Desculpas?
Dêem play nessa música❤
Me lembro do dia em que ganhei minha primeira bicicleta. Eu me senti a menininha mais feliz do mundo. Meus pais diziam como era lindo o brilho nos meus olhos e o sorriso que eu dei assim que vi a bicicleta dos meus sonhos.
Essa felicidade aumentou quando eu subi em cima dela, e dei minha primeira pedalada sem rodinhas. As gargalhadas que eu dava, eram escutadas de longe e aquele foi um dos dias mais felizes da minha vida.
Hoje eu me sinto como aquela Dayane com seis anos, quando ganhou o melhor presente do mundo. O sorriso que eu continha nos lábios, quando vi Carol acordada, com aquele olhar espantado, não poderia ser melhor. Minha menina estava ali, depois de um ano, acordada.
Um ano esperando por ela, um ano de noites mal dormidas, um ano sem a mulher da minha vida.
Durante esse tempo eu nunca Orei tanto, nunca pedi tanto algo a Deus, como eu pedia pra Carol acordar.
É engraçado até, quando nos apaixonamos. Nós queremos a pessoa ali conosco todos os dias, queremos ver seu sorriso, escutar sua gargalhada, queremos ouvir as reclamações da pessoa até quando ela esta nos piores dias. Mas nós a queremos, porque o amor é isso, é Querer a pessoa, mesmo com defeitos insignificantes ao mais significativo. Eu eu anseie tanto por escutar um reclamação da Carol, anseie tanto por escutar ela reclamando que estava com fome, que ela estava irritada com algo, anseie tanto por ouvir a voz dela dizendo o quão boba eu era por amar ela. Eu anseie por ela, eu quis ela mais que tudo durante esse tempo, e nesse tempo eu vi que eu realmente a amava, eu amava todas as suas qualidades e todos os seus defeitos.
Durante esse tempo eu percebi que devemos valorizar quem está do nosso lado, e que também devemos amar enquanto temos tempo pra isso. A vida passa tão rápido pra afastarmos tantas pessoas da nossa vida. A vida é tão curta, curta demais, hoje nós estamos aqui, amanhã pode ser que não, e com isso eu aprendi que devemos viver enquanto a tempo, devemos amar enquanto a tempo, devemos agradecer mais!
O sentimento de perda me invadia todos os dias, eu não queria aceitar que Carol poderia me deixar. Todos os dias que eu entrava naquele quarto, eu desejava encontrar ela sentada na cama, tomando uma xícara de café, mas não era assim. Ver ela inconsciente me destruía por dentro, ver que ali não tinha mais vida fazia com que eu chorasse. Não teve um dia se quer, que eu não tenha chorado ao lado dela, eu não queria perde-la, não aceitaria que ela fosse e me deixasse aqui, eu a amava demais pra isso.
E no dia que eu entrei no quarto, que eu cantei pra ela, que eu peguei sua mão e senti seus dedos apertando a minha mão, foi como se eu tivesse voltado lá atrás no dia que a conheci, aquele sentimento todo que eu guardei voltou, eu me permiti chorar, não de tristeza, mas sim de alegria, alegria que a minha menina tinha voltado pra mim.
- Eu sabia que você não me deixaria.- Eu disse enquanto acariciava seu rosto. Os médicos já tinham feitos todos os exames necessários, e graças a Deus Carol estava bem.
Sua feição ainda estava de cansaço, mas ela não reprimiu um sorriso ao me ver.
- Você sempre esteve comigo sabia? - Ela disse com a voz um pouco cansada.- Todos os dias eu estava com você, e parecia tão real.
- Porquê eu nunca seria capaz de te deixar. Você é a minha menina, o amor da minha vida. - Vi uma lágrima escorrer por seu rosto. Limpei a mesma com o dedo, e logo depois selei nosso lábios, e ali naquele beijo foi transmitido tudo o que eu sentia por ela. - Eu te amo.
- Eu te amo mais. Você é a minha vida Dayane Lima.
- E você é a minha, é o meu lar, meu mundo, meu tudo.
Depositei mais um beijo em seus lábios. Com certeza esse momento seria eternizado na minha memória.
