Oito e meia em ponto eu estava pronta, esperando pela Carolina.
Meu pai não estava em casa, então só deixei um bilhete pra ele avisando que chegaria tarde. Ele pediu pra eu morar com ele, então ele que aguente minhas saídas.

Escutei o barulho de uma buzina, e em seguida recebi uma mensagem da Carol avisando que já estava ali. Sai para fora de casa, trancando a porta e indo em direção ao carro.

- Devo dizer que vossa alteza está deslumbrante.

- Muito obrigada lacaio. - Disse me sentando e prendendo o cinto.

- Lacaio?- Gargalhou.- Tinha outra coisa melhor não?

- Não. Aliás, te chamar de Carol é estranho, Carolina também. Então vou te chamar de cakes.

- Tudo bem mileide.

Sorri, e assim fomos para a festa. O caminho nós duas conversamos bastante. Cakes disse que tinha acabado de sair de um relacionamento complicado, que ainda amava a menina.

- Nossa, mas vocês separaram porque?

- Ah, muita coisa. Ela mora longe e também ela trabalha demais, não estava tendo tempo pra nós duas, então ela terminou.- Disse meio triste.

- Te entendo. Qual o nome dela?

- Paula. - Sorriu ao falar o nome da menina. E ali eu vi que ela ainda amava a menina.

- Eu tô passando quase pela mesma coisa.- Ri - Só que no meu caso foi fogo no rabo das duas.

- Pera, você é lésbica também?

- Sim, descobri a pouco tempo.

- Me conta tudo.

- Hm, é uma coisa complicada de explicar Cakes. 

- A gente tem tempo.

- Bom, basicamente eu me apaixonei pela irmã mais velha do meu melhor amigo. Ela sempre demonstrou gostar de mim só como irmã mais nova sabe? Mas em um dia aí, a gente se beijou, e depois desse dia a gente não desgrudou mais. Então um mês depois começamos a namorar, foi difícil porque o irmão dela, vulgo meu melhor amigo não aceitaria nos duas juntas. Então nos escondemos dele, mas como tudo que é bom dura pouco, o irmão dela descobriu, e nisso ele fez o maior barraco, desde então ele não conversa mais comigo. Eu fui meio que idiota, e terminei com ela, e nisso minha mãe já não queria mais nós duas juntas. Ela me contou que iria morar em nova York, e por um momento cakes, eu me senti como se algo fosse arrancado de mim. Então nós tivemos meio que um despedida, mas como sempre, eu fui idiota o bastante e deixei ela de novo. E a essa hora ela já deve estar indo pra nova York.

- Um: Você é idiota. Dois: você é muito idiota. E três: não se deixe um amor escapar assim não Carol.

- Eu sei, eu sei. Mas é que nós duas seria impossível.

- Nada é impossível ruiva. - Sorri com o apelido.

- Ela me chamava de ruiva. Sabe, eu sinto muita saudade dela.

- Então vai atrás do seu amor.

- Não da mais.

- Claro que dá!

- A essa hora, ela já deve estar no voo.

- Puta que pariu em você também. Pega esse telefone e liga pra ela.- Disse pegando meu telefone da minha mão e me entregando.

- Não vou fazer isso.

- Ah não? Então eu faço.

Ela pegou o telefone da minha mão e procurou por Day nos contatos. Eu preciso colocar senha no meu telefone.

- Hm, Daylicía. Amei o nome.- Disse maliciosa.

Tentei tirar o telefone da sua mão, mas ela tirou uma mão do volante e me impediu.

- Alô? Dayane? Ah não é a Carol não, na verdade é a Carol, mas outra Carol.- Riu.- Eu sou a Carol mais bonita é isso.- Escutei uma risadinha da Day no fundo. - É que a Carol feia e uma cuzona, e não tem a coragem de ligar pra você, e eu que sou uma ótima nova amiga decidi fazer isso por ela. - Não escutei nada no outro lado da linha.- Você já foi pra New York city? Nossa que maravilha! Vou Passar pra Carol feia.

Meu coração disparou assim que ela disse que passaria pra mim. Oque eu falaria com ela? Pra ela não ir e que eu a amava?  Com certeza seria isso. Um misto de sentimento me invadiu, eu estaria disposta a ficar com ela depois de tantas idas e voltas? Eu amo ela, mas não sei como seria se isso acontecesse, se ela deixasse de ir por mim.

Depois de muita insistência da parte de Cake, ela me passou o celular, e me olhou por um segundo, nisso descuidando e invadindo a outra pista. Depois disso tudo ficou escuro. Só consegui gritar "cuidado" e escutar Carolina gritando.

Pov Day

Por ironia do destino, meu voo tinha sido cancelado, e remarcado pra amanhã cedo. Estava em dúvida entre ficar no aeroporto ou ir pra casa e sair cedo, mas ter que ir e voltar me deixou com uma preguiça enorme, então resolvi ficar por aqui mesmo.

Meu coração estava apertado, sentia algo ruim dentro de mim. Por um momento fiquei com medo de entrar no avião, mas tirei esses pensamentos da mente.

Estava assistindo um vídeo qualquer no YouTube quando recebi uma ligação de Carol. Meu coração vibrou quando vi Carol escrito na tela.

- Alô? Dayane?

A voz não era de Carol, estranhei isso. Fiquei apreensiva com isso.

- Carol?

-Ah não é a Carol não, na verdade é a Carol, mas outra Carol.- Riu do outro lado.- Eu sou a Carol mais bonita é isso.

