14

Winter's pov:

O fim de semana está sendo perfeito. É como se estivéssemos presas em uma dobra do espaço-tempo, vivenciando o surreal: Eu não estou só dormindo na casa de Jimin; eu sou a namorada dela.

Nunca tive um relacionamento como este: Nós conversamos na maior parte do tempo, como se sempre tivéssemos algo novo a compartilhar. Eu sorrio enquanto observo ela preparando o café da manhã. Em seguida saímos para passear no Yongsan Park. Durante a tarde, lemos juntas, aproveitando essa tranquilidade e conforto antes de voltarmos a nossa rotina habitual.

Agora ela está sentada com as costas apoiadas no sofá, corrigindo algumas provas sobre a mesinha de centro, e a observo por um longo tempo. Vejo seus olhos piscarem através das lentes dos óculos, e seus lábios se moverem. Estudo a concentração em seu rosto enquanto ela trabalha. E sorrio. Não por causa da cena, mas por uma oportunidade real de felicidade.

— Você parece bem ocupada — comento, apontando para a pilha de papéis.

— Tenho que preparar isso para amanhã. Então resolvi agilizar o máximo possível.

Sorrio, levando meus lábios ao seu pescoço e beijando sua pele.

— Posso fazer isso enquanto você trabalha?

— Não acho que eu consiga manter o foco.

Dou uma risada, e ela vira-se para capturar minha boca em um beijo.

— Estou quase terminando.

— Então vou esperar para que a gente possa conversar.

Jimin arqueia uma sobrancelha.

— E posso saber sobre o que você quer conversar? — Ela pergunta.

— Honestamente? Eu acho que quero conversar sobre tudo. Mas vamos começar de um jeito fácil. Me conte quando teve ideia de fazer sua tatuagem.

Jimin passa os dedos nos cabelos, rindo.

— Você não consegue mesmo esquecer isso, não é? — Ela suspira e então olha para mim. — Eu fiz essa tatuagem cerca de um ano depois que entrei para a faculdade. Naquela época, Giselle estava namorando com uma tatuadora e fomos ao estúdio dela fazer uma visita. Acabou que me interessei pelo simbolismo do dragão e aqui estamos nós.

Olho para ela, surpresa.

— Então quer dizer que isso faz parte daquelas tais aventuras que você me falou? — Enrolo uma mecha de seu cabelo ao redor do meu dedo, esperando não estar forçando muito a barra.

— De certa forma sim. Minha vida pessoal era totalmente sem drama. Até você aparecer.

— Estou contente por quebrar o padrão.

Posso sentir a risada de Jimin vibrar ao longo da minha pele enquanto ela beija meu pescoço.

— Ah, e você quebrou mesmo — seus dedos traçam meu rosto delicadamente. — Minha mãe teria gostado muito de você. Tenho certeza. Meu pai teria achado você inteligente demais para mim.

Sorrio.

— Como seus pais reagiram? Quer dizer, sobre sua orientação sexual.

— Eu tive sorte de nascer em uma família de pessoas sensatas. — Jimin diz. Olho o rosto dela, vendo seu maxilar ficar tenso enquanto ela engole. — Então eles lidaram naturalmente quando descobriram. Mas duvido que eles aceitariam algumas das minhas decisões mais recentes.

— Como assim? — Pergunto, sem saber ao certo do que ela está falando.

Jimin abre um sorriso singelo e dá de ombros.

— Meus pais apoiaram que eu cursasse literatura, mas nunca desistiram da ideia de que eu também cursasse administração — ela diz, após longos instantes de silêncio. — Em um dos nossos últimos encontros, eles fizeram questão de me lembrar de que eu era uma Yu, e que era minha responsabilidade cuidar dos negócios da família quando partissem.

Olho para ela. Lembro dela ter comentado algo durante uma de nossas conversas. E do quanto fiquei surpresa ao descobrir que ela era herdeira da KM Média Group, uma das maiores empresas do mercado corporativo atual.

— Mas não era isso o que você queria, né?

