajeitar sua vida logo para poder dar o fora daquela casa que estava cheias de pessoas as quais não conhecia mais.
Atualmente, já se encontra metade do ano e tudo fluía tão bem nesses aspectos que estava surpreso.
Entretanto, as coisas em casa não melhoraram, o computador e o vídeo game lhe chamavam todo dia para fugir da realidade desgostosa que tornou sua vida, para entrar em outra dimensão mais agradável, mas ele continuava firme seguindo seu cronograma que incluía: dormir nos horários certos, assim como comer, ir a aula todos os dias, ficar na casa de seu melhor amigo para estudar - já que não tinha paz na própria casa - e praticar seus exercícios físicos.
Taehyung foi o único que continuou ao seu lado após sua mudança de todo arrumadinho, gentil e animado para um rapaz que não se preocupava com aparência já que tinha problemas maiores em mente, quase nunca conversava, vivia nos cantos, ignorando todo mundo, escondido em suas roupas largas, usando capuz e, vez ou outra, máscara enquanto ouvia músicas altas e tentava se manter ao menos acordado durante a manhã pois ficava a madrugada inteira jogando para fugir dos problemas.
Repetir o ano sem ele era ruim pois só seu melhor amigo entendia que Jungkook não estava sendo dramático ao agir desse jeito ou quando dizia que perdeu sua família e todo o amor. Sabia que não foi fácil para ele presenciar de perto tudo se destruir, além de ter que enterrar sozinho algo lindo, dando adeus a vida perfeita que tinha e abandonando o irmão que estava tão em pedaços quanto si para fazer o que mais odiava - e o que mais eles faziam - destruir tudo na ignorância e tentar sobreviver com as cinzas.
O Kim vivia dizendo que ninguém estava certo em julgá-lo apenas pela capa, afinal, cada dor é diferente e se manifesta de formas distintas - no caso de seu amigo, ele se tornou alguém retraído -. Todavia, Jeon já ouviu tanta merda sobre si que aprendeu a não se importar. Até porque ninguém conhecia sua verdade e também não estavam em sua pele para saber das coisas como gostavam de pregar, então que se fodam! Que se foda o mundo todo! Jungkook não dava a mínima. Agora só queria sair do buraco que criou e quis se enterrar lá dentro.
Queria praticar as coisas de melhores formas, concluir seus planos e ser feliz nem que fosse sozinho, pois o fundamental ele não perdeu: seu amor próprio.
Entretanto, mesmo com essa ideia sendo a principal, a incerteza acabava consigo, tinha muito medo de no fim tudo dar errado. Mas o que poderia fazer? Não há alguém que tem bola de cristal ou algum super poder para saber do futuro. A única coisa que estava em suas mãos era continuar vivendo o hoje, dando o seu melhor, seguindo o que fosse melhor para si, tendo a certeza que independente do ontem ou do manhã, hoje estava dando seu máximo e sendo feliz como podia.
Dias depois a verdade da realidade fatídica que estava vivendo bateu em sua porta. Se encontrava sobrecarregado por presenciar tanta merda mas colocou na mente que estava tudo bem.
Seu pai, antes tão atencioso e prestativo - ainda é para manter as aparências lá fora - estava tendo um caso com outra mulher e vivia gritando com os filhos, exigindo coisas sendo que nem poder sobre sua própria vida tinha mais, mas tudo bem.
Sua mãe antes doce e carinhosa - fora da casa continua assim porque também deseja manter a pose - estava estressadíssima e dava o troco saindo com vários caras, inclusive os traziam para dormir em casa, mas tudo bem.
Eles apagaram a ideia de amor, fizeram as coisas tornarem uma enorme bagunça onde havia insultos pesados, xingamentos, discussões, vinganças, grande falta de caráter de ambas as partes e fizeram algo simples que poderia ter sido resolvido a tempos com uma conversa ir acumulando até se tornar aquela bola de neve, até chegarem à toda essa merda, mas tudo bem.
Diante disso seu irmão, antes tão empático e gentil, estava se tornando um alcoólatra agressivo e ignorante, mas tudo bem.
O Jeon mais novo se viu de cara com uma recaída por estar sobrecarregado demais e... É, talvez tentar se enganar não estava funcionando. A verdade é que não estava nada bem. Tudo estava errado e isso não era de hoje.
