11- Exodo das ninfas
Alguns dias antes ...
Tilin
Estávamos voando muito alto e eu já estava muito cansada e com muita fome . Era noite e estávamos voando sem poder usar nosso brilho . Estavamos sobre o território dos ogros , a nossa sorte é que enxergamos no escuro. Para nossa surpresa havíamos visto pouquíssimos ogros . Eu estava claramente sendo um fardo para minha prima pois já não aguentava mais permanecer voando aquela altura e a aquela velocidade, mas até entendia Coly querer sair dali o mais rápido possível pois minha mãe uma vez me contou que quando Coly ainda era criança, sua mãe era esculca: uma sentinela da noite que era incumbida de avisar quando haviam ogros, trolls ou orcs por perto. A mãe de Coly havia acabado de avistar dois ogros e estava tocando a kélyfos ( uma concha com som de shofar) para avisar que havia algo errado , mas nesse exato momento minha tia que voava muito alto avistou a Rainha vindo com sua caravana ao longe na mesma direção onde estavam os ogros .A mãe de Coly se teleportou até onde a Rainha estava ,(se teleportando além da distância que suportavamos , ninfas só conseguem se teleportar a curta distância) . Minha mãe não entrou em detalhes, mas disse que avisar a Rainha custou a vida da minha tia.
Eu havia reclamado muito de cansaço e minha prima começou a descer procurando um lugar para passarmos a noite , mas enquanto ainda procurávamos uma árvore grande o bastante para não sermos alcançadas por um ogro , vimos um grupo de 3 ninfas voando a 2 metros de de altura e de repente um ogro surgiu por detrás de uma árvore e pegou 2 das 3 ninfas e as comeu rapidamente a que conseguiu fugir se teleportou não sei para onde aos gritos ; fiz menção em gritar também mas minha prima tapou minha boca e me puxou para a copa de uma árvore. Eu me debatia tentando me desvencilhar da minha prima que falava ao meu ouvido:
- Não atrapalhe ,pois eu não vou morrer por causa de ninguém; entendeu? ninguém , então fica quieta.
Nesse momento pensei que minha mãe não tinha feito a melhor escolha como companhia para uma viagem tão perigosa.
O ogro parecia também está querendo se esconder o que e entrou em uma gruta não muito longe de onde estávamos.
- Os ogros não nos comem só porquê somos deliciosos aperitivos, mas porquê o ogro que se alimenta de uma ninfa adulta consegue ficar até uma semana sem sentir fome .- Minha prima sussurrou no meu ouvido enquanto as lágrimas ainda escorriam no meu rosto.
Durante o resto da noite eu chorei e sussurrei as palavras da minha prima:
- Não atrapalhe que eu não vou morrer por causa de ninguém;entendeu? ninguém , então fica quieta. Será que não seria melhor se a minha mãe tivesse me entregue aos cuidados da princ ... rainha Amora?
O cheiro de fumaça era muito forte eu sabia de onde vinha mas não queria pensar nisso, não queria pensar na minha mãe pois eu sabia o significado daquela fumaça, eu tinha que focar em não atrapalhar minha prima.
Dormi quando o sol estava começando a nascer e acordamos ainda muito cedo com uma revoada de maritacas fugindo de alguma coisa.
Minha prima sem me dar nem um bom dia espreguiçou-se e disse:
-Temos que partir.
- Eu ainda estou cansada, podemos dormir mais um pouco ? - Falei virando para o outro lado no ninho que já pertenceu a algum João de barro que por sorte encontramos na copa da árvore que nos escondemos.
-Temos que aproveitar enquanto os ogros possivelmente estão dormindo. -Coly falou prendendo seu longo cabelo eu um coque no alto da cabeça.
Eu fiz menção em retrucar, mas veio imediatamente na minha cabeça a lembrança da noite passada e sussurrei a frase da minha prima:
- Não atrapalhe que eu não vou morrer por causa de ninguém.