Ela assente com a cabeça.

— Não. Eu tenho grande parte das ações da empresa e estou sempre comparecendo à reuniões da diretoria, mas meu objetivo de vida é e sempre foi ser professora. — Ela se interrompe e olha para mim, examinando meus olhos atentamente. — Está tudo bem. Minha irmã, ao contrário dos meus pais, sempre apoiou e incentivou que eu seguisse meus sonhos. Você precisa conhecer ela.

Eu paraliso e meus pensamentos explodem em uma bagunça caótica.

— Você tem certeza?

Jimin sorri.

— Tenho. — Ela contorna meu rosto com um dos dedos. — Yeoreum é uma ótima pessoa. Tenho certeza de que ela vai gostar de você.

O ambiente fica em silêncio. Ela olha para mim, e eu, para ela. Jimin segura minha mão, circulando a palma com o polegar e meu cérebro se desliga. Sinto suas mãos viajarem sob minhas pernas, e ela me levanta, me colocando em seu colo. Minhas pernas envolvem sua cintura. Nossos rostos ficam tão perto que eu não sei dizer se nossos lábios estão se tocando ou não. Seus dedos deslizam por meus cabelos quando ela pergunta:

— Como você está em relação ao que temos?

Assim, de perto, os olhos dela parecem tão mais intrincados. Fica difícil dizer algo leviano ou mentir.

Respiro fundo. Coloco minhas mãos em seu peito e minha cabeça em seu ombro, e beijo seu pescoço de leve. Sinto suas mãos nas minhas costas me puxando ainda mais para perto. Ela apoia o queixo no topo da minha cabeça. Seus batimentos cardíacos aumentam contra meu peito. Adoro o fato de que eu faço seu coração disparar.

— Eu acho que já confiava em você antes mesmo de tudo isso. — Digo quase em um sussurro. — Me lembro que em um dos nossos primeiros momentos juntas, eu já sai contando várias coisas sobre a minha vida pessoal.

— Isso é verdade. — Ela diz, mergulhando os dedos em meus cabelos. Seu toque gentil acalma meus sentidos, o calor de seu corpo aquece cada centímetro do meu.

— É tão menos solitário agora que estou com você. — Confesso. Respiramos juntas, em harmonia. — Antes eu me sentia tão solta.

Seus olhos castanhos cruzam os meus e ela beija de leve meus lábios.

— É... — diz, pensativa. — Tudo aqui parece tão mais autocentrado, se é que você me entende. Todo mundo presta atenção demais em si mesmo.

— Bom, estamos em Seul.

Ela ri exatamente como eu esperava.

— Quero dizer, além desse detalhe. — Ela acrescenta. — É como se quase todo mundo aqui estivesse sempre posando para uma selfie, mesmo quando estamos apenas conversando.

— Você não é assim.

Ela hesita, olhando para mim.

— Não? — Pergunta.

— Não. Você tem uma presença enorme, maior que a vida, e nem sequer percebe. — Deslizo a mão pelo rosto dela. — Você é herdeira de um negócio de sucesso, é uma pessoa extremamente talentosa, mas também é...

— Metida? — Ela sussurra.

— Não, simples — acrescento em seguida —, e não estou dizendo no mau sentido. Acho que, com você, as coisas parecem exatamente como elas são.

— Todo mundo quer acreditar que é de um modo, mas poucas pessoas são exatamente como imaginam.

Sorrio, cobrindo seus lábios com os meus e deixando a conversa de lado por um tempo. Sempre que estou perto dela, tenho uma profunda sensação de que todo o resto pode esperar.

\[...]

O plano é sair para me divertir com Yuna e Han, mas Jimin não parece muito interessada em permitir que eu faça isso. Estamos nos comportando como duas bobas – descemos as escadas correndo, brincamos de lutar na sala de estar e vamos para a porta da frente com enormes sorrisos no rosto. Estou ciente, neste instante, do quanto me divirto quando estou com ela.