Jungkook se importava demais com os entes queridos quando só queria poder virar as costas para a situação, fugir para qualquer lugar, quem sabe subir em um penhasco e gritar até os pulmões doerem ou na pior das hipóteses se encolher na cama e chorar até acabar com aquele sofrimento. Porém, não o fazia. Não sentia forças para mais nada.
Não naquele dia depois de presenciar sua mãe batendo em seu pai e recebendo um tapa, seu irmão entrando na briga e acabando nos socos com o mais velho.
Só conseguia ficar quieto, calado, sentindo todo tipo de emoção e fingindo estar tudo malditamente bem. Desejando continuar com os planos que fez para sua vida e após conquistá-los, poder finalmente dar o fora, podendo se livrar do que estava lhe perturbando até a alma.
Infelizmente, naquela noite sua mente ficou cheia demais. Rolou na cama por um tempo, não conseguindo dormir, então fez o que a meses tentava evitar: sentou em frente ao computador, colocou seu headphone e esqueceu do mundo durante toda a madrugada. E talvez todo dia também.
|Tae: Bom dia!!! [06h00]
|Que amigo mal, vai mesmo me deixar sem bom dia? [11h55]
|Está atrasado, aconteceu alguma coisa? [13h30]
|Kook, estou preocupado. Me liga. [18h57]
|Hey! Você morreu foi? Porque não visualiza nem me atende? [22h48]
|Kook, fazem mais de vinte e quatro horas que não nos falamos. Onde você está? Espero que não esteja fazendo nenhuma besteira... [00h33]
|Eu vou dormir porque amanhã irei sair cedo. Não esqueça que você tem prova de inglês. Boa noite ♡ [01:20]
Algumas horas depois Jungkook havia pego o celular, vendo as horas e o tanto de mensagens e ligações perdidas que havia de seu amigo. Não se surpreendeu. Era sempre assim quando se trancava em seu quarto optando por ficar concentrado até a exaustão sendo impedido de pensar na sua infância perfeita, em remoer um amor quebrado e lembranças familiares tão afetivas que não mais existiam, sem saudades ou tentar achar remédios para aqueles que não tinham mais cura, sem sofrer.
Suspirou, se deitando na cama.
|Kook: Estou bem. Não precisa se preocupar. Te vejo depois. [06h16]
Deixou o aparelho de lado, finalmente indo tomar um banho. Vestiu uma calça qualquer, seu moletom preto e largo de costume, colocou um tênis também preto e pôs seus fones. Olhando para a janela fechada sem pensar em nada por alguns minutos, e quando o alarme do telefone soou lembrando que era hora de sair, levantou pegando a mochila e rumando quarto a fora.
Um casal de antigos amigos da família estava com sua família na mesa.
— Bom dia, garotão! — disse Donghae, seu pai, bagunçando seus fios. Jungkook fechou a cara, estranhando aquilo no mesmo instante.
— Você anda muito mau humorado, isso é falta de namorar, sabia? — brincou, Hyunmin, seu irmão.
— Kookie, meu amor, não vai tomar café conosco? — agora foi a vez de Chaeyeom, sua mãe.
Olhando a família reunida naquela mesa, diante de praticamente um banquete, como se nada tivesse acontecido, agindo como se ainda fossem a família perfeita, lhe deixou enjoado.
O qual falsos eles podem ser? Aquilo era ridículo!
Negou a pergunta da mulher, colocando seu capuz e saindo dali ainda ouvindo eles se desculparem dizendo que a adolescência estava o deixando rebelde e os convidados dizerem que entendem sendo que não sabiam de nada. Apenas aumentou sua música e seguiu seu caminho.
Caminhava pelas ruas tentando prestar o máximo de atenção, mas era complicado já que sentia os sintomas que um dia havia acostumado, porém, agora, depois de meses, faziam diferença.
Suas pálpebras estavam pesadas, querendo permanecerem fechadas a cada piscada, sua cabeça doía e às vezes lhe fazia tontear, seu estômago também doía por não ter comido nada, o corpo e o cérebro estavam preguiçosos por ter ficado pouco mais de um dia acordado. Mas o moreno se mantinha firme pois havia uma prova a se fazer. Provavelmente ia embora ao terminá-la... Se bem que duvidava de seu desempenho estando lerdo desse jeito. Talvez, naquele estado, fazer ou não fazer rendessem o mesmo resultado: um grande zero.