Levantei dando um grande bocejo e abrindo o meu alforje , pegando uma garrafa de néctar de flor de laranjeira e um pouco de ambrosia , travei por meio minuto lembrando da minha mãe e segurando o choro; comi uma pequena porção pois não sabia quando teria uma nova refeição decente e esperei minha prima comer pétalas de rosas brancas com um pouco de mel e tomar um pouco de orvalho. Depois vi Coly pegar um mapa dentro do seu alforje olhar por alguns segundos e falar:
Já estamos saindo do território dos ogros tem mais algumas horas de viagem pela floresta Xena, em vez de irmos pelo caminho mais curto que é a aldeia dos duendes mercadores que está cheia de Elfos negro iremos pelo território dos Vanires. Se tivermos sorte passaremos uma noite tranquila lá.
-Acha que encontraremos outras ninfas por lá? - Perguntei animada
-Não sei Tilin mas é capaz de vermos cada vez menos ninfas. - Minha prima falou guardando minhas coisas , segurando minha mão e levantando vôo.
...
Coly
Era difícil falar daquele jeito com a Tilin, mas quanto antes ela visse que tudo isso não era uma brincadeira mais chances teríamos de sobreviver. Eu não menti não pretendo morrer por ninguém, nem mesmo pelo bem de Miakoda; se essa porra for pelos ares serei a última a morrer.
Meu plano... meu plano é ir até o Principado dos eladrins, conseguir um otário que me leve até o principado das ninfas do ar e irei com elas até a Terra continente e fugirei em meio a guerra .
Meus pensamentos foram interrompidos por minha sedenta prima :
- Coly estou com sede.
Olhei no mapa e falei :
- Tem um campo de copo de leites rubro mais à frente mas temos que tomar cuidado com os capangas de Diego.
Voamos bem rápido e não muito alto para não sermos vistas pelos bruxos e gárgulas que faziam ronda por ali, chegamos rápido no campo de copos de leites rubros, a imagem era linda , pena não podermos ficar para apreciar . Tilin era menor que a flor,segurei o riso vendo a pequena voar até a pétala de uma delas e mergulhando na reserva de orvalho afim de se refrescar e logo reclamou:
- Credo o orvalho está morno.
-A essa hora devia está fresco . Estranho ... encha um odre de orvalho e vamos , na entrada para aldeia dos Vanires tem uma nascente.-Falei olhando o mapa .
A pequena abriu seu alforje e pegou um odre , olhou um copo de leite que o orvalho acumulado não estivesse com sujeiras e encheu odre.Também enchi o meu e quando estava fechando meu odre , avistei dois gárgulas e puxei minha prima para baixo de uma flor , enquanto eles mantivessem essa altura não teríamos problemas . Eles ficaram por muito tempo sobrevoando a região .
-Merda estamos perdendo muito tempo como vamos sair daqui? - Falei
preocupada.
Tilin olhando a nossa volta avistou um coelho angorá e disse :
-Eu sei que a mamãe falou para eu não usar meus poderes mas terei que desobedece-lá. - Minha prima colocou o indicador e o dedo médio na testa se concentrou e o coelho veio até onde estávamos, escorregamos pelo caule da flor até cairmos no pelo fofíssimo do coelho . Minha prima falou para o coelho:
-Se não for pedir muito poderia nos dar uma carona até a aldeia dos Vanires? - A menina esperou um pouco em silêncio e falou: - Não tem problema minha prima te ensina o caminho. - Em seguida Tilin virou para mim e fazendo sinal para que eu me escondesse ente os pelos do animal e assim chegamos a entrada da aldeia Vanires sem problemas.