Eu me atrapalho com as chaves diante da porta e ela se inclina sobre mim, com um sorriso no rosto, e descansa o queixo em meu ombro.

— Você não quer mesmo ficar? — Ela pergunta.

Balanço a cabeça, enfiando a chave na fechadura.

— Não posso. Meus amigos vem combinando isso há dias.

Devo admitir que a sensação dela perto de mim — seu corpo de encontro ao meu, sua respiração em meu pescoço — poderia acabar com meu desejo de sair rapidamente.

— Então só me resta aceitar a derrota — Ela diz e beija meus cabelos.

Sorrio.

— Infelizmente isso é necessário... — Faço menção de girar a maçaneta, mas Jimin segura meu braço, virando-me, e gentilmente me guia até que eu esteja pressionada contra a porta.

Ela estuda meu rosto por alguns segundos antes de o sorriso mais lindo abrir-se em seus lábios.

— Só uma pergunta: — Jimin diz, levantando o indicador. — Yuna vai mesmo junto nesse passeio?

Ah, então é essa a grande questão?

Sorrindo, levo minhas mãos para cima dos seus ombros e ao redor do seu pescoço.

— Por quê?

— Porque Yuna parece cada vez mais próxima de você. — Ela diz, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, depois beija minha bochecha. —Eu realmente não sei qual é a dela, mas fico irritada quando alguém olha para você da maneira errada. Ou diz a coisa errada. Sinceramente, eu não sei o que se passa na cabeça dessas pessoas.

— Você está com ciúmes? — Pergunto, lembrando-me das vezes que já peguei ela me observando enquanto converso com Yuna durante a aula.

— E se eu estiver? — Ela diz, beijando meu nariz.

Faço beicinho e passo o dedo pelo meu queixo.

— Bom, nesse caso preciso admitir que acho isso bem inusitado — digo, contendo um sorriso. — Nem parece que você é aquela professora centrada na sala de aula.

A forma como seu sorriso se abre me faz pensar que eu estou sendo carismática, embora me sinta meio boba.

— Ah, então você acha isso? — Jimin diz, arqueando uma sobrancelha e eu assinto com a cabeça.

Meu sorriso reaparece e mordo o lábio inferior.

— Você nem disfarça. — Digo, inclinando-me para beijar seus lábios. — Agora, preciso mesmo ir. Yuna deve chegar em alguns minutos.

— Essa garota tem tanta sorte e nem sabe disso. — Jimin pisca para mim, e sinto meu mundo estremecer. Passando as mãos pelos cabelos, ela abre um sorriso gentil. — Mande mensagem quando chegar.

— Talvez eu não faça isso, assim você pode pensar que eu estou mesmo me divertindo com a Yuna.

— Tudo bem. — Ela sorri e dá de ombros. — Enquanto você faz isso, eu posso estar conhecendo alguma outra garota.

As coisas que ela me faz sentir. Eu não me sentia assim há tanto tempo.

— Bem, obviamente, não há outras garotas. Você já se olhou no espelho? Você não tem nada demais.

Ela ri, e eu quero me aconchegar nela para sentir a propagação desse riso através de seu corpo.

— Nesse caso, vou ver o que posso fazer — Ela diz, trocando um olhar divertido comigo. — Eu odiaria ser nada demais aos seus olhos.

Há uma última rodada de sorrisos antes de eu sair e seguir caminho até minha casa que, como descobri, não fica muito longe daqui.

Minutos depois, Yuna atravessa os portões do Seul Seaport. Somos obrigados a estacionar no ponto mais afastado do estacionamento por causa do grande movimento no fim de semana de abertura do parque. Um vento baixo ganha força, varrendo nossos cabelos contra rosto, enquanto nós quatro vamos até a bilheteria. Algumas árvores já começaram a perder as folhagens por conta da estação. No caminho, Han disse que o porto ganhava vida durante o outono inteiro com um parque de diversões, festas, músicos e shows.

— Uma inteira, por favor — digo para a mulher na bilheteria.