A música alta em seu fone deixava sua mente confusa, ela não sabia se devia prestar atenção naquilo ou ao seu redor. Na verdade, ela não queria prestar atenção em mais nada, apenas se desligar de tanto cansaço. E, bem, foi o que ela fez. Jungkook desmaiou. Todavia, antes que seu corpo chegasse ao chão foi amparado pelos braços firmes de um homem.
Este era Park Jimin, o vice-presidente da Imperius Holding, uma empresa famosa tanto na Coréia do Sul quanto internacionalmente.
O homem engravatado estava fazendo sua trajetória de toda manhã, com a diferença que estava atrasado - coisa que dificilmente acontecia -, quando de repente o corpo de alguém que passava perto de si desabou, seu reflexo foi rápido e por pouco não conseguiu impedi-lo de chocar contra o chão. O encarou. Era um rapaz bem jovem, ele estava pálido e parecia cansado.
O ajeitou em seus braços, conseguindo pegá-lo no colo, atravessando a rua e adentrando a Imperius. Foi direto para sua sala, o deixando deitado no sofá de couro macio.
Namjoon, seu amigo e assistente, ao qual havia lhe seguido desde quando entrou soou preocupado:
— O que aconteceu?
— Eu não sei, Kim. Estava passando quando ele desmaiou.
— Oh, então não o conhece? — perguntou, pegando uma das almofadas que enfeitavam o sofá a colocando embaixo da cabeça do rapaz.
— Não. — Jimin puxou o capuz e a máscara que cobriam parte daquele rosto, podendo ver melhor e não deixou de notar que ele era bonito. Ignorou o pequeno detalhe e iniciou tentativas para acordá-lo, mas ele continuou sem reagir aos seus chamados.
— Ele parece um emo. — o assistente comentou.
— Para de fazer julgamentos e ajude.
— Tenta o pulso.
Park o fez.
— Parece fraco. É melhor chamar alguém... Talvez a doutora Kang. — o assistente assentiu, deixando a sala. Então o CEO suspirou, ainda observando o rosto alheio, se sentindo bastante intrigado. — O que será que aconteceu com você?
O loiro, como um bom CEO e maldito workaholic, não gostava de atrasos nem imprevistos mas naquele dia deixaria passar. Até porque era por uma boa causa. Estava fazendo o bem ao próximo mesmo que o desconhecesse, buscando ajudar com tudo o que podia e acreditava que no futuro teria um bom retorno disso pois quem planta o bem, demore o tempo que for, colherá bons frutos e certamente terá o bem de volta. Seja ganhando um ato gentil, uma nova amizade, finalizando um ótimo trabalho, tendo um apoio emocional num momento difícil ou até mesmo obtendo alguma ajuda quando também precisasse. Era o que Jimin acreditava.
Nos minutos que se seguiram, esperou que a médica analisasse o rapaz desmaiado. Logo ela usou algo num frasco para acordá-lo e então conversou com o mesmo, descobrindo que os problemas foram a falta de alimentação e sono.
— Vou providenciar um soro para você repor os nutrientes que perdeu e então poderá dormir. Quando acordar quero que coma algo leve mas que te sustente e volte a descansar. Não esqueça de parar de fazer seu corpo esforçar além da conta e seguir direitinho as orientações que eu passarei para que você se mantenha saudável. — disse a mulher.
Jeon concordou, vendo a doutora ser acompanhada até a porta.
— Obrigado, senhorita Kang. Me desculpe tirá-la de seu trabalho.
— Sem problemas, sr. Park, isso aqui também é meu trabalho. — sorriu.
Jungkook que havia respondido apenas o que foi perguntado se manteve em silêncio, encarando aqueles dois. Não os conhecia, quando acordou ficou um pouco receoso mas percebeu que eles só queriam ajudar então relaxou um pouco. Uma mulher ruiva - acreditava ser enfermeira - o injetou a agulha em sua veia e colocou o soro para pingar, o deixando nas mãos do engravatado.
— Com essa confusão esqueci de perguntar seu nome. — disse o CEO, de forma doce, se agachadando perto do rapaz. — Pode me dizer?