Quando chegamos procuramos pela fonte pois o dia estava muito quente . Tilin agradeceu e se despediu do coelho enquanto isso eu vomitava horrores de tanto balança no lombo do coelho .Após ter colocado meu café da manhã para fora fui me refresca a na nascente . Eu não queria preocupar a minha prima mas a água daquela nascente estava mais quente do que de costume, não chegava está morna mas estava bem acima dos 18 graus que costumavam fazer. Desde a queda do primeiro reino muitas coisa estranhas estavam acontecendo :o dia estava amanhecendo mais tarde e a noite estava chegando antes , eu sabia que aquilo não era nada bom. Numa dimensão mágica o desequilíbrio é uma linha muito fina e corta-la teria consequências gravíssimas. O sol já ia se por e eu não estava pretendendo passar mais tempo que o necessário naquela aldeia então procurei um buraco em uma árvore onde no passado devia ter sido o lar de um esquilo , nos alimentamos e fomos dormir.
Acordamos pela manhã com a conversa de o que parecia um lobisomem e um sujeito que parecia um anjo ( o lobisomem deduzi pela aura e o anjo pelas asas que vi antes que usasse seu poder tomando a forma humana ) , tomamos nosso café da manhã , enchemos os odres assim que os estranhos se foram , compramos víveres no mercado e seguimos para o próximo local seguro , o Reino anão.
...
Rainha Amora...
-Eu não acredito, quem deu autorização para me teleportar? sou a rainha e não é só porque meu reino foi reduzido a cinzas que vocês podem agirem dessa forma . - Falei de maneira ríspida tentando mostrar autoridade.
-Já estavamos cansadas se ficássemos lá teríamos morrido .-Disse Zana.
- Como irá liderar as Ninfas na grande guerra se estiver morta? - Sapoti falou tomando um pouco de néctar do seu odre.
- Passamos um dia e meio salvando ninfas que iriam morrer por não usarem seus poderes da maneira correta.- Eritrina falou com a boca cheia de flor de farinha com mel .
- Não terei quem liderar se todas as ninfas morrerem.- Gritei .
- Alte... majestade, sua mãe disse que o trajeto para chegar a Terra continentem é para mostrar quem está apta a lutar na grande guerra ; o que você pretendia levar todas elas nas costas? Se não conseguem passar pelo primeiro empecilho imagina lutar numa guerra . - Falou Umê tomando néctar de flor de laranjeira tentando se recompor depois de teleportar nós 5 para dentro da toca de algum animal.
Calei-me por alguns segundos não tendo como debater .
-Onde estamos?- Perguntei olhando para entrada da toca.
Numa floresta próxima ao bosque vermelho;a floresta de Sangor .-Umê respondeu .
- Aqui deve está cheio de capangas do Diego.-Pensei em vós alta.
- Estamos na entrada da floresta, assim que estivermos descansadas teleportarei todos até o meio da floresta de Sangor. Estamos trabalhando com o nosso limite, então as três que não usaram teletranspote ficaram de guarda, já que Umê e eu estaremos exaustas. Nos esconderemos lá, até de manhã alguma de vocês nos teleportará até a a fronteira de Sangor com Vanires e depois iremos para o Reino Anão. E recuperaremos o tempo perdido no bosque vermelho. -Eritrina explicou e retruquei.
-Não foi tempo perdido, salvamos vidas.
Quem eu queria enganar? a Eritrina era uma ótima líder, deve ter passado a última noite em Dearg Crann darach elaborando esse plano enquanto eu passei a última noite chorando abraçada a minha mãe. Eritrina sim seria uma ótima rainha...
...
Enquanto isso Berry montada na Gazela fugia de dois orcs na floresta de Sangor. A ninfa do cabelo preto azulado estava séria e bastante cansada, não havia parado para nada ; estava faminta e sabia que a gazela estava da mesma forma, usou seu poder para teleportar a si e a gazela mas não foram muito longe, porém conseguiu ir longe o bastante para se esconde no meio de um arbusto e a gazela pois-se a pastar assim que viu que a ninfa estava segura. Na verdade Berry já chegou desacordada naquele lugar a gazela é que a empurrou para dentro dos arbustos.
