11 unfinished pancakes...again - final
Jeongin desceu as escadas com pressa, e ele sabia que se Hyunjin visse isso, brigaria com ele. Mas a fome era maior que qualquer outra coisa.
Assim que chegou no final das escadas, botou as mãos nas costas com uma careta de dor. Era difícil andar com uma barriga de oito meses e meio por aí. Ainda mais quando seus pés estão inchados e doloridos, e ainda por cima, o bebê andava inquieto.
Tratou de ir lentamente até a cozinha dessa vez, encontrando Hwang lavando a louça. Sorriu largo antes de ir silenciosamente tocar sua cintura. O mesmo deu um salto, deixando cair o copo de vidro que se encontrava em suas mãos, no chão. Hyunjun virou assutado para Jeongin, o vendo vestir apenas uma blusa que ia até os joelho e talvez uma cueca, mas logo sua expressão se tornou séria.
- Desculpa... – Jeongin riu baixo, tapando a boca com as mãos gordinhas.
- Ah, seu engraçadinho. Depois que você ganhar nosso bebê, eu vou me vingar de você. – reclamou, enquanto pegava luvas de borracha para juntar os vidros pelo chão.
Jeongin ria, parado no mesmo lugar por causa do vidros pelo chão. Minutos depois o chão se encontrava limpo e sem vidros, mas sim com um Hyunjin emburrado por Jeongin lhe dar tanto trabalho.
- Hm... eu tenho certeza que vi você fazendo panquecas com calda de chocolate... – Jeongin falou manhosamente, enquanto se apoiava nos ombros de Hwang, ficando na ponta dos pés e beijando o queixo do mesmo.
- Não, eu estava lavando a louça. – segurou na cintura de Jeongin, o empurrando para o balcão e o pondo sentando lá em cima, com um pouco de esforço e se posicionando entre as coxas fartas do mesmo.
- Ah, que pena. Eu queria muito comer elas... – Jeongin fez um bico triste, encarando Hwang com seu melhor olhar pidão.
Hyunjin riu, selando num beijo rápido seus lábios no bico fofo de Jeongin. Apertou suas bochechas balançando seu rosto para os lados, vendo uma careta se formas no rosto de Jeongin. Não resistiu a tudo aquilo, enchendo o rosto de Jeongin de beijos.
- Argh, Hyunjin! Meu olho não! – riu, tentando empurrar o maior, que agora o abraçava forte.
A barriga grande de Jeongin proibia que Hyunjin o apertasse mais, então o soltou dando um último beijo em seu rosto antes de ir preparar as panquecas para Jeongin.
Jeongin apoiou uma mão sobre o balcão, e a outra sobre sua barriga redondinha. Balançava as pernas harmonicamente, vendo Hwang procurar pelos ingredientes das panquecas.
Ah, ele ama panquecas, e Hyunjin.... mas ama mais Hyunjin, com certeza.
Como de costume, Hwang cantarolava alguma música, nas redes vez Jeongin reconheceu como "Little Things". Essa música era tão linda, Hyunjin cantou a canção para ele no dia do casamento. Jeongin chorava por qualquer coisa, mas naquele dia ele pensou que era o oceano atlântico. Fora realmente muito lindo e inesperado.
Mas bem, ele nunca vai se arrepender.
Jeongin olhou para suas pernas quando sentiu algo úmido nas mesmas e em sua bunda, estranho. Engasgou-se quando em seguida uma dor aguda o atingiu no ventre.
Droga, droga!
Jeongin respirou fundo incontáveis vezes dentro daqueles dez segundos. Ele havia lido que quando isso acontecesse ele deveria manter controle, mas parecia impossível, ainda mais que definitivamente não estava na data certa para o bebê vir. Ele sabia que ele estava vindo, estava doendo demais para não ser outra coisa.
- H-Hyun... – chamou baixo.
As lágrimas já haviam tomado conta de seus olhos. Ele havia sentindo algumas dores antes... mas ele sabia que era só o bebê chutando, não era pra isso acontecer.