— Jeon Jungkook. — mordeu o lábio, questionando a razão daquele cara tão elegante estar sendo simpático consigo. Ele era assim naturalmente ou só mais um ser humano falso?
— Então, Jungkook — sorriu ao pronunciar seu nome — Quantos anos você tem?
— Dezoito. — murmurou, ainda achando estranho a animação e gentileza alheia.
— Eu sou mais velho. Pode me chamar de Jimin hyung se quiser. — sorriu, passando os dedos pelo cabelo do rapaz e bagunçando, deixando o mesmo mais confuso. Qual era o problema desse homem? Por que esse carinho todo? — Vou te deixar descansar, até porque tenho muito trabalho a fazer. Quer que eu ligue para seus pais para infor-
— Não! — exclamou de prontidão.
— Qual o problema? — perguntou, agora mais sério.
— É só que... É melhor não. Estão sendo tempos difíceis em casa e... É melhor não. — negou, não ia falar sobre isso com um estranho. — Eu tenho dezoito, sou responsável pelos meus atos.
— Eu vou deixar para lá, mas depois vai ter que me esclarecer isso. — se levantou, rumando à sua cadeira. — Pode dormir, antes de fecharmos eu te acordo.
— Obrigado. Obrigado por cuidar de mim. — suspirou, agradecido, afinal, tinha tempos que alguém não fazia isso. Sentia falta de cuidado, de contato físico e emocional, de carinho, de amor.
— Não há de quê. Sei que você faria o mesmo. — piscou, sorrindo para ele de uma forma adorável. — Agora vá descansar. — por mais que fosse gentil havia uma ordem ali e o rapaz assentiu, mas não fechou os olhos.
"Sei que você faria o mesmo". Não. Jungkook não faria.
Ele sabia que não, pois estava tão focado nos próprios problemas que não enxergava os dos outros, tão inerte em seus próprios pensamentos que não ligava para o que acontecia ao seu redor. Ficou mal por isso. Nunca havia feito algo assim ou o mínimo que seja por qualquer pessoa, agora sentia que não merecia todo aquele cuidado e atenção. Se sentou, chamando atenção do loiro que digitava uma mensagem para Namjoon dizendo para que não incomodasse, nem deixasse ninguém lhe incomodar.
— Está se sentindo bem? — voltou até o mais novo.
— Eu quero ir embora. — ditou firme.
— Por que? — confusão era o que se passava em sua mente. Havia feito algo errado? Com certeza não. Jimin era perfeccionista em tudo o que fazia.
Jungkook apertou os olhos, optando por ser sincero pois até o instante aquele homem havia sido bom para si.
— Porque eu não te conheço. Você não precisa se preocupar, nem cuidar de mim, Jimin-ssi.
— Deixa de bobagem, garoto.
— Não. Eu não faria isso por ninguém então por que você está fazendo por mim?
— Eu gosto de ajudar.
— Não faz sentido. — as pessoas são egoístas, sua família é egoísta.
— Claro que faz. Eu me sinto bem ajudando as pessoas, mesmo que aqui dentro duvidem disso.
— Duvidam? — perguntou de sobrancelha erguida.
— Sim. — suspirou. — Eu levo o trabalho muito a sério então as pessoas me vêem apenas como um chefe chato, arrogante e controlador. Mas eu não me importo. Não devo nada a ninguém.
— Uhm... — o analisou. Ele realmente tinha uma pose de CEO exigente e compulsivo por trabalho, principalmente estando sério com os braços cruzados abaixo do peito. Mas desde quando acordou, teve uma ideia completamente diferente. Jimin era alguém adorável. Bem atencioso, gentil, agradável e ainda tinha um sorriso muito bonito.
— O que foi? — perguntou diante o olhar parado em si.
— Me consideram um emo. E mais: esquisito. Talvez eu seja. Mas eu também não me importo.
— No fundo as únicas pessoas que nos conhecem somos nós mesmos e é nossa opinião que vale. — deu de ombros.
— Desculpe te causar problemas.
— Deixa disso. Não está causando problema algum. Falo sério quando digo que gosto de ajudar. — sentou ao lado dele, ainda que seu interior pedisse pra começar o trabalho logo. — E sobre ser esquisito... É bom ser diferente dos outros, não?