Ela pega o dinheiro e passa uma pulseira pela janela. Então sorri antes de dizer:

— Divirta-se. E não deixe de experimentar a nossa montanha russa. — Ela dá pancadinhas do lado de dentro do vidro, apontando na direção de uma placa localizando todas as atrações.

Yuna olha para o mapa por cima do meu ombro.

— Precisamos andar nisso! — Grita.

— Por último — Prometo, esperando que ela se esqueça dessa ideia depois de termos andado em todos os outros brinquedos.

Não tenho medo de altura, talvez por ter convenientemente evitado alturas. Mas também não estou muito interessada em descobrir que estava enganada todo esse tempo.

Depois de andarmos na roda-gigante, nos carrinhos de bate-bate e de passarmos por algumas barracas de jogos, Yuna se afasta para comprar algumas bebidas.

— Não posso acreditar que estou aqui — murmuro para mim mesma. Ainda parece meio surreal que esteja me divertindo com amigos depois de tudo o que aconteceu desde a minha mudança.

— Então, Minjeong — Han diz, seus olhos fixos em mim. — O que você está achando de passar o dia com as melhores pessoas daquele cursinho?

— Bom, imaginei que vocês fossem me arrastar para alguma festa clandestina — respondo, sorrindo. Ele faz uma careta divertida e se aproxima. — Estou brincando. Na verdade, está sendo maravilhoso.

— Ótimo. Mas para o seu conhecimento...— ele faz uma pausa. — Eu sou o verdadeiro esteriotipo de riquinho que frequenta festas assim. Só não quis pegar pesado com você na nossa primeira aventura juntos — Sorrio para Han, e ele deita sua cabeça no meu ombro, sussurrando para mim: — Gostaria que momentos assim fossem eternos.

— Você se refere a momentos em que podemos esquecer dos nossos problemas?

— Deve ser incrível ter essa oportunidade — Ele fica em silêncio por alguns instantes. Seu olhar está fixo em um ponto qualquer, mas é impossível não perceber a tristeza escondida neles.

— Han...

Ele balança a cabeça.

— Está tudo bem. O lado negativo de se nascer em uma família de prodígios é que você precisa corresponder à altura. Resumindo, meus pais vão surtar se eu não passar no exame nacional.

— Você não está sozinho nessa. — Dou um soquinho em seu ombro. — E se quiser, podemos criar um grupo de estudos.

Ele sorri e sussurra “boa ideia”.

Yuna retorna carregando algumas latas de refrigerante nas mãos. Ela me entrega uma antes de se enfiar entre Han e eu, sorrindo, e se pendurar com os braços ao redor dos nossos ombros.

— Não vamos ficar tristes hoje — sussurra baixinho para nós dois. — Estamos aqui para esquecer um pouco dos nossos dilemas estudantis.

Han da uma risada.

— Certo, garotas da minha vida! — Ele diz. — Nossa próxima parada é o fliperama.

Sorrimos antes de sairmos em disparada por entre o fluxo de pessoas no parque. E nesse momento, ali mesmo, eu sei que estou no lugar certo. Me sinto perdida em alguns aspectos da minha vida, mas eles também.

Não há mapas disponíveis, mas ao menos eu não estou caminhando sozinha.

\[...]

O caminho de volta é regrado a conversas aleatórias. Desde assuntos casuais até momentos constrangedores pelos quais já passamos. Ao chegarmos em minha casa, vejo o carro de Ningning parado na entrada. Agradeço pela carona e saio. Quando entro em casa, encontro minha melhor amiga sentada ao redor do balcão, fazendo um lanche.

— O que é isso, Ningning, você chega de viagem e nem avisa, é? — Ela olha para mim com os olhos surpresos, então sorri.

— Cheguei tem alguns minutos. — diz.

— Ótimo. Vai ser bom ter você aqui; assim minha mãe não vai ter tempo de me encher de perguntas sobre como está sendo minha estadia em Seul — Aperto os ombros dela, vou para a cozinha e pego algo para beber.