Ri involuntariamente, pelo jeito que ela estava falando não era notícia ruim.

- Mas qual o motivo da ligação?

- É que a Carol feia é uma cuzona, e não tem a coragem de ligar pra você, e eu que sou uma ótima nova amiga decidi fazer isso por ela.

- Devo concordar que ela é cuzona mesmo.- Ri de novo.

- Você já foi pra New York city?

- Não, meu voo foi cancelado cara.

-Nossa que maravilha! Vou Passar pra Carol feia.

Sorri de novo com o jeito afobado da menina. Ouvi algumas coisa como "fala com ela vai" " fala com ela logo porra" e isso de certo modo me fez rir.

Tudo ficou silencioso, e logo depois escutei Carol gritando "cuidado" e a menina que estava com ela gritando. Um estrondo foi feito do outro lado da linha.

- Carol? Carol? Pelo amor de Deus, fala comigo amor. Carol fala comigo! - disse andando de um lado pro outro.

As pessoas que estavam ali, começaram a me olhar assustadas.

Eu entrei em pânico, não é possível que algo ruim tivesse acontecido. Em seguida escutei pessoas falando, dizendo que os ferimentos estavam grandes, e que achava que uma não estava viva.

- Por favor! Alguém aí tá me escutando? Pelo amor de Deus!

- Alô? Quem tá falando? - A pessoa disse com a voz trêmula.- Por favor, preciso saber quem é!

- Eu sou a namorada da ruiva! Pelo amor de Deus o que houve?

- Moça, sua namorada está muito machucada! Elas bateram o carro em um ônibus. As duas estão muito machucadas.

Minhas pernas fraquejaram , coloquei a mão no rosto e comecei a chorar ali mesmo. Como a vida consegue ser tão injusta comigo? Não, não, não, eu não posso perder a Carol, eu não saberia lidar com isso.

- Aonde elas estão?

- A ambulância ainda não chegou moça.

- Mas que porra!

- Fica calma, tudo vai ficar bem, é só ter fé.

- Só me diz para qual hospital elas vão.

- Eu não se.... moça a ambulância chegou!

As lágrimas não paravam de cair pelo meu rosto. Fiquei na linha até a menina dizer o hospital pra onde levaram Carol.

Peguei o primeiro táxi que encontrei, falando com ele o endereço do hospital.

O caminho todo, eu fiz uma coisa que nunca imaginei que faria, eu orei. Pedi a Deus que não levasse ela, que deixasse ela comigo, Carol é meu anjo, ela não pode me deixar, não pode mesmo. Sem ela eu não sou ninguém, eu não conseguiria viver sabendo que nunca mais eu a veria, nunca mais escutaria a voz dela, nem que fosse por telefone. Que eu nunca mais veria uma foto dela, o sorriso dela. Meu Deus, por favor não tira a Carol de mim, eu imploro.

Peguei meu celular, discando o número da mãe de Carol, não sabia se a menina que pegou o telefone dela havia ligado pra mãe dela.

No segundo toque ela atendeu.

- Dayane?

- Rose? Rose pelo amor de Deus, a Carol sofreu um acidente lá aonde ela está.- as lágrimas se misturaram com soluços. O motorista vez ou outra me olhava, e dava pra ver que ele estava com pena de mim.

- Como assim Day? A Carol? Como você sabe? Meu Deus!- disse desesperada.

- Eu..eu não sei Rose! Eu estava ao telefone com ela, e só escutei o barulho. Alguém pegou o telefone dela e me disse.

- Ela esta bem? Diz que está bem! Eu vou pra lá agora.- dava pra ver que ela já estava chorando.

- Falaram que ela está muito machucada. Eu também estou indo pra lá.

- Ok. Nós encontramos lá.

Desligou o telefone. Mandei uma mensagem pro Dreicon, eu seu que eles não estavam conversando, mas ele precisava saber.

Ele visualizou a mensagem, e minutos depois me respondeu.

Dreicon:

Eu estou indo pra lá!

Fica bem Carol, por favor! Eu prometo ficar com você pra sempre, só não me deixa.

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Enfim, o que eu tenho a dizer é meio difícil pra mim.

She está tomando sua reta final. Sim, eu venho recebendo muitos comentários no qual me deixaram de certo modo triste.

Quando tive a ideia da fic, eu já tinha ela pronta, independente de qualquer coisa que acontecesse ao longo dela.

E como vocês sabem, se eu seguisse a cronologia do filme, a fic já teria acabado.

Eu venho recebendo muitos comentários e mensagens de leitoras dizendo que não estão de acordo com o rumo da fic. Rumo esse no qual a Carol e a Day não estão juntas, no qual a cakes apareceu. Enfim, é chato gente, você ter uma ideia, e as pessoas não gostarem e dizerem que não querem assim. Claro que eu como autora da fic, tenho que agradar minhas leitoras. Mas gente, se coloquem no meu lugar! É muito ruim ter uma ideia e não poder segui-la porque vocês não querem ou não gostam. Então por isso a fic está na reta final, mais uns dois capítulos eu finalizo ela.

Me perdoem mesmo, mas foi a sulução que encontrei pra isso.

Quando she chegar ao fim, eu darei continuação a You Made Me Strong. Que também tem gente que não está gostando, ou até mesmo não entendendo.  Eu não desisto de escrever, porque escrever é minha paixão. Mas só hoje já pensei nisso umas cinco vezes.

No mais é isso. Amanhã/ hoje eu volto com mais um capítulo.

Eu amo vocês, não se esqueçam.
ALL THE LOVE🌈