Into the water
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NIXIE BLACK
16 de novembro de 1999
Caminho em passos determinados em direção das escadas para o quarto andar. Não acho que Harry já deve ter chegado até porque ele sempre gostou de ser o atrasado, mas eu gosto de ser pontual.
No silêncio da noite, qualquer movimentação é percebida com antecedência e eu diminuo meu caminhar ao ver Tyler Galpin, o monitor da Corvinal, vindo da direção oposta. Ao me notar, o rapaz abriu um sorriso gentil, este que eu retribuí sem demora.
— Boa noite, senhorita Diggory!— ele cumprimenta vindo parar na minha frente. Como em qualquer outra noite é totalmente comum os monitores pararem para conversar sempre que se esbarram, principalmente aqueles que se dão bem como Tyler e eu, já que nosso trabalho é geralmente muito parado e tedioso, mas ainda assim, eu estou com pressa e não acho que sou capaz de fingir agora.
— Boa noite, senhor Galpin.— sou educada, apesar de tudo. Mesmo que Tyler e eu tenhamos passado muitas noites caminhando juntos conversando, não passamos do nível de intimidade que nos permite tratar um ao outro pelo primeiro nome. Nossa relação é meramente respeitosa.
— Como a senhorita está?
— Muito bem, e quanto ao senhor?
— Ah, entediado, como sempre.— ele sopra uma risada fraca— Onde está o Johnson?
— Ah, tive de despistá-lo rapidamente já que estou desesperada para ir no banheiro.— sorrio o tirando gentilmente de meu caminho com as mãos nos seus ombros.— Ele deve estar próximo à cozinha, por que não vai até lá e mais tarde me junto a vocês? Eu preciso mesmo ir agora, senhor Galpin.
— Oh, está bem, até...— ele murmurou nas minhas costas enquanto eu corria rezando internamente para não ser seguida.
Quando finalmente alcanço o banheiro dos monitores, me adianto para perto da piscina, mas meu pulso é agarrado e eu dou meia volta, mal a porta se fecha atrás de mim. Meu corpo tem um encontro com o de Harry e eu sorrio, animando-me por vê-lo tão cedo por aqui.
— Ora, se meu garoto de ouro não chegou na hora pela primeira vez na vida.— ironizo.
— Embora eu fosse adorar me gabar por isso...— nós nos abraçamos— você que está atrasada, Nixie.
— Que? Eu só levei segundos para despistar o Galpin!— faço bico. Harry une as sobrancelhas.
— Quem?
— Ah, o Tyler Galpin, monitor da Corvinal. Nós nos esbarramos, mas eu inventei que precisava usar o banheiro para vir correndo pra você— dou um selinho longo no Potter e quando recuo para o encarar com um sorriso bobo no rosto, ele está com uma cara estranha. Engraçada e estranha— Que foi?
— Tyler Galpin, o Tyler Galpin que você beijou debaixo do visgo no natal dos catorze?
— Ah, é, eu não me lembrava disso!— arregalo os olhos, surpresa por ele lembrar. É verdade, eu já dei um selinho no Tyler, mas foi mais pela brincadeira, aposto que nem ele mesmo se recorda— É ele mesmo.
— Humm....— Harry faz bico e balança a cabeça, desviando o olhar para o chão. Cerro os olhos para o Potter.
— Algum problema?
— Claro que não.
— Harry...
— Sim?
— Está com ciumes?— meu sorriso cresce junto de meu ego.
— Claro que não.— ele sorri, mas eu sei que está mentindo. Harry não olha nos meus olhos quando mente.
— Hm, que pena.— mordo o lábio e o empurro contra a parede, fazendo-o arregalar os olhos de surpresa por trás dos óculos, aproximo meus lábios do teu ouvido e respiro fundo, sentindo seu delicioso perfume— Porque eu adoraria ter que te convencer do porquê não precisa ter ciúmes do Galpin.— sussurro e passo a língua no lóbulo da sua orelha, o mordiscando. Senti a respiração pesada de Harry e não segurei a risadinha.
Ameaço me afastar, mas ele me puxa de volta para um beijo intenso, quente e maravilhoso.
Harry aperta minha cintura como se quisesse me ter ainda mais perto, aí eu agarro seu pulso e ergo sua mão para o meu seio no meio do beijo. Ele recuou, surpreso, mas antes que falasse qualquer coisa que tenha pensado, voltei a beijá-lo e o estimulei para que apertasse meu peito, movimento este que me excitou muito. É a primeira vez que eu tenho que incentivar um garoto a pegar nos meus peitos.
Harry possui uma inocência que eu adoraria contaminar! Ah, se vou!
Ofegantes, nós apartamos o beijo um pouco para buscar fôlego.
— Ok, talvez eu esteja com ciúmes.— ele murmura, me arrancando uma risadinha maliciosa.
— Está quente aqui, venha, tenho uma ideia.— me afasto dele e pego suas mãos, andando de costas na direção da piscina iluminada. Quando chego a borda, solto suas mãos e tiro a capa, atirando-a no chão com minha varinha no seu bolso. Harry morde o lábio e me olha de canto, curioso.
— O que está fazendo?— ele pergunta quando tiro meus sapatos.
— Eu acabei de dizer, querido.— pisco inocentemente e começo a desabotoar a camisa. Harry vira o rosto e fecha os olhos e eu sorrio, boba com sua atitude— Vimos aqui tantas vezes, mas nunca nadamos, por que?