— Então, como foi o seu fim de semana? Fiquei me perguntando se você morreria de tédio aqui sozinha, mas acho que não tinha necessidade para isso.

— Ah, foi bem tranquilo — respondo, sentindo o rosto queimar com as lembranças.

Ela estreita os olhos.

— Então por que você está vermelha?

— Não estou, não.

— Você está mais vermelha do que um tomate, Winter. Totalmente vermelha — ela avisa, fazendo meu rosto esquentar ainda mais.

— Pare com isso, Ningning — peço. Ela fica boquiaberta.

— Ai, meu Deus. — Ela ofega, inclinando-se para mim e bate com as mãos no balcão. — Que tipo de atividades você andou fazendo enquanto eu estive fora, Kim Minjeong?

Engulo em seco e pouso as mãos sobre as dela.

— Você lembra que não pode comentar nada sobre isso com ninguém, né?

O nível de animação nos olhos da minha amiga é lendário. Ela começa a comemorar com uma dancinha.

— Ai, meu Deus, você e a Jimin? Você e Jimin?! Como? O quê? Mas como?! — Pergunta ela naquele tipo de sussurro gritado, embora estejamos as duas sozinhas em casa.

— Eu sei. É loucura.

— É o máximo — ela corrige. — Minha nossa, se alguém merece transar com uma mulher daquelas, esse alguém é você. — Ela arqueia uma das sobrancelhas. — Sei que não é da minha conta, mas ela faz jus a pose que tem? Quero dizer... ela sabe o que faz?

Sinto meu rosto esquentar de novo e desvio o olhar.

— Minha nossa! É isso aí! — Ela grita, dando pulinhos. — Tipo assim, não me leve a mal, eu nunca passaria dos limites, mas eu já vi a Jimin no café e fiquei pensando que uma mulher como aquelas deveria ser perfeita na cama.

— Você não está errada no seu pensamento — confesso, inclinando-me para ela. — Meu final de semana foi perfeito em todos os sentidos.

— Entendi por que você está toda animadinha assim — Ela brinca.

— É estranho. É só que... minha vida está uma loucura — declaro. — Cada aspecto dela é difícil e confuso, a não ser pelo tempo que passo com Jimin. Indo vai contra todas as expectativas, isso não é nada... complicado. É simples assim. E, quando eu concluir meu cursinho no fim do outono, tudo poderá ganhar um novo rumo.

— Vocês não vão mais precisar esconder o que tem — ela diz.

Assinto com a cabeça.

— Mesmo assim, estou muito feliz por você ter encontrado um pouco de paz em toda essa loucura. Todo mundo merece um refúgio, Minjeong, um lugar para ir e respirar um pouco, porque, às vezes, a vida pode ser tóxica.

— Eu sei, só estou preocupada. Se as pessoas descobrirem, isso causaria muitos problemas para nós duas, para minha família. Minha mãe ia ter um treco.

— Bem, isso é fácil — Ningning diz. — Só não permita que ninguém descubra.
Mas, para isso, vocês duas têm que manter o profissionalismo enquanto estiverem na Suneung.

— Como é?

— Vai me dizer que vocês duas não encontram formas de ficarem juntas no cursinho?

— É tão bobo, mas é divertido também, sabe? É quase como um jogo. E parece um pouco perigoso também.

— Você viveu sua vida sendo uma garota exemplar para todo mundo, e agora é a sua chance de se libertar um pouco. Bom, agora pode me contar tudo. Tipo foi muito bom?

Mordo o lábio inferior e me inclino de novo.

— Eu não vou entrar em detalhes sobre isso com você. Mas se ainda estiver interessada pela amiga da Jimin, talvez eu tenha algo a compartilhar.

Seus olhos se acendem em interesse.

— Pode ir falando, Minjeong. Preciso saber quais as minhas chances reais de vivenciar algo único. Por que claramente cair na cama daquela mulher deve ser uma experiência inesquecível.

Sorrio.

Fico muito feliz de ter retomado a amizade com Ningning. Eu preciso do seu senso de humor mais do que nunca.

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