Minha menina
Pov Day
Carol havia passado dos limites da seca quando aceitou sair com o Lucas, e eu claro não permiti.
Eu não ia deixar a minha menina fazer uma burrada dessas, e depois ficar falada na escola como mais uma que passou pelas mãos dele.
Ela ficou com raiva de mim? Sim. Eu vou fazer isso de novo? Sim, se ela inventar mais uma dessas.
Esse não é o primeiro pé rapado que eu boto pra correr. Na sexta série foi com o Carlos, que achou que poderia tirar o bv dela, mas eu ameacei quebrar todos os dentes dele se ele o fizesse. No primeiro ano eu tentei assustar o Mateus, mas ele não tinha medo de mim e tirou o bv dela. Azar o dele porque no outro dia ele apareceu com o olho roxo.
Eu não sou possessiva nem nada do tipo, eu só sinto que tenho que proteger ela, já que o Dreicon é um bundão que não sabe nem bater, e faz todas as vontades dela.
Carol sempre foi frágil, ela tenta usar essa máscara de ''não mexe comigo se não eu mordo sua canela'' mas na verdade ela é o ser mais chorão que existe, que se você fizer um ''Buu'' ela corre chorando.
Uma menina que fez um velório pra uma barata não é normal, e ela ainda chorou porque eu matei o inseto.
Ela é especial, de certa forma pra mim é, e eu vou cuidar dela enquanto eu puder.
Depois de ter acabado com o encontro dela, ela jurou vingança, eu já estava esperando por isso, mas ela não sabe que é péssima com isso e que todos os planos dela nunca funcionaram, eu que fingia cair.
Pov Carol
Eu já tinha um plano e ele consistia em forjar um namoro. E com quem? Com Daniel, o menino que ela mais odiava. Eu estava exagerando? Não, ela merece por infernizar minha vida desde sempre.
Eu já tinha combinado com Daniel, e já tinha contado pro Dreicon o plano. Ele não concordou, mas não posso fazer nada, já estava tudo combinado.
Eu e Daniel não iríamos assumir de cara que estávamos namorando. A gente ia começar dizendo que apenas estamos ficando, o que já é o bastante pra irritar a filha de Hitler.
[...]
Hoje é sexta o que significa último dia de aula na semana, e a festa na casa dos Lima.
Daniel combinou de me buscar de carro, e sim, ele é repetente.
Estava terminando de calçar meu tênis quando escuto a buzina de seu carro. Desci as escadas correndo o que fez com que eu tropeçasse e caísse de barriga no chão.
- Carol minha filha, cuidado pelo amor de Deus. - Disse minha mãe me ajudando a levantar e me recompor.
- De boa mãe, só foi um tombo. Nada fora do normal. - Rimos. Eu caia mais do que ficava em pé.
- Quem tá lá fora? - Perguntou olhando pela janela e vendo um carro preto parado na porta.
- Ah um amigo aí. Fui mãe. - Disse dando um beijo em sua bochecha e saindo pela porta.
Daniel, até que ele era bonito, eu até tentaria algo com ele, tentaria se eu não soubesse da sua fama.
- Bom dia cachos vermelhos. - disse assim que entrei e me sentei no carona.
- Bom dia Dani. - Sorri.
- E aí, o plano é o mesmo?
- Sim, a gente vai chegar juntos, todos vão ver e comentar, é isto.
- Por que quer tanto irritar a Dayane?
- Ela merece, só isso.
O resto do caminho foi um silêncio total, nenhuma pergunta a mais sobre o porquê do plano, nada mais. As vezes ele me olhava e cogitava falar algo, mas desistia e continuava em silêncio. Graças a Deus por isso, porque não estava afim de conversar.
Quando chegamos na escola ele fez o que eu havia falado. Passou o braço sobre meus ombros e começamos a andar. Quando olho para a entrada da escola, ela estava lá, sentada perto da portão de entrada conversando com umas meninas nojentas. Seria nojento se não fosse tão cômico a cara que ela fez quando me viu abraçada com Daniel.
Daniel assim que viu que ela nos encarava, se inclinou e me deu um selinho. Eu me assustei na hora, mas passou depois que vi uma Dayane puta da vida entrando pra escola.
1x0 Day
Quando bateu o sinal do intervalo eu corri pro banheiro, estava quase fazendo xixi na calça.
Sai empurrando todos que estavam na minha frente, até chegar ao banheiro. Assim que cheguei dei graças a Deus que o banheiro estava vazio, e corri pra qualquer cabine. Que alívio!
O barulho da água caindo foi interrompido pelo barulho da porta se abrindo e fechando logo em seguida.
- Você pode me explicar que idiotice foi aquela? - Dayane perguntou um tanto quanto nervosa.
- Hm, que idiotice meu bem?- Sou uma ótima atriz, podem falar.
- Ah, agora vai bancar a sonserina?- Bateu com a mão na pia. Agressiva.
- Eu não sei do que você está falando Hitler Júnior. - Me contive para não rir da cara que ela fez.
- Querer ficar com o Lucas até que vai, mas agora ficar com o Daniel, Carol? Isso aí é sacanagem das grandes. Você sabe que eu odeio ele.
- Isso mesmo! Você odeia ele, não eu.
- Já entendi tudo já.- Veio caminhando e parou na minha frente.
Sem contato visual Dayane.
- Você ta fazendo isso pra me atingir. - Disse vitoriosa. - essa é a sua vingança idiota.
- Nã... Não, você tá ficando paranoica.
- Gaguejou porquê é verdade!
- Não viaja. - Disse tentando Passar por ela, mas ela prensou seu corpo contra o meu na pia me impedindo de sair.
Seus olhos foram de encontro aos meus mais uma vez, suas mão deslizaram pra minha cintura. Sua respiração estava calma, já a minha estava mais rápida que as batidas do meu coração.
Eu estava sentindo uma mistura de emoções naquele momento, ter ela tão perto assim fazia meu corpo entrar em estado de alerta, qualquer movimento errado e eu não ia conseguir me controlar. Dayane causava isso em mim, um misto de emoções, um misto de sentimentos que eu não sabia quais eram.
Seu rosto estava cada vez mais próximo do meu, podia sentir sua respiração quente contra meu rosto. Uma aproximação perigosa demais eu diria. Quando eu pensei que ela ia me beijar, ela fez o contrário indo para meu ouvido e dizendo:
- Entenda que se eu puder te proteger eu vou.- Sorriu afastando seu rosto do meu e colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. - Você é minha menina.
E assim ela me largou ali e saiu do banheiro.
Obrigada por me deixar com tesão só em falar Day.
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