- Jeongin, espera aí, eu nem terminei a massa. – Hwang reclamou. Jeongin bufou, tentando se controlar. Respirou fundo mais algumas vezes.
- Porra, Hyunjin! A merda da bolsa estourou! – gritou.
Hyunjin gelou por três segundos, antes de finalmente largar todas as coisas na pia, e olhar nervoso para Jeongin, que se encontrava estático sobre o balcão, com uma expressão nervosa e dolorida. Entre suas pernas havia uma mancha úmida.
- O que eu faço?! – ele estava em choque, porra, ia nascer seu filho e ele foi pego totalmente desprevenido.
Já estava tudo pronto, o quarto do bebê, a bolsa com as roupas e tudo mais, porém, seu nervosismo e emoção não o deixaram pensar com tanta agilidade.
Jeongin apenas o olhou confuso, ele segurava com força o balcão. Fechou os olhos com força, deixando que um soluço saísse de si junto com um choro nervoso, murmurando um "anda logo, Hyunjin". Ele estava com medo. Ele nem ao menos respondeu Hwang, pois o mesmo já havia corrido para o andar de cima pegar as coisas e em seguida a chave do carro.
Hyunjin correu para a garagem, abrindo o carro. Voltou em seguida, com um Jeongin choroso com a cabeça enterrada em seu pescoço.
- Eu estou com m-medo... – sua voz saiu tremida, e Hyunjin tentou, ele realmente tentou segurar lágrimas e ser forte para Jeongin, mas ele não conseguiu dizer nada além de um: "vai ficar tudo bem".
O caminho todo para o hospital fora tenso, vez ou outra Jeongin grunhia de dor, apertando forte a mão de Hwang, enquanto a outra pairava sobre a barriga grande. Porra, aquilo estava doendo pra caralho, parecia que algo apertava com força sua barriga e em seguida soltava. Suas costas latejavam. Jeongin gritou com todas suas forças, na intenção de aliviar aquela merda, mas era impossível. Ele olhou para Hyunjin que estava mais branco que o normal, e parecia suar mais que ele.
- J-Jeongin... fica calmo. – Hwang falou baixo, apertando a mão do menor.
- Não acredito que você está me pedindo pra ficar calmo! – gritou, soltando a mão de Hwang e segurando sua barriga entre a pausa das contratações. – Da pra você ir mais rápido, cacete?! – Jeongin estava nervoso, seus olhos estavam arregalados, enquanto deles saim lágrimas.
Hyunjin acelerou. Sua mão soava sobre o volante, ele precisava ficar calmo, respirou fundo algumas vezes.
Assim que chegaram, alguns enfermeiros que estavam pela entrada se acercaram de Jeongin. O mesmo foi levado em uma cadeira de rodas para o interior do hospital, e Hyunjin não tardou em estacionar o carro de qualquer forma na vaga antes de sair correndo para dentro do hospital.
Conseguiu avistar o enfermeiro que levava Jeongin, os mesmo passaram por uma porta e Hwang se apressou para chegar até lá, mas foi barrado por outros enfermeiros.
- Você não pode entrar agora. – o loiro avisou, o carregando para longe.
Hyunjin conseguiu apenas ver a expressão medrosa de Jeongin antes de entrar na sala.
...
Já havia se passado uma hora que ele se encontrava na sala de espera. Os médicos decidiram que seria melhor que Hwang ficasse do lado de fora, por que havia acontecido "complicações".
Ele estava tão nervoso que não se permitira pensar em mais nada, a não ser se eles ficariam bem.
Chan, Felix, e Changbin já estavam lá. Changbin carregava a bebê de dois meses, Hyojin, e Felix carregava em sua barriga de cinco meses a Yoona, as duas garotinhas que seriam mais mimadas que qualquer outra coisa.
Os pais de Hyunjin e Jeongin em breve estariam ali, mas ele não estava ligando muito para isso. Sentiu seus músculos todos travarem quando uma enfermeira veio em sua direção.
- Hwang Hyunjin? – assentiu. – Pode me acompanhar? – assentiu mais uma vez antes de olhar para os três namorados que o sorriram confiantes.