— Quando isso é de forma positiva, sim. No fundo eu não gosto de ser assim, Jimin-ssi. Mas não consigo evitar toda essa áurea negativa e estranha. — suspirou. — Eu não era assim, sabe? — o encarou. Esse homem parecia confiável, parecia sábio, devia ter bons conselhos e pensou que de longe iria desmerecer seus sentimentos. Então, pela primeira vez, não viu problemas em desabafar.
— E como você era? — o incentivou a continuar.
— Eu gostava de andar na minha própria moda, de conversar com todo mundo, de ajudar meus colegas nas matérias, praticava todo tipo de esporte e olimpíadas, até as de matemática que a maioria odeia. Eu era nerd, mas um nerd com muitos atributos. Bem, isso era o que Taehyung, meu melhor amigo, dizia. — o loiro prestava atenção em cada palavra. — Me consideravam o melhor e talvez eu fosse. Eu tinha o apoio essencial para isso. E quem de fato importava para mim sempre estava ao meu lado, então tudo era fácil. Só que a minha vida de adolescente perfeito foi desabando até chegar o fim...
— Sua namorada ou namorado te abandonou? Traiu? — chutou.
— Antes fosse. Foi a minha família, Jimin-ssi. Ela que sempre esteve ao meu lado, sempre me apoiou e dizia ter orgulho de mim, virou as costas e me deixou perdido na vida. Eu nunca pensei que isso pudesse acontecer. Eu tentei evitar mas meus pais não queriam ouvir, afinal, que direito tinha um adolescente, que nada tinha vivido, dar conselhos? Eu vi o casamento tão bonito dos meus pais se destruír, vi eles entrarem em guerra mas lá fora viver de aparências fingindo que ainda são a família perfeita, que se preocupam e amam intensamente seus filhos. Estes que eles deixaram de lado para focar em brigas e mais brigas. Meu irmão e eu que éramos constantemente mimados de um jeito bom, de repente, não tínhamos nada. Não tínhamos ninguém para conversar, desabafar, pedir ajuda, ter carinho ou o que fosse. Passamos a ganhar apenas cobranças para manter a porra do nome da família que eles quem estavam destruindo!
Apertou os joelhos, tentando controlar a raiva que lhe subiu. Continuando:
— Meu irmão tinha acabado de terminar o namoro, ele estava desolado com tudo, encontrou refúgio na bebida e foi aí que perdi ele também. Agora ele é um alcoólatra que vive querendo bater no meu pai e ai de mim entrar no caminho. Eu tentei várias vezes pedir aos meus pais que conversassem e se acertassem mesmo que cada um fosse para um canto diferente mas ninguém deu bola. Eu fui desistindo aos poucos até me cansar daquela situação. Eu passei a me trancar no quarto, ficando vinte quatro horas ou mais jogando. Na escola comecei a ir de mal a pior, adeus fama de aluno número 1, adeus diploma. Eu me senti um fracassado quando não passei. Todo o esforço de anos tinha sido jogado no lixo. Meus pais brigaram comigo por isso. Muito. E eu apenas voltei a me trancar no quarto, fugindo de tudo que pudesse. Neste ano eu tentei me reerguer, estava tudo bem até meu pai e minha mãe começarem a gritar, meu irmão se meter e acabar nos socos com o senhor Jeon. Eu estava suportando tudo calado, tentando fingir que não me importo mais, ignorando a vontade de voltar para aqueles jogos que me tiravam da realidade, mas isso foi o estopim. Eu estava sobrecarregado, quis me esconder de novo, então eu voltei para meu refúgio de antes. Meu corpo já não está acostumado a ficar horas, dias sem dormir, por isso eu vacilei e estou aqui, agora. Me sentindo um fraco, não só a respeito do meu corpo mas... É. Eu sou fraco. Quem no mundo destrói a própria vida por conta de dramas familiares?
— Muita gente. Você não é fraco, Jungkook. Se fosse não teria persistido em resolver os problemas dos seus pais, nem teria se erguido e se esforçado tanto para continuar.
— Mas eu fraquejei...
— Ninguém é de ferro. É normal explodir de vez em quando. Até porque a vida é para você viver e não ficar suportando, entende? — o rapaz suspirou, agora mais calmo.