A ninfa Dormiu bastante devido a fadiga mas seus sonhos não foram feliz. Berry teve pesadelos o tempo todo: Dearg Crann darach pegando fogo, ninfas morrendo , os gritos de seu irmã . A ninfa acordou gritando e estranhou está no meio de arbustos mais estava cansada e com fome de mais para pensar nisso.
Berry se assustou com a gazela metendo o focinho em meio aos arbustos e só depois viu que ela estava empurrando frutinhas para perto da ninfa.
A gazela teve o cuidado de colocar quase meio kilo de frutinhas em cima de uma folha e agora estava dando a ninfa que mal conseguia ficar de pé. O animal cheirou Berry e novamente empurrou as frutas que já estavam quase em cima da ninfa.
- Sim, são blueberry como meu nome ;muito obrigada. -A ninfa falou sentando e fazendo carinho na sua amiga antes de comer a primeira fruta. -Minha mãe me deu esse nome por meu cabelo ser da mesma cor da fruta. - Berry contou para a Gazela.
Depois de comer a ninfa olhou para fora e viu que a noite estava caindo.
- As noites estão mais longas e isso não é nada bom Marly; posso te chamar de Marly?
A gazela assentiu com a cabeça e Berry continuou:
- É muito perigoso sair agora é melhor sairmos assim que o sol nascer. Sim, perderemos um dia e meio e teremos que passar pelo caminho mais perigoso para chegar mais rápido , porém essa é a única saída.
Assim que o sol nasceu a ninfa em seu tamanho diminuto guardou algumas frutas em uma bolsa feita de folha , subiu na Gazela e saiu em direção a Aldeia dos doendes mercadores para comprar roupas e viveres, para depois ir para o Reino anão e cruzar todo deserto passando pelo território do esqueleto , mangue arco-íris , território dos lobisomens e enfim chegarei ao Reino Elfico.
...
Diego 2 dias depois de destruir o 1° Reino...
- Tristeza como estão as ninfas?- Perguntei ansioso.
-Não houve nenhuma melhora, majestade; Violeta continua e coma induzido, não podemos matar a feiticeira que deixou que os remanescentes da Shannon a pegasse pois quebraria o feitiço e a ninfa morreria; a mãe de Violeta e a rainha...
-Ela não é rainha, eu a venci, sendo assim o trono é meu por direito. - Interrompeu Diego .
Tristeza respirou fundo e se corrigiu :
-A ex rainha e a mãe de Violeta estão fazendo greve de fome e estão muito fracas para serem drenadas.
-Muito espertas, se eu drena-las elas morrem e não conseguirei o poder delas. Ruína e Tristeza vocês são meus braços direito e esquerdo daqui para frente já que Gabriela não está mais entre nós.
As duas bruxas fizeram uma pequena reverência e agradeceram a Diego em coro:
-Obrigada pela confiança majestade.
-Como comandantes da minha horda quero saber quem vocês acham que deve ser o próximo a cair ? - Perguntei realmente. Interessado.
-Reino dos anões Elfos negro. -As gêmeas responderam ao mesmo tempo porém com opiniões diferentes .
-Tristeza, por que acha melhor atacarmos o Reino anão? Eles têm 70% das minas de mitril, prata , obsidiana , aço , ferro e outros mais materiais, metais esses usados para fazer armas . Seu território foi atacado no reinado do Rei Dario tataravô do Rei Gordon, muitos acham que as bruxas do deserto haviram destruíram todas as minas mas isso não é verdade; apesar de terem destruído a maior parte do Reino Anão os anões se aliaram a Shannon e os Elfos conseguindo camuflar o que sobrou do Reino e recuperara as minhas. O reino anão tem 60% do Comércio de armas de toda Miakoda. O grande grimório deve ter a localização das entradas do reino.