- Está tudo bem, certo? Eles estão bem? – seus dedos soavam enquanto ele apertava seu casaco.
- Bom... – ela suspirou andando pelo corredor.
Hyunjin sentiu as lágrimas tomarem conta de seu rosto, e a sua respiração se tornar pesada enquanto a mulher virava para o olhar assustada.
- Calma, você não me deixou terminar! – ela falou carinhosa.
Vadia, não faça mais isso.
- Ele pediu que você ficasse na sala com ele, alegou que ia se sentir melhor, mesmo ele estando totalmente anestesiado. – falou calmamente enquanto voltava a andar.
- Por que ele está anestesiado? – se preocupou.
- O bebê não estava totalmente virado, e Jeongin não estava pronto pra fazer o parto. Ele estava se desgastando demais e não estava com a dilatação necessária, além de que sua pressão arterial estava elevada demais, ele estava em grande risco. Então o convencemos de fazer uma cesária. – ela terminou de explicar assim que entrou na sala.
A primeira coisa que Hwang viu foi Jeongin, o mesmo mantinha uma expressão cansada e nervosa, como desde o início da noite. Assim que Jeongin o viu, lágrimas escaparam de seus olhos, e ele prensou os lábios contendo qualquer soluço.
Hyunjin correu em sua direção, segurando ambos lados do rosto de Jeongin e depositando um beijo em sua testa e segurando sua mão com força. Um tecido azul formava um tipo de parede sobre o busto de Jeongin, não permitindo a visão da barriga e restante do corpo do mesmo.
- E-eu não consegui... – sua frase foi cortada por um soluço angustiado.
- Shh... acalme, amor. Você tentou, agora se acalme, tudo vai dar certo, eu prometo. – sussurrou, depositando um beijo nos dedos de Jeongin.
O mesmo assentiu, não deixando os olhos de Hyunjin um minuto se quer.
Jeongin estava com medo de algo de ruim acontece, e isso não estava sendo bom para ele. O estresse estava muito alto, e sua pressão estava alta. Minutos depois, o procedimento já havia começado, e só era ouvido na sala os barulhos dos instrumentos cirúrgicos e a máquina que controlava os batimentos e pressão de Jeongin.
Os médicos agiam com pressa e agilidade, mas logo as coisas se tornaram tensas e barulhentas, por que algo havia saído fora dos conformes, e era Jeongin. Hyunjin não sentia mais o aperto em suas mãos, e assim que seu olhar para o menor, o mesmo não se encontrava mais acordado, a máquina do lado apitava rapidamente, e a agitação começou.
O que estava acontecendo? Estava exatamente tudo sobe controle a quinze minutos atrás!
Tudo se tornou em câmera lenta para Hyunjin. Ele sendo retirado as pressas da sala, enquanto alguns enfermeiros agiam com mais precisão na barriga de Jeongin, e outros falavam coisas altas a volta do mesmo, aplicando algum medicamento nele. Em segundos um choro foi ouvido, e Hwang não teve tempo de localizar o choro, pois tudo estava acontecendo muito rápido, e ele já não estava mais na sala.
Uma grande correria de enfermeiros acontecia na sala, Jeongin tivera uma parada respiratória.
- O que está acontecendo? – Hyunjin perguntou para uma enfermeira ao seu lado, ele estava em choque.
- Ele teve uma parada respiratória, sua pressão arterial está muito alta, a anestesia contribuiu para isso. Os riscos de ele ter uma parada cardíaca são avassaladores. – a mulher disse, pondo uma máscara prestes a entrar na sala, mas voltando. – Eu sugiro que você espere na sala de espera, vamos ajudar seu marido.
Seu coração doía tanto, era o medo. Ele nunca sentiu tanto medo em sua vida. Continuou parado do lado de fora da sala observando a correria na sala, completamente imóvel conforme as lágrimas lavavam seu rosto. Jeongin era forte, ele não o deixaria assim. Ele não podia.
Os médicos mexiam em aparelhos que Hwang não queria nunca ter visto ser usados em Jeongin. Agulhas e tubos eram ingeridos no mesmo, ao mesmo tempo que ainda mexiam na barriga de Jeongin, era amedrontador.