Começamos uma conversa no qual Carol me contou que todos os dias ela sonhava comigo, e que no sonho ela não se lembrava do nome. Eu não consegui imaginar como seria ter a Carol aqui, mas sem lembrar quem eu sou. Seria algo difícil, mas eu tentaria a reconquistar todos os dias.
Fomos interrompidas por alguém batendo na porta. Gritei um entra e a figura de Dreicon apareceu com um sorriso nos lábios e um buquê nas mãos.
Senti a mão de Carol apertar a minha, e seu corpo se enrijecer com a presença do meu irmão.
- Graças a Deus você acordou pequena.- Dreicon sorriu. - Eu senti tanto sua falta.- ele disse se aproximando.
- Não chega perto.- Carol disse arrumando- se na cama.
- Como assim? - meu irmão perguntou confuso.
- O que foi amor? - Perguntei fitando seus olhos. Eu via raiva no olhar de Carol toda vez que seu olhar cruzava com o do meu irmão.
- Como assim o que foi? Você não se lembra do que ele fez comigo Day? Do que ele fez com a gente? Porque eu lembro.
- Carol desc...- Carol o interrompeu.
- Desculpas? Agora?
- Amor, calma. - Passei a mão em seu ombro, mas ela tirou assim que encostei.
- Não me peça calma Dayane, não agora.
- Carolzinha, eu sei que vacilei com você, mas poxa, me perdoa.- Dreicon continuava ali, parado, com as flores nas mãos, olhando para Carol com o olhar de súplica.
- Não adianta pedir perdão agora.- Carol virou o rosto.- Remorso pesa né? A culpa pesa também. Você teve todo tempo do mundo pra poder vir falar comigo, mas você resolve vir agora? Depois de eu quase ter morrido? Eu não queria que você me pedisse perdão Dreicon, eu só queria meu amigo de volta, na verdade eu quis isso a muito tempo atrás, porque agora eu só quero que você pegue seu remorso e saia daqui.
- Carol, eu errei, eu fiquei puto sim. Mas olha meu lado, você estava namorando a minha irmã! Queria que eu ficasse feliz?
- Sim! Eu queria que você ficasse feliz por eu estar feliz! Você me chamou de nomes horríveis Alexandre, você me insultou várias vezes, você bateu na Dayane! E você quer que eu te perdoe? Assim, de uma hora pra outra? Ah ela acordou de um coma, deve ter esquecido tudo, mas NÃO, eu não esqueci nada. E se eu me lembro bem, você disse que queria distância de mim, então por favor, pode fazer isso agora?
Eu me senti triste pelo meu irmão, mas ele sabe que ele errou com ela, sabe que Carol o amava, mas mesmo assim ele preferiu se afastar dela, somente pelo fato de ela amar.
Dreicon largou as flores no chão, e não disse mais nada, ele somente saiu da sala, deixando uma Carol segurando as lágrimas. Ela tentou, mas não conseguiu. As lágrimas desciam pelo seu rosto, e seu soluço fez um eco por todo o quarto.
- Eu amo ele Day, mas não posso perdoa-lo assim.- Disse em meio os soluços.
- Calma amor, tudo vai ficar bem.- Acariciei seu rosto.
- Ele poderia apenas ter aceitado, mas ele preferiu ser orgulhoso e me deixar. Agora eu não quero mais ele na minha vida.
- Não fala assim, você quer ele na sua vida sim! Isso tudo vai Passar, você vai ver.
- Eu não consigo.
- Consegue sim, você é um anjo, anjos não odeiam pessoas.
Um breve sorriso se formou em seus lábios. Eu sabia que Carol não ficaria muito tempo sem perdoar seu amigo, ela o amava e quando se ama se perdoa também.
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Eu sei que eu disse que seria o último capítulo, mas eu não consegui ok? Heuehueee
Eu não vou dizer que o próximo será, porque eu também não sei kkkk
Mas fiquem com esse capitulo super fofo e um pouco tenso no final❤
Perdão pela demora;
Perdão pelos erros;
E vão ler "manual de como não se apaixonar".
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Amo vocês ❤❤
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