— Sim. Só que... Tudo é difícil. Ficar fugindo da minha família o tempo todo, tentando manter a mente focada nos estudos sem ter um incentivo...
— Olha, eu sei que é difícil, mas você não está perdendo nada se esforçando para seu próprio bem. Muito pelo contrário, acredito que esteja buscando algo melhor. Então continue. Você vai ver, a calmaria que precisa um dia vai chegar. Apenas tenha paciência porque nada é como desejamos, ao menos não num estalar de dedos. Eu posso dizer porque, olha só onde estou, eu sou vice-presidente de uma empresa multinacional. Nada disso eu construí do dia para a noite. Tiveram dias que eu quis muito desistir de tudo, eu gritei, chorei, mas continuei enfrentando e posso te afirmar que foi a melhor coisa que eu fiz. Eu também me tornei mais forte. E tudo o que sou hoje é graças ao garotinho bobo que só sofria anteriormente, que passando por coisas ruins se agarrou na esperança e nos bons conselhos mesmo eles sendo os mais clichês existentes. Eu era todo ferrado, Jungkook. Se eu consegui conquistar muito mais do que ansiei, você também vai. Basta você se permitir.
— Oh... Obrigado. Eu... Eu nunca conversei com ninguém sobre isso. Não costumo me aproximar das pessoas, na verdade eu as afasto então não ouço muito isso. Obrigado pelo incentivo.
— De nada. — sorriu largo, gostando do fato dele ter absorvido cada palavra e estar parecendo mais relaxado. Odiava quando resolvia aconselhar alguém e passava por um ouvido e saia pelo outro. Essas pessoas geralmente eram as que, mesmo sofrendo, inventam desculpas para tudo, no fim optando por continuar no conformismo.
— Caramba! — ele gritou do nada. — Eu tinha prova hoje, é uma das matérias que estou péssimo agora. Estou fodido!
— Calma, garoto. Eu posso pegar o atestado com a doutora Kang para você. Tenta descansar agora que mais tarde eu te ajudo com isso, tudo bem? — levantou, fazendo Jeon deitar.
— Não estarei abusando da sua boa vontade? — perguntou, preocupado.
— Que nada. Eu já disse e repito: gosto de ajudar. — o rapaz concluou que estar em contato com quem tem um coração tão grande assim o fazia ficar em paz.
— Nesse caso eu aceito. Quer dizer, você sabe inglês, né? — imaginava que o mais velho soubesse, pois ele parecia ser alguém muito inteligente.
— Sim. É uma das línguas que mais prático por conta dos contratos internacionais.
— Você quer me impressionar? Pois está conseguindo. — pela primeira vez em bastante tempo soou bom humorado. O loiro riu.
— E olha que você não conhece um terço sobre mim. — se ajeitou em sua cadeira, sorrindo com ego mas não de um jeito negativo. Jungkook sorriu de leve, pensando que o pouco que notou sobre o homem foi o suficiente para lhe fazer admirá-lo.
Era estranho estar se sentindo confortável na presença do CEO e confiando nele. Ainda mais ter percebido cada detalhezinho dele. Ter conversado sobre seus problemas foi tão improvável e repentino mas ficou feliz porque Jimin conseguiu lhe trazer uma certa calma. Ele tem razão, ninguém é de ferro e é difícil mas, se continuar firme, irá longe.
Suspirou mais uma vez, agora sentindo o corpo menos tenso e a mente menos preocupada. Tae vivia dizendo que desabafar aliviava, nunca acreditou, naquele instante percebeu que estava enganado. Falar com uma pessoa, ainda mais a pessoa certa e positiva, ajudava sim. Estava mais tranquilo, por isso, naquela vez, não demorou a se entregar ao sono.
Como sempre, Park ficou o dia todo concentrado em seu trabalho, não parava por nada, quer dizer, quase nada pois no meio da tarde acompanhou a enfermeira para que tirasse a agulha do braço de Jeon e de vez em quando levantava e ia até ele analisar se estava tudo bem.
Podia parecer loucura, mas assim que ele caiu em seus braços, sentiu algo diferente. Como um despertar de emoções e vontades, a que se destacava no momento era o desejo de cuidar do jovem.