E nesse caos ele nem sabia de seu filho, não sabia como seu bebê estava, e se já estava fora de Jeongin, se já estava respirando o mesmo ar que o seu. Um soluço o escapou, porra, que merda está acontecendo? Não era para isso acontecer.
Hyunjin viu o corpo de Jeongin dar sobressaltos enquanto os enfermeiros eufóricos estavam a sua volta com o aparelho de choque. A máquina que controlava os batimentos de Jeongin parecia imóvel demais, e isso fez com que a tontura o atingisse. Isso não podia acontecer.
- Tentem mais uma vez! Vai garoto, você tem voltar, tem uma garotinha linda a sua espera! – Hwang consegui ouvir.
Seus joelhos fraquejaram, enquanto ele saia daquela sala, andando cegamente pelo corredor a procura de qualquer um para lhe dizer que aquilo era mentira.
Era uma garotinha, sua garotinha.
Chan foi o primeiro a correr em direção a Hyunjin, enquanto pedia para que a mãe de Hwang não deixasse que os namorados viessem atrás de si.
- O que aconteceu? Hyunjin, olhe para mim! – espalmou suas mãos em seu rosto, erguendo seu olhar abalado. – Me diga o que aconteceu!
- E-eu... eu não sei. Chan, estava tudo indo normal... – um soluço o cortou. – Ah, Chan... meu Jeongin. – seus joelhos finalmente cederam, e Chan caiu junto com ele sobre o chão gelado.
Aquilo não podia ser verdade.
Soluços agressivos saiam de Hwang, e ele estava agarrado ao corpo do amigo, que permanecia em silêncio.
E parecia que propositalmente seu cérebro reproduzia todos seus momentos com Jeongin, desde a escola até horas atrás, do seu sorriso, de sua cara inchada todas as manhãs, e ah... sua voz dizendo que o amava. Era tantas coisas sobre ele. Hyunjin ama Jeongin e todas suas pequenas coisas. Ama sua bebê.
Ele não contou quantos minutos ficou literalmente agarrado a Chan não queria saber de mais nada.
- H-hyunjin... a enfermeira está te chamando. – Chan deu batidinhas nas costas de Hyunjin.
Chan ainda não tinha caído na real, assim como Hyunjin.
- Eu não quero ouvir o que ela tem para me dizer, eu não quero acreditar. – Hyunjin chorou.
Chan levantou, trazendo Hyunjin junto com muito esforço.
- Hwang Hyunjin, preciso que você me acompanhe. – dessa vez o médico viera chamar Hwang, e o mesmo já voltava a soluçar.
Ele voltou para o corredor de antes, e o médico o guiou para uma sala diferente. Ah, seu Jeongin.
- Filho, eu sei que o que você viu foi horrível. Mas sua filha está aqui agora. – bateu em seu ombro, eles estavam em frente a porta aonde está seu bebê.
- E Jeongin? Meu Jeongin? – saiu tão fraco quanto ele imaginava.
- Jeongin é forte.
Hyunjin ergueu sua cabeça, que antes encarava encarava seus pés, espera do a notícia de que realmente Jeongin havia o deixado sem mais nem menos, tão de repente. Mas assim que ouviu as palavras que o médico grisalho proferiu, seu coração pareceu bater tão forte que doeu. Um soluço aliviado o escapou, ele tapou seu rosto com força, deixando que lá saísse mais lágrimas, porém, de alívio e felicidade.
- Ele está bem? – perguntou baixo. O médico assentiu com um sorriso, deixando que finalmente um suspiro trémulo escapasse de Hwang.
Jeongin gostava de o assustar.
- Ele nos pregou um susto, huh? – o médico loiro sorriu acolhedor para Hwang.
- Você chama essa merda de susto? Quem quase teve uma parada cardíaca fui eu. – Hyunjin sussurrou, não totalmente recuperado. – Eu quero vê-lo, eu preciso.
Ele esta tão atónito, fora tudo muito rápido e assustador.