-Muito interessante e os 40% restante quem detém?
-15% o reino elfico que só vende armas para os aliados;5% fundições medíocres feitas por humanos ou seres de outras espécies, gerando em sua maioria de armas de baixa qualidade e 20% os Elfos negros vossa majestade.
-Acho que essa é a sua deixa Ruína. - Falei bastante interessado.
-Como minha irmã falou os elfos negros têm 20% da venda de armas: parte delas são fabricadas pelos próprios Drows e a outra parte roubada de qualquer um que cruze o caminho deles. As armas fabricadas por eles são armas elficas de ótima qualidade. Os Drows liderados por Tayla mataram os reis e se apoderaram do vilarejo dos doendes mercadores e arredores dominando 40% do comércio de Ignis continentem e obrigam os doendes mercadores a traficarem armas e itens elfico; Sem falar que os Drows são inimigos declarados dos Elfos e grandes guerreiros.
-Adorei a sugestão das duas . Ruína, prepare uma de suas duplicatas para negociar uma aliança com os Drows e Tristeza...
-Pode deixar majestade irei mandar uma duplicata propor aliança com o rei Gordon majest...
- Tristeza o rei Gordon nunca aceitaria uma aliança conosco. Organize uma pequena tropa para atacarmos o Reino anão e podem se retirar.
- Sim todo poderoso. -Tristeza respondeu mas ela e sua irmã continuaram no grande salão.
- Algum problema? - Perguntei ressabiado.
-Tem um gargula incitando uma rebelião . -As bruxas vermelhas falaram em coro.
-Uma de cada vez .-Ordenei.
-O gargula que ajudou a matar o guardião ele é meio que adorado entre os gárgulas.-Tristeza falou.
-Ele anda planejando um motim, fala que podem conquistar reinos sem a nossa ajuda.-Ruina finalizou.
De um jeito de capturarem esse rebelde amanhã ao por de sol o destruirei no patio principal na frente de todos, duvido que depois disso continuarão se voltando contra mim. Agora se retirem .
As bruxas vermelhas se retiraram e Diego borrifou o frasco de perfume que sempre tinha em um pequeno saco de couro na sua cintura fazendo sair uma fumaça vermelha e em segundos estava em sua frente uma gênio muito aboŕrecida .
-Até que enfim, agora que já tem riqueza e uma enorme horda achei que nunca mais fosse me chamar. - Falou Anala fazendo bico e de braços cruzados.
- Não é seguro te deixar o tempo todo fora do frasco. - Falei sem dar importância para a reclamação da gênio .
-Não é seguro para quem? -Anala retrucou.
- Eu desejo uma gargula igual a Gabriela.-Diego ordenou.
- Tenho alguns problemas para realizar seu desejo, eu não conhecia muito bem a Gabriela então terá que ser mais específico ,se está se sentindo carente é melhor arrumar uma namorada ou um namorado .-Anala falou em tom de sarcasmo.
- Eu não quero uma namorada quero Gabriela de volta. -Gritei batendo a mão com força no meu trono de ônix .
- Não estou mentindo, eu deveria estar em treinamento , não posso trazer ninguém dos mortos, não sei como essa coisa de gênio funciona direito, é um milagre e não ter perdido o controle e destruindo seu precioso castelo. Quando desejou um castelo maior você foi bastante detalhista; Porém quando desejou o lustre que está nessa sala , Errei o lustre por três ou quatro vezes até que me desse todos os detalhes de como realmente era o lustre que queria. Isso pode acontecer com a Gabriela já que eu não a conheço.- A gênio explicou .
- Ela era uma boa ouvinte, grande guerreira e bastante obediente. - Disse ressaltando os atributos que mais gostava na minha amiga.
-Ok, -Anala respondeu fazendo aparecer uma gargula idêntica à Gabriela a minha frente.
Coly
Ninfa
Tilin
Ninfa
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