— Jimin? — ouviu o assistente chamar ao bater na porta. A contragosto, autorizou sua entrada.
— O que você quer? — como sempre ralhou arrogante, o trabalho em excesso lhe causava isso: estresse. Por consequência aflorava seu lado rude. Era tal coisa que contribui para sua fama de chefe chato aumentar. No entanto, Namjoon estava ao lado dele há oito anos, já sabia lidar muito bem. — Eu disse para não me importunar.
— Quando estava trabalhando, mas agora são oito e dez, já passou da hora do expediente. — mais uma vez havia esquecido da hora. — Agora não sou o seu assistente, estou aqui apenas como seu amigo. Não pretende ir embora hoje não?
— Se pudesse não, mas eu tenho que cuidar de alguém. — apontou para Jungkook que ainda dormia.
— Oh. Ele ainda está aqui. Vai levá-lo para casa?
— Não sei se farei agora. Tenho que ajudá-lo a estudar para uma prova ainda.
— Por que? — perguntou, confuso.
— Porque eu quero. — o tom seco dizia para o outro não se meter. — O restaurante dos seus pais está aberto? — ele assentiu. — Então busque refeições.
— O expediente acabou, não vem me escravizar, Jiminnie. — o loiro rolou os olhos.
— É do outro lado da rua e você vai ganhar uma!
— Só vou depois que disser que sou um ótimo amigo. — cruzou os braços, sorrindo.
— Você às vezes é insuportável.
— Isso é porque você não se tem como chefe.
— É muito engraçado. — disse irônico.
— Estou esperando. — o homem bufou, pensando o que uma intimidade não fazia, parecia que ele nem era o chefe ali.
— Você é um ótimo amigo. Agora vai buscar comida!
— Sim, senhor! — disse debochado, batendo continência e saindo dali.
— Idiota. — murmurou, desfazendo a carranca e sorrindo.
Namjoon não demorou a informar que estava lhe esperando na cozinha da empresa. Jimin disse que já iria, estava ajeitando sua mesa. Ao terminar ainda agachou ao lado do rapaz, o balançando e chamando com delicadeza. Demorou alguns segundos até ele despertar por um instante confuso mas logo se situando.
— Passamos da hora. Está com fome?
— Sim, Jimin-ssi.
— Então vem. Eu levo sua mochila. — Jungkook agradeceu e o seguiu pelo imenso prédio até chegarem na cozinha onde viu um homem alto de cabelos cinzas esperando com as refeições postas na mesa.
— Você demorou.
— Estava acordando o belo adormecido. — brincou.
— Desculpe.
— Relaxa, estou só brincando. Você precisava repor as energias, certo? — acenou para que ele sentasse ao seu lado.
— Mas, dizem ai, rolou um beijo de amor verdadeiro? — Namjoon sorriu insinuante. Jungkook arregalou os olhos, corando levemente, ficando constrangido com a brincadeira. — Ei! — reclamou ao receber um tapa na nuca.
— Isso é para você aprender a não envergonhar as visitas.
— Tá bom, mamãe. Não está aqui quem falou. — ergueu os braços, se rendendo.
— Ótimo. — puxou a própria comida e colocou uma em frente ao moreno. — Jungkook, esse idiota é o meu assistente, o Namjoon, que é eficiente apenas no horário de trabalho.
— Assim você me magoa. Eu sirvo para ser um ótimo amigo também. — se virou para o outro. — Prazer em conhecê-lo.
— Igualmente.
Então os mais velhos iniciaram um diálogo banal onde faziam questão de compartilhar com o rapaz, mas este estava mais empenhado em comer.
— Uh, essa é a melhor comida! — disse de boca cheia. O loiro riu, Jungkook parecia muito fofo com as bochechas cheias daquele jeito.
— Eu sei, mas vai devagar. — usou um dos guardanapos para limpar o queixo dele. — Não queremos que você passe mal novamente, certo? — ele assentiu, se sentindo estranho diante tanta doçura. Mas talvez aquele fosse o jeito do CEO fora do trabalho.
— Meus pais que fizeram, eles tem um restaurante do outro lado da rua. — disse Nam, orgulhoso.
— Vou lembrar de passar lá mais vezes. — garantiu.
— O namoradinho dele também ajuda na cozinha. — o mais velho sorriu insinuante.