- Não acho que seria bom, filho. Assim que o tivemos de volta o demos um sedativo par a dor, então ele estará dormindo. Só daqui algumas horas. – lamentou o médico.
- Você sabe como eu o amo? Você não sabe a dor que eu senti ao ver meu marido, a pessoa que me faz feliz todos os dias, sem um se quer batimento cardíaco? O dono de todos os momentos em que eu ri, o garoto mais lindo que eu já conheci e amo? Eu o amo mais que qualquer coisa, e eu podia citar aqui todos os melhores momentos com ele, poderia citar aqui todos os motivos para você me deixar vê-lo nesse exato momento... então apenas me deixe vê-lo, por favor. – seus olhos se encontravam úmidos, e um sorriso se encontrava nos lábios do médico.
- Eu sei que você o ama, porém, sua filha mesmo com oito meses e três semanas, se encontra totalmente saudável e esta a sua espera. – novamente segurou o ombro de Hyunjin. – Jeongin está bem, ele é forte. Eu estou cuidando dele, então vá ver sua filha.
O médico disse apenas isso antes de seguir o corredor, deixando um Hyunjin nervoso sobre a porta branca com uma janelinha de vidro no topo.
Certo, ele precisava fazer aquilo. Ele esteve esperando por esse momento a tanto tempo. Pra ser mais preciso, a oito meses e três semanas. Mesmo que não fosse naquelas circunstâncias, ele ainda estava nervoso e ansioso para poder ver sua filha. Ele sabia desde o início que seria uma menina linda.
Assim que ele abriu a porta branca, um quarto decorado com adesivos de animais e flores foi visto, uma mulher se encontrava a frente de um armário, ela se balançava para um lado e para o outro enquanto cantava alguma canção em um tom quase incapaz de ser ouvido.
A enfermeira percebeu a movimentação, virando-se para Hyunjin com um olhar acolhedor.
Assim que ele pôs os olhos sobre sua primogênita, um calor tomou conta de seu coração. Seu corpo todo parecia dormente e aéreo. Um suspiro lhe escapou quando o bebê levou a própria mão aos lábios gordinhos. Ah, ela é tão linda.
- É sua bebê, certo? – ele assentiu trémulo. – Pegue-a.
Hyunjin estava receoso, ela era tão pequenina, tão frágil. Porém, não tardou em assentir novamente indo em direção a enfermeira, sentindo seus olhos úmidos em emoção.
Ele segurou firmemente sua filha como se fosse um tesouro, e bom, realmente era. A mulher arrumava seus braços ao redor da criança, para que ela ficasse bem segura. Hwang apenas analisava o rosto sereno, suas expressões tão delicadamente perfeitas. Ela era muito parecida consigo, porém, ela tinha o nariz pequenino e as bochechas gordinhas de Jeongin.
Ele sentiu uma lágrima lhe escorrer pelo rosto. Era para ela estar no colo de Jeongin, mesma suja de sangue ou qualquer vestígio de Jeongin, era para ela ter ido para o encontro de Jeongin no mesmo momento que respirasse o mesmo ar que os pais, era para que Hyunjin estivesse ao lado de Jeongin apertando forte sua mão, enquanto eles contemplavam o momento inesquecível. Em que eles iriam finalmente nomear a pequena filha assim que olhassem seu rosto delicado. Mas a bebê já estava vestida com uma roupinha do hospital, enrolada num cobertor fofinho e verde, e Jeongin estava inconsciente após uma parada cardíaca, se recuperando.
- Ela é muito linda. Vocês já tinham um nome para ela? – a enfermeira perguntou, olhando com um olhar carinhoso para o pai nervoso a sua frente.
Hyunjin assentiu, lembrando da grande discussão que fora escolher os nomes, um masculino e um feminino.
- O nome dela é Jeonghwa. – proferiu o nome que havia sido escolhido por Jeongin a meses atrás, Hyunjin achou o nome único e lindo.
- Bem, a pequena Jeonghwa é prematura de algumas semanas, mas ela está forte e saudável, por incrível que pareça. Ela e o outro pai são fortes. – sorriu, anotando algumas coisas no balcão atrás de si.
- Eu preciso ver Jeongin, você pode me levar lá? – a encarou com esperança.
Ele sabia que não era certo, mas ele não conseguia conter o sentimento ansioso que o preenchia.
Hyunjin ninou Jeonghwa, que havia aberto os olhos grandes, idênticos aos de Hwang. Ela o olhava atentamente, parecia gravar todos os detalhes do rosto de Hyunjin. O mesmo não deixou de segurar um sorriso ao perceber, sentindo o calor em seu coração aumentar cada vez mais. Alisou com os dedos os cabelinhos escuros de Jeonghwa, vendo a filha esticar as mãozinhas para alcançar o um dos dedos de Hwang, e o apertar fortemente.
- Querido, eu realmente gostaria de poder o levar lá, mas Jeongin tivera uma parada respiratória e uma parada cardíaca. Ele precisa de todo repouso e tranquilidade possível nesse momento, são raros os casos das pessoas que voltam depois de uma parada cardíaca... ainda mais em meio a uma cesárea.
O ar pareceu lhe faltar por segundos ao ouvir isso. Ele quase perdeu Jeongin tantas vezes. Ele esperava do fundo do seu coração que essa fosse a última vez que ele lhe pregasse um susto desse porte.
- Eu posso ficar com ela mais um pouco? – se referiu a filha, que estava alheia a tudo, agora dormindo enganchada no dedo de Hwang.
- Sim. Eu já lhe dei o leite que ela deve tomar, se ela sentir fome, há mamadeiras prontas dentro do frigobar, aqueça no aquecedor de mamadeiras ao lado. – ela explicou. – Vou notificar os parentes de vocês do acontecido, mas por enquanto não é bom que o bebê tenha contato com outros, tudo bem?
Hwang apenas assentiu, entretido com a beleza da criança ao seus braços. Sua filha e do Jeongin.
...
Já havia se passado um dia inteiro desde o acontecido, Hwang não queria que ninguém tocasse em Jeonghwa antes de Jeongin, então a bebê passava grande parte do tempo na incubadora. Por mais que ela estivesse saudável, sua imunidade não era tão alta por ser prematura e recém nascida. Todos já haviam a visto, chorado e tido ataques de fofuras (Changbin era o dono de grande parte dos ataques), os pais de Jeongin estavam nervosos ainda, mas não tão quanto Hyunjin, eles não haviam presenciando o que ele viu.
Jeonghwa vestia uma roupinha de sapinho, e estava tão imensamente adorável dentro da mesma, com os olhinhos idênticos aos de Hwang sempre abertos e atentos a todos a sua volta. Mas agora, Hyunjin a alimentava com o leite especial para recém nascidos, e a mesma vez ou outra fechava os olhinhos e voltava a abri-los para encarar o pai.
Jeongin estava prestes acordar, de acordo com a enfermeira querida que estava cuidando de Jeonghwa algumas vezes, e de Jeongin. Hwang estava ansioso. Mal esperava para finalmente ver a reação de Jeongin ao ver a filha. E também mal esperava para o ver e o encher de beijos como nunca, ele não se via disposto a tirar o olhar de Jeongin assim que o visse, iria dizer o quanto ficou com medo de o perder, que ele não podia mais o assustar desta forma, e que o ama mais do que é possível se medir.
Dirigiu-se a sala que Jeongin estava, carregando consigo a bebê quietinha. Assim que entrou na sala, pode ter a visão de Jeongin ainda adormecido, ele não estava diferente ou menos perfeito, só parecia cansado mesmo que estivesse dormindo. Dessa vez o controlador de batimentos cardíacos estava regular e normal, sua pressão estava igualmente normal, e agora nenhum dos tubos anteriores estavam em Jeongin, apenas o oxímetro que monitorava a frequência cardíaca do mesmo. Pela vigésima vez em menos de quarenta e oito horas, ele sentiu seus olhos tornarem-se úmidos. Ele segurou firme a bebê Jeonghwa, selando um beijo em sua cabeça pequena antes de se aproximar de Jeongin.
- Olhe como seu papa é lindo... ele é tão bom. – falou baixo para a bebê, que apenas o olhava com uma expressão séria, mexendo as pernas um pouco rápido. – Você já quer correr, huh? É realmente filha do Jeongin. – Hyunjin gargalhou pela primeira vez, e para sua surpresa, um leve sorriso se formou nos pequeno lábios de Jeonghwa, um sorriso gengival lindo.
-Jinnie... – seu olhar correu em direção da onde havia vindo a voz um pouco rouca e baixa.
Jeongin ainda mantinha os olhos fechados, e ele tateava a cama, e em seguida seu próprio corpo, dando leves batidas na sua barriga ainda inchada, porém muito menor do que antes. O monitor cardíaco se alterou, e Hyunjin se apressou para buscar a mão de Jeongin.
- Innie, eu estou aqui... Amor, está tudo bem. – ele esperava que Jeongin abrisse os olhos para poder ver a filha, mas ainda mantinha os olhos fechados e Hwang pode ver as lágrimas escaparem dos olhos de Jeongin.
- Eu p-perdi e-ele, né? – sua voz saiu entrecortada. – E-eu não q-quero olhar para minha barriga vazia. – soluçou, subindo suas mãos para o rosto e o tampando.
Jeongin já sabia que sim, ele era fraco demais para tudo, não era capaz de nada. E aliás, a culpa era toda sua, desde o início, ele merecia aquilo, talvez.
O coração de Hwang se partiu em milhões de pedaços ao ver Jeongin tão triste por nada. Então ele ajeitou a bebê em seu colo, e sentou na cadeira ao lado da cama.
- Innie, babe... abra seus olhos. – pediu, com todo carinho do mundo.
Jeongin ainda chorava, e ele tremia por inteiro. E lentamente ele retirou as mãos pequeninas do rosto, sua visão se encontrava um pouco turva, porém, assim que ele finalmente localizou Hyunjin com uma expressão emocionada e um leve sorriso, seus olhos correram para o pequeno e indefeso ser em seus braços. Jeongin não sabia se tinha explicações para o que ele estava sentindo, mas preencheu seu coração inteiro, a alegria e a emoção dominaram por inteiro, e junto com elas o amor, muito amor. Um sorriso capaz de rasgar seu rosto se abriu ali, e seus olhos se tornaram finas linhas. Tapou sua boca deixando que de lá saísse um soluço choroso, o monitor cardíaco indiciava todos sentimentos de Jeongin. Ele olhou para Hyunjin que inevitavelmente voltou a chorar, mas dessa vez o seu choro era de alegria, muita alegria, uma sensação quente e confortável preenchia a sala. Jeongin esticou seus braços em direção a criança, a olhando com tanta adoração e amor, que não podia se comparar com qualquer outro sentimentos que ele já sentirá.
Já em seus braços, ele analisou todos os detalhes de sua filha, ela era a coisa mais perfeita e linda que ele já fizera. Era linda como Hyunjin. A sensação não tinha explicações, era apenas tudo perfeito é bom, tudo inexplicável e inesquecível.
E olhando para sua filha, ele não conseguia se recordar do sentimento que ele sentiu quando descobriu que estava a espera de Jeonghwa. Ele definitivamente não conseguia se lembrar, por que nada podia tomar o lugar do amor que ele estava sentindo, nenhum outro sentimento podia tomar posse de si para com aquele ser tão delicado, tão precioso, tão seu.
Ele sentiu os lábios de Hyunjin em seu rosto, num beijo demorado e longo contra sua bochecha, e em seguida beijando todas as lágrimas que ele derramara.
- Minha pequena Jeonghwa... – Jeongin cantou baixo, olhando nos olhos grandes do bebê que sorriu para o pai, fazendo Jeongin gargalhar involuntariamente, olhando para Hwang.
Hyunjin abraçou o marido, segurando a mãozinha da filha e dando um beijo longo nos lábios de Jeongin que segurava firme a bebê em seus braços.
- Nossa pequena Jeonghwa.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top