— Hã... eu... é que... não sei se devemos...— ele esfrega as mãos exalando tensão. Tiro as meias depois de jogar a camisa no chão.
— Por que não?— rebato— Está preocupado para o caso de ficarmos molhados a noite toda, Potter?— pergunto em tom sugestivo e zombeteiro— Temos a magia em nosso favor.
— Nixie...— ele usa um tom de censura e me olha brevemente, arregalando os olhos porque no exato momento eu estou descendo minha saia. Harry Potter me dá as costas, ansioso— A-ah... me desculpa!
Ah, que vontade de morder!
— Não se preocupe, Hazz, não me importo que olhe.— sorrio me aproximando de suas costas apenas de lingerie como uma cobra preparando-se para dar o bote. Apoio-me em seus ombros como quem não quer nada— Mas me importo se você não tiver intenção nenhuma de entrar nessa água comigo. Você vai me deixar na mão desse jeito, senhor Potter?— pergunto, divertindo-me ao ver sua nuca arrepiada e sentir seus ombros ficando tensos sob minhas mãos— Vai?— insisto, manhosa. O ajudo a se livrar de sua capa e logo me afasto, dando-lhe as costas e me preparando para dar um mergulho dramático. Ergo os braços e respiro fundo fechando os olhos. Não sei se Harry está me olhando, mas não espio para não estragar a brincadeira. Por fim, mergulho. A água não está fria, muito pelo contrário, está na temperatura ideal.
Nado despreocupadamente, ficando imersa na água até que o barulho de outro mergulho me incentive a volta para a superfície. Harry nada a poucos metros de mim, sacode os cabelos escuros e pesados como um cachorro molhado, me arrancando uma outra risada. Ele tirou os óculos antes de entrar, mas fez questão de manter as calças. Ora, que peninha. Está se fazendo de difícil?
O azul da piscina afeta pouco o intenso verde do seu olhar. Nós sorrimos um para o outro e ficamos nadando em círculos, até eu atirar um pouco de água na sua direção e nossa brincadeira começar. Harry me seguiu dentro d'água com uma velocidade impressionante. Até tentei fugir, mas aí ele me agarra por trás em um abraço firme e nós rodopiamos dentro d'água, rindo e nos divertindo. A coisa é que eu quero brincar do meu jeito.
Dominada de pensamentos perversos, girei em seu abraço e o envolvi com minhas pernas, fechando os braços ao redor do seu pescoço. Harry soube que não haveria um momento descontraído e seu sorriso demorou a desaparecer, ele está ofegante e nervosos, mas relaxe, não vamos fazer sexo. Fora o fato de ser cedo para nós dois, eu gostaria de um lugar bem mais íntimo e confortável. Isso se tiver que acontecer, claro...
O braço de Harry envolta da minha cintura me apertou com mais força conforme eu emaranhava meus dedos em seus cabelos molhados. Beijei-o com ternura uma vez, duas, até que não consegui mais brincar e nós nos encaixamos de um jeito muito perigoso.
Nem pensar em sexo, mocinha! Nós dois somos virgens, mas ainda acho que tenho mais experiência no assunto do que ele. Eu procurei por sua língua e não demorei em encontrar uma resposta, o calor aumentava e pode ser que essa piscina evapore em breve, tamanho fogo que pegamos juntos.
Harry recuou comigo para a borda da piscina e se sentou em um degrau, montei no seu colo e dessa vez sua mão foi para o meu peito sem que eu tivesse que pedir implicitamente. É novo e extremamente arriscado esse joguinho que propus. Harry está sem camisa, ou seja, eu posso sentir sua pele roçando contra a minha e de algum jeito, quero que ele venha mais para perto.
Se eu tirar mais uma peça de roupa, ele só vai precisar abrir o zíper para que o pecado seja cometido. Eu sei que ele está pronto. Eu também estou.
Harry agarrou minha bunda com força e apertou nossas virilhas. Eu o senti perfeitamente rígido entre as minhas pernas e não pude resistir ao leve movimentar do meu quadril, o rebolar lento, para frente e para trás. Nesse momento, não importava nada que estivéssemos sem fôlego, não parávamos de nos beijar. Desde o dia que começamos, parece impossível parar.
Harry gemeu contra os meus lábios e eu poderia jurar que estava a um fio de perder a cabeça. Mordi seu lábio e ele arfou, eu sei, Harry, eu sei.
Mas nós não devemos. Inferno, por que é tão difícil parar depois que começamos?
— Ora... ora... ora...— de repente, assustando-nos, a voz conhecida vinha da porta e seus passos firmes atraíram nossa atenção. Por reflexo, cravei as unhas nos ombros de Harry e ele gemeu outra vez, mas não foi de prazer. Na beira oposta de onde estávamos, Draco Malfoy parou de andar e colocou as mãos nos bolsos do seu terno preto e fino, seus olhos cinzentos pareciam mais frios com o reflexo azul da água. Os cabelos brancos caindo sobre os mesmos e um sorrisinho presunçoso nascendo em seus lábios finos. Cacete. Draco olha para mim depois para Harry como se tivesse todo tempo do mundo para admirar o exato momento em que nos pegou no flagra— É agora que eu finjo surpresa?
[...]
Nota da autora:
Sim, tivemos referência a Wednesday. Comecei a assistir porque sou modinha e mesmo sabendo de tudo o que vai acontecer, estou encantada por esse macho. I can fix him vibes.
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