— Park! Ele não é meu namoradinho! — exclamou, quase corado.
— Não é porque você não toma atitude. Jin vive te passando cantadas. — disse óbvio.
— Oh, vocês se gostam?
— Não tem problema pra você? — perguntou, deixando o moreno confuso.
— Não. Por que?
— Por sermos dois caras?
— Seria hipocrisia.
— Entendi. Vou te mostrar foto dele para ver se você aprova.
Kook sentia que não tinha que aprovar nada, muito menos dar palpite pois não eram amigos mas aqueles homens pareciam ter facilidade em passar confiança, segurança e consequentemente lhe atraíam para uma amizade. Decidiu ceder um pouco e ao menos dar o sua opinião. Jin era realmente bonito, pelo o que conversaram estava muito afim de Namjoon então disse para ele investir antes que o perdesse para outro alguém.
Depois entraram em assuntos do dia a dia enquanto se alimentavam até o de cabelo cinza ter que ir embora.
— Consegui o atestado. — Park abriu sua pasta, colocando o papel na mesa.
— Obrigado... Dois dias? Mas eu estou bem!
— Use para descansar e estudar. Falando nisso, está tarde, podemos nos encontrar amanhã para eu te explicar a matéria?
— Sim. Podemos, sim.
— Me passa seu número. — após o fazer eles saíram da empresa.
O CEO levou o rapaz até a casa do mesmo, desejando que estivesse tudo bem por lá. Jeon agradeceu e deixou que ele seguisse seu caminho.
Aparentemente não tinha ninguém na residência, agradeceu por isso, afinal, continuaria com sua paz.
Tomou um banho e se deitou, ainda sentindo o cansaço daquele dia.
|Desconhecido: Olá, Jungkook. Aqui é Park Jimin. Acabei de chegar. Não esqueça de salvar meu número!
O garoto não conseguiu segurar a risada. Quem no mundo era tão formal por sms?
|Jungkook: Vc parece um velho flndo assim. N. Velhos costumam errar mt as palavras
|Já sei, vc é uma msg instantânea
|Ou prefere robô automático?
|Jimin: Que culpa eu tenho de ser elegante? Você que é um moleque comedor de letras.
|Jungkook: Eu escv como td mundo
|Jimin: Irei aceitar isso.
|Como está em casa?
|Jungkook: Bem
|Parece q n tem ngm aq
|Jimin: Aqui também não, mas eu estou acostumado. Não é nenhuma novidade.
|Jungkook: Pensei q fosse casado, sla
|Jimin: Só se for com o trabalho rs
|Aliás, vou passar boa parte da noite transando com ele.
|Jungkook: Cruzes, Jimin-ssi. Pensei q fosse um cara mais divertido
|Jimin: Eu sou divertido, mas também sou apaixonado pelo meu trabalho ♡.
|Jungkook: Cada loko cm sua mania ksksk
|Jimin: Não entendi, mas acho que concordo.
|Eu tenho que ir agora. Te vejo amanhã na empresa?
|Jungkook: Pd ser
|Jimin: Às duas está bom para você?
|Jungkook: Prft
|Jimin: Me lembre de não conversar com você por mensagem. Parece que estou falando com um moleque.
|Jungkook: ksksksks eu sou um moleque. Tenho 18 aninhos, esqueceu?
|Jimin: Criança.
|Jungkook: N precisa exagerar
|Jimin: Sei.
|Eu tenho mesmo que ir agora. Até amanhã!
|Jungkook: Até
|Obg por hj
|Mt obg
Nunca sentiu tanto prazer em conhecer alguém quanto aquele homem que ainda era um mistério para si mas seu coração já o considerava alguma coisa.
|Jimin: Não há de quê. Eu gostei de ser o seu herói e de conversar com você. Faremos isso mais vezes.
|Jungkook: Cvsr?
|Jimin: E te salvar.
O moreno paralisou por um instante.
O quão estranho era sentir seu coração batendo mais rápido que o normal por um recém conhecido? Mas do jeito que Jimin estava mostrando ser, não ficaria surpreso se dali alguns dias se encontrasse caído de amores por ele, afinal, Jungkook tinha uma queda por pessoas atenciosas, carinhosas e amáveis e o CEO era tudo